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HIDROCEFALIA E MENINGITE Docentes: Lucineia Ferraz e Elizangela Argenta Zanatta. Discentes: Ângela, Emanuella, Fernanda, Gabriela, Ketelin, Nathália. HIDROCEFALIA PATOLOGIA Caracterizada pelo acúmulo excessivo de líquor, geralmente sob pressão, que produz a dilatação passiva dos ventrículos; Ocorre um desequilíbrio na produção e absorção do líquor no sistema ventricular; Os ventrículos se tornam dilatados e comprimem a substância encefálica contra o crânio. Quando este processo ocorre antes da fusão das suturas cranianas, acaba produzindo um aumento do crânio e também dilatação dos ventrículos; Se ocorrer após o fechamento das suturas, estas podem tornar-se abertas. CAUSAS: Não comunicante (intraventricular): A circulação do LCR está obstruída em algum lugar do sistema ventricular, impedindo seu fluxo para os espaços subaracnóides. É também chamada de hidrocefalia obstrutiva. Comunicante (extraventricular): Não há interferência no fluxo do LCR no interior do sistema ventricular. As passagens encontram-se abertas, de modo que o LCR movimenta-se livremente para o espaço subaracnóide espinhal, porém não é absorvido no espaço subaracnóide cerebral. Secreção excessiva: É causada por Papiloma ou tumor que produz grandes quantidades de LCR, sendo a causa mais rara. Suas causas podem ser ainda congênitas ou adquiridas; Pode ocorrer por causa das doenças infecciosas como toxoplasmose, citomegalovírus, rubéola, sífilis, meningite; Ocorre também por uso de drogas durante a gestação. Manifestações clínicas DIAGNÓSTICO Em crianças no primeiro ano de vida é feita a medição do perímetro encefálico; Nas crianças maiores verifica-se os sinais neurológicos progressivos; Tomografia computadorizada; Ressonância magnética. TRATAMENTO Objetiva aliviar a hidrocefalia, tratar as complicações e efeitos relacionados a distúrbios no desenvolvimentos neuropsicomotor; Existem dois tipos de tratamento. A técnica mais utilizada é a derivação ventriculoperitoneal (DVP); Consiste em aliviar a pressão intracraniana desviando o excesso de líquor contido no ventrículo cerebral para a cavidade abdominal; É introduzida a extremidade de um cateter ao qual está conectada uma válvula que controla o fluxo do líquor nos ventrículos cerebrais; Passando por baixo da pele do pescoço e do tórax, a outra extremidade alcança a cavidade abdominal para onde o excedente de líquido é drenado. Drenagem: É comum na hidrocefalia comunicante e não-comunicante. É feito um compartimento intracraniano por meio de uma passagem artificial (são válvulas de direção única confeccionadas de modo a se abrirem diante de uma determinada pressão intracraniana e se fecharem quando a pressão caia abaixo deste nível). A grande conquista no tratamento da hidrocefalia sem causa genética ou provocada por doenças infecciosas, é a possibilidade de intervir durante a gestação, de duas maneiras; Puncionando o excesso de líquido acumulado dentro do ventrículo do feto ou introduzindo um cateter que desvia o excesso para ser absorvido pelo líquido amniótico; Assim que o bebê nasce, o cateter é substituído pelo sistema de derivação. CUIDADOS DE ENFERMAGEM Em caso de DVE: - Manter a criança em decúbito ventral evitando a flexão do quadril, pois aumenta a pressão intracraniana; - Manipular o sistema de drenagem o mínimo possível; - Anotar débito, aspecto e cor da drenagem de líquor a cada 6 horas ou a cada 2 horas quando instabilidade; - Manipular com cuidado a criança evitando tracionamento do catéter. Em caso de convulsão: - Tentar evitar que a vítima caia desamparadamente, cuidando para que a cabeça não sofra traumatismo e procurando deitá-la com cuidado, acomodando-a; - Remover qualquer objeto com que a vítima possa se machucar e afastá-la de locais e ambientes potencialmente perigosos; - Não interferir nos movimentos convulsivos; - Afrouxar a roupa da vítima; - Virar o rosto afim de evitar secreções e asfixia. MENINGITE MENINGES O SNC é protegido por uma caixa óssea; O interior é revestido por três camadas membranosas (as meninges); Entre as quais se intercalam duas câmaras líquidas que exercem o papel de amortecedores; A dura-máter, a aracnoide e a piamáter. MENINGITE Meningite é um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017) Cuja as causas, segundo o Ministério da Saúde, podem ser por diversos agentes infecciosos, como bactérias, vírus, parasitas e fungos, tendo sua disseminação por meio vascular ou não infecciosos. “ ” MENINGITE BACTERIANA É uma infecção que provoca a inflamação do tecido que envolve o cérebro e a medula, causada por uma bactéria. PRINCIPAIS TIPOS Neisseria meningitidis (meningococo): 2. Haemophilus influenzae: Streptococcus pneumoniae (pneumococo): 4. Mycobacterium tuberculosis: São causa de alta morbimortalidade, principalmente em crianças menores de cinco anos de idade, com maior risco entre os lactentes de 6 a 12 meses de idade. FISIOPATOLOGIA Geralmente o foco infeccioso é a nasofaringe; Após a colonização nasofaríngea a bactéria adere ao epitélio local e atravessa a barreira mucosa, sobrevivendo aos mecanismos locais de defesa; Em seguida, cai na corrente sanguínea, ultrapassa a barreira hematoencefálica entrando no espaço subaracnóideo; Se multiplica em escala logarítmica devido à baixa concentração de anticorpos e ausência de complemento. MODO DE TRANSMISSÃO Contato direto: Vias respiratórias; Oral-oral; Fecal-oral. DIAGNÓSTICO Exame de sangue, urina, fezes; Verificação do líquido cefalorraquidiano; Bacterioscopia; Tomografia. TRATAMENTO Antimicrobianos; Corticosteróides. MENINGITE VIRAL Principalmente causada pelos Enterovírus (Echo, Coxsackie); Pode ser confundida com um resfriado, pois seus sinais e sintomas são mais brandos. FISIOPATOLOGIA O vírus se multiplica atingindo o Sistema Nervoso Central (SNC) via corrente sanguínea; No caso do vírus da caxumba, o vírus causa infecção de orofaringe com contaminação de gânglios nervosos regionais e posterior progressão para o sistema nervoso central. MODO DE TRANSMISSÃO Praticamente fecal-oral; Alimentos contaminados. DIAGNÓSTICO Exames de sangue, fezes, urina e punção lombar. TRATAMENTO Visa amenizar os sintomas como: febre, cefaleia, vômito, rigidez na nuca; Manter repouso, aumentar a ingesta hídrica; Pois não existe nenhum medicamento antiviral específico para meningite; Em caso de: Herpes Zoste, recomenda-se Aciclovir. MENINGITE FÚNGICA É a forma mais rara da doença; Pessoas com o sistema imunológico abalado, como aquelas com AIDS, câncer estão mais suscetíveis. A causa mais comum é por Cryptococcus FISIOPATOLOGIA Geralmente é resultado da propagação do fungo através da corrente sanguínea. DIAGNÓSTICO É realizado através das coletas de sangue e/ou fluído cerebrospinal (medula espinhal) para reconhecer o tipo de fungo e iniciar um tratamento preciso. MODO DE TRANSMISSÃO Não é contagiosa. TRATAMENTO Doses altas de antifúngicos; Sua duração depende do tipo de fungo que provocou a infecção e estado do sistema imunológico do paciente. SINAIS E SINTOMAS Seus sinais e sintomas no geral incluem: SINAIS E SINTOMAS Cerca de 25% dos recém-nascidos, obtém um aumento da pressão do líquido ao redor do cérebro faz com que as fontanelas se tornem salientes ou firmes; Inquietude; Sensibilidade a luz; Manchas pela pele; Rigidez de nuca. SINAIS E SINTOMAS Ainda em crianças menores de 2 anos: – Dificuldade de mamar; – Apatia extrema; – Choro incontrolável; – Hipotonia generalizada (corpo mole, sem tônus); – Crise convulsiva; – Dificuldade respiratória; – Diarreia. SINAIS E SINTOMAS No processo infeccioso inclui inflamação, exsudação, acúmulo de leucócitos e variáveis graus de lesão tecidual; O encéfalo pode ficar hiperemiado e edemaciado, coberto com exsudato purulento; A fibrina e o pus espesso podem obstruir as passagens estreitas, impedindo o fluxo de líquor. PREVENÇÃO CUIDADOS DE ENFERMAGEM Manter isolamento respiratório 24 h após medicação (se necessário – à depender do caso; Avaliar acuidade auditiva, devido a possibilidades da perda da mesma; Redução de estímulos e ruídos ambientais; Verificar perímetro cefálico em lactentes uma vez ao dia. Verificar a permeabilidade das vias aéreas; Monitorização da frequência cardíaca, pressão arterial e a frequência respiratória; Avaliação neurológica frequente nas primeiras 48 horas de evolução; Observar alterações no nível de consciência; Fluidoterapia. Controle de ingestão e perdas líquidas, estimular ingestão hídrica, observar sinais de desidratação; Controle do débito urinário; Observar sinais de infecção urinária; Aconselhar tratamento aos familiares. REFERÊNCIAS Disponível em: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Seresvivos/Ciencias/biovirus10.php, acessado em: 02/08/2017; Disponível em: http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=3935, acessado em: 04/08/2017. Disponível em: https://www.tuasaude.com/diagnostico-da-meningite/, acessado em: 05/08/2017; Disponível em: http://www.mdsaude.com/2013/11/sintomas-da-meningite.html , acessado em: 08/08/2017; Enfermagem pediátrica: a criança, o adolescente e sua família no hospital/ organizadoras Fabiane de Amorim Almeida, Ana Llonch Sabatés. Barueri, SP – Manole, 2008; Collet, N.; Olivira, B.R.G. Manual de Enfermagem em Pediatria. Goiânia: AB, 2002. Wong, manual clínico de enfermagem pediátrica / David Wilson, Marilyn J. Hockenberry ; [tradução Antonio Francisco Dieb Paulo ... Et al]. – {2 ed.}. – Rio de Janeiro : Elsevier, 2012.
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