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INTERPOSIÇÃO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE PORTO ALEGRE / RS Autos do processo nº FERNANDA MORAES, qualificada nos autos do processo em epígrafe, por seu advogado firmatário, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, inconformada com a decisão que rejeitou a queixa-crime, com base no artigo 581, inciso I, do Código de Processo Penal, interpor RECURSO EM SENTIDO ESTRITO, apresentando as razões anexas. Requer, primordialmente, que Vossa Excelência se retrate de sua decisão, nos termos do artigo 589 do Código de Processo Penal. Subsidiariamente, caso entenda que deve ser mantida a respeitável decisão, requer seja o presente recurso recebido, processado e encaminhado ao Egrégio Tribunal de Justiça com as razões inclusas. Nesses termos, pede deferimento. Porto Alegre, 30 de outubro de 2017. Advogado OAB RAZÕES DE RECURSO EM SENTIDO ESTRITO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL Autos do processo nº Recorrente: Fernanda Moraes Recorrida: Justiça Pública Egrégio Tribunal, Colenda Câmara, Douto Procurador de Justiça, I. FATOS Encerrado o inquérito policial que indiciou Orlando Freitas pela prática do crime de roubo majorado pelo emprego de arma de fogo praticado contra a vítima Fernanda Moraes, na cidade de Porto Alegre, foram os autos remetidos ao Ministério Público em 10/08/2016. Diante da inércia do Ministério Público, que não requereu diligências e tampouco ofereceu denúncia, a vítima Fernanda ofereceu queixa-crime em face do indiciado. Entretanto, a queixa-crime foi rejeitada com fundamento no artigo 395, inciso II, do Código de Processo Penal, sustentada a inexistência de legitimidade ativa, uma vez que se trata de crime de ação penal pública incondicionada. II. DIREITO A decisão que rejeita a queixa-crime com base na ilegitimidade ativa merece ser modificada, conforme os fundamentos que seguem. A ação penal relativa ao crime de roubo é pública incondicionada, possuindo legitimidade ativa para ajuizá-la o Ministério Público. No entanto, de acordo com o artigo 100, § 3º, do Código Penal, “a ação de iniciativa privada pode intentar-se nos crimes de ação pública, se o Ministério Público não oferece denúncia no prazo legal”. O fato de não requerer diligências e também não oferecer denúncia do indiciado dentro do prazo estipulado por lei comprova a inércia do órgão ministerial. Cabe, portanto, o ajuizamento de ação privada subsidiária da pública. Por este motivo, não poderia a decisão rejeitar a queixa-crime por ilegitimidade ativa. III. PEDIDOS Diante do exposto, requer seja recebido e processado o presente recurso para reformar a decisão impugnada para que receba a queixa-crime, nos termos do artigo 396 do Código de Processo Penal. Nesses termos, pede deferimento. Porto Alegre, 30 de outubro de 2017. Advogado OAB
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