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Crime e desvio

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Crime e desvio
O senso comum tende a acreditar que “os indivíduos desviantes são aqueles que se recusam a viver de acordo com as regras seguidas pela maioria de nós, são criminosos violentos, viciados em drogas ou marginais, que não se encaixam naquele conceito que a maioria das pessoas teria de padrões normais de aceitabilidade”.
Segundo Anthony Giddens “desvio pode ser definido como uma não conformidade com determinado conjunto de normas que são aceitas por um número significativo de pessoas em uma comunidade ou sociedade”. O conceito de desvio é bem mais amplo do que o conceito de crime.
Já o crime refere-se apenas a uma conduta não conformista que infringe a lei.
Quando se fala no estudo do comportamento desviante é importante observar quais as regras são observadas pela maioria e quais não são. “Ninguém descumpre todas as regras, assim como ninguém cumpre a todas”.         
   Mas quando falamos de regras é interessante questionarmos sobre a sua origem. Quem as criou? Quando as criou? Qual a finalidade dessas regras?
As regras sociais estão diretamente ligadas às divisões de poder e as classes sociais. A quem se interessar pelo tema indico uma pesquisa mais aprofundada sobre as teorias funcionalistas, as teorias institucionalistas, as teorias de conflito e as teorias de controle.
A teoria da rotulação é considerada, dentre as várias existentes, uma das abordagens mais importantes, pois segundo Giddens o desvio é interpretado por meio dela como um processo de interação entre os desviantes e não desviantes dentro da sociedade. Na opinião dele “as pessoas que representam as forças da lei e da ordem, ou que têm capacidade de impor aos outros suas definições de moralidade convencional, são responsáveis pela maior rotulagem”. Ele afirma ainda que esses rótulos criam categorias de desvio e expressam a estrutura de poder da sociedade.
   A teoria da rotulação pode ser percebida em nossas ações policiais diárias quando vemos pobres, em sua maioria, como “subversivos” e “delinqüentes”, seja chamando-os de PEBA por causa de suas roupas ou de vagabundo por causa de seu modo de falar.

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