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3° ESTAGIO DIREITO CONSTITUCIONAL

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PROJETO DE EXTENSÃO BASE
PRIMEIRO ESTÁGIO
PROCESSO LEGISLATIVO E SUAS FASES 
I- No âmbito do Poder Legislativo 
2.1.1 Na Primeira Casa ou Casa Iniciadora 
a) Legitimidade para propor projetos de lei (art. 61, caput): 
Conforme o caput do art. 61 tem legitimidade para propor projetos de lei complementares ou ordinários, os seguintes entes: 
Qualquer deputado ou senador; 
Qualquer comissão da Câmara, do Senado ou do Congresso; 
O Presidente da República; 
O Supremo Tribunal Federal; 
Os quatro tribunais superiores (STJ, TST, TSE, STM); 
O Procurador Geral da República; 
Os cidadãos; 
OBS: de acordo com o §2º do artigo 61, os cidadãos brasileiros eleitores poderão propor projetos de lei complementar ou ordinária, desde que sejam preenchidos simultaneamente 3 critérios: 
1º- O projeto deverá ser subscrito por pelo menos 1% do eleitorado brasileiro; 
2º- Os eleitores que assinarem o projeto deverão estar distribuídos por pelo menos cinco unidades da federação; 
3º- Cada Estado deverá participar com pelo menos 0,3% do seu eleitorado. 
b) Analise do projeto pelas comissões: 
- Comissão temática: analisa a importância do projeto para a sociedade, analisa também a viabilidade técnica do projeto e a existência de recursos financeiros orçamentários, analisa além disso sua adequação ao meio ambiente, dependendo da complexidade do processo ele será submetido a mais de uma comissão temática. 
- Comissão de constituição e justiça: caso o projeto seja aprovado pela comissão temática ele será submetido a CCJ, a quem compete analisar a constitucionalidade ou inconstitucionalidade do projeto no todo ou em parte.
c) Discussão e votação do projeto no plenário: 
Essa fase do processo legislativo poderá demorar minutos, horas, dias, semanas, meses e até mais de um ano; essa variação vai depender da menor ou maior complexidade do projeto, dos interesses políticos em jogo e ainda, da existência ou não de consenso. 
No processo de votação o projeto poderá ser aprovado ou rejeitado, caso seja aprovado seguira para a segunda casa; caso seja rejeitado será arquivado e a matéria nele contida só poderá ser reanalisada na sessão legislativa seguinte (no ano seguinte). No entanto, conforme permite o art. 67 a matéria rejeitada poderá ser reanalisada na mesma sessão legislativa desde que a maioria absoluta de uma das casas assim requeira. 
Na Segunda Casa Ou Casa Revisora
a) Discussão e votação dos projetos no plenário: 
A discussão dos projetos de lei no plenário da segunda casa também poderá ser rápida ou demorada, na votação existem três possibilidades de decisão: 
1°- A casa revisora aprova integralmente o projeto vindo da casa iniciadora: isto é, sem qualquer emenda, nesse caso a própria segunda casa revisora encaminha o projeto de lei ao Presidente da República; 
2°- A casa revisora aprova o projeto de lei acrescentando uma ou mais emendas: nesse caso, a casa revisora devolve o projeto a casa iniciadora para que ela analise a emenda ou as emendas. A casa iniciadora tem autonomia para aprovar ou rejeitar a emenda ou as emendas, em qualquer hipótese cabe à casa iniciadora encaminhar o projeto ao Presidente da República.
3°- A casa revisora rejeita totalmente o projeto: nesse caso o projeto de lei será arquivado e a matéria nele contida só poderá ser reanalisada na sessão legislativa seguinte, exceto se ocorrer a hipótese prevista no artigo 67. 
NO ÂMBITO DO PODER EXECUTIVO
De acordo com o caput do artigo 66, ‘‘a casa na qual tenha sido concluída a votação encaminhará o projeto de lei ao Presidente da República que, aquiescendo, o sancionará’’. 
O Presidente tem o prazo de 15 dias úteis para se pronunciar sobre o projeto de lei, podendo sancioná-lo ou vetá-lo no todo ou em parte. Caso esse prazo seja esgotado sem uma manifestação expressa do presidente, ocorre a sanção Tácita, conforme dispõe o parágrafo 3º do artigo 66. 
3.1 Providências No Caso De Sanção Do Projeto 
a) Promulgação da lei: 
É o ato pelo qual o Presidente da República atesta a criação de uma nova lei declarando que ela está apta a entrar no ordenamento jurídico. É, em síntese, a certidão de nascimento da lei. 
OBS: Não existe promulgação tácita, portanto, trata-se obrigatoriamente de um ato expresso, afinal, não existe certidão tácita, sabendo-se que a promulgação é uma certidão. 
b) Publicação da lei: 
Trata-se de uma providência obrigatória, sem publicação a lei não poderá entrar em vigor, nem gerar efeitos, além disso, a lei deverá ser publicada oficialmente, isto é, no Diário Oficial da União. 
c) Inicio de vigência da Lei: 
É a data a partir da qual a lei entra em vigor e começa a gerar efeitos. A data de início da vigência de uma lei já vem estabelecida na própria lei, podendo ser variável no tempo. 
Assim algumas leis entram em vigor na mesma data de sua publicação e outras tempos depois, podendo ser 15 dias após, 30 dias, 60 dias, 90 dias, 120 dias, 180 dias e até um ano após. O prazo existente entre a publicação de uma lei e o início de sua vigência denomina-se vacatio legis. O menor ou maior prazo estabelecido para o início de vigência da lei depende de sua menor ou maior complexidade, como também do tamanho da lei.
Desse modo, quanto maior e mais complexa uma lei maior deverá ser o tempo de vacatio legis para que o operadores do Direito (em especial) e a sociedade brasileira (em geral) possam conhecer o conteúdo da nova lei. 
OBS¹: matérias eleitoral e tributária, quando transformadas em lei, tem o início de sua vigência previamente estabelecido na Constituição, não cabendo ao legislador ordinário alterá-lo, assim, nos termos do artigo 16, lei de natureza eleitoral entra em vigor na data de sua publicação, porém só passará a gerar efeitos um ano após sua publicação.
Já no caso de lei tributária que aumente impostos esse aumento só poderá ser cobrado no exercício financeiro seguinte (art. 150, III, b).
OBS²: De acordo com o artigo 1° da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro – LINDB – quando a data de início de vigência de uma lei não vem estabelecida, a vigência começa 45 dias após sua publicação.
3.2 Providências No Caso De Veto 
a) Do Presidente da República (artigo 66, §1º) 
Caso vete um projeto de lei no todo ou em parte o Presidente da República comunicará o motivo do veto ao Presidente do Senado no prazo de 48 horas. Convém lembrar que só há dois motivos para o veto: 
O veto jurídico - quando o presidente entende que o projeto é inconstitucional no todo ou em parte;
O veto político - quando o presidente entende que o projeto é contrário ao interesse público no todo ou em parte;
b) Do Congresso Nacional: O Congresso Nacional deverá apreciar o veto do Presidente da República seja ele total ou parcial no prazo de 30 dias (dias corridos) a contar da data do recebimento do motivo do veto, a sessão para análise do veto será conjunta (Câmara e Senado), porém a votação será feita em separado e o voto será aberto (EC n° 76/2013).
O veto independentemente de que o projeto seja de lei complementar ou ordinária só poderá ser rejeitado pela maioria absoluta de votos dos membros de ambas as casas (ao menos 257 deputados e ao menos 41 senadores) consequentemente o veto será aprovado por maioria simples, isto é, quando não for obtida a maioria absoluta.
 b1) Consequências da decisão do CN, no caso de veto total:
O veto é aprovado: caso o Congresso Nacional aprove o veto total do Presidente o projeto de lei será arquivado e a matéria nele contida só poderá ser realizada na sessão legislativa seguinte, exceto se ocorrer a hipótese prevista no artigo 67. 
O veto é rejeitado: caso o Congresso rejeite o veto total (por maioria absoluta de votos) o projeto será totalmente recuperado e encaminhado ao Presidente para promulgar a lei no prazo de 48 horas. Caso o Presidente da República não promulgue a lei dentro desse prazo a promulgação será feita pelo Presidente do Senado e estando ele ausente, pelo vice-presidente.
b2) Consequências da decisão do CN, no caso de veto parcial:O veto é aprovado: se o Congresso Nacional aprovar os vetos parciais os dispositivos vetados serão definitivamente retirados do projeto e não farão parte da lei.
 O veto é rejeitado: se o Congresso Nacional rejeitar os vetos parciais os dispositivos vetados serão reintegrados ao projeto e farão parte da lei.
OBS: Se o veto, seja ele total ou parcial, for rejeitado por uma Casa e aprovado pela outra prevalece a aprovação, pois a Constituição Federal é clara, rejeição só se dá pelas duas casas.

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