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POSSE: Exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade. OBJETO DA POSSE: Bens corpóreos e Incorpóreos. SUJEITOS DA POSSE: Pessoas naturais ou jurídicas. (Possuidor e o Confinante) TEORIA SUBJ SAVINYNG: Posse é o poder de dispor fisicamente (corpus) da coisa, com ânimo de considerá-la (animus) sua propriedade e defendê-la contra a intervenção de outrem; Locatário e comodatário não são possuidores (tem que ter a intenção de possuir; tratado de posse). TEORIA OBJ IERING: Exige-se a conduta de proprietário. Não sendo necessária a apreensão física da coisa ou a vontade de ser dono dela. CLASSIFICAÇÃO DE POSSE: A) POSSE DIREITA E INDIRETA: Direta: o sujeito detém o bem imediatamente; derivada e temporária. Ex.: locador (portador da chave); Indireta: detém o bem à distância. Ex.: locatário (à distância). B) COMPOSSE: Simultaneidade da existência da posse por mais de um possuidor. Ex. Cônjuges no regime de comunhão de bens e condôminos. *Composse pro-diviso: há divisão de fato para a utilização pacífica do direito de cada um. Exercendo os possuidores poderes apenas sobre parte da coisa definida, e estando tal situação consolidada há mais de ano e dia, poderá cada qual recorrer aos interditos contra aquele composse que atentar contra tal exercício. *Pro-indiviso: todos exercem o direito de possuidor ao mesmo tempo, totalidade da coisa; C) POSSE ORIGINÁRIA E DERIVADA: Originária: é a primeira posse sem relação jurídica com o antecessor; Derivada: é a segunda posse em diante, com relação jurídica com o antecessor. Obs.: Quem invade é sempre originário, se ele vende, o 2º é derivado, mas se existir um 3º que invade, sem relação jurídica com o 2º, ele volta a ser originário e todos os anos de posse anteriores voltam a zero para o tempo de usucapião. D) QTO AOS VÍCIOS: JUSTA E INJUSTA (1200): Justa: mansa, pacifica,pública e adquirida sem violência. Injusta: com pelo menos um dos vícios da posse (violência, clandestinidade ou precariedade). Obs.: Não cabe usucapião, chamada de posse viciada; Pode se transformar em Posse Justa (convalescimento da posse) quando cessa a violência ou a clandestinidade. O art., 1208 traz o convalescimento da posse, que significa transformar a injusta em justa. *Posse Violenta: força física ou moral; Equipara-se ao crime de roubo. Qdo cessar a violência começa o lapso temporal da posse justa. É vício sanável. *Posse Clandestina: as ocultas. Fere o princípio da publicidade. Torna-se justa quando a pessoa se tornar pública. É vício sanável. *Posse Precária: abuso de confiança. Ex.: casa emprestada, ele não sai na data combinada. Locação findou e o contrato não se renova, ficando no imóvel, passa a ser possuidor precário. Pode ou não ser convalescida; É vício insanável. E) POSSE DE BOA-FÉ E MÁ-FÉ (1201, 490CC): Boa-fé: o possuidor não é conhecedor dos vícios; Má-fé: o possuidor é conhecedor dos vícios. F) POSSE NOVA E VELHA: Nova: é a posse de ano e dia; Velha: é a posse de mais de ano e dia. Aplica-se nas ações possessórias. AQUISIÇÃO DA POSSE: ESPÉCIES: POR APREENSÃO DA COISA / ORIGINÁRIA: *“res nullius” (coisa sem dono); Ex.: caçar um animal para se alimentar. *“res derelicta” (coisa abandonada); Ex.: pertences encontrados no lixo. *Apreensão econômica ou em razão de violência ou clandestinidade AQUISIÇÃO UNILATERAL PELO EXERCÍCIO DE DIREITO / POSSE DERIVADA: *Tradição: É a entrega da coisa. *Tradição real: entrega efetiva da coisa (é o caso do bem móvel). *Tradição Simbólica: transferência é por um ato representativo, ex. entrega das chaves de imóvel. ACESSÃO DE POSSES: a posse pode ser continuada pela soma do tempo do atual possuidor com o de seus antecessores. SUCESSÃO: O sucessor continua com direito a posse do seu antecessor. Ex.: Herança pode ser transmitida sem nenhum ato do herdeiro; UNIÃO: sucessor é facultado unir sua posse à do antecessor. EFEITOS DA POSSE: 1) DIREITO AS BENFEITORIAS: -POSSUIDOR DE BOA-FÉ: direito a todas as benfeitorias. *Necessárias e Úteis (indenização + retenção); *Voluntárias: Jus tollendi (sem direito de retenção, caso não pague pode ser retiradas). -POSSUIDOR DE MÁ-FÉ: direito só as benfeitorias necessárias; Não cabe Retenção. 2) DEFESA DA POSSE: Meio Extrajudicial: auto defesa da posse. Requisitos: ato real e atual; imediato; legitimo; moderado (possuidor ou detentor); Espécies: Legitima defesa da posse (turbação); desforço imediato (esbulho). Meio Judicial – Ações Possessórias: interdito possessório. a) Ação de Reintegração de Posse: Requisitos: posse anterior; esbulho (perda total da posse); data do esbulho. b) Ação de Manutenção de Posse: Requisitos: manutenção da posse; turbação (perda parcial da posse); data da turbação. c) Ação de Interdito Proibitório: Ameaça de ato esbulhativo ou turbativo; Ação preventiva, com finalidade de fixação de multa pecuniária, para não acontecer o esbulho ou turbação; Princípio da Fungibilidade das Ações Possessórias. AÇÕES EQUIPARADAS AS AÇÕES POSSESSÓRIAS: a) Ação de Imissão de Posse (comprou, mas não levou): Objetivo alcançar a posse pela 1ª vez. b) Ação de Nunciação de Obra Nova: não deixa a obra do vizinho prejudicar a sua. c) Ação de Dano Infecto: PERDA DA POSSE (1275): Perde quando o sujeito não tiver mais contato com o bem (Iering). ALIENAÇÃO; RENÚNCIA; ABANDONO; PERECIMENTO DA COISA; DESAPROPRIAÇÃO. PROPRIEDADE: Direito que a pessoa física ou jurídica tem de usar, gozar e dispor de um bem corpóreo ou incorpóreo, bem como de reivindicá-lo de quem injustamente o detenha (direito de sequela). CARACTERÍSTICAS: Plena; Exclusiva; Perpétua; Elasticidade; Oponibilidade erga omnes. RESTRIÇÕES LEGAIS: Interesse Privado: D de vizinhança; Público: servidão administrativa, Jazidas, Tombamento, Desapropriação. MODOS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMÓVEL (ART. 1238) a) Registro de Título: Quem não registra, não é dono. No entanto, se houver promessa de compra e venda, antes da data da venda, essa vale como prova que quem é o dono do bem, esse é considerado proprietário de fato. b) Acessão: I) Formação de Ilhas: Rio particular; pedaços de terra imperceptíveis. Ocorre quando o rio que divide duas propriedade baixa, formando no meio uma ilha; II) Aluvião: Rio particular; pedaços de terra imperceptíveis. Ocorre quando terras vão descendo pelo rio e acumulando-se ao lado de um terreno; III) Avulsão: Rio particular; pedaço de terra considerável. Ocorre quando, a força da água do rio arranca terra de um terreno e se uni a outro terreno. Nesse caso, o proprietário do terreno que foi lesado tem 1 ano para reivindicação. A ele cabe indenização; IV) Abandono de Álveo: Rio particular. Ocorre quando, onde antes passa a água do rio, não passa mais pelo fato deste ter secado. Nesse caso, divide-se a terra ao meio e, distribui de forma igual, aos proprietários dos terrenos ao lado; V) Plantações ou Construções: Se feita de má-fé, quem fez acessão, perde em favor do proprietário. Não cabe indenização; Se de boa-fé, o proprietário mantém-se com o terreno e indeniza quem fez a acessão. Obs.: § único, caso a construção ou plantação exceda de forma considerável o valor do terreno, o que agiu de boa-fé, plantou ou edificou, adquirirá a propriedade de solo, mediante pagamento de indenização fixada judicialmente, caso não haja acordo. c) Usucapião: USUCAPIÃO DE BENS IMÓVEIS USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIA (1238) Requisitos: posse de 15 ANOS; dispensa justo título e boa-fé. § único: 10 ANOS + função social da posse. USUCAPIÃO ORDINÁRIA (1242) Requisitos: posse de 10 ANOS + justo título e boa-fé. § único: 5 ANOS + função social. USUCAPIÃO ESPECIAL OU CONSTITUCIONAL (ÁREA URBANA E RURAL) *Usucapião Urbano ou Pró Moradia (Art. 1240 CC e 183, CF) Requisitos: 5 ANOS + justo título e boa-fé + área não superior a 250m² + não proprietário de outra propriedade + moradia habitual + função social da posse. *Usucapião Rural ou Pró Labore (Art. 1239 CC e 191, CF) Requisitos: 5 ANOS + justo título e boa-fé + área não superior a 50 hectares + não proprietário de outra propriedade+ produtividade + função social da posse. USUCAPIÃO FAMILIAR (ART. 1240 – A) Requisitos: 2 ANOS + justo título e boa-fé + área urbana não superior a 250 m² + abandono do bem pelo ex cônjuge ou companheiro + moradia com os membros de sua família. USUCAPIÃO COLETIVA (ESTATUTO DA CIDADE) Requisitos: 5 ANOS + justo título e boa-fé + população de baixa renda + área indivisa + área superior a 250 m² + moradia habitual. MODOS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE MÓVEL (ART. 1260) a) Da Usucapião (Art. 1260): Aquele que possuir coisa móvel como sua, contínua e incontestadamente, durante 3 anos, com justo título e boa-fé, adquirir-lhe-á a propriedade; *USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIA (ART. 1261) Requisitos: 5 ANOS + dispensa justo título e boa-fé. *USUCAPIÃO ORDINÁRIA (ART. 1260) Requisitos: 3 ANOS + justo título e boa-fé. b) Da Ocupação (Art. 1263): quem toma pra si coisa sem dono afim de torna-se proprietário. Não é defesa por lei. -Res Nules: coisa que nunca teve dono. -Res Derelicta: coisa que teve dono e foi jogada fora. *Ocupação Ficta: acontece, mas parece que não aconteceu; *Ocupação Real: precisa de registro; *Ocupação Simbólica: exemplo claro é o do Faustão, quando entrega um cheque gigante. c) Do Achado ao Tesouro (Art. 1264): aquele que encontrar terá direito só a metade do tesouro caso achado casualmente em terreno alheio. Ademais, terá direito total ao tesouro. d) Da Tradição (Art. 1267): CLÁUSULA CONSTITUTI: Registro Imobiliário; Transmite a propriedade, não a posse. CLÁUSULA C. POSSESSORIUM: Não transmite a propriedade, transmite a Posse. Caso chegue ao fim o lapso temporal e a pessoa que tiver de sair da casa não saia, deve-se entrar com ação de Reintegração de Posse, pois, quando a propriedade fora vendida, houve, fictamente, a transferência da posse. OBS.: Se houve emissão de posse, pede-se a Reintegração; Se não houve emissão de posse, pede-se a Imissão. e) Da Especificação (Art. 1296): o especificador vai trabalhar na matéria prima e faz obra nova, ex.: pegou couro e fez calçado novo. *Caso o especificador seja um e o dono da matéria seja outro: Se o especificador agiu de boa-fé, a obra nova é dele e este indeniza o dono da matéria prima; Se o especificador agiu de má-fé, a obra nova é do dono da matéria prima, e não cabe indenização ao especificador. f) Da Confusão, da Comissão e da Adjunção (Art. 1272): I-Confusão (mistura entre coisas líquidas. Ex: água e vinho; álcool e gasolina); II-Comistão (mistura entre coisas sólidas ou secas. Ex. areia, cal e cimento, trigo e glúten); III-Adjunção (justa posição de uma coisa a outra. Ex. tinta em relação à parede). PERDA DA PROPRIEDADE: Alienação: negócio jurídico, gratuito ou oneroso, que causa a transferência de direito próprio sobre bem móvel ou imóvel a outrem. Renúncia: negócio jurídico unilateral pelo qual o proprietário declara o propósito de despojar-se do direito de propriedade. Não há transmissão, o titular abdica do direito real, que nesse instante se converte em res nullius. Abandono: perda da propriedade por ato voluntário do seu titular; o animus de abandonar a coisa é presumido pela cessação dos atos de posse. Coisa imóvel abandonada, Município, DF ou União poderão arrecadar o bem e após três anos adquirir a propriedade. Perecimento: Perecimento material ou real. *Perecimento jurídico: a coisa continua a existir, mas uma situação jurídica superveniente faz com que se torne impossível o exercício do direito pelo seu titular. Desapropriação. PROPRIEDADE SUPERFICIÁRIA: Direito real de construir e plantar em imóvel alheio, conferido pelo FUNDIEIRO (proprietário do solo) em benefício do SUPERFICIÁRIO (titular do direito). É o direito real de ter coisa própria incorporada em terreno alheio. FINALIDADE: construir ou plantar. CONSTITUIÇÃO DA SUPERFÍCIE: Consensual: caráter contratual, onerosa ou gratuita. Decorre da vontade das partes. EXTINÇÃO ANTECIPADA: desvio de finalidade. DESAPROPRIAÇÃO: indenização ao proprietário e ao superficiário. DR SOBRE COISAS ALHEIAS: é o de receber, por meio de norma jurídica, permissão do seu proprietário para usá-la ou tê-la como se fosse sua, em determinadas circunstâncias, ou sob condição de acordo com a lei e com o que foi estabelecido, em contrato válido. O domínio se adquire pela tradição, se for coisa móvel, e pela transcrição (registro do título), se for imóvel. DIREITOS REAIS LIMITADOS DE GOZO OU FRUIÇÃO ENFITEUSE (AFORAMENTO OU EMPRAZAMENTO): Direito real sobre as coisas alheias, em que uma pessoa (senhorio direto - proprietário) transfere os direitos de propriedade a outrem (enfiteuta – titular do direito), mediante registro na matrícula do imóvel e mediante pagamento ao senhorio direto de uma renda anual (pensão/foro). Foro anual ou cânon: valor pago anualmente pelo enfiteuta ao senhorio direto. Laudêmio: valor pago ao senhorio direto em caso de alienação da enfiteuse. -OBJETO: terras não cultivadas; terrenos que se destinem à edificação; terrenos de marinha e acrescidos. * se constituído sobre terras cultivadas ou terrenos edificados, será tratado como arrendamento ou locação por prazo indeterminado. - CARACTERÍSTICAS: constituída por ato "inter vivos" (contrato) ou de última vontade (testamento); é perpétua; os bens transmitem-se por herança; indivisível. - CONSTITUIÇÃO: transcrição; sucessão hereditária e usucapião. - ANALOGIA: Enfiteuse e Usufruto: a enfiteuse é mais extensa do que o usufruto; a enfiteuse pode ser transmitida por herança, o usufruto extingue-se com a morte do usufrutuário; a enfiteuse é alienável, o usufruto só pode ser alienado ao nu proprietário; a enfiteuse é onerosa, o usufruto, gratuito. - EXTINÇÃO: Pela deterioração do prédio aforado; Comisso; Falecimento do enfiteuta, sem herdeiros; Confusão; Perda da nacionalidade brasileira; Total destruição do prédio aforado; Usucapião; Desapropriação. SUPERFÍCIE: 1369 A 1377: É o direito real pelo qual o proprietário (concedente) transfere a outrem (superficiário), por tempo determinado ou indeterminado, gratuita ou onerosamente, o direito de construir ou plantar em seu terreno, mediante escritura registrada do Cartório de Imóveis. É necessário que o superficiário dê a função. - EXTINÇÃO: término/caducidade, confusão, resolução, distrato, desapropriação, perecimento do objeto, não uso da coisa, renúncia e alienação. Obs.: quando o contrato extinguir, não se indeniza o superficiário. - D DE PREFERÊNCIA NA AQUISIÇÃO DO DR.: pode ser vendida a propriedade e a superfície. - D A INDENIZAÇÃO: preferência por dano; - EXTINÇÃO TREDESTINAÇÃO: é quando a destinação final de um bem expropriado divergiu da finalidade da qual se planejou inicialmente. Pode ser lícita ou ilícita. SERVIDÕES PREDIAIS: 1378: é direito real em que um prédio (serviente) serve outro prédio (dominante), mediante registro público. Têm caráter acessório, perpétuo, indivisível e inalienável. - FINALIDADE: proporcionar uma valorização do prédio dominante, tornando-o mais útil, agradável ou cômodo. - PRINCÍPIOS: É relação entre prédios vizinhos; Não há servidão sobre a própria coisa; A servidão serve à coisa e não ao dono; Não se pode de uma servidão constituir outra; Servidão não se presume; Servidão é inalienável. - ESPÉCIES: Servidão de Passagem (passagem de pedestres); Servidão de Vista (garantir sua visão); Servidão de Cabos e Tubulações (não há liberalidade, mas há indenização). - CLASSIFICAÇÃO: - qto à Natureza (rústicas e urbanas); - qto ao Modo de Exercício (contínuas, descontínuas, positivas, negativas, ativas, passivas); - qto à Exteriorização (aparentes e não-aparentes); - qto à Origem (legais, naturais, convencionais). - CONSTITUIÇÃO: ato jurídico "inter vivos" ou "causa mortis"; sentença judicial; usucapião; destinação do proprietário. - EXTINÇÃO: fim do prazo ou implemento da condição; renúncia do titular; confusão; impossibilidade de seu exercício; resgate; supressão das respectivas obras; desuso; perecimento do objeto; desapropriação; convenção. USUFRUTO: Direito real conferido a alguém de retirar,temporariamente, da coisa alheia os frutos e utilidades que ela produz, sem alterar-lhe a substância. É direito real personalíssimo. Todas as despesas do bem ficam por conta do usufrutuário. - OBJETO: móveis infungíveis e inconsumíveis; imóveis; patrimônio; direitos, desde que transmissíveis. - CARACTERES JURÍDICOS: direito real sobre coisa alheia; é temporário; é intransmissível e inalienável; é impenhorável. - ESPÉCIES: - Qto à Origem (legal e convencional); Qto ao Objeto (próprio e impróprio); Qto à Extensão (universal, particular, pleno, restrito); Qto à Duração (temporário, vitalício, simultâneo), - CONSTITUIÇÃO: por lei; ato jurídico "inter vivos" ou "causa mortis"; sub-rogação real; usucapião; sentença. - ANALOGIA: Usufruto e Enfiteuse: no enfiteuse, o foreiro pode dispor do domínio; no usufruto, o usufrutuário não poderá transmitir seu direito, ele é inalienável, podendo tão-somente ceder seu exercício; a enfiteuse é perpétua, o usufruto, temporário; a enfiteuse recai sobre terrenos para agricultura e edificação, o usufruto incide sobre bens móveis, imóveis e direitos; a enfiteuse é onerosa, o usufruto é gratuito. - EXTINÇÃO: Pela morte do usufrutuário; Advento do termo de sua duração; Implemento de condição resolutiva; Cessação da causa de que se origina; Destruição da coisa não sendo fungível; Consolidação; Prescrição extintiva; Culpa do usufrutuário; Renúncia; Resolução do domínio. USO: O proprietário transfere para o usuário o direito de usar o bem para retirar as necessidades suas e de sua família, mediante registro. Conceito de família: cônjuge, filhos solteiros, empregado doméstico. É temporário, indivisível, intransmissível e personalíssimo. - OBJETO: bens móveis (infungíveis e inconsumíveis) e imóveis; bens corpóreos e incorpóreos; terrenos públicos e particulares. - CONSTITUIÇÃO: ato jurídico "inter vivos" e "causa mortis"; sentença judicial; usucapião. - EXTINÇÃO: Morte do usuário; Advento do prazo final; Perecimento do objeto; Consolidação; Renúncia. HABITAÇÃO: O proprietário transfere a outrem o direito de morar gratuitamente, não podendo transferir a outrem. Aqui se aplica as regras do usufruto. É direito real limitado, personalíssimo, temporário, indivisível, intransmissível e gratuito. - DIREITOS DO HABITADOR: Morar na casa com sua família; Exigir que o dono do imóvel respeite seu direito de moradia; Defender sua posse por meio de interditos possessórios; Receber indenização pelas benfeitorias necessárias. - OBRIGAÇÕES DO HABITADOR: Guardar e conservar o prédio; Não alugar, nem emprestar o imóvel; Fazer o seguro, se o título lhe impuser tal realização, devendo o valor segurado ser empregado na reedificação do prédio se este sofrer destruição por caso fortuito ou força maior; Pagar tributos que recaírem sobre o imóvel; Restituir o prédio ao proprietário no estado em que o recebeu, sob pena de pagar perdas e danos pelos prejuízos que sua negligência ocasionar. - EXTINÇÃO: Morte do habitador; Advento do prazo final; Perecimento do objeto; Consolidação; Renúncia. DIREITO DO PROMITENTE COMPRADOR: O promitente comprador registrará a promessa de compra e venda, sem direito de arrependimento, para garantir a transferência da propriedade futura. ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA: trata-se do meio legal em que juiz autoriza a transmissão da propriedade em caso do promitente vendedor se recusar ou estar em lugar desconhecido, mediante registro público. EXTINÇÃO: Pela execução voluntária do contrato; Pela execução compulsória; Pelo distrato; Pela resolução; Pela impossibilidade superveniente; Pelo vicio redibitório. Segundo art. 36, Lei 6.766/79, só com o cancelamento do registro é que se dá a extinção deste direito real. RENDA CONSTITUÍDA SOBRE IMÓVEL: Direito real temporário, que grava determinado bem de raiz, obrigando seu proprietário a pagar prestações periódicas de soma determinada. É indivisível e temporário. - MODOS CONSTITUTIVOS: ato "inter vivos" ou "causa mortis"; sub-rogação; sentença judicial. - EXTINÇÃO: Morte do censuísta; Término do prazo; Implemento da condição resolutiva; Confusão ou consolidação; Destruição do imóvel, se não estiver no seguro; Sentença judicial; Resgate; Renúncia; Prescrição extintiva; Falência ou insolvência; Execução judicial do prédio gravado; Compensação. DIREITOS REAIS DE GARANTIA: Direito subjetivo patrimonial, de natureza real e caráter acessório, constituído sobre um ou mais bens do devedor ou de terceiro em favor do credor, para assegurar o cumprimento de uma obrigação. REQUISITOS 1424: I- o valor do crédito, sua estimação, ou valor máximo; II- o prazo fixado para pagamento; III- a taxa dos juros, se houver; IV- o bem dado em garantia com suas especificações. REQUISITOS GENÉRICOS: I – Requisito Subjetivo (Capacidade para alienar; Bens dos filhos menores; Bem do Pai em favor de dívida do Filho; Bens dos pupilos e curatelados; Bens do Mandante; Bem em condomínio; Vênia conjugal); II – Requisito Objetivo (Bens alienáveis; Bens públicos de uso comum do povo e de uso especial; Bens com cláusula de inalienabilidade; Bem futuro; Bem ainda não adquirido pelo devedor; Bem de família). III – Requisitos formais (Especialização do bem e da obrigação; Dívida futura - indicação do valor máximo; Registro. - CARACTERÍSTICAS: Acessoriedade; Sequela; Indivisibilidade; Excussão; Preferência; Vedação ao pacto comissório. - ESPÉCIES: - Anticrese: utilização de bens imóveis até saldar a obrigação principal. Tem que pegar e produzir. Credor anticrético (tem anticrese como garantia / não tem benefício financeiro, só usa até pagar a obrigação), hoje não tem aplicabilidade. A garantia recai sobre os frutos e utilidades do imóvel e não sobre o imóvel em si. *PENHOR: bens móveis. Há transmissão. ESPÉCIES: a) Penhor Rural: diferença é o bem dado como garantia. Penhor Agrícola: colheitadeira, trator, plantação e colheita futura. Não há transmissão de posse. Penhor Pecuário: animais que tem na terra. Não há transmissão. b) Penhor de Títulos de Crédito: ex.: dar uma precatória do Estado do RJ, o bem dado como garantia não é seu. A garantia não fica com o credor (é Nula a cláusula que diga que o credor ficará com a garantia). Obs.: a garantia será colocada a venda, marca-se um primeiro leilão, não vendendo marca-se o segundo, caso não ocorra venda o bem é oferecido a ele por 60% do valor da avaliação. Só pode ficar com o bem como garantia depois de esgotado todas as tentativas de venda. c) Penhor Veicular: carro. Não há transmissão. O carro tem que ter seguro total durante o lapso temporal da garantia. d) Penhor Legal: - Restaurantes, bares e similares. - Hotéis, motéis e similares. Obs.: Se for ao restaurante / hotel e não pagar, o dono pode reter bens meus, menos docs pessoais. *HIPOTECA: bens imóveis. ESPÉCIES: TEM QUE ESTAR REGISTRADO. a) Hipoteca Convencional: estabelece através de acordo de vontades. b) Hipoteca Legal: a lei que determina a hipoteca. Ex.: financiamento da CEF. Obs.: pode-se dar o mesmo bem como garantia por mais de uma vez (sub hipoteca). Navio e aeronave são móveis, mas para efeito legal é considerado imóvel, pq tem registro. *ANTICRESE: utilização de bens imóveis até saldar a obrigação principal. Tem que pegar e produzir. Credor anticrético (tem anticrese como garantia / não tem benefício financeiro, só usa até pagar a obrigação), hoje não tem aplicabilidade. A garantia recai sobre os frutos e utilidades do imóvel e não sobre o imóvel em si.