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Trabalho - Criminologia II

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FICHA DE LEITURA - CRIMINOLOGIA
Prof.ª Patrícia Manete Melhem
Atividade 5 – Fazer, utilizando uma das bibliografias indicadas, uma ficha de leitura sobre o Princípio da Culpabilidade, Subculturas Criminais e Associações Diferenciais.
Tratado como um efeito derivado do princípio da legalidade, o princípio da culpabilidade define que cada indivíduo cumpre a pena por aquilo que cometeu, não podendo cumprir pena por outra pessoa. Assim, temos a limitação do direito estatal de punir, sendo um postulado a favor da liberdade do cidadão. Tal limitação aplica-se de forma que ninguém pode ser responsabilizado de forma objetiva, ou seja, apenas pelo resultado causado, se o autor não deu causa por agir de forma culposa ou dolosa. Isto é, a punição poderá ocorrer somente àquele que agir de forma reprovável, não respeitando o texto legal, embora pudesse fazê-lo. 
Temos assim a culpabilidade como um “termômetro”, pois mesmo sendo a razão de sua aplicação (por o agente ter praticado uma conduta (ação ou omissão), com um resultado, decorrente de seu dolo ou culpa), será também a sua limitação, pois não poderá o agente receber uma pena que exceda seu grau de culpa, ou seja, o nível de reprovação do seu comportamento.
Já analisando a teoria das subculturas criminais, temos uma sociedade tradicional dita valores predominantes. Contudo, a sociedade não se apresenta de forma homogênea, possuindo vários grupos que, diversas vezes, evocam valores distintos dos praticados na sociedade como um todo. Temos assim a existência de subculturas, que podem ser definidas como culturas dentro de outras culturas, que adotam parcela dos valores predominantes da população, mas expressam sentimentos e valores próprios, a exemplo de hooligans e skinheads. Comumente surgem como reação das minorias, daqueles que não se sentem representados na sociedade, dos menos desfavorecidos, deixados nesta condição em virtude das poucas possibilidades de sobrevivência na atual conjuntura da sociedade.
A subcultura criminal surge quando os indivíduos menos favorecidos se unem visando a prática de atos desviados, seguindo um modelo de valores dentro de uma cultura. Portanto, a etiologia do crime, diversamente da escola de Chicago, não está ligada à desorganização social, mas sim atrelada aos sistemas de normas e valores diferentes para com a sociedade tradicional.
Já para a Teoria da Associação Diferencial, a conduta criminosa não é prática exclusiva da parcela menos favorecida, mas é praticado por todas as classes econômicas, inclusive as mais abastadas. Em razão desta constatação aplica-se o termo “colarinho branco” para designar os crimes praticados por autores diferenciados do comum, com poder aquisitivo elevado. Tal conduta desviada tem origem social, pois o indivíduo torna-se delinquente a partir do momento em que seus valores se inserem no do grupo do qual faz parte (que praticam crimes), em um processo de reprodução de comportamento, evidenciando que desrespeitar as normas vigentes resultam em maiores benefícios que prejuízos.

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