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Bacias Difusas do Baixo Parnaíba

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CENTRO UNIVERSITÁRIO FACULDADE DE SAÚDE, CIÊNCIAS HUMANAS E TECNOLÓGICAS DO PIAUÍ – UNINOVAFAPI
BACIAS DIFUSAS DO BAIXO PARNAÍBA
TERESINA - PI
OUTUBRO DE 2017
DISCIPLINA : HIDROLOGIA APLICADA A ENGENHARIA CIVIL
PROFESSOR: RENAN MAYCON MENDES GOMES
CURSO : ENGENHARIA CIVIL /6º PERÍODO/NOITE
BACIAS DIFUSAS DO BAIXO PARNAÍBA
COMPONENTES:
AGOSTINHO DOS SANTOS – MATRÍCULA: 15123268
DAYLANE ALVES – MATRÍCULA: 15123167
EZEQUIAS DE ANDRADE CARVALHO – MATRICULA: 15123280
JOSÉ FELIPE GOMES MEDEIROS FERNANDES – MATRICULA: 15123283
LARISSA BIANCHINI– MATRÍCULA: 15123036
TÉCIA FERNANDES DA SILVA COSTA – MATRICULA:15123159
TERESINA – PI
OUTUBRO DE 2017
INTRODUÇÃO
Bacia hidrográfica corresponde a uma área drenada por um rio principal, seus afluentes e subafluentes. É a porção do espaço, a topografia do terreno em que as águas das chuvas, das montanhas, subterrâneas ou de outros rios escoam em direção a um determinado curso d'água sendo responsável por delimitar as bacias assim com suas especificidades geológicas, pedológicas, geomorfológicas e Biológicas, permitiram o estudo da movimentação da quantidade e qualidade para o atendimento da demanda pela população humana e animal.
O Brasil é um país com abundante disponibilidade de água-doce – 14% das reservas mundiais de água-doce estão no território brasileiro. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), possuindo 12 bacias hidrográficas, que estão distribuídas por todo o território nacional, sendo elas a Bacia Hidrográfica Amazônica, Bacia Hidrográfica do São Francisco, Bacia Hidrográfica do Tocantins-Araguaia, Bacia Hidrográfica do Paraná, Bacia Hidrográfica do Parnaíba, Bacia Hidrográfica do Uruguai, Bacia Hidrográfica do Paraguai, Bacia Hidrográfica do Atlântico Nordeste Oriental, Bacia Hidrográfica Atlântico Nordeste Ocidental, Bacia Hidrográfica Atlântico Leste, Bacia Hidrográfica Atlântico Sudeste, Bacia Hidrográfica Atlântico Sul.
A Bacia Hidrográfica do Parnaíba abrange uma área aproximada de 340 mil quilômetros quadrados, estando presente nos estados do Piauí, Maranhão e na porção oeste do Ceará. Os principais rios são Balsas, Uruçuí-Preto, Gurgueia, Longá, Poti e Canindé. Neste trabalho, vamos expor uma pesquisa sobre as Bacias Difusas do Baixo Parnaíba, a qual suas características seguem no desenvolvimento.
POR QUE ESTUDAR AS BACIAS HIDROGRAFICAS?
Compreende-se, que examinar os serviços de saneamento ambiental nas bacias hidrográficas do Piauí é uma importante vertente de análise , uma vez que as 12 (doze) sub-bacias hidrográficas – bacias difusas litorâneas, bacias difusas do baixo Parnaíba, bacias difusas do médio Parnaíba, bacias difusas da barragem de boa esperança, bacia hidrográfica do rio Pirangi, bacia hidrográfica do rio Longá, bacia hidrográfica do rio Poti, bacia hidrográfica do rio Canindé/Piauí, bacia hidrográfica do rio Itaueira, bacia hidrográfica do rio Gurguéia, bacia hidrográfica do rio Uruçuí vermelho – da grande região hidrográfica do rio Parnaíba, é a segunda em importância do nordeste brasileiro e está sendo regulamentado o uso das águas em suas delimitações.
O recorte do Estado do Piauí em bacias hidrográficas contribui para os estudos da conservação e preservação dos nossos biomas – caatinga, cerrados e manguezais – e dos serviços ambientais. Tais serviços podem ser exemplificados, como aqueles de provisão e de suporte (produção de matérias-primas, formação do solo, alimentos, etc.), de regulação (do clima e ciclo hidrológico) e culturais (educação, bem-estar emocional, etc.).
Nesse sentido, informações sobre população, uso do solo e água, produção em quantidade e qualidade de água e alimentos, saneamento ambiental na zona urbana e rural, bem como o uso adequado da mesma, são informações que permitem compreender os graus de vulnerabilidade dos recursos naturais, sociais e econômicos presentes nas bacias hidrográficas, bem como os serviços ambientais existentes.
O Brasil, desde 1997, instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos com o estabelecimento da lei nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997 – também conhecidas como lei das águas – que adota a divisão do território brasileiro em bacias hidrográficas. No Piauí, desde 2000, foi instituída a Política Estadual de Recursos Hídricos, com o estabelecimento da lei nº 5.165/2000. Assim, inovações consubstanciadas nos princípios gerais de proteção ao meio ambiente e de desenvolvimento sustentável foram estabelecidas.
As bacias hidrográficas do Brasil e em especial do Piauí, passaram a serem as unidades de planejamento territorial de gestão hídrica e ambiental e a água passou a ser considerada bem de domínio público, cuja gestão deve ser integrada, participativa e descentralizada. A água passa, ainda, a ser dotada de valor econômico e sua gestão deve proporcionar o acesso e uso harmônico entre os diferentes setores usuários de água – indústrias, domicílios, comércio, agricultura (irrigação), pecuária, rendimentos hidrelétricos, sistema de abastecimento de águas – SAAE’s, companhias de águas e esgotos – nas áreas urbanas e rurais.
O mapeamento da água distribuída per capita em nossas bacias hidrográficas, o estágio atual do esgotamento sanitário, a drenagem das águas pluviais, a limpeza urbana e a coleta, transporte, tratamento e destino final dos resíduos sólidos permite a elaboração de estatísticas relativas às sedes municipais da região hidrográfica ou aquela voltada à gestão política de somente um território municipal.
 CARACTERIZAÇÃO DAS BACIAS DIFUSAS DO BAIXO PARNAÍBA
As bacias do Baixo Parnaíba se estendem desde encontro do rio Poti com o Parnaíba até o início do braço Igaraçu (entrada do Delta), localizando-se aproximadamente, entre as coordenadas 3º 17’e 5º 04’ de latitude e entre 42º 02’ e 42º 59’ de longitude. A área total é de cerca de 7.867 km², correspondendo a 3,12 % da área total do Estado.
Os principais afluentes da margem direita do Rio Paranaíba são o riacho Morro do Chapéu, que alimenta a lagoa do Cajueiro, em Joaquim Pires; e o riacho Grande, que alimenta a lagoa da Estiva, no município de Porto. O estirão perene do Vale do Baixo Parnaíba envolve uma área de 93.100 km², com uma vazão anual em torno de 2.455 m³/s, apresentando uma disponibilidade hídrica superficial livre de 77,3 bilhões de m³ para descarga e recarga de aquíferos, dos quais o escoamento direto é da ordem de 36,7 % 1.
O clima é quente e úmido, com chuvas no verão (trecho a montante) e outono (trecho a jusante). A precipitação média anual na região é da ordem de 1.615 mm (medida em Porto). O trimestre mais chuvoso é entre fevereiro e abril, quando precipita mais de 50 % do total anual. A umidade relativa média anual está em torno de 75 %, a evapotranspiração média anual é de 1.500 mm e a evapotranspiração potencial estimada em 1.723 mm (Porto).
Segundo o Zoneamento Geoambiental executado pelo IBGE1, nas bacias do Baixo Parnaíba ocorrem contatos entre savana e estepe e entre savana e floresta estacional. Entre os contatos savana/estepe aparecem espécies como o murici, goiabinha, araçá, jatobá, pinhão, aroeira, etc. Entre os contatos savana/floresta estacional ocorrem espécies como a aroeira, braúna, jatobá, pau-ferro, jacarandá, etc.
Na região das Bacias do Baixo Parnaíba ocorrem, em maior extensão, rochas sedimentares do Grupo Barreiras (arenito síltico argiloso e conglomeráticos), além das rochas da Formação Poti (arenito cinza esbranquiçado intercalado e laminado com folhelho e siltito), rochas da Formação Sardinha (basaltos escuros, predominantemente alterados, diabásios, gabros e micromangeritos), e rochas da Formação Longá (folhelho e siltito cinza médio e arenito branco, fino e argiloso) (CPRM - mapa geológico do estado do Piauí, 1995).
Os tabuleiros do Parnaíba proporcionam uma zona de transição entre o semi-árido da caatinga e o clima úmido da Amazônia.Nos interflúvios predominam feições tabulares esculpidas em arenitos e siltitos que originam os Latossolos Amarelos álicos e distróficos e Podzólicos Vermelho Amarelos álicos. Bordejando o vale ocorrem os solos Podzólicos Vermelho Amarelos concrecionários, plínticos e solos Litólicos, todos álicos e distróficos. Estas são áreas degradadas com ocorrência de ravinas, voçorocas, e solos fortemente erodidos. Ocorrem ainda, em pequena extensão, os Vertissolos relacionados à alteração de rochas básicas. O vale do rio Parnaíba comporta extensas rampas com declives suaves onde se desenvolvem os Latossolos Amarelos, permeáveis, muito profundos, textura média e com baixa fertilidade natural (álicos e distróficos); associados com os solos Podzólicos Vermelho Amarelos plínticos. O rio Parnaíba apresenta planícies e terraços relacionados com solos Aluviais eutróficos e Planossolos de textura indiscriminada; associados com a Solontez Solodizados.
Importante estudo realizado pelo Ministério do Meio Ambiente é o Zoneamento Ecológico Econômico da região do Baixo Parnaíba, incluindo, pelo lado do Piauí, o Delta do Parnaíba, abrangendo os seguintes municípios: Bom Princípio do Piauí, Buriti dos Lopes, Cajueiro da Praia, Caxingó, Ilha Grande, Joaquim Pires, Luis Correia, Murici dos Portelas, Parnaíba. Este documento contém toda a descrição do ecossistema do Delta, atividades extrativistas, atividades econômicas da região. 
Os municípios do Piauí com população urbana abaixo de 5.000 habitantes, pertencentes às bacias do Baixo Parnaíba são 08: Campo Largo do Piauí, Joaquim Pires, Joca Marques, Madeiro, Matias Olimpio, Morro do Chapéu do Piauí, Murici dos Portelas e Nossa Senhora dos Remédios.
De acordo com o censo de 2000, a população total dos municípios das bacias do Baixo Paranaíba soma 59.265 habitantes, com uma população urbana de 17.322 habitantes (29 %) e 41.943 habitantes no meio rural (71 %). Os municípios mais populosos são Joaquim Pires com 13.074 habitantes e Matias Olimpio com 9.724 habitantes. O menos populoso é Joca Marques com 4.349 habitantes. Em todos os municípios, a população no meio urbano é baixa comparada com a população do meio rural. Somente em Madeiro e Matias Olímpio, a população urbana está acima de 30 %.
Em relação ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), os municípios mostraram crescimento entre 1991 e 2000. Até 1991, todos os municípios apresentaram índices de baixo desenvolvimento humano (< 0,499), notadamente Murici dos Portelas, Madeiro e Campo Largo do Piauí (< 0,4). Acompanhando a tendência de melhora na condição de vida nos municípios do País, o IDH dos municípios da bacia cresceu. Com exceção de Murici dos Portelas, que continua com baixo desenvolvimento humano, o IDH dos municípios passaram de baixo desenvolvimento para médio desenvolvimento humano, muito próximo do limite inferior. 
Em 1998, a atividades prioritárias para financiamento por intermédio do Banco do Nordeste para Joaquim Pires, Matias Olimpio e Nossa Senhora dos Remédios, foram o algodão de sequeiro (Joaquim Pires e Nossa Senhora dos Remédios); fruticultura e grãos irrigados, bovinocultura de leite intensiva e semi-intensiva, agroindústria de processamento e beneficiamento de frutas e hortaliças e laticínios (Joaquim Pires). Essas atividades foram consideradas de prioridade média para Matias Olímpio e Nossa Senhora dos Remédios. Outras atividades de prioridade média, foram a avicultura, suinocultura, apicultura, entre outras (Fonte:BN–Perfis Econômicos dos Municípios – Piauí, in: www.pi.gov.br).
CONDIÇÕES DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA NAS SEDES MUNICIPAIS COM MENOS DE 5.000 HABITANTES
As fontes de abastecimento de água dos municípios visitados são águas superficiais e águas subterrâneas. A operação do sistema de abastecimento é executada exclusivamente pela AGESPISA em três sedes: Joaquim Pires, Matias Olímpio e Nossa Senhora dos Remédios. Nas sedes municipais de Campo Largo do Piauí, Joca Marques, Madeiro, Morro do Chapéu do Piauí e Murici dos Portelas os sistemas são operados pelas Prefeituras Municipais. Em Joaquim Pires e Murici dos Portelas as fontes de abastecimento são águas superficiais, mas existem poços tubulares que foram desativados com a implantação do sistema de captação de águas superficiais. Em Madeiro a fonte de abastecimento é exclusivamente de águas superficiais, enquanto que em Campo Largo do Piauí, Morro do Chapéu e Nossa Senhora dos Remédios é exclusivamente por águas subterrâneas. Em Joca Marques e Matias Olimpio, a fonte combina águas superficiais e águas subterrâneas.
• Fontes de águas superficiais
Nas bacias do Baixo Parnaíba a Lagoa do Cajueiro (Joaquim Pires), o Rio Parnaíba (Joca Marques, Madeiro e Murici dos Portelas) e o Riacho Formoso (Matias Olímpio), foram identificados como fontes de águas superficiais. Segundo as informações, todas estas fontes apresentam água doce.
Tratamento das águas superficiais
 Em Joaquim Pires as águas são captadas por meio de duas bombas com vazão de 54 m³/h, e aduzidas para uma estação de tratamento passando por filtração e cloração.
Em Joca Marques a água do rio Parnaíba é distribuída sem tratamento para cerca de 60 casas da região mais baixa da sede. Em Madeiro as águas do Parnaíba passam por filtragem e cloração. Em Matias Olímpio as águas do Riacho Formoso passam por cloração, sendo posteriormente reservadas, quando são misturadas com as águas subterrâneas salobras, sem tratamento.
Em Murici dos Portelas, há dois anos as águas captadas no Rio Parnaíba são distribuídas sem tratamento. Nesse local, existe uma ETA antiga que nunca entrou em operação, e atualmente há uma ETA e um reservatório em fase final de construção.
• Fontes de águas subterrâneas
Nas bacias do Baixo Parnaíba foram identificados 15 poços tubulares: 08 poços ativos (53,3 %), 02 poços abandonados (13,3 %) e 05 poços paralisados (33,3 %). O gráfico abaixo mostra a distribuição dos poços, profundidades e as condições em cada sede municipal. Os poços de Joaquim Pires e Murici dos Portelas são relativamente rasos, entre 30 e 40 m de profundidade. Os poços mais profundos são de Joca Marques, com 210 m e Matias Olimpio com 104 m de profundidade. As profundidades dos demais poços não foram informadas. 
• Oferta de água
Considerando as vazões informadas, o tempo de bombeamento dos poços e o número de habitantes (censo de 2000), a oferta de água estimada para algumas sedes, como por exemplo, Campo Largo do Piauí é de cerca de 270 L/hab/dia; Joca Marques, 400 L/hab/dia; Morro do Chapéu do Piauí, 188 L/hab/dia.
• Classe de água
Em relação à classe de água, obteve-se informação que 09 poços (60 %) apresentam água salobra/salina (06 poços ativos; 02 poços paralisados e 01 abandonado), e 06 poços (40 %) apresentam água doce (02 ativos, 03 paralisados e 01 abandonado). De acordo com as informações sobre profundidade, observa-se que os poços acima de 60 m apresentam água salobra/salina. No entanto, um poço raso (desativado) com 30 m de profundidade em Murici dos Portelas, também apresenta água salobra. As situações mais inadequadas de uso são observadas em Campo Largo, Joca Marques, Matias Olímpio e Nossa Senhora dos Remédios, onde os poços ativos apresentam águas salobras/salinas. Morro do Chapéu é a única sede com águas subterrâneas doces. 
• Qualidade das águas
A única informação sobre a qualidade das águas foi obtida para as águas da Lagoa do Cajueiro. Amostradas coletadas em 2000 não apresentaram coliformes. No entanto, não foi indicado o ponto de coleta das amostras.
Tratamento de águas subterrâneas
Em nenhuma sede foi identificado tratamento para dessalinização ou desinfecção. 
• Condições sanitárias e de operação dos poços
Perímetro de Proteção
Em relação às condições de preservação das condições de operação e condições sanitárias dos poços, observou-se que a maioria deles 08 poços está em área delimitada, mas 07 poços estão sem o perímetro de proteção. No caso de Campo Largo e Nossa Senhora dos Remédios, onde a fonte é exclusivamente de águas subterrâneas, 50% dos poços estão sem o perímetro de proteção. É importante considerar que, mesmo com as fontes de águas superficiais é adequado manter as condições de preservação dos poços paralisados possibilitando usos futuros, e vedar os poços abandonados, para evitar que se constituam em vias diretas de contaminação de aquíferos.
Lajes de Cimento
Em relação às lajes de cimento, necessárias para evitar a infiltração ou o escoamento de poluentes pelas paredes laterais do poço; observou-se que 10 poços estão sem este tipo de proteção.
Vedação
A vedação dos poços, bem como a dos reservatórios, é necessária para conservar a qualidade das águas. Nas bacias do Baixo Parnaíba, 12 poços estão vedados, sendo 08 poços estão com tampas preservadas e 06 poços com tampas não preservadas. Dessas 06 tampas não preservadas, 04 estão vedando parcialmente. Dois poços paralisados em Joaquim Pires estão sem tampa, podendo estar se constituindo em vias diretas de contaminação de aquíferos.
• Micromedição e tarifa da água
Na bacia do Baixo Parnaíba 05 das 08 sedes não tem micromedição: Campo Largo, Joca Marques, Madeiro, Morro do Chapéu e Murici dos Portelas. Nas outras três sedes, uma porcentagem das ligações está com hidrômetros: Joaquim Pires 36 %; Nossa Senhora dos Remédios, 27 % e Matias Olímpio com 79,5 %. Em todas as sedes onde não há hidrômetros também não há tarifação, com exceção de Madeiro que tem tarifa única. Nas sedes onde há hidrômetros a tarifa é diferenciada.
• Projetos elaborados ou em execução
Em Murici dos Portelas está em construção uma ETA e um reservatório. Em Nossa Senhora dos Remédios está em execução a captação das águas do rio Parnaíba.
CONCLUSÃO
A bacia hidrográfica passa a ser, assim, na atualidade, um agregado territorial de importância estratégica para divulgação das pesquisas de tratamento d’água, esgotamento sanitário, drenagem de águas pluviais e manejo de resíduos sólidos, notadamente daquelas que incorporam a problemática ambiental entre as questões levantadas, como é o caso da pesquisa nacional de saneamento básico.
Sem dúvida, um dos principais agentes poluidores das bacias hidrográficas é o esgoto sanitário. O alto número de municípios no Estado do Piauí, que não coletam e tratam seus esgotos torna a situação muito preocupante, principalmente nas cidades de maior adensamento populacional. Se considerarmos o percentual de esgoto tratado dos municípios, a situação é ainda mais crítica, pois nem todo esgoto coletado recebe tratamento, sendo jogado a céu aberto.
Portanto, levando-se em conta estimativas da produção média de esgotos por habitante, de resíduos sólidos e demanda por água tratada e distribuição a população, é possível verificar que na maioria das bacias hidrográficas, a situação é crítica precisando urgentemente da construção do instrumento gerencial de saneamento urbano e rural – Plano municipal ou regional de saneamento básico.
ANEXOS
 Mapa com distribuição das12 bacias hidrográficas pelo território nacional
MAPAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
BIBLIOGRAFIA
O que é Bacia Hidrográfica? Acessado em: 03/10/2017 Disponivel em: <http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/bacias-hidrograficas-brasil.htm>
Wagner de Cerqueira e Francisco em Geografia Física do Brasil, Bacias hidrográficas do Brasil. Acessado em 03/10/2017, disponível em: <http://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/geografia/o-que-e-bacia-hidrografica.htm>
GOVERNO DO ESTADO DO PIAUIÍ- BACIAS DIFUSAS DO BAIXO PARNAÍBA. acessado em: 01/10/2017 Disponivel em: <http://www.ccom.pi.gov.br/download/BAIXO%20PARNAIBA.pdf >
AMORIN, DAMASCENO AVELAR, Rede ambiental do Piauí- Artigo Saneamento Ambiental em Bacia Hidrográfica. Disponível em: < http://fonasc-cbh.org.br/?p=9585> Acessado em 02/10/2017.
CPRM- mapa potenciométrico do aqüífero cabeças. Acessado em: 02/10/2017 Disponível em:<http://www.cprm.gov.br/publique/media/map_potenciometrico_cabecas.pdf>
Decreto Nº 16142 DE 14/08/2015 - Estadual - Piauí - LegisWeb. Acessado em: 03/10/2017; disponível em:<https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=301767>

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