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Áudio – 19.02 – Yaia – Introdução - Anestesiologia INTRODUÇÃO A Anestesiologia (estudo dos anestésicos) veio surgir após a criação da anestesia. Começou a partir da 2ª Guerra Mundial porque as pessoas morriam de choque neurogênico devido as dores vindas das lesões e dos procedimentos médicos. Antes de inventarem a anestesia a única coisa utilizada na tentativa de diminuir a dor que as pessoas sentiam era através de cachaça. O uso da anestesia nos animais demorou um pouco mais para acontecer pois Renner dizia que os animais eram seres sem alma e por isso não sentiam dores. Bloqueadores neuromusculares (derivados do curário): Utilizados para anestesia durante cirurgia de tórax. Cocaína: Todos os anestésicos locais são derivados de cocaína. Ex.: lidocaína. Antigamente a cocaína era utilizada na sua forma típica. Anestesias inalatórias (as primeiras formas de anestesia geral): Primeiro gás utilizado foram éter e clorofórmio, estes são líquidos transformados em gás para serem absorvidos pelos pulmões. Pai da Anestesiologia Horace Wells fez a primeira demonstração em público de anestesia inalatória utilizando óxido nitroso. Ele fez um borrifador onde colocou a solução e então borrifou o conteúdo no rosto de uma pessoa que devido ao efeito, adormeceu, mas na hora que foi extrair o dente a pessoa acordou e gritou de dor. Pouco tempo depois William Thomas Green fez uma demonstração, mas estava utilizando éter, e foi feita a cirurgia de tumor do pescoço, como deu tudo certo ele foi o conhecido pai da Anestesiologia. Horace Wells morreu devido vício em clorofórmio, pois ele fazia demonstrações dos clorofórmios em consultórios. Então ele foi parar na cadeia por vicio e após a sua morte, ele recebeu o título de Pai da Anestesia assim como William T.G. . A morfina, está relacionada a Morféu (deus do sono), pois ela causa sensação de alegria e logo em seguida a pessoa dormia. Só depois que a morfina foi estudada como anestésico. 1947 – Utilização do éter para retirada de membro em bovinos Toda vez que se fala em anestesia inalatória fala-se em O2, pois é o oxigênio o responsável por tornar o anestésico liquido em gasoso. A partir de 1920 Anestesiologia começou a ser aprofundada e com isso as preocupações com doses, técnicas e vias de administração. E partir do seu estudo começou a surgir as substâncias anestésicas que utilizamos diariamente. 1960 – fentanil e cetamina 1969 – xilazina e derivados 1984 – propofol 1971 – isoflurano 1990 – desflurano 1996 – levobupivacaina Não existe anestesia 100% segura, por isso que se começou o investimento nos monitores, para que se possa garantir que o paciente esteja em segurança. Existem monitores hoje em dia que mostram qualquer tipo de parâmetro, como atividade cerebral e a quantidade de anestesio presente no organismo. Embora existam monitores extremamente caros, há também monitores com preços razoáveis cuja aquisição é interessante e um diferencial em clinicas medicas veterinária. Lembrem anestesia ≠ analgesia, nem todo anestésico possui ação analgésica. Para que serve anestesia? - Para procedimentos cirúrgicos - Para contenção química. Ex.: animais silvestres - Procedimentos clínicos - Transporte - Procedimentos com fins diagnósticos. Ex.: raio-x ou mielografia – corante de medula - Eutanásia (sempre tem que insensibilizar – por lei) - Controle de convulsões: como crise convulsiva decorrentes de hiperexcitação dos neurônios, assim como crises convulsivas em epilépticos. Tipos de anestesia - Tranquilização - Sedação - Anestesia geral: pode ser inalatória ou injetável - Anestesia dissociativa - Loco - regional - Anestesia balanceada: devido a maioria não ser analgésica, por isso há associação entre estes fármacos. -*Analgesia: não é um tipo de anestesia, mas alguns anestésicos possuem essa característica. Todos os anestésicos envolvem algum grau de depressão. Anestesia: ausência de resposta consciente do córtex cerebral. Anestesia geral: depressão reversível do Sistema Nervoso Central (SNC) caracterizado por hipnose, e acinesia (perda parcial ou total da função motora). Ex.: propofol. Características: - Dormindo - Ausência de reflexos Pode ser: - Inalatória: via aérea - Injetável: via intravenosa Anestesia loco – regional: bloqueio do impulso nervoso aferente, sem resposta consciente por parte do SNC. Local ≠ regional: Embora sejam diferentes ambos fazer uso do mesmo tipo de anestésico. A diferença é que o local irá bloquear apenas as periferias de onde foi aplicado o anestésico e o regional irá bloquear tudo que é inervado pela região onde o anestésico foi aplicado. Ex.: caso a anestesia seja feita no plexo braquial ela será uma anestesia regional pois irá anestesiar todo o braço, mas caso seja feita no dedo ela irá anestesiar apenas o dedo sendo então uma anestesia local. Todo anestésico local tem propriedade analgésica, já nos gerais nenhum tem propriedade analgésica. Tranquilização: leve grau de depressão do SNC, acalmando o paciente. Ex: acepram - Não são analgésicos e não envolve inconsciência. Sedação: grau intermediário de depressão do SNC com a produção de narcose (sono profundo) - Tem propriedade analgésica Neurolepto - analgesia: associação de um tranquilizante com um analgésico. Anestesia balanceada: anestesia com associação de diferente formação para adquirir efeito desejado. - Associação permite a anestesia uma melhor qualidade além de se tornar mais segura. Anestesia dissociativa: causa um desligamento do córtex cerebral com relação as demais áreas do SNC. Ex.: cetamina e tiletamina. - “Não leva a inconsciência, mas não há respostas conscientes”: Não se trata de anestesia geral pois não causa inconsciência do córtex, apenas o mantem “desligado” do restante do organismo. Ou seja, existe um nível de consciência no animal, mas este é incapaz de produz resposta conscientes, então o animal mantém os reflexos protetores (respostas inconscientes), ex.: deglutir, piscar, movimentar membros levemente, etc. - Causa catalepsia (rigidez muscular): Se usada pura sem associar com algum relaxante muscular leva a rigidez dos músculos. Então a anestesia dissociativa deve ser SEMPRE associada com relaxante muscular. O frasco contendo tiletamina já vem associado direto da fábrica, a um relaxante muscular. - Mecanismo de ação: bloqueiam receptores NMDA. Bons estudos Fofinhas! Beijinhos, Yaia
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