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Fundamentos do texto literário

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Atividade de Portfólio
Aluno: Ismael Alves da Silva
Disciplina: Teoria da Literatura
Texto 1:
A IMAGEM E OS ESPELHOS (p. 58)
Jamais deves buscar a coisa em si, a qual depende tão-somente dos espelhos. 
A coisa em si, nunca. A coisa em ti.
Um pintor, por exemplo, não pinta uma árvore. Ele pinta-se uma árvore.
E um grande poeta — espécie de Rei Midas à sua maneira — um grande poeta, bem que ele poderia dizer:
— Tudo o que eu toco se transforma em mim.
Quintana fala do ''eu'' que o poeta coloca em suas obras, tal qual fossem espelhos. Fala do pintor que mesmo ao pintar algo que estruturalmente não se pareça consigo, uma árvore, se desenhou nela. Ou seja, transformou a si, partiu de algo concreto para algo mais abstrato. Cita o Rei Midas, que a tudo que tocava transformava em ouro, para dizer que tudo que ''toco'' transforma-se em mim. Esse tocar pode ser tido com o observar. Ao observar a realidade, o autor a refaz, colocando nela um pouco de sua essência e em sua obra pode observar-se como em um espelho.
Texto 2:
ENTOMOLOGIA (p. 177)
A borboleta mais difícil de caçar é o adjetivo. 
Se refere ao processo de criação de um poema, de uma obra. O autor compara a escrita com caçar borboletas, ou seja, algo simples, delicado, no qual se procurar as palavras é como estar em um campo com borboletas, na qual se ''caça'' algumas para dispor no texto. E dentre essas, a mais difícil de se encontrar é o adjetivo, tanto pela sua abundância, quanto pelo fato de ser uma qualidade, e portanto deve ser procurado com um certo critério. Ou ainda pode se considerar o ''caçar'' fazendo contraste com a leveza das borboletas, como se dissesse que o ato de escrever implica em certa objetividade ao lidar com as palavras.
Texto 3:
TRÁGICO DILEMA (p. 39)
Quando alguém pergunta a um autor o que este quis dizer, um dos dois é burro. 
Quintana fala sobre a subjetividade. Se o autor escreve já imaginando uma
mensagem pré-definida a quem o ler, então não usou de inteligência ou criatividade
para deixar espaço a imaginação do leitor, para uma interpretação mais livre. Do mesmo modo, se o leitor lê imaginando que possa encontrar uma mensagem rígida e engessada, sendo dever do autor a deixar clara, então sufocou a sua própria subjetividade, a sua forma de interpretar o mundo mostrado pelo autor. Então a ''burrice'' do poema diz mais a respeito da incapacidade de abstrair um significado que seja individual.
Texto 4:
NÃO DESPERTEMOS O LEITOR (p. 52)
Os leitores são, por natureza, dorminhocos. Gostam de ler dormindo. Autor que os queira conservar não deve ministrar-lhes o mínimo susto. Apenas as eternas frases feitas. (...) Pois não é mesmo tão bom falar e pensar sem esforço? O lugar-comum é a base da sociedade... 
Há uma crítica a forma de escrever que a todos agrade, que não procura tirar os leitores de sua zona de conforto, que não os faça pensar. Que é sem esforço de se falar ou de se fazer entender. Assim, nesse sono preguiçoso, que não procurar se esforçar, autores usam frases feitas, repetidas, dentro de um padrão no qual não há criatividade e que esteja nesse ''lugar-comum'' citado. É como se a sociedade dependesse sempre de rotinas, de padrões fixos, os quais um autor não pode prender-se, devendo exercitar sua criticidade e estimular o pensamento alheio. 
Texto 5:
A BORBOLETA (p. 19)
Cada vez que o poeta cria uma borboleta, o leitor exclama: “Olha uma borboleta!” O crítico ajusta os nasóculos e, ante aquele pedaço esvoaçante de vida, murmura: — Ah! sim, um lepidóptero...” 
Aqui se fala do mundo criado pelo autor. Ao ver o mundo real, o autor o descreve com um ar poético, que faz com que o leitor se encante ao vê-lo. Mas para isso conta com a interpretação de quem lê, para que tenha a sensibilidade de notar determinadas formas que ele quis passar. E no caso de não haver essa interpretação, há uma certa perca de encanto, citada na última linha, mas que não deixa de ser uma forma de se entender o que o autor quis passar, e demonstra bem como um mesmo texto pode causar diferentes reações e interpretações em diferentes pessoas.
Texto 6:
PARÁBOLA? (p. 9)
Os espelhos partidos têm muito mais luas.
Como o nome do poema diz, o espelho no caso seria uma parábola, ou seja uma representação mais fantasiosa, para um coração partido. Ao observar um espelho partido refletindo a luz da lua, o autor nota que a imagem é multiplicada. Então faz um paralelo de que corações partidos possuem mais luas, ou seja, compreendendo a lua como símbolo dos apaixonados, pode se entender que corações partidos em si possuam muito mais paixão, muito mais ar de mistério e poema que são personificados na imagem da lua.
Texto 7:
A FACE E O ESPELHO (p. 77)
Assim devia ser a relação de autor para leitor: uma face nua num espelho límpido. Mas é tão difícil... Ou a face está mascarada ou o espelho embaciado.
Mostra a relação entre o que é escrito e a sua interpretação. Tal deve ser a obra que, ao se ler, perceba-se um pouco do autor nela, como a ideia de que aquele mundo criado seja uma face de quem o escreveu. Mas Quintana prossegue dizendo que ou a face possui máscaras, no sentido de que o autor não deixa revelar-se, ficando oculto de forma mascarada e não natural, ou o espelho está embaciado, ou seja, não reflete o que está escrito, o leitor que lê sem considerar a magia daquele mundo criado a ponto de refleti-lo.

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