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Elaboração: Prof. M.SC. Welinghton Spencer Revisão: Profª. M.SC. Patrícia Diniz 1 Elaboração: Prof. M.SC. Welinghton Spencer Revisão: Profª. M.SC. Patrícia Diniz 2 1. INTRODUÇÃO Bem vindos ao mundo da contabilidade! Vocês devem está se perguntando, porque devemos estudar contabilidade? O que é contabilidade? Para que serve a contabilidade? Pois bem! Para que vocês possam entender o porquê estão aqui, vamos iniciar o nosso estudo falando um pouquinho do surgimento da contabilidade. 1.1 SURGIMENTO DA CONTABILIDADE A contabilidade surgiu antes mesmo da escrita cuneiforme (escrita atual). No período em que para se sobreviver necessitava trocar as mercadorias que um indivíduo possuía por outra que ele necessitava. Dessa forma, aqueles que entregavam o feijão, por exemplo, criava um controle através de caixas de barros com código para saber quantas sacas de feijão eram entregues e para quem. Da mesma forma acontecia com quem recebia, por exemplo, milho. Criava-se uma caixa de barros com código de quem forma recebidos os milhos e dentro dessas caixas a quantidade de tabulas de barro que a pessoa devia. Essa era a forma rudimentar de controlar as contas a receber e os contas a pagar. Com o passar dos anos a escrita evoluiu, surgiu a moeda e o mercantilismo, e a necessidade de um haver um controle mais organizado e eficaz. Assim, a contabilidade também foi evoluindo pela necessidade de controle dos proprietários das mercadorias. Aperfeiçoando com a evolução dos meios de subsistência e produção das empresas. Até chegar à forma que conhecemos atualmente. Agora que vocês já conheceram um pouco do surgimento da contabilidade, observe o quadro abaixo: Elaboração: Prof. M.SC. Welinghton Spencer Revisão: Profª. M.SC. Patrícia Diniz 3 Balanço Patrimonial da FHS Serviços Gerais Ltda BALANÇO PATRIMONIAL – Encerrado em 31/12/2008 ATIVO PASSIVO Circulante Disponibilidades Caixa...........................................................1.000 .Bancos.....................................................18.000 Direitos Realizáveis Duplicatas a Receber..................................5.000 Estoques Mercadorias para Revenda........................15.000 Almoxarifado............................................10.000 Despesas Antecipadas Assinaturas de Jornais e Revistas...............1.200 Não Circulante Realizável em Longo Prazo Empréstimos a Coligadas/Controladas.....3.500 Títulos a Receber (acima 360 dias)............7.000 Investimentos Obras de Arte...........................................10.000 Imobilizado Prédios....................................................96..600 Móveis e Utensílios................................70.000 Máquinas e Equipamentos.....................90.000 (-) Depreciação Acumulada.................(15.000) TOTAL DO ATIVO............................... 312.300 Circulante Fornecedores...................................................25.200 Salários a Pagar.................................................9.000 Impostos a Pagar/Recolher............................... 1.000 Empréstimos Bancários...................................12.500 Contas a Pagar...................................................3.500 Não Circulante Empréstimos Bancários (acima de 360 dias)..32.500 Financiamentos (acima de 360 dias)...............51.600 Patrimônio Líquido Capital Social................................................150.000 Reservas .........................................................27.000 TOTAL DO PASSIVO................................. 312.300 Já observaram? Agora respondam: 1. O que vem a ser este quadro? 2. O que representam os valores presentes nos diversos componentes, tais como, caixa, bancos, diárias a receber, fornecedores, Móveis e Utensílios, Máquinas e Equipamentos, Prédios, Empréstimos Bancários, Capital Social, Contas a Pagar, e todos os outros? 3. O que você pode entender por Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido? 4. O que representam as denominações: Circulante, Não Circulante? 5. A empresa possui dívidas? Tem condições de pagá-las? 6. A empresa é lucrativo? Pois, bem. Este quadro acima é um relatório contábil, obrigatório, para todas as empresas, denominado “Balanço Patrimonial”. Ele demonstra, em determinado momento o conjunto de Bens, Direitos e Obrigações de uma organização, seja ela com ou sem fins lucrativos. Elaboração: Prof. M.SC. Welinghton Spencer Revisão: Profª. M.SC. Patrícia Diniz 4 Observem que o mesmo possui uma forma de organização, estrutura. Do lado esquerdo, temos: O Ativo. Que é dividido em Circulante e Não Circulante e dentro dos mesmos existem alguns subgrupos. Do lado direito, temos: O Passivo. Que é dividido em Circulante, Não Circulante e Patrimônio Liquido. Esta forma de organização não é à toa. Ela visa facilitar a leitura, interpretação e análise do patrimônio da empresa, em determinado momento. Esta análise, ou seja, essa interpretação contribuirá para tomada de decisões tanto no âmbito interno, através de seus gestores, tais como: comprar à vista ou a prazo, financiar uma máquina no curto ou longo prazo, qual a quantidade estoques, reduzir custos, produzir mais, alugar ou comprar equipamentos. Quanto, no âmbito externo, através dos investidores, fornecedores, bancos, sindicatos, governo e outros interessados, que analisam a situação econômico-financeira da empresa para decidir qual a melhor alternativa de investimentos, qual a capacidade de pagamento, se aprova linhas de créditos, discutirem qual o volume de reajustes salariais, dentre outros. Observamos então que as organizações necessitam tomar decisões e para isto necessita de dados, informações, subsídios que contribuam para a correta decisão. A responsabilidade por transmitir os dados e informações que colaborem para o processo de tomada de decisões, visando à continuidade da organização, é a contabilidade. Esta coleta os dados, registra-os, condensa-se em relatórios e os transmitem aos seus usuários para tomada de decisões. Partindo do Relatório Contábil apresentado acima, discorreremos sobre a contabilidade. Seu conceito, a quem ela atende seu objeto de estudo, suas técnicas, dentre outras informações, que darão a vocês condições de compreensão, análise e interpretação, da situação patrimonial da empresa, dando-os subsídios na tomada de decisão. Elaboração: Prof. M.SC. Welinghton Spencer Revisão: Profª. M.SC. Patrícia Diniz 5 2. CONTABILIDADE 1.1 Conceito A função principal da contabilidade é a prestação de informações para a tomada de decisão. Vários são os conceitos dados à contabilidade. MARION (2004, p.26) diz que “A contabilidade é o instrumento que fornece o máximo de informações úteis para a tomada de decisões dentro e fora da empresa”. Enquanto HORNGREN ET AL (apud Ching et al, 2004, p.4) afirma que a contabilidade é “O sistema de informações que mede as atividades dos negócios, processa as informações em relatórios e comunica os resultados para os tomadores de decisão”. E LUNKES (2004, p.58) cita que a “Contabilidade é um instrumento da função administrativa que tem como finalidades controlar o patrimônio, apurar o resultado e prestar informações aos seus usuários”. A contabilidade realiza as operações de entradas, transformação e saídas, nas quais essas últimas são informações que contribuirão para que diversas pessoas sejam elas físicas ou jurídicas internas ou externas, tomem decisões que visem à continuidade da entidade, comotambém dos seus negócios. 1.2 Ramos de atuação da contabilidade Segundo LUNKES (2004, p57) “A contabilidade divide-se em dois grandes ramos de atuação, a contabilidade financeira e a contabilidade gerencial”. A contabilidade financeira, também conhecida como contabilidade geral atende a todos os tipos de entidades, segue normas e princípios contábeis no que diz respeito aos registros dos fatos, como também, segue o que determina a legislação (Leis, Decretos, Regulamentos, Códigos), referente à elaboração de relatórios contábeis, também denominados “Demonstrativos Financeiros”. A contabilidade financeira atende principalmente aos usuários externos, tais como, os proprietários (que não estão exercendo atividade administrativa na empresa), bancos, acionistas, fornecedores, governo. Os Demonstrativos Contábeis, elaborados dentro das exigências legais, servem Elaboração: Prof. M.SC. Welinghton Spencer Revisão: Profª. M.SC. Patrícia Diniz 6 de análise e interpretação, do desempenho econômico e financeiro, através de índices, tais como: indicadores de liquidez, rentabilidade, endividamento, atividade, dente outros. A contabilidade gerencial atende aos usuários internos. O foco é o desempenho operacional por meio de informações financeiras e não financeiras que contribuam para que os gestores das empresas tomem decisões visando alcançar os objetivos da organização. Os gestores usam as informações obtidas para escolher, comunicar, implementar estratégia, como também para coordenar o projeto do produto ou serviços, a produção dos mesmos e a comercialização. 1.3 Usuários da Contabilidade Segundo CHING et al (2004, p.6) “é comum à contabilidade ser chamada de a linguagem dos negócios e que quanto melhor você entender essa linguagem, melhores serão suas decisões de negócios. Isso o torna um usuário da informação contábil”. As pessoas que têm interesse na informação contábil são chamadas de usuários da contabilidade, cada uma dessas pessoas com o seu grau de interesse. Com isso, pode-se afirmar que qualquer pessoa é usuário da contabilidade, seja pessoa física ou jurídica, proprietários de empresas ou simplesmente proprietário de uma conta corrente, diretores, bancos, fornecedores, administradores, funcionários, concorrentes, governo, dentre outros. Para um melhor entendimento dos usuários da contabilidade, seguem abaixo alguns usuários da contabilidade e seus interesses nas informações contábeis. • Administradores – São pessoas responsáveis diretamente pela manutenção das atividades das empresas, informações sobre os produtos mais rentáveis, os que devem continuar no processo, o que comprar, como comprar, avaliar o resultado da empresa, realizar o planejamento Elaboração: Prof. M.SC. Welinghton Spencer Revisão: Profª. M.SC. Patrícia Diniz 7 das atividades empresariais dentre outras. Essas informações serão obtidas através da contabilidade; • Acionistas – Os interesses dessas pessoas partem em decidir em qual negócio investir, quanto investir, avaliar o retorno esperado do investimento, para isso necessitam do acompanhamento das empresas e isto é feito através dos demonstrativos financeiros publicados em jornais, ou através dos sites da própria empresa; • Pessoas Físicas – As necessidades são variadas: você pode ser um investidor e por isso precisará das informações contábeis da mesma forma que os acionistas. Tendo uma conta bancária, necessitará das informações prestadas pelo banco no seu extrato bancário para observar a movimentação dos seus recursos. Esses dados são provenientes da contabilidade bancária; • Bancos – Conceder um empréstimo ou um financiamento é uma atividade de grande risco. Para diminuir esse risco, as instituições financeiras buscam os relatórios contábeis das empresas que solicitaram empréstimos em dinheiro ou financiamento de bens, a fim de que sejam observadas a capacidade de pagamento da empresa, sua liquidez, seu grau de endividamento. Dessa forma os bancos realizam uma análise, caso a empresa não possua informações satisfatória, provavelmente o empréstimo ou o financiamento não será concedido; • Fornecedores – Esses agem da mesma forma que as instituições financeiras, pois irão financiar os bens (mercadorias, material de consumo) para as empresas e caso estas não apresentem em seus relatórios contábeis, liquidez e capacidade de pagamento, por exemplo, há uma tendência do não fornecimento dos bens; • Concorrentes – Como a nossa legislação obriga algumas empresas a publicarem os demonstrativos contábeis em jornais, os concorrentes podem comparar seus relatórios e avaliarem, por exemplo, o volume de Elaboração: Prof. M.SC. Welinghton Spencer Revisão: Profª. M.SC. Patrícia Diniz 8 vendas, a margem do resultado operacional, o nível de despesas por centro de custos, dentre outras informações e desenvolver novas estratégias de vendas; • Funcionários – O bom desempenho da empresa é importante também para a manutenção do emprego. Resultados positivos obtidos pelas empresas geram perspectivas de melhorias salariais, participações nos resultados e incentivos salariais indiretos. Tendo o funcionário informações dos resultados da empresa e esses sendo bons, darão mais tranqüilidade ao funcionário; • Governo – O estado para a sua manutenção, precisa de recursos e esses são obtidos tanto das pessoas físicas como das pessoas jurídicas. Estas são tributadas de várias maneiras. Para alguns tributos, as empresas são meras arrecadadoras, tais como: o imposto sobre serviços – ISS, de competência municipal, o imposto sobre circulação de mercadorias e serviços – ICMS, de competência Estadual, o imposto sobre produtos industrializados – IPI, de competência federal. Enquanto que para outros, a empresa é contribuinte direto, a exemplo do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica – IRPJ e a contribuição social sobre o lucro líquido – CSLL, que são tributos cobrados das empresas com base nos seus lucros tributáveis. Todo o controle, cálculo, recolhimento e pagamento são realizados pelas empresas e o governo nas suas fiscalizações, solicitará as informações contábeis para verificar se tudo esta sendo feito dentro do que reza a legislação fiscal. 1.4 A quem atende a Contabilidade Como já foi citado, várias são as pessoas que têm interesse na informação contábil. Essas pessoas são denominadas de pessoas Físicas ou pessoas Jurídicas. Elaboração: Prof. M.SC. Welinghton Spencer Revisão: Profª. M.SC. Patrícia Diniz 9 • Pessoa Física (PF) – É o ser natural, ou seja, todo ser humano. Sua existência termina com morte. • Pessoa Jurídica (PJ) – É a união de indivíduos que, através de um contrato reconhecido por lei, forma uma nova pessoa, com personalidade distinta da de seus membros. Essas pessoas podem ser constituídas com fins lucrativos (hotéis, pousadas, lojas, restaurantes, indústrias, etc) ou sem fins lucrativos (cooperativas, associações culturais, religiosas etc). A pessoa jurídica pode ser constituída de diversas modalidades, conforme tratado no novo código civil (Lei n 1.406/02). Duas formas mais comuns de constituição de empresa é a sociedade anônima ou a sociedade limitada. Para estas vamos tecer alguns comentários. • Sociedades Limitadas – Possuem como característica principal, a constituição do seu capital social que é dividido em quotas de participação. Os participantes desse tipo societário são denominados sócios ou quotistas e o documento base de sua constituição é o Contrato Social. A elaboração dos Demonstrativos Financeiros é obrigatória, entretanto a sua publicação, não; • Sociedades Anônimas – O Código Civil, no seu artº 1.089 diz que este tipo societário será regido porlei especial, no caso a Lei 6.404/76, conhecida como lei das sociedades anônimas. Possui como característica principal, com relação ao tipo societário, a divisão do seu capital social, que é feita em partes iguais, denominadas ações. Os participantes deste tipo societário são denominados acionistas e o documento base de sua constituição é o Estatuto Social. As empresas constituídas sob este tipo societário são obrigadas a elaborar os Demonstrativos Contábeis, como também, devem publicá-los no diário oficial e em jornal de grande circulação de onde se encontram instaladas. Outra característica marcante das Sociedades Anônimas em relação a Sociedades Limitadas, é que, aquelas, podem ser de Capital Aberto e de Capital Fechado. Elaboração: Prof. M.SC. Welinghton Spencer Revisão: Profª. M.SC. Patrícia Diniz 10 � Capital Fechado – Suas ações não são negociadas em Bolsa de Valores. Os acionistas são limitados aos que constam no Estatuto Social; � Capital Aberto – Suas ações são negociadas em Bolsa de Valores e qualquer pessoa, física ou Jurídica, pode se tornar acionista da empresa. Geralmente quem determina a forma de constituição societária são as pessoas envolvidas no negócio, ou seja, os futuros sócios ou acionistas. Entretanto, em alguns casos existe uma determinação para o tipo societário a depender do ramos de atividade da empresa. No momento da definição do tipo societário que a pessoa jurídica irá ser constituída, torna-se interessante observar todos os detalhes relacionados às obrigações e aos direitos, pois como existe a legislação fiscal que trata da forma de tributação das empresas, a escolha correta do tipo societário pode trazer benefícios diante dessa legislação. Orienta-se a consulta ao contador e a um advogado antes de abrir uma empresa de qualquer ramo de atividade. Como a contabilidade pode ser feita tanto para as pessoas físicas como para as pessoas jurídicas. Nesta disciplina o enfoque será voltado para uma contabilidade que atenda a pessoa jurídica, com fins lucrativos. 1.5 Objeto da Contabilidade Como toda ciência, a contabilidade também possui seu objeto de estudo. E este objeto de estudo é o patrimônio. 1.6 Patrimônio Define-se patrimônio como “um conjunto de bens, direito e obrigações". Com base nessa definição, é fácil perceber que muitas vezes definimos patrimônio de forma, Elaboração: Prof. M.SC. Welinghton Spencer Revisão: Profª. M.SC. Patrícia Diniz 11 digamos, incompleta. Quem já não fez uma dessas afirmações: “que patrimônio tem essa empresa, ela é muito rica”; “Fulano de tal é muito rico, você viu o carro dele, a mansão que ele tem?”. Pois bem, essa avaliação de patrimônio só está levando em consideração parte do que podemos dizer “patrimônio Bruto”. Realmente existe um patrimônio, entretanto a riqueza da empresa ou da pessoa física não pode ser medida dessa maneira. De acordo com a definição, para que se possa dizer que uma pessoa tem riqueza líquida, devem-se somar os bens mais os direitos e subtrair as obrigações. (BENS + DIREITOS) – OBRIGAÇÕES = RIQUEZA LÍQUIDA Muito bem! Agora faça uma análise minuciosa do seu patrimônio. Será que você tem riqueza líquida? Para confirmar, some todos os seus bens, seus direitos a receber e subtraia das suas obrigações. Continuando o estudo do patrimônio, o próximo passo será a definição dos componentes patrimoniais: • Bens – Podemos dizer que são coisas úteis capazes de satisfazer as necessidades das pessoas ou das empresas. Exemplos: Prédios, dinheiro, veículos, feira, máquinas. Possuindo forma física, matéria, sendo palpável, dizemos ser um bem Tangível. Não possuindo matéria, não sendo palpável, denomina-se Intangível. Exemplo de um bem intangível: Marcas, patentes. O nosso código civil também classifica os bens em: Bens Móveis, que são aqueles que podem ser removidos por si próprios ou com ajuda de terceiros. São exemplos de bens móveis: carro, máquinas, móveis e utensílios. Bens Imóveis, quando vinculados ao solo, não podendo ser removido sem sua destruição, exemplos dos bens imóveis: casa, prédio, árvores. Podemos dividi-los, também, em bens de uso, que são aqueles bens que a empresa utiliza nas suas atividades, tais como: computadores, mesas de escritórios, cadeiras, etc. Os bens de consumo são bens utilizados na empresa e após consumidos geram despesas, tais como: papel, material de limpeza, dentre outros. E os bens Elaboração: Prof. M.SC. Welinghton Spencer Revisão: Profª. M.SC. Patrícia Diniz 12 de troca são mais comum nas atividades comerciais, tais como, mercadorias comercializadas, bebidas, comidas, etc.. • Direitos – São conhecidos como, bens que está em poder de terceiros. Outra forma de defini-lo é quando se tem o poder de exigir algo de alguém. Na atividade hoteleira, por exemplo, o direito surge, quando a empresa deposita o dinheiro no banco, presta serviço de hospedagem a prazo. Nesse momento, a empresa tem o direito de exigir do banco seu dinheiro que foi depositado, como também de seus clientes o valor da hospedagem. Duplicatas a Receber, Bancos Conta Corrente, Títulos a Receber, são exemplos de componentes patrimoniais que representam direitos a receber. • Obrigações – São as dívidas da empresa com outras pessoas. MARION (2004, p.37) afirma que “Em contabilidade tais dívidas são denominadas obrigações exigíveis, isto é, compromissos que serão reclamados, exigidos: pagamento na data do vencimento”. São exemplos de obrigações nas empresas: salários a pagar, fornecedores, títulos pagar, impostos a pagar, contas a pagar (água, energia, telefone); • Patrimônio Líquido – É a parte que sobra do patrimônio para a pessoa ou empresa, após a aplicação da equação: (Bens + Direitos) – Obrigações. É a forma de se medir a riqueza líquida da entidade. Sendo denominada de Patrimônio Líquido. Fique Atento! A partir de agora se você deseja medir o patrimônio de uma pessoa ou empresa, não fique restrita à apresentação visual dos seus bens, pois, os mesmos podem estar comprometidos com as obrigações. Por exemplo, a empresa possui um prédio, onde se encontra instalada. Dentro dele existem móveis e utensílios, máquinas, equipamentos e computadores; entretanto, boa parte desses bens está financiada. Para representar o patrimônio pode-se fazer uso de dois aspectos: Elaboração: Prof. M.SC. Welinghton Spencer Revisão: Profª. M.SC. Patrícia Diniz 13 • Qualitativo – Diz respeito aos componentes do patrimônio, ou seja, que tipos de bens, direitos e obrigações que a empresa possui. Estes componentes são representados através de “contas contábeis”. Por exemplo: o dinheiro é representado no patrimônio através da conta contábil “Caixa” ou “Bancos Conta Corrente”; Os serviços de hospedagens oferecidos aos seus hóspedes, a prazo, são representados pela conta contábil “Duplicatas a Receber”; A obrigação com os fornecedores de mercadorias, são demonstradas na conta contábil “Fornecedores”; os recursos investidos pelos proprietários, na entidade, são demonstrados na conta contábil “Capital Social”; O conjunto móveis, cadeiras, armários, birôs, são representados através da conta contábil “Móveis e Utensílios”. Podemos então definir conta contábil como a representação qualitativa dos componentes patrimoniais (bens, direitos e obrigações) e de suas variações (receitas e despesas), estas serão tratadas mais adiante. • Quantitativo – Diz respeito à quantificação dos componentes patrimoniais, ou seja, quanto a empresa tem de dinheiro, máquinas, móveis e utensílios, diárias a receber, duplicatas a receber, títulos a receber, salários a pagar, fornecedores, etc.PATRIMÔNIO - Dinheiro - Máquinas - Móveis e Utensílios - Dupl. A Receber - Títulos a Receber - Salários a Pagar - Fornecedores Qualitativo Elaboração: Prof. M.SC. Welinghton Spencer Revisão: Profª. M.SC. Patrícia Diniz 14 Agora, após estes conceitos iniciais, retorne ao relatório contábil apresentado no início do nosso estudo e identifiquem: os bens, direitos e obrigações e diga se a empresa apresenta riqueza líquida e de quanto? Conforme mencionado anteriormente, a contabilidade condensa os dados em relatórios para seus usuários tomar decisões. Um dos relatórios elaborados pela contabilidade através da condensação dos dados é o Balanço Patrimonial, o qual será conhecido no item que segue. 1.7 Balanço Patrimonial: introdução O Balanço Patrimonial representa a posição estática da situação patrimonial da empresa, num dado momento. Sua forma de apresentação vem em duas colunas, onde a coluna do lado esquerdo representa o Ativo e a do lado direito Passivo e Patrimônio Líquido. Segundo MARION (2004, p.52) “O Balanço Patrimonial é o mais importante relatório gerado pela contabilidade. Através dele pode-se identificar a saúde financeira e econômica da empresa no fim do ano ou em qualquer data prefixada”. PATRIMÔNIO - Dinheiro.................... 500 - Máquinas................ 1.000 - Móveis e Utensílios....700 - Dupl. A Receber........300 - Títulos a Receber......100 - Salários a Pagar....200 - Fornecedores.........300 Quantitativo Elaboração: Prof. M.SC. Welinghton Spencer Revisão: Profª. M.SC. Patrícia Diniz 15 Para um melhor entendimento segue abaixo um detalhamento dos componentes do Balanço Patrimonial. • Ativo – Conjunto de Bens e Direitos de uma entidade. Para um componente pertencer ao ativo, tem que possuir quatro características concomitantes: Ser um bem ou um direito, ser de propriedade da empresa, mensurável monetariamente e trazer benefícios presentes ou futuros para a empresa (MARION: 2000); • Passivo – São as obrigações para com terceiros, tais como: fornecedores, duplicatas a pagar, imposto a recolher, empréstimos bancários, financiamentos. Também conhecido, como passivo exigível, pois, na data do vencimento os terceiros irão cobrar da empresa seus recursos; • Patrimônio Líquido – Representa a riqueza líquida da empresa. É constituído pelos recursos dos proprietários aplicados na empresa, denominado Capital Social e pelos rendimentos desse capital aplicado na empresa (lucro ou prejuízo). O Patrimônio Líquido é também conhecido como passivo não exigível, pois, os valores ali expressos pertencem aos proprietários, entretanto, estes não irão cobrar da empresa o seu recurso, como ocorre com os fornecedores (capital de Terceiros), por exemplo. Segundo MARION (2000, p35) “No Patrimônio Líquido, temos as obrigações com os proprietários da empresa. Entretanto, os proprietários, por lei, não podem reclamar a restituição do seu dinheiro investido; por isso, este grupo também é conhecido como Não Exigível”. Sabemos agora que o patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações, que estes são apresentados em forma de relatórios contábeis ou demonstrações financeiras, denominada de Balanço Patrimonial. Que ao conjunto de bens e direitos nós denominamos Ativo, as obrigações de Passivo e a diferença entre: Bens + Direitos – Obrigações; é denominada de Patrimônio Líquido. Elaboração: Prof. M.SC. Welinghton Spencer Revisão: Profª. M.SC. Patrícia Diniz 16 Para explicar a estrutura do Balanço Patrimonial, apresentada no início de nosso estudo, em seus detalhes, é interessante falar, primeiro, sobre os “Relatórios Contábeis” ou “Demonstrações Contábeis”, pois assim perceberão a sua real necessidade. 3. RELATÓRIOS CONTÁBEIS SEGUNDO MARION (1998, p.52) “Relatório contábil é a exposição resumida e ordenada de dados colhidos pela contabilidade”. O objetivo dos relatórios é apresentar os dados coletados de uma forma que o usuário possa entender interpretar e, conseqüentemente, receber uma contribuição para a tomada de decisão. Vários são os tipos dos relatórios. Existem os obrigatórios e aqueles em que não há nenhuma exigibilidade de elaboração e publicação. Estes são elaborados de acordo com as necessidades dos gestores (Administradores). Por exemplo: o departamento de logística necessita de uma informação em que conste o volume de aquisições de matéria-prima deverá ser adquirido para a indústria. Esse tipo de relatório é interno, portanto a única exigibilidade da sua elaboração parte do administrador da empresa, não tendo nenhuma exigência legal. Existem também os relatórios obrigatórios para as empresa; que são denominados Demonstrativos Contábeis ou Demonstrativos Financeiros. Todas as empresas devem elaborar os Demonstrativos Financeiros (Contábeis), independentemente de seu tipo societário ou atividade. O novo Código Civil brasileiro (Lei nº. 10.406/02), que agora dedica parte para o tratamento às empresas, determina quais os Demonstrativos Contábeis que as empresas deverão elaborar. Elaboração: Prof. M.SC. Welinghton Spencer Revisão: Profª. M.SC. Patrícia Diniz 17 Sendo obrigatório ou não a depender do tipo de sociedade que a empresa foi constituída. Cabe a empresa verificar em qual tipo societário encontra-se constituída e observar a legislação pertinente com relação aos tipos de relatórios financeiros que estão obrigadas a elaborarem. A exigibilidade de elaboração é estendida a todo tipo societário; o que muda é o quantitativo de relatórios, como também a exigibilidade de publicação. Esta cabe às sociedades anônimas, principalmente as de capital aberto. Isso não quer dizer que a sociedade limitada não possa publicar. Ela simplesmente não está obrigada. O período determinado por lei para elaboração dos demonstrativos corresponde a cada exercício social, sendo este um período de doze meses, não necessariamente coincidente com o ano civil, que é de 01 de janeiro a 31 de dezembro. Entretanto, como a legislação fiscal exige o encerramento para o Imposto de Renda, no mês de dezembro de cada ano, as empresas consideram o exercício social igual ao ano civil, pois, atendem às exigências de elaboração, como também a fiscal (tributária). Conforme mencionado anteriormente, os hotéis podem ser constituídos como Sociedade Limitada ou Sociedade Anônima. No caso da Sociedade Limitada a obrigatoriedade legal é de elaborar alguns relatórios, tais como o Balanço Patrimonial (BP), a Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) e a Demonstração do Lucro ou Prejuízo Acumulado (DLPA), porém não são obrigadas a tornar pública tais informações. Enquanto que, na sociedade anônima a exigência de elaboração dos demonstrativos contábeis são bem maiores. As Sociedades Anônimas são obrigadas a elaborar o Balanço Patrimonial (BP), a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), a Demonstração do Lucro e Prejuízo Acumulado (DLPA), a Demonstração da Mutação do Patrimônio Líquido (DMPL), a Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC), a Demonstração do Valor Adicionado (DVA), notas explicativas e parecer dos auditores independentes. Porém, só são obrigados a Elaboração: Prof. M.SC. Welinghton Spencer Revisão: Profª. M.SC. Patrícia Diniz 18 tornar público esse relatórios aquelas sociedades anônimas que possuir negociação em bolsa de valores, ou seja, as Sociedades Anônimas de Capital Aberto. Vocês devem está se perguntando o que significa DLPA? E DFC? Pois bem, no próximo item serão detalhadas todas as demonstrações que as empresas são obrigadas a elaborar. 2.1Tipos de Demonstrações Financeiras (Contábeis) As Principais Demonstrações exigidas por lei são: • Balanço Patrimonial – BP; • Demonstração do Resultado do Exercício – DRE; • Demonstração de Lucros e/ou Prejuízos Acumulados – DLPA O Novo Código Civil, Lei 10.406/02 no seu artº 1.179, diz que as empresas são obrigadas a levantar anualmente: • Balanço Patrimonial; • Resultado Econômico Esse Relatório de Resultado Econômico, também denominado, no mesmo Código, como Demonstração de Lucros e Perdas, era a denominação utilizada antes da Lei das Sociedades por Ações e incluía também a distribuição de lucros. Hoje correspondem à Demonstração do Resultado do Exercício – DRE e à Demonstração de Lucros e/ou Prejuízos Acumulados – DLPA. Então o entendimento é que o Demonstrativo Contábil, Resultado Econômico, determinado no Novo Código Civil, corresponde à DRE e à DPLA, atuais. Contudo, a classe contábil, considerou infeliz essa alteração dada pelo Novo Código Civil. (MARION: 2004). Como as Sociedades Anônimas são regidas por lei especial, não se enquadram nestas exigências do Código Civil. A Lei 6.404/76 que rege as Sociedades Anônimas sofreu algumas alterações deste a sua implantação. A mais recente foi em dezembro de 2007, através da Lei Elaboração: Prof. M.SC. Welinghton Spencer Revisão: Profª. M.SC. Patrícia Diniz 19 11.638/07, que entrou em vigor a partir de janeiro de 2008. Houve alteração com relação às Demonstrações Contábeis. Ao fim de cada exercício social, deverão ser elaboradas as seguintes Demonstrações Contábeis: • Balanço Patrimonial – BP; • Demonstração do Resultado do Exercício – DRE; • Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados – DLPA; • Demonstração dos Fluxos de Caixa; • Demonstração do Valor Adicionado (para as Companhias de Capital Aberto) Para as Sociedades Anônimas de Capital Fechado com Patrimônio Líquido, na data do Balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões) não é preciso elaborar e divulgar a Demonstração dos Fluxos de Caixa. Uma outra alteração que merece destaque é a definição de empresa de grande porte, dada pela lei. • Sociedade de Grande Porte – Sociedades ou conjunto de sociedades sobre controle comum que tiverem, no exercício anterior: � Ativo Total superior a R$ 240.000.000,00 (duzentos e quarenta milhões), ou; � Receita Bruta anual superior a R$ 300.000.000,00 (trezentos milhões). A partir da lei 11.638/07, as sociedades de grande porte, ainda que não constituídas sob a forma de Sociedade Anônima de Capital Aberto, deverão seguir as disposições da Lei 6.404/76, no que tange à escrituração e elaboração de Demonstrativos Financeiros e a obrigatoriedade de auditoria independente. A estrutura dos demonstrativos financeiros é tratada pela lei 6.404/76, com as alterações trazidas pela Lei 11.638/07. Contudo, a sociedade limitada determina que a estrutura dos demonstrativos financeiros, aos quais ela se encontra obrigada a elaborar, desde que não firam a legislação, poderão seguir o que determina a lei 6.404/76. Elaboração: Prof. M.SC. Welinghton Spencer Revisão: Profª. M.SC. Patrícia Diniz 20 2.1.1 Estrutura dos Demonstrativos Financeiros Neste momento serão apresentados os Demonstrativos Financeiros obrigatórios, de forma individualizada, em que serão tratados, conceito, conteúdo e estrutura. Os Demonstrativos Financeiros tratados serão: • Balanço patrimonial - BP; • Demonstração do Resultado do Exercício - DRE; 2.1.1.1 – Balanço Patrimonial Segundo (LUNKES, 2004, p.71) “O balanço patrimonial é a demonstração destinada a evidenciar, quantitativamente e qualitativamente, o patrimônio da empresa naquele momento”. Representa uma posição estática dos componentes patrimoniais, em determinada data, é uma fotografia dos bens direitos e obrigações exigíveis e não exigíveis da empresa na data específica. Para facilitar a leitura, a interpretação e a análise do referido relatório, simplesmente dispor as contas em Ativos, Passivos e Patrimônio Líquido, pouco contribuiria para isso. Abaixo segue uma apresentação dos principais grupos do Balanço Patrimonial, organizado segundo as exigências legais. BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO PASSIVO Circulante Circulante Elaboração: Prof. M.SC. Welinghton Spencer Revisão: Profª. M.SC. Patrícia Diniz 21 Só em observar a estrutura, pode-se perceber que, apesar de ser uma posição estática da situação patrimonial, os grupos têm uma relação com giro: Circulante e Não Circulante. Os grupos dispostos primeiramente giram com mais rapidez. Pois bem, a questão de giro realmente existe e isso tem a ver com prazos de recebimentos e pagamentos. O giro tratado tem relação ao ciclo do processo operacional da empresa. A empresa, por exemplo, qual é o giro de seu processo? Inicia-se com a reserva e conclui- se com o recebimento pela prestação do serviço, que não necessariamente ocorre na saída do hóspede. Para melhor compreender esse giro operacional, considere como exemplo, um hóspede que não ultrapassa o período de 12 meses, ou seja, o ciclo do serviço e recebimento. Isso pode também ser observado em outros tipos de empresas, sejam elas comerciais industriais e serviços. O Circulante apresentado no Ativo é composto por um grupo de contas que, ou representam dinheiro disponível ou possuem esta capacidade de transformação, realização, dentro de um prazo de no máximo doze meses, contados da data do balanço. Não Circulante Realizável em Longo Prazo Investimentos Imobilizado Intangível Não Circulante Exigível em Longo Prazo Patrimônio Líquido Elaboração: Prof. M.SC. Welinghton Spencer Revisão: Profª. M.SC. Patrícia Diniz 22 Exemplos: Caixa, Bancos conta corrente, Diárias a Receber, Mercadorias para Revenda, Impostos a Recuperar, Almoxarifado, Despesas Antecipadas. O Circulante apresentado no Passivo representa as obrigações (dívidas), operacionais, que se vencem no prazo máximo de um ano, contando da data do Balanço. São as dívidas do dia-a-dia das operações da empresa. Por exemplo: Fornecedores, Salários a Pagar, Encargos Sociais a Recolher, Imposto a Pagar, Empréstimos e Financiamentos. Agora, vem o grupo do Não Circulante, e dentro do mesmo existem, do lado do Ativo, o Realizável em Longo Prazo, e do lado do Passivo o Exigível em Longo Prazo que representa valores a receber e a pagar, num espaço de tempo maior. No lado do Ativo são os valores que a empresa irá demorar um pouco mais a receber, devido ao prazo dado. No lado do Passivo, são as dívidas que a empresa irá demorar mais tempo para pagar, também devido ao prazo, agora o recebido. BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO PASSIVO Circulante Circulante Não Circulante Realizável em Longo Prazo Investimentos Imobilizado Intangível Não Circulante Exigível em Longo Prazo Patrimônio Líquido Elaboração: Prof. M.SC. Welinghton Spencer Revisão: Profª. M.SC. Patrícia Diniz 23 Por último, no lado do Ativo, surgem os Investimentos; que representam aquisições de bens e direitos não destinados à venda e que contribuem para geração de um ganho não operacional; Imobilizado; e o Intangível, grupos estes, que a empresa mantém sua estrutura de funcionamento. São as máquinas, móveis e utensílios, prédios, terrenos, marcas e patentes. Esses não se destinam à venda, por isso não se pode falar em perspectiva de se transformarem em dinheiro. Na verdade, eles contribuem para quea empresa obtenha receitas, seja no funcionamento do mesmo ou com rendas geradas por eles. No lado do Passivo vem o Patrimônio Líquido, são os valores que não serão cobrados, exigidos, enquanto a empresa estiver em continuidade. Representados pelos Investimentos feitos pelos proprietários e o retorno desse investimento. BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO PASSIVO Circulante Circulante Não Circulante Realizável em Longo Prazo Investimentos Imobilizado Intangível Não Circulante Exigível em Longo Prazo Patrimônio Líquido BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO PASSIVO Circulante Circulante Não Circulante Realizável em Longo Prazo Investimentos Imobilizado Intangível Não Circulante Exigível em Longo Prazo Patrimônio Líquido Elaboração: Prof. M.SC. Welinghton Spencer Revisão: Profª. M.SC. Patrícia Diniz 24 Os prazos e a liquidez são observados na estrutura do Balanço. Circulante ou Curto Prazo são os valores a receber ou a pagar, num prazo máximo de um ano, contado da data do Balanço. Longo prazo são valores a receber ou a pagar, no prazo acima de um ano, contado da data do Balanço. Com relação à liquidez, o que possui capacidade de recebimento de forma mais rápida, dentro do ciclo operacional da empresa, No passivo, virá classificado primeiro as contas que vencem mais cedo, sofrendo assim uma maior exigibilidade, e por fim as contas que não são exigidas. Abaixo, detalharemos os grupos e subgrupos do Balanço Patrimonial de acordo como determinam os artigos da Lei 6.404/76 com as alterações trazidas pela Lei 11.638/07, que tratam da estrutura. 2.2 Estrutura do Balanço Patrimonial segundo a Lei 6.404/76 e suas alterações. 2.2.1 – Ativo As contas no ativo serão dispostas em ordem decrescente do seu grau de liquidez. Essa liquidez refere-se à capacidade de realização, transformação dos componentes deste grupo em dinheiro. Isso dentro do Ciclo Operacional, como já foi demonstrado anteriormente. 2.2.1.1 – Ativo Circulante Classificam-se no ativo circulante os bens e direitos com capacidade de realização, no prazo máximo de até um ano, contado da data do balanço. Este grupo encontra-se dividido em: • Disponibilidades – Representa o próprio dinheiro que se encontra disponível para a empresa. Exemplo: Caixa, Bancos, Aplicação Financeira de Liquidez Imediata; Elaboração: Prof. M.SC. Welinghton Spencer Revisão: Profª. M.SC. Patrícia Diniz 25 • Direitos Realizáveis – São os bens e direitos com capacidade de realização em até doze meses, contado da data do balanço. Não representam o dinheiro disponível, e sim o direito ou o bem com capacidade de transformação. São os Direitos a Receber, proveniente de vendas de mercadorias ou prestação de serviços a prazo, Diárias a Receber, Valores a Receber de Agências de Viagens e Turismo, Cartão de Crédito, os estoques de mercadorias destinadas à venda, como também, para uso, tais como, material de limpeza, escritório, alimentos; aplicações financeiras. Contudo, nem todos os valores a receber ou a vencer, deverão estar classificados dentro desse grupo, mesmo mantendo a capacidade de realização e o prazo de no máximo doze meses. Isso em virtude de não fazerem parte da atividade principal da empresa. Por exemplo, a empresa empresta dinheiro a uma empresa do mesmo grupo empresarial, a empresa poderá até recebê-lo no outro dia. O fato foi gerado com empréstimo do dinheiro, surgindo um Direito a Receber. Acontece que a atividade principal do negócio da empresa não é empréstimo de dinheiro. Então, a classificação deste Direito a Receber não será feita neste grupo. • Despesas Antecipadas O princípio contábil da Competência diz que o fato gerador da despesa é o seu consumo. No momento da aquisição de um componente desse grupo do ativo, o consumo ainda não existiu, por isso, não é despesa nesse momento. À medida que forem utilizados, será classificado como despesas diminuindo conseqüentemente o saldo desse grupo no ativo. São exemplos de despesas antecipadas: assinatura de Jornais e Revistas, IPTU, IPVA, Seguros. Digamos que no início de janeiro do ano “x”, a empresa realize a assinatura de uma Revista, especializada em construção civil, por um período de doze meses, no valor de R$ 1.200. Com base no fato gerador Elaboração: Prof. M.SC. Welinghton Spencer Revisão: Profª. M.SC. Patrícia Diniz 26 da despesa, o consumo, ainda não existiu. Sendo assim, a empresa deverá ativar esse valor no grupo de Despesas antecipadas. À medida que os meses forem passando o consumo vai sendo realizado e esse valor vai sendo considerado como despesa. O procedimento é o seguinte: No momento da assinatura, o valor será ativado, ou seja, será registrado no ativo circulante por ser um direito de receber as revistas por 12 meses. A cada mês será considerada despesa um doze avos (1/12) desse valor por causa da perda do direito, ou seja, pelo consumo. 2.2.1.2 Ativo Não Circulante São incluídos neste grupo todos os bens de permanência duradoura, destinados ao funcionamento normal da sociedade e do seu empreendimento, assim como os direitos exercidos com essa finalidade. É composto dos seguintes subgrupos: Realizável em Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível. 2.2.1.2.1 Realizável em Longo Prazo. Serão classificados nesse grupo os bens e direitos com capacidade de realização superior a doze meses da data do balanço. Por exemplo: diárias a receber em longo prazo, aplicações financeiras em longo prazo, contratos de seguros em longo prazo, e bens e direitos independentemente de prazo que não façam parte da operação principal da empresa. Nesse caso estão incluídos empréstimos a Diretores, empréstimos a Empresas Coligadas e Controladas, bens imóveis ou móveis da empresa que serão vendidos. Elaboração: Prof. M.SC. Welinghton Spencer Revisão: Profª. M.SC. Patrícia Diniz 27 2.2.1.2.2 Investimentos São aquisições de bens e direitos não destinados à venda e que podem contribuir para geração de renda para a empresa. Entretanto, essa renda não está relacionada à atividade principal da empresa. Como exemplo: investimentos em ações de outras empresas, aquisição de obras de arte, terrenos, prédios que não serão utilizados na atividade principal da empresa. Imagine que a empresa adquira um novo prédio. Aluga-o a terceiros. Ora, esse aluguel irá gerar uma renda. Como o aluguel de imóveis não é atividade principal da empresa classificaremos no Ativo Não Circulante Investimento. 2.2.1.2.3 Imobilizado Os componentes deste grupo representam a infra-estrutura para o funcionamento da empresa. São os móveis e utensílios, as máquinas e equipamentos, ferramentas, veículos, o prédio onde se encontra instalado a empresa. Esses itens também não são destinados à venda. O que os difere do Investimento é que contribuem para a manutenção da atividade principal dos negócios da empresa, não geram renda diretamente, entretanto contribuem para isso. Segundo MARION (2004, p.208) “entende-se por ativo Imobilizado todo ativo de natureza relativamente permanente, que se utiliza na operação dos negócios de uma empresa e que não se destina à venda”. A natureza relativamente dita pelo autor se refere à durabilidade do bem. Nesse caso, deve-se considerar acima de um ano. Os bens desse grupo são tangíveis e parte dele sofre desgaste. A representação da diminuição desse grupo pelo seu uso, desgaste, na empresa, é denominado depreciação. 2.2.1.2.4 Intangível Elaboração: Prof. M.SC. Welinghton Spencer Revisão: Profª. M.SC. Patrícia Diniz28 Com a entrada em vigor, desde janeiro de 2008, da Lei nº 11.638/07, que alterou alguns artigos da Lei nº 6.404/76, lei das sociedades anônimas, ficou determinada a inclusão dos Intangíveis. Esse item foi desdobrado do imobilizado e representa. Marcas, patentes, licenças de exploração, fundo de comércio são ativos intangíveis. 2.2.2 – Passivo São as obrigações para com terceiros. São as dívidas. Esses valores são exigidos na data do seu vencimento. Quando os vencimentos das obrigações, contadas a partir da data do balanço patrimonial, são até doze meses (um ano), dizemos que o passivo é Circulante e quando for superior a doze meses fazem parte do grupo do Passivo Não Circulante. O Passivo representa o capital de terceiros investido na empresa, ou seja, são pessoas que não pertencem ao empreendimento, não são proprietárias, mas financiam o seu funcionamento (Ativo). São os fornecedores de mercadorias (material de limpeza, escritório, alimentos, bebidas), as instituições financeiras quando financiam bens do imobilizado ou emprestam dinheiro aa empresa, são os salários a pagar aos funcionários que tiveram sua mão-de-obra utilizada pela empresa, dentre outros. Esclarecendo o que venha a ser esse financiamento do ativo, por Capital de Terceiros. Imagine que a empresa deseja obter alimentos, onde ela deverá buscá-los? Procurando os fornecedores, é claro. Contudo quando o desembolso (pagamento) não é realizado de imediato, dizemos que a compra foi realizada a prazo, ou seja, o fornecedor disse tudo bem Srª. Empresa, cedo-te os bens dos quais necessitas, entretanto tu deverás me remunerar por este uso. Então, a empresa teve ou não teve terceiros financiando o seu funcionamento? Teve sim. Isso ocorre com as instituições financeiras, funcionários, governo e outros. Elaboração: Prof. M.SC. Welinghton Spencer Revisão: Profª. M.SC. Patrícia Diniz 29 2.2.2.1 Passivo Circulante Como já foi dito acima, o passivo circulante representa as obrigações, ou seja, dívidas da empresa de curto prazo. São as obrigações, comuns. Nas transações ocorridas numa atividade empresarial é natural o desembolso financeiro não ocorrer de imediato. São exemplos do Passivo Circulante: Fornecedores, Títulos a Pagar, Empréstimos a Pagar, Salários a Pagar, Imposto a Pagar, Recolher e outros. 2.2.2.2 Passivo Não Circulante Neste grupo são escrituradas as obrigações, da empresa em longo prazo, ou seja, com vencimento após 12 meses do exercício seguinte. Numa análise de endividamento de uma empresa, essas obrigações podem ser consideradas como dívidas boas, pois, não serão vencidas de imediato. Devendo ser analisado se a empresa apresenta condições, ou expectativas de gerar recursos para pagar essas obrigações no futuro. No caso de o ciclo operacional da empresa ter duração maior que a do exercício social, a concepção terá por base o prazo desse ciclo. 2.2.2.3 Patrimônio Líquido Esse grupo está representado inicialmente pelos recursos provenientes dos proprietários da empresa, denominado Capital Social. Posteriormente, quando a empresa entrar em funcionamento e vir a apresentar resultados positivos, sobre os recursos investidos pelos proprietários, surgirá à apresentação do Lucro, caso contrário, o prejuízo. O Patrimônio Líquido, também é denominado Passivo não Exigível, ou Capital Próprio. Não exigível, porque, os proprietários não poderão exigir da empresa o Elaboração: Prof. M.SC. Welinghton Spencer Revisão: Profª. M.SC. Patrícia Diniz 30 valor de seus investimentos em data certa, ou seja, com prazo de vencimento. Próprio, porque os investimentos realizados na empresa que aparecem neste grupo, foram realizados por pessoas que pertence aa empresa, ou seja, seus proprietários. Para representar o Patrimônio Líquido, a contabilidade faz uso de uma equação, conforme segue: PATRIMÔNIO LÍQUIDO = PASSIVO - ATIVO Dessa forma, o Patrimônio Líquido representa a riqueza líquida da empresa. A Lei 6.404/76 e suas alterações, que rege o tipo societário, Sociedades Anônimas, trata dentre outras coisas, das Demonstrações Financeiras e suas estruturas. Quando ela trata do Passivo da empresa, não faz distinção entre Passivo e Patrimônio Líquido, dando a entender que esse faz parte do Passivo. Como o Patrimônio Líquido é definido, por alguns autores como Passivo não Exigível, sendo uma obrigação para com os proprietários, subtende-se ser esse o motivo do tratamento dado pela lei, considerando tudo como Passivo: o Exigível e o Não Exigível. BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO PASSIVO Circulante Disponibilidades Direitos Realizáveis Despesas Antecipadas Circulante Não Circulante Realizável em Longo Prazo Investimentos Imobilizado Intangível Não Circulante Exigível em Longo Prazo Patrimônio Líquido Elaboração: Prof. M.SC. Welinghton Spencer Revisão: Profª. M.SC. Patrícia Diniz 31 Após todo esse detalhamento, observem outra vez o relatório abaixo, que fora apresentado no início dos estudos e percebam como a leitura agora é mais simples e compreensível. BALANÇO PATRIMONAIL – Encerrado em 31/12/2008 ATIVO PASSIVO Circulante Disponibilidades Caixa........................................................1.000 .Bancos.....................................................8.000 Aplicações Financeiras...........................10.000 Direitos Realizáveis Diárias a Receber.....................................5.000 Estoques Mercadorias para Revenda.......................15.000 Almoxarifado............................................10.00 0 Despesas Antecipadas Assinaturas de Jornais e Revistas...............1.200 Não Circulante Realizável em Longo Prazo Empréstimos a Diretores...........................2.000 Empréstimos a Coligadas/Controladas.....1.500 Títulos a Receber (acima 360 dias)...........7.000 Investimentos Obras de Arte..........................................10.000 Imobilizado Terrenos.............................................. ...36.600 Prédios....................................................60.000 Móveis e Utensílios................................70.000 Máquinas e Equipamentos.....................90.000 (-) Depreciação Acumulada.................(15.000) TOTAL DO ATIVO.......................... 312.300 Circulante Fornecedores...................................................25.200 Salários a Pagar.................................................9.000 Impostos a Pagar/Recolher............................... 1.000 Empréstimos Bancários...................................12.500 Contas a Pagar...................................................3.500 Não Circulante Empréstimos Bancários (acima de 360 dias)..32.500 Financiamentos (acima de 360 dias)...............51.600 Patrimônio Líquido Capital Social................................................150.000 Reservas..........................................................27.000 TOTAL DO PASSIVO................................. 312.300 Abaixo há uma representação didática e resumida da estrutura do Balanço Patrimonial. BALAN ÇO PATRIMONIAL ATIVO PASSIVO Elaboração: Prof. M.SC. Welinghton Spencer Revisão: Profª. M.SC. Patrícia Diniz 32 Circulante Será transformado em dinheiro rapidamente Circulante Será pago rapidamente, no curto prazo. Não Circulante - Espera-se muito tempo para receber; - Não são destinados à revenda, alguns geram receita não operacional (investimentos),outros são de uso na atividade principal da empresa e contribuem para geração de receita da atividade principal da empresa. Não Circulante Demora-se muito tempo para pagar. Patrimônio Líquido Não precisa pagar enquanto a empresa estiver em continuidade. Observe que no lado direito do Balanço Patrimonial, temos o Patrimônio Líquido, e faz parte de sua composição o Lucro ou Prejuízo da empresa. Pois bem, como se obtém este lucro ou prejuízo? Para obter esse resultado, faz-se necessário confrontar as receitas e despesas, conforme segue: Receitas > Despesas = Lucro Receitas < Despesas = Prejuízo Após apurado o resultado, o mesmo será transferido para a conta de Lucros ou Prejuízos no Patrimônio Líquido e parte para a conta de dividendos a pagar, caso tenha obtido lucro. Entende-se por dividendos a parcela do lucro que o acionista, proprietário da empresa, tem direito por causa do capital investido. Elaboração: Prof. M.SC. Welinghton Spencer Revisão: Profª. M.SC. Patrícia Diniz 33 Numa representação gráfica, podemos assim demonstrar: ATIVO PASSIVO Circulante Não Circulante Circulante Dividendos a pagar Não Circulante PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital Social Lucros ou Prejuízos Acumulados Este resultado apurado será apresentado aos usuários da contabilidade em forma de outro relatório contábil, que também é obrigatório para todas as empresas. Esse relatório é denominado de Demonstração do Resultado do Exercício - DRE. Receita (-)Despesas = Resultado do Período (lucro ou Prejuízo) Transferido Elaboração: Prof. M.SC. Welinghton Spencer Revisão: Profª. M.SC. Patrícia Diniz 34 O que vem a ser a DRE? Abaixo segue uma breve explanação do que vem a ser Demonstrativo do Resultado. E com relação ao registro do fato gerador da receita e da despesa, será tratado mais adiante. 2.3 Demonstração do Resultado do Exercício – DRE A Demonstração do Resultado do Exercício é um relatório ordenado, de forma que venha esclarecer os componentes do resultado, ou seja, ele visa apresentar ao usuário da informação contábil qual a composição do lucro ou prejuízo encontrado. 2.3.1 - Estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício – DRE Segundo MARION (2000, p. 63), a Demonstração do Resultado do Exercício é um resumo ordenado das receitas e despesas da empresa em determinado período (12 meses). A mesma é apresentada de forma dedutiva (vertical), ou seja, das receitas subtraem-se os custos e as despesas até encontrar o resultado (lucro ou prejuízo). • Receita Líquida – É o resultado da Receita Bruta menos as Deduções que seria os impostos sobre venda, os descontos sobre a venda e a devolução de mercadoria por parte do cliente. • (-) Custo das Mercadorias Vendidas e Custo dos Serviços Prestados - Quanto custou para a empresa a mercadoria ou o serviço. • (=) Resultado Bruto (lucro ou prejuízo) – é o resultado sem considerar as despesas operacionais • (-) Despesas Operacionais – São as despesas necessárias dentro das operações da empresa, que são consumidas num determinado período para se obter a receita, tais como as despesas com o departamento comercial, administrativo e financeiro. • (=) Resultado Operacional (lucro ou prejuízo) – É o resultado das operações da empresa. Se este resultado for positivo, ou seja, lucro, Elaboração: Prof. M.SC. Welinghton Spencer Revisão: Profª. M.SC. Patrícia Diniz 35 pode-se afirmar que a atividade foi lucrativa naquele período. Qualquer modificação a partir daqui serão interferências atípicas na atividade da atividade. • (+/-) Outras Receitas ou Despesas – O próprio nome do grupo diz, são receitas ou despesas atípicas, não operacionais; não ocorrerão com freqüência. Essas receitas ou despesas são provenientes de venda do imobilizado, do investimento ou do intangível. • (=) Lucro Antes do Imposto de Renda e Contribuição Social – Nesse momento, deve-se calcular o valor dos tributos acima, que são de responsabilidade da empresa, tais como: o Imposto de Renda (IR) e a Contribuição Social sobre o Lucro (CSSL). Após a apuração deve-se deduzi-los desse valor. • (=) Lucro Depois do Imposto de Renda e Contribuição Social – Desse valor, deduz-se as participações do resultado apurado na empresa. Por Participações entende-se o montante do lucro a ser distribuído para o administrador, os empregados, dentre outros. • (=) Lucro Líquido do Exercício – Esse resultado está apresentado como lucro, entretanto pode ser prejuízo. Independentemente se foi lucro ou prejuízo, esse valor deverá ser transferido para o patrimônio líquido, onde será dada destinação a ele. Caso seja lucro, será parte distribuída para os proprietários (através de Dividendos) e parte ficará retida na empresa, em reservas de lucros. Abaixo será apresentada uma estrutura básica da DRE. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO - DRE RECEITA LÍQUIDA (-) CMV/ CSP = RESULTADO BRUTO (LUCRO OU PREJUÍZO) Elaboração: Prof. M.SC. Welinghton Spencer Revisão: Profª. M.SC. Patrícia Diniz 36 (-) DESPESAS OPERACIONAIS Despesas Comerciais Despesas Administrativas (+/-) Receitas/Despesas Financeiras = RESULTADO OPERACIONAL (+/-) Outras Receitas/Despesas Operacionais = LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (-) Despesa Imposto de Renda e Contribuição Social = LUCRO DEPOIS DO IR E CS (-) Participações (administradores, Empregados, etc) = LUCRO LÍQUIDO 3 – Técnicas Contábeis Para atingir a sua finalidade de controle da variação patrimonial, da apuração do resultado e prestação de informações aos seus usuários, a contabilidade utiliza algumas técnicas, tais como: Escrituração Contábil, Elaboração das Demonstrações Contábeis, Auditoria e Análise de Balanços. Inicialmente falamos sobre a técnica das Demonstrações Contábeis, onde apresentamos o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício. Agora será abordado, de forma sucinta a Técnica da Escrituração, ou seja, como ocorre todo o processo contábil de uma empresa. Desde um plano de contas até a escrituração contábil, e logo em seguida a elaboração dos Demonstrativos Contábeis, anteriormente tratados. Elaboração: Prof. M.SC. Welinghton Spencer Revisão: Profª. M.SC. Patrícia Diniz 37 3.1 Escrituração Contábil É uma técnica utilizada para registrar os fatos contábeis, que alteram e modificam o estado patrimonial da empresa. Essa técnica utiliza o Método das Partidas Dobradas registrando os fatos em livros próprios (Diário e Razão). Antes do registro, procede-se a coleta de dados. Esse procedimento é realizado através de documentos que comprovem a veracidade dos fatos, das transações ocorridas na empresa, tais como: compra, venda, consumo de materiais dentre outros. O documento tem que ser idôneo, legal. Sendo a legalidade estabelecida externamente ou internamente. São exemplos de documentos que dão veracidade aos fatos: Notas Fiscais de compra e de venda, avisos bancários, cheques, requisição de materiais. Quando um documento é criado dentro da empresa, servindo, por exemplo, para movimentação de materiais, deverá ser conhecido por todos da empresa. Além disso, deverá ficar claro quem está autorizado a utilizá-lo. Por exemplo: o responsável pelo almoxarifado de uma empresa, só estará autorizado a despachar material de limpeza, se a requisição que solicita o mesmo estiver assinada pela pessoa competente, que já é do conhecimento do almoxarife. O registro só pode ser efetuadocom base em documentos coletados, ou seja, nenhum registro de um fato contábil que ocorra na empresa poderá se registrado verbalmente. Deverá existir um documento. O registro é realizado nos livros contábeis, conhecidos como: Diário e Razão. Esses livros servirão de base para a elaboração dos Demonstrativos Contábeis (Financeiros). Abaixo segue um breve resumo dos livros utilizados pela contabilidade para efetuar seus registros. • Livro Diário – Esse é o livro principal da contabilidade. Desde que preenchidas as exigências legais, ele tem fé pública, servindo de prova para a empresa. Esse livro deve ser encadernado, ter folhas numeradas tipograficamente, ser registrado no Registro do Comércio ou Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas, conter Termos de Abertura e de Elaboração: Prof. M.SC. Welinghton Spencer Revisão: Profª. M.SC. Patrícia Diniz 38 Encerramento devidamente preenchidos. O registro de uma operação no Livro Diário denomina-se “Partidas de Diário”. São requisitos para registro no livro Diário: local e data da operação, conta debitada e conta creditada, histórico (deve ser objetivo, sucinto, discriminar as características principais dos documentos que deram base para o registro) e o valor da operação. A escrituração contábil é realizada em ordem cronológica de dia, mês e ano; em idioma nacional e moeda corrente do país; utilizando a linguagem mercantil, sem intervalos em branco, borrões e rasuras. • Livro Razão – Livro contábil importantíssimo, para os registros contábeis. Nele são controladas as informações da movimentação financeira dos componentes patrimoniais de forma individualizada. Por exemplo: caso se deseje saber a movimentação e o valor constante de duplicatas a receber em determinada data, é só ter em mãos a “ficha razão” da conta “Duplicatas a Receber”, no período interessado. Ressalta-se que esse é o valor registrado no livro. Entretanto, deve existir um controle interno da relação das duplicatas, em que são individualizados os clientes da empresa. Para auxiliar na técnica de escrituração, a contabilidade faz uso do Plano de Contas que trataremos abaixo. 3.1.1 Plano de Contas O Plano de Contas é um agrupamento ordenado das contas que são utilizadas nas operações da empresa, quando dos registros contábeis. Cada Empresa deverá elaborar o seu plano de contas de acordo com as suas necessidades. Elas serão Elaboração: Prof. M.SC. Welinghton Spencer Revisão: Profª. M.SC. Patrícia Diniz 39 organizadas, organizadas dentro da estrutura dos Demonstrativos Financeiros determinados em Lei. Afirma LUNKES (2004, p65) “O plano de contas é um instrumento importante, pois padroniza o registro das operações contábeis, possibilitando assim a elaboração dos demonstrativos contábeis, comparação entre empresas ou até mudanças no profissional responsável pelos registros, sem prejudicar a continuidade e a uniformidade das informações”. Segundo Marion (2000, p. 239) “Cada empresa, de acordo com sua atividade e seu tamanho (micro, média ou grande), deve ter o seu próprio Plano de Contas”. Sendo assim, abaixo segue um exemplo de um Plano de Contas utilizado em uma Empresa. Na prática, o Plano de Contas é numerado ou codificado de forma racional, o que facilita a contabilização por meio de processos mecânicos ou processos eletrônicos. (Marion: 2000). Plano de Contas Básico para Empresas de Prestação de Serviço 1 – ATIVO 1.1 - Ativo Circulante 1.1.1 - Disponibilidades 1.1.1.1 - Caixa 1.1.1.2 - Banco Conta Corrente 1.1.1.3 - Aplicações Financeiras 1.1.2 - Direitos a Receber de Curto Prazo 1.1.2.1 - Duplicatas a Receber 1.1.2.2 - (-) Provisão para Devedores Duvidosos 1.1.2.3 - Cartões de Crédito 1.1.3 - Estoques 1.1.3.1 - Mercadorias para Revenda 1.1.3.2 - Impostos a Recuperar 1.1.3.3 - Almoxarifado 1.1.4 - Despesas Antecipadas 1.1.4.1 - Assinatura de Jornais/Revistas Elaboração: Prof. M.SC. Welinghton Spencer Revisão: Profª. M.SC. Patrícia Diniz 40 1.1.4.2 - Prêmios de Seguro 1.1.4.3 - IPTU 1.1.5 - Outros Créditos 1.1.5.1 - Adiantamento a Funcionários 1.1.5.2 - Adiantamento a Fornecedores 1.2 - Ativo Não Circulante 1.2.1 - Realizável em Longo Prazo 1.2.1.1 - Aplicações Financeiras 1.2.1.2 - Empréstimos a Coligadas e Controladas 1.2.1.3 - Depósitos Judiciais 1.2.2 - Investimentos 1.2.2.1 - Obras de Arte 1.2.2.2 - Imóveis de Uso Futuro 1.2.2.3 - Ações de Outras Empresas 1.2.3 - Imobilizado 1.2.3.1 - Terreno 1.2.3.2 - Imóveis 1.2.3.3 - Máquinas e Equipamentos 1.2.3.4 - Instalações 1.2.3.5 - Móveis e Utensílios 1.2.3.6 - Veículos 1.2.3.7 - (-) Depreciação Acumulada 1.2.4 - Intangível 1.2.4.1 - Marcas e Patentes 1.2.4.2 - Licença de Exploração 1.2.4.3 - (-) Amortização Acumulada 2 – PASSIVO 2.1 - Passivo Circulante 2.1.1 - Fornecedores 2.1.2 - Empréstimos e Financiamentos 2.1.3 - Adiantamento de Diárias 2.1.4 - Salários a Pagar 2.1.5 - Encargos Sociais a Recolher 2.1.6 - Títulos a Recolher Elaboração: Prof. M.SC. Welinghton Spencer Revisão: Profª. M.SC. Patrícia Diniz 41 2.1.6 - Contas a Pagar 2.1.7 - Dividendos a Pagar 2.1.8 - Imposto de Renda a Pagar 2.2 - Passivo Não Circulante 2.2.1 - Empréstimos e Financiamentos. 3 - Patrimônio Líquido 3.1Capital Social 3.1.1 - Capital Subscrito 3.1.2 - (-) Capital a Integralizar 3.2 - Reservas de Lucros 3.2.1 - Reserva Legal 3.2.2 - Reservas para Contingência 3.3 - Prejuízos Acumulados 3.3.1 - () Prejuízos Acumulados 4 – CONTAS DE RESULTADO 4.1 - Receita Bruta 4.1.1 - Receita de Prestação de Serviço 4.2 - (-) Deduções da Receita Líquida 4.2.1 - Devoluções e Abatimentos 4.2.2 - Impostos sobre Vendas 4.2.3 - Impostos sobre Serviços = Receita Líquida 4.3 - (-) Custo das Mercadorias e Serviços Vendidos 4.3.1 - (-) Custos dos Serviços Vendidos = Lucro Bruto 4.5 - (-) Despesas Operacionais 4.5.1 - (-) Despesas com Vendas 4.5.1.1 - Salários 4.5.1.2 - Encargos Sociais 4.5.1.3 - Comissões 4.5.1.4 - Material de Expediente 4.5.1.5 - Luz/ Água/ Telefone 4.5.1.6 - Marketing e Propaganda 4.5.1.7 - Depreciação 4.5.2 - (-) Despesas Gerais e Administrativas Elaboração: Prof. M.SC. Welinghton Spencer Revisão: Profª. M.SC. Patrícia Diniz 42 4.5.2.1 - Salários 4.5.2.2 - Encargos Sociais 4.5.2.3 - Material de Expediente 4.5.2.4 - Luz/ Água/ Telefone 4.5.2.5 - Depreciação 4.5.3 - (+/-) Receitas/Despesas Financeiras 4.5.3.1 - (+) Juros Recebidos 4.5.3.2 - (+) Juros de Aplicações Financeiras 4.5.3.3 - (-) Juros e Descontos Operacionais 4.5.3.4 - (-) Juros s/Empréstimos (=) Resultado Operacional (Lucro ou Prejuízo) 4.7 - (+/-) Outras Receitas e Despesas 4.7.1- (+) Venda do Ativo Imobilizado 4.7.2 - (-) Custo da Venda do Imobilizado = Lucro Antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social 4.9 - (-) Provisão para Imposto de Renda 4.10 -(-) Contribuição Social = Lucro Depois do Imposto de Renda 4.12 (-) Participações de Empregados = Lucro Líquido 3.1.2 Registro dos Fatos Contábeis Agora apresentaremos o processo de escrituração dos fatos contábeis. Estes são ocorrências que provocam modificações no Patrimônio da entidade, sendo assim, o objeto de contabilização através de uma conta patrimonial (bens, direitos e obrigações) ou conta de resultado (receitas e despesas), podendo ou não alterar o Patrimônio Líquido. Ex: compras, vendas, direitos adquiridos, obrigações assumidas, receitas e despesas reconhecidas. Elaboração: Prof. M.SC. Welinghton Spencer Revisão: Profª. M.SC. Patrícia Diniz 43 3.1.2.1 Método das Partidas Dobradas A Técnica da Escrituração utiliza o Método das Partidas Dobradas, este, fora desenvolvido em 1494, pelo Frei Luca Paciolli, na Itália, século XV. Sua essência reside em determinar que o registro de qualquer operação implica que a um débito numa ou mais contas deve corresponder um crédito equivalente em uma ou mais contas, de forma que a soma dos valores debitados seja sempre igual à soma dos valores creditados. 3.1.2.1.1 Débito e Crédito Na contabilidade, de acordo com a Teoria Patrimonialista das contas, que classifica as contas em patrimoniais (bens, direitos e obrigações) e de resultado (receita e despesa). Debitar e creditar são meras convenções contábeis, não possuindo relação com algo que se deve e algo que se tem direito. 3.1.2.1.2 Origens e Aplicações de Recursos A explicação do método das partidas dobradas, que resumidamente diz “Não há Débito(s) sem Crédito(s) correspondente”, é simples. Deve-se, na verdade, explicar como os recursos foram aplicados e de onde se originaram. Essa é a essência do método. Não existe aplicação de recursos sem origem. Numa empresa, os recursos são aplicados em: aquisição de Bens e Surgimento de Direitos, no Pagamento de Dívidas e no Consumo (despesas). Já as origens são provenientes de Redução de Bens e Direitos, Aumento de Obrigações e Elaboração: Prof. M.SC. Welinghton Spencer Revisão: Profª. M.SC. Patrícia Diniz 44 Receitas. Partidas de Diário representam à aplicação dos recursos e a sua origem, para cada ocorrência, fato ou transação. 3.1.2.1.3 Razonetes em T O Razonete em forma de T é uma maneira didática de apresentação do livro Razão. Onde se dá representa o controle individual das contas contábeis envolvidas nos fatos contábeis. O mesmo é apresentado como segue: Título da Conta Lado Esquerdo Débito Lado Direito Crédito Todo registro realizado à esquerda do Razonete, será um registro a Débito, e este demonstra de onde os recursos foram aplicados. E todo o registro realizado à Direita do Razonete, será um registro a Crédito, este representa as Origens de Recursos. Então Vejamos: Pessoas que possuem reservas querem vê-las multiplicar. Analisam as várias maneiras de realizar este desejo, e uma delas é investir no seu próprio negócio. Quando tomam esta decisão, se faz necessário formalizar os atos constitutivos da mesma e colocar à sua disposição os recursos iniciais, dando origem a uma empresa, que diante do nosso Novo Código Civil e os Princípios Contábeis, possuem personalidade jurídica distinta de seus proprietários. 1ª Operação: Os Sócios, em 02/01/2008, colocam à disposição da empresa um valor em dinheiro de R$ 50.000,00, para que possam iniciar suas atividades. Sendo o registro efetuado em razonetes da seguinte forma: Caixa 50.000,00 Elaboração: Prof. M.SC. Welinghton Spencer Revisão: Profª. M.SC. Patrícia Diniz 45 2ª Operação: A empresa Califórnia comprou em 02 de janeiro de 2008 do fornecedor “fulano de Tal” material para limpeza por R$ 5.000,00, com pagamento a prazo, conforme nota fiscal nº. 100. Estoque de Materiais 5.000,00 Observe que os recursos (capital), de R$ 5.000,00, foram aplicados em Estoques de Material de Limpeza, ou seja, a empresa teve um aumento de bens, no valor de R$ 5.000,00. De acordo com o método das partidas dobradas, deverá explicar a origem destes recursos. Ou seja, como a empresa obteve R$ 5.000,00 para adquirir os materiais de limpeza? Como a aquisição foi a prazo, ela obteve recursos de Terceiros. Portanto está explica-se o fato. Digamos que, com base na data de 31/01/08, o contador da empresa Califórnia, elabore o Demonstrativo Contábil, Balanço Patrimonial. O mesmo será apresentado como segue: Capital Social 50.000,00 Fornecedores 5.000,00 Crédito Débito Registra-se a Débito de Caixa, porque estamos explicando onde os R$ 50.000,00 foram aplicados na empresa. Registra-se a Crédito de Capital Social, porque estamos explicando a Origem dos R$ 50.000,00, ou seja, de onde eles vieram. Neste Registro foi utilizado o Método das Partidas Dobradas. Debitamos (Aplicação) e Creditamos (Origem). Observem que o total debitado deve ser igual ao total creditado Elaboração: Prof. M.SC. Welinghton Spencer Revisão: Profª. M.SC. Patrícia Diniz 46 ATIVO PASSIVO Circulante Disponibilidades Caixa...............................50.000,00 Direitos Realizáveis Estoques Estoques de Materiais......5.000,00 Total do Ativo.................55.000,00 Circulante Fornecedores.........................5.000,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital Social.......................50.000,00 Total do Passivo.....................55.000,00 Que leitura pode realizar deste demonstrativo? O mesmo possui um total de bens de R$ 55.000,00, sendo R$ 50.000,00 em dinheiro e R$ 5.000,00 em estoques de materiais, ou seja, foram aplicados R$ 55.000,00 em dinheiro e em estoques. O total do passivo será sempre igual ao total do ativo, pois é através dele que se originam os recursos que aplicados no ativo da empresa. Sendo assim, podemos afirmar que a empresa obteve recursos, da seguinte maneira: R$ 5.000,00 foram provenientes de capital de terceiros e R$ 50.000,00 provenientes de capital próprio. Até este momento, não realizamos nenhuma operação que envolvesse contas de receitas e despesas para sabermos se a empresa obteve lucro ou prejuízo nas suas operações. Antes de apresentarmos exemplos envolvendo estes fatos, se faz necessário conhecer falar sobre o que vem a ser receita e despesa. 3.1.2.1.4 Receitas e Despesas Foi dito anteriormente que, do confronto entre Receitas e Despesas de determinado período encontra-se o resultado daquele período. Então o que vem a ser Receita e Despesa? A Receita numa atividade empresarial é gerada pela venda de mercadorias ou pela prestação de serviços. Quando ocorre uma receita, o ativo da empresa sofre um Elaboração: Prof. M.SC. Welinghton Spencer Revisão: Profª. M.SC. Patrícia Diniz 47 acréscimo em dinheiro ou em Direitos a Receber, a depender da forma de pagamento se foi à vista ou a prazo. A Despesa é uma necessidade que a empresa tem para obter uma receita e não uma obrigação. Por exemplo, a empresa tem a necessidade de ter funcionários, energia, água, ambiente limpo, telefone, manutenção e outros, pois só assim, a empresa poderá obter hóspede e, consequentemente, a receita de hospedagem. Entretanto, toda essa necessidade utilizada pela empresa deverá ser paga. Quando ocorre uma despesa, o ativo diminui ou o passivo aumenta. Por exemplo: a empresa tem a necessidade de limpar uma unidade habitacional para receber um hóspede. Daí utilizará material de limpeza
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