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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE TECNOLOGIA DE GEOCIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA AÇÃO ANTIMICROBIANA DE AGENTES FÍSICOS Disciplina: Microbiologia Industrial Professora: Glória Maria Vinhas e Sara Horácio Alunos: Alliny Alves Eduardo Mezzavilla Erklaylle Gabriely Gabrielly Thayse Rebeca Valença Recife, novembro de 2017. INTRODUÇÃO O controle de micro-organismos se refere às diferentes formas de matar e inibir o crescimento microbiano. O método de escolha depende do tipo de material que contém o microrganismo, podendo ser químico, físico ou biológico. Quanto aos agentes físicos podem ser usados calor, radiação, filtração, pressão osmótica, dentre outros. O calor úmido mata os micro-organismos principalmente pela coagulação proteica (desnaturação), que é causada pela ruptura de ligações de hidrogênio que mantêm as proteínas em sua estrutura tridimensional. Esse processo de coagulação é familiar a qualquer pessoa que já observou uma clara de ovo fritando. Um tipo de esterilização por calor úmido é a fervura, que mata as formas vegetativas dos patógenos bacterianos, quase todos os vírus, e os fungos e seus esporos dentro de cerca de 10 minutos, normalmente muito mais rápido. O vapor de fluxo livre (não pressurizado) é equivalente em temperatura à água fervente. Os endosporos e alguns vírus, contudo, não são destruídos tão rapidamente. Desse modo, a fervura nem sempre é um procedimento confiável de esterilização. [1] Outros métodos físicos que podem ser utilizados são a filtração, onde há passagem de um líquido ou gás por meio de um material semelhante a uma tela com poros pequenos o suficiente para reter os micro-organismos; a pressão osmótica, onde o uso de altas concentrações de sais e açúcares criam um ambiente hipertônico que ocasiona a saída da água da célula microbiana; ou a radiação (ionizante ou não), que promove a ionização da água, que forma radicais hidroxila altamente reativos que reagem com os componentes orgânicos celulares, especialmente o DNA, ou luz UV que causa danos ao DNA das células expostas; dentre outros métodos. No presente relatório será descrito o emprego do método físico do calor úmido (fervura). OBJETIVOS - Avaliar o efeito do calor úmido (água fervente) sobre o crescimento microbiano. METODOLOGIA Materiais Alça em O; Placas de Petri contendo meio Agar Nutriente estéril; Béquer com água; Tubo de ensaio com suspensão do mico-organismo Bacillus subitilis.; Bico de Bunsen; Tripé com tela. Técnica 1.Realizar inoculação da suspensão microbiana: Com alça em O flambada, transferir uma amostra da suspensão para placa de Petri contendo Ágar Nutritivo, realizando estrias, identificando a placa como t=0 (tempo inicial, sem aquecimento); 2.Submeter suspensão ao aquecimento: inserir tubo de ensaio com suspensão microbiana no béquer contendo água fervendo (que se encontra no tripé sobre o bico de Bunsen) e iniciar contagem do tempo. Após 5 minutos; transferir amostra para placa de Petri contendo Ágar Nutritivo, realizando estrias, identificando a placa como t=5 (amostra após 5 minutos de exposição ao calor); Repetir o procedimento após 10 minutos e após 30 minutos (conforme ilustrado na figura 1 abaixo); 3.Incubação e leitura: Após inoculações, incubar as placas por 24 horas a 35°C. Como o intervalo entre as aulas foi de dois dias, as placas foram lidas apenas após 48 horas. Nota: este procedimento foi realizado com o Bacillus subtilis., mas a bancada vizinha realizou o mesmo procedimento utilizando E.coli. Figura 1 – Placa correspondente ao t=0 após incubação. RESULTADOS E DISCUSSÃO Após o período de incubação, observou-se que o crescimento de micro-organismos nas placas deu-se conforme ilustrado nas figuras de 1 a 5 abaixo: Figura 1 – Placa correspondente ao t=0 após incubação. Figura 2 – Placa correspondente ao t=5 min após incubação. Figura 3 – Placa correspondente ao t=10 min após incubação. Figura 4 – Placa correspondente ao t=30 min após incubação. Figura 5 – Da esquerda para direita t=0, 5, 10 e 30. A contagem de colônias de Bacillus subtilis está disposta na tabela abaixo. Tabela 1- Observações macroscópicas das colônias de bactérias. Tempo de exposição à fervura (minutos) Contagem de colônias 0 Incontáveis 5 28 10 17 30 2 Observou-se que mesmo após 30 minutos de exposição à fervura, houve ocorrência de 2 colônias do micro-organismo, o que não aconteceu com o grupo que inoculou E.coli, que detectou colônias até 10 minutos de fervura. Isso se deve principalmente ao fato de o Bacillus subtilis ser um micro-organismo esporulante, de maneira que o calor pode ter matado as bactérias, mas os esporos liberados sob a condição adversa resistiram aos 30 minutos. CONCLUSÃO O estudo realizado acerca da ação do calor úmido sobre o micro-organismo do tipo Bacillus subtilis revelou a resistência desse micro-organismo à tempos curtos de exposição ao calor. Confirmando que endosporos e alguns vírus, contudo, não são destruídos tão rapidamente e que desse modo, a fervura nem sempre é um procedi mento confiável de esterilização. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, CL. Microbiologia. 10. ed., Porto Alegre: Artmed, 2010.
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