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Fisiologia da visão

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Fisiologia da visão
Giovanna Pilecco
Fernanda Lange
Ingrid Figueiró 
Luísa Beltrão
Nathália Vallejo 
Victória Moura 
A visão é um dos órgãos dos sentidos, e é por meio dos olhos que temos a capacidade de enxergar tudo à nossa volta. 
Os olhos são os órgãos que se localizam no interior de cavidades ósseas, chamadas de órbitas oculares, e são compostos por três camadas: fibrosa, vascular e nervosa. 
São grandes as diferenças entre a visão dos seres humanos e dos animais, como por exemplo, a posição das órbitas oculares no crânio e a forma da pupila. 
Anatomia
O olho possui 3 túnicas: fibrosa, vascular e nervosa.
A túnica fibrosa também pode ser chamada de externa.
Possui colágeno denso: forma, firmeza e resistir a pressão.
É dividida em esclera e córnea que se encontram no limbo. 
A esclera é de fibras colágenas e elásticas irregulares e perfurada por artérias ciliares e veias vorticosas.
A córnea é um tipo especial de tecido conjuntivo denso e colágeno de forma lamelar (transparência) e possui 5 camadas: epitélio anterior, membrana de Bowman, estroma, membrana de Descement, epitélio posterior.
A córnea não possui vasos, então é nutrida pela lágrima, humor aquoso e vasos no limbo.
A túnica vascular também pode ser chamada de úvea ou média.
Tem coloração escura e é muito irrigada.
Ela suspende a lente, regulando sua curvatura.
Lente
A lente é uma estrutura transparente biconvexa elástica.
Ela possui células epiteliais que a nutren e depois se transformam em fibras.
A túnica vascular possui 3 regiões: coroide, corpo ciliar e íris.
Coroide: possui o tapete lúcido.
Corpo ciliar: espessamento da coroide que emite prolongamentos à lente que produzem o humor aquoso, chamados de processos ciliares.
Íris: parte colorida com 3 camadas (epitelial anterior, epitelial posterior e pigmentado), PUPILA (abertura que entra luz).
A túnica nervosa também pode ser chamada de interna ou retina.
Ela contém células receptoras fotossensíveis, é muito delicada e de coloração clara.
Considera-se que ela seja uma expansão do nervo óptico dentro do olho.
A retina possui a parte óptica (com células receptoras e mais espessa, sendo a maior parte) e a parte cega (ponto cego e é uma fina camada pigmentada).
A parte óptica da retina possui 4 camadas: camada de células pigmentadas, camada neuroepitelial com células receptoras (cones-cores, bastonetes-preto e branco), camada de células ganglionares bipolares, camada de células ganglionares multipolares.
A retina é nutrida e drenada por arteríolas e vênulas que saem do disco do nervo óptico e se difundem.
Humor aquoso e Corpo vítreo
O humor aquoso preenche o espaço entre córnea e lente.
É um ultrafiltrado sanguíneo límpido.
Tem papel na refração do olho e na pressão intraocular e nutrição da córnea e lente.
Produzido por células dos processos ciliares e entra na câmara posterior, depois para a anterior e depois é drenado no ângulo iridocorneal.
O corpo vítreo é uma substância gelatinosa que ocupa o compartimento posterior entre a lente e a retina.
Possui volume constante, não sendo substituído como o humor aquoso.
Músculos do globo ocular
Os animais domésticos possuem 7 músculos: reto dorsal, reto ventral, reto lateral, reto medial, oblíquo ventral, oblíquo dorsal e retrator do bulbo.
Fisiologia
A visão é feita pelo cérebro. Os olhos funcionam como órgãos de conversão seletiva do estímulo luminoso em sinais elétricos.
 Durante todo o trajeto através do sistema visual, os estímulos vão sendo purificados até gerarem uma impressão visual única, provavelmente no córtex occipital.
 
Processo da visão
O córtex visual localizado na face medial dos lobos occipitais. Como as representações corticais dos outros sistemas sensoriais, o córtex visual se divide em:
córtex visual primário 
Áreas visuais secundárias
O impulso nervoso chega primeiro ao córtex visual primário, no qual se processa a identificação da disposição espacial dos objetos, da forma e da intensidade luminosa. 
Em seguida, o influxo é encaminhado para o córtex visual secundário, responsável por ações mais especializadas, como a identificação do relevo dos objetos. Por sua vezes, o impulso nervoso segue para os lobos temporais do cérebro (corresponde às partes laterais da cabeça), realizando-se processos de reconhecimento e memória visual.
Organização e função do córtex visual
Todos estes processos executam-se a uma velocidade quase instantânea, permitindo uma visão dos acontecimentos em tempo quase real.
Organização e função do córtex visual
Para fazer o uso completo das capacidades visuais dos olhos, quase igualmente importante quanto a interpretação dos sinais visuais dos olhos é o sistema de controle visual para o direcionamento dos olhos para o objeto a ser visto.
O controle muscular dos movimentos oculares são controlados por três pares de músculos:
 Músculos retos mediais e laterais se contraem para movimentar os olhos de lado a lado
 Músculos retos superiores e inferiores se contraem para movimentar os olhos para baixo ou para cima
Músculos oblíquos funcionam principalmente para girar os glóbulos oculares e manter os campos visuais na posição vertical
Movimentos oculares e seus controles
Movimentos oculares e seus controles
 
 Músculos ópticos 
 Músculos extraoculares do olho e suas inervações
 
Detecção de cores
A cor é detectada por causa de contrastes 
O contraste das cores com o branco cria o fenômeno de constância de cores, isto é, a “cor do branco” muda com a luz. O mecanismo para enxergar cores é baseado no fato de que cores oponentes excitam células neuronais específicas
A detecção de cores pode ocorre de diferentes maneira para cada espécie
 Nos seres humanos e nos outros primatas, há três pigmentos – o verde, o azul e o vermelho – permitindo a visão do vermelho ao violeta.
Já insetos, aves, répteis e peixes têm um pigmento extra, para a luz ultravioleta, e por isso enxergam coisas para os humanos são invisíveis.
Os mamíferos como gatos e cachorros são daltônicos, porque possuem só dois pigmentos – o verde e o azul. Esses animais estão adaptados para a vida noturna, que exige mais atenção às formas do que aos tons.
Fisiologia e percepção
Percepção é o processamento, em etapas sucessivas, da luz que chega aos nossos olhos. A regularidade está ligada a intensidade da luz, seu comprimento de onda é sua distribuição no espaço.
A visão pode ser
Fotópica: modo de visão “normal” quando são iluminados pela luz diurna.
Estocópica: é a visão noturna onde predomina a atividade dos bastonetes .
COR= COMPRIMENTO DE ONDA 
Visão binocular
É o termo que se aplica a capacidade de aprender estímulos visuais com os dois olhos. 
A percepção de distâncias egocêntricas é dada por pistas monoculares como por exemplo a interposição de estímulos, tamanhos relativos de imagens, contornos é brilhos, zonas de sombras, perspectivas aéreas, etc..
Os estímulos vão sendo depurados até gerarem uma impressão visual única.
Problemas na visão
Microftalmia
Alteração congênita que ocorre quando há uma lesão durante a
 formação do bulbo ocular;
Pode ser isolada ou estar acompanhada de outras altereções 
 congênitas;
Ela é dividida em primária e com diagnóstico clínico. 
Atrofia progressiva da retina
Alteração pós-natal caracterizada
 pela degeneração das células da 
retina, podendo progredir para
 atrofia da retina;
Os animais podem apresentar
cegueira noturna, midríase,
diminuição ou ausência do reflexo 
pupilar e redução da visão 
Midríase
Ocorre a contração do músculo dilatador da pupila fazendo com que ela aumente de tamanho; 
Ocasionadas por doenças infecciosas, intoxicação por produtos químicos e medicamentos entre outros. 
 Seguestro corneo
Refere-se a alterações não inflamatórias,
com perda da função do epitélio e/ou do estroma corneano;
Pode ser decorrente de úlceras de córnea ou por vírus. 
Endoftalmite
Inflamação que ocorre dentro do bulbo, potencializada por microrganismos e pode ter origem a partir de complicações pós-cirúrgicas, traumas ou por infecçãos sistêmicas; 
Os animais apresentam secreções com pús e uma crosta aquosa e branca, quando a doença está em estágio mais avançado. 
Catarata 
Ocorre a degeneração do cristalino levando a opacidade, pode ser induzida pela diabetes, ruptura do cristalino, neoplasias, glaucoma, endoftalmite, entre outras;
O tratamento é cirúrgico, substituindo o cristalino danificado por uma lente artificial que recuperará a função perdida. 
 
Neoplasias
Conjunto de alterações celulares que causam proliferação e crescimento anormal de um grupo de células;
Podem se originar dos anexos oculares, do bulbo ocular e do nervo óptico e também podem ser chamada de tumor. 
Glaucoma
Causado pela elevação da pressão intraocular que provoca lesões no nervo óptico e na retina;
É uma doença assintomática no início e em fases mais avançadas, pode ser observado hiperemia ocular, opacidade corneana, aumento de volume do globo ocular, olhos esbranquiçados e as pupilas dilatadas. 
Afecções palpebrais
No entrópio a pálpebra se vira sobre si mesma contra a superfície ocular e o no ectrópio a pálpebra se vira para fora; 
As pálpebras também podem apresentar as distiquíases que é o mau posicionamento de cílios isolados ou múltiplos e os cílios ectópicos, que são cílios em posições anômalas às anatômicas. 
 
Conjutivite
Pode ser causada por vírus, bactérias, fungos, alergias, eventos traumáticos, corpos estranhos ou por deficiência na produção lacrimal;
Os sintomas são pálpebras superiores inflamadas e inchadas, olhos vermelhos, lacrimejamento e  secreção amarelo-esverdeada, sensibilidade à luz e blefaroespasmo. 
Ulcera de córnea
São erosões presentes na superfície corneana que gera feridas, podem ter causas desde traumas até alterações no posicionamento dos cílios, na maioria dos casos, elas se originam das alterações anatômicas;
Os animais apresentam o olho esbranquiçado, vermelho, com secreção ocular e dor.
Hifema
Presença de sangue consequente a uma hemorragia no espaço da câmara anterior do olho, situado entre a córnea e a íris havendo a ruptura ou a fragilidade dos vasos sanguíneos;
Pode ser de origem traumática, de cirurgias oculares, uso de anticoagulantes, transtornos da coagulação sanguínea entre outros. 
Uveíte
Representa a inflamação da camada intermediária do olho que é constituída pela íris, membrana coroide e corpo ciliar;
Os sintomas consistem em dor no olho, vermelhidão, forma irregular do globo ocular e nebulosidade em algumas partes do olho. 
 Prolapso da Glândula da Terceira Pálpebra
Caracteriza-se pela inflamação da glândula lacrimal, podendo acontecer por uma alteração genética, trauma e pode haver diminuição da sustentabilidade dos ligamentos que sustentam a glândula;
O tratamento em geral é cirúrgico com a reposição da glândula no seu local original. 
Blefarite 
Ocorre inflamação da Pele e porções das pálpebras, as causas podem ser de origem alérgica, bacteriana, neoplásica, congênita ou oriundo de outros problemas; 
Os sintomas são Pele escamosa, coceira intensa, secreção mucosa ou com pus, edema e espessamento das pálpebras, queda de pelo e perda de pigmentação da Pele ao redor da área afetada. 
A visão nos animais 
A visão de cada espécie animal evoluiu e adaptou-se de maneira que a sobrevivência dessa mesma fosse possível. Por isso, entre os animais existem diferentes características na visão.
O Campo de visão 
	A posição dos olhos na cabeça, determina o grau de visão periférica, assim como a quantidade de campo visual que é vista simultaneamente por ambos os olhos, que se denomina visão binocular. Esta é muito importante para ter a percepção de profundidade e para medir corretamente as distâncias. O campo visual de um cão e de um gato é de 240º enquanto o nosso é de 200º. 
 Tapetum Lucidum 
(Tapete lúcido)
	É uma membrana posicionada dentro do globo ocular de animais domésticos, com exceção de suínos e aves, capaz de refletir a luz que entra nos olhos e melhorar a visão do animal em condições de baixa luminosidade.
Diferenças entre presas e predadores
Os predadores, geralmente possuem pupilas verticais, para ver com precisão linhas, barras e bordas verticais e desfocar as laterais. Essa pupila também ajuda a calcular distância das presas. 
Os olhos dos predadores geralmente estão no centro da cabeça para uma visão mais central durante a caça. 
As presas, geralmente possuem pupilas horizontais. Ao aumentarem a quantidade de luz que entra nos olhos, deixam o horizonte mais preciso (para facilitar uma possível fuga).
Esses animais tendem a ter olhos no lado da cabeça, oferecendo um campo de visão panorâmico que permite ver possíveis ameaças se aproximando de qualquer direção.
Caninos
	Não possuem uma visão tão boa comparado aos humanos e não podem perceber todas as cores. Por outro lado, durante a noite conseguem enxergar muito bem
Aves 
	A visão da maioria dos pássaros é muito boa. Os noturnos são capazes de enxergar mesmo sem luz, e durante o dia são capazes de perceber algumas cores que os humanos não são capazes, assim como raios ultravioleta.
Bovinos
	A visão dos bovinos é semelhante a humana, diferenciando a algumas tons de cores. 
Equinos
	Os olhos dos cavalos são posicionados na lateral de suas cabeças, o que faz com que coisas que ficam exatamente à sua frente não sejam percebidos, apesar de ampliar a sua visão periférica.
Obrigada!
Referências 
https://www.biologiatotal.com.br/blog/presa-ou-predador-os-olhos-podem-revelar-muito-mais-do-que-voce-imagina.html
http://web.unifoa.edu.br/portal/plano_aula/arquivos/04054/Fisiologia%20da%20visao%20-%20MODULO%20I.pdf 
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/visao.htm

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