Buscar

QUESTIONÁRIO 5

Prévia do material em texto

QUESTIONÁRIO 5
1 – O que são bulhas cardíacas, quantas são e quais eventos elas representam?
O coração produz ruídos que são transmitidos ao tórax: bulhas cardíacas. Podem ser ouvidas três bulhas:
Primeira Bulha
A primeira bulha aparece no início da sístole ventricular. Quando os ventrículos começam a se contrair, o sangue, sofrendo pressão, comprime as válvulas A-V, fechando-as como se fossem folhas de uma porta. Quanto maior a força de contração do ventrículo maior a força com que as válvulas se fecham e mais forte será o som produzido pelo fechamento. 
Durante o processo de contração as pressões dos ventrículos se elevam. Essa elevação de pressão vence a resistência das válvulas semilunares e o sangue é lançado simultaneamente na circulação pulmonar e sistêmica. As vibrações destas válvulas produzem a primeira bulha.
Segunda Bulha
A segunda bulha coincide com a diástole ventricular. O som é produzido pelo fechamento das válvulas semilunares. A bulha acompanha toda fase isométrica diastólica até a abertura das válvulas A-V. As vibrações das grandes artérias também produzem ruídos. 
Terceira Bulha
Esta aparece durante a fase de enchimento rápido (diástole), após a fase isométrica diastólica. Ela é atribuída às vibrações das paredes dos ventrículos ocasionadas pela entrada rápida do sangue nessas câmaras, distendendo-as. Esta bulha é ouvida com dificuldade, mas pode ser registrada graficamente.
2 - Quais os componentes do sistema nervoso cardíaco e suas respectivas funções?
• Nódulo Sinoatrial ou Sinusal: o Nódulo sinoatrial fica localizado na região superior do átrio direito, tem a função de marca-passo do coração, isto é, comanda o ritmo e freqüência do coração. Tem autoexitabilidade e autopraticidade, ou seja, tem seu próprio comando.
• Nódulo atrioventricular: o nódulo atrioventricular fica localizado no assoalho do átrio direito e é responsável por fazer a pausa fisiológica que permite que os átrios ejetem sangue para as câmeras ventriculares.
• Feixe de His: o Feixe de His é uma estrutura de bifurcação que leva estímulos específicos para cada ventrículo.
• Fibras de Purkinje: é uma ponta de condução que entra em contato com a célula miocárdica.
Tais estruturas são responsáveis pelo Evento Elétrico Cardíaco, ou seja, o Sistema de condução operante, sendo eles: 
Excitação: estímulo responsável pelo disparo da atividade iônica/elétrica do coração. É ativado pelo marca passo fisiológico (NSA). Aumenta com a permeabilidade da membrana dado por um estímulo que abre os canais de Na+ e fecha os de K+, levando carga positiva para dentro da célula que estava em repouso, e carga negativa para fora da célula.
Despolarização: Responsável pelo início da contração cardíaca, ou seja, momento em que há alteração dos canais da membrana miocárdica, aumentando a concentração de Na+ dentro da célula e diminuindo faro da célula.
Platô: Período em que há entrada de cálcio nas miofibrilas, prolongando o período sistólico. Caracterizada pela entrada de cálcio na célula. O cálcio ativa as proteínas da musculatura para que se deslizem para fazer o movimento de entorse.
Repolarização: Momento de inversão dos canais iônicos nas miofibrilas, início do retorno ao repouso. Refaz a polarização da célula, diminuindo a soma de cargas positivas dentro da célula com o aumento do K+ e o retorno das funções dos ácidos, deixando o local negativo.
3 – Explique a síndrome de Stokes Adams
nada mais é do que a retomada dos batimentos cardíacos (mais especificamente, a contração ventricular) de maneira tardia. Quando, por alguma condição patológica ou não, ocorre o bloqueio do feixe A-V, o potencial de ação que induz a contração dos ventrículos não percorre mais as fibras de Purkinje. Contudo, essas fibras são auto-excitáveis (normalmente elas não se auto-excitam, pois o nodo sinusal o faz primeiramente), elas irão se contrair a fim de impulsionar o sangue parado nos ventrículos. Entretando, há um intervalo de cerca de 30 segundos até que esse sistema possa se excitar (as fibras estavam "inibidas" pela funcionalidade do feixe A-V, que carrega o impulso do nodo sinusal). Quando passa esse intervalo de tempo, ou seja, quando o ventrículo se contrai, os batimentos se normalizam e acaba a chamada "Sindrome de Stokes Adams".
4 – Descreva o efeito simpático e parassimpático na ritimicidade cardíaca.
Os nervos parassimpáticos estão distribuídos para os nodos sinusal atrial e átrio ventricular, em menos grau para os músculos dos dois átrios e muito pouco ara o musculo ventricular. Os nervos simpáticos se distribuem para todas as partes do coração, em especial para o musculo ventricular.
Efeito da estimulação parassimpática de diminuir ou bloquear o ritmo e a condução cardíaca. parassimpáticos (os nervos vagos) e simpáticos, que inervam o coração. Eles atuam ajustando as frequências cardíacas de acordo com as necessidades orgânicas.
5 – Como se dá o controle do fluxo de sangue e explique o controle agudo e crônico.
controle do fluxo sanguíneo é realizado de três maneiras diferentes: em razão das necessidades locais dos tecidos, através do sistema nervoso e por mecanismos humorais. O controle local está diretamente relacionado com o metabolismo dos tecidos. Assim, os músculos em repouso são pouco irrigados enquanto os rins, o encéfalo e, em particular, a glândula pineal são extremamente vascularizados em função das necessidades metabólicas e funcionais destes órgãos e tecidos.
Explique o controle agudo . 
Existem duas teorias para explicar como isso se dá: Teoria da vasodilatação: o aumento no metabolismo ou diminuição da disponibilidade de nutrientes gera maior formação/liberação de substâncias vasodilatadoras (dióxido de carbono, adenosina, compostos fosfatados de adenosina, histamina) pelos tecidos, aumentando o fluxo local. Por exemplo, quantidades pequenas de adenosina são liberadas pelas células miocárdicas quando o fluxo coronariano está reduzido, gerando vasodilatação e normalizando o fluxo.
Teoria da falta de oxigênio: o oxigênio (bem como outros nutrientes) é necessário à contração das paredes musculares dos vasos e dos esfíncteres pré-capilares. Assim, a falta de oxigênio provocaria o simples relaxamento destes músculos e a vasodilatação. De maneira análoga, o excesso de oxigênio provocaria vasoconstrição, até que esse excesso fosse consumido e os vasos voltassem a relaxar.

Continue navegando

Outros materiais