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Sociedade Feudal 
A sociedade feudal é aquela que se desenvolveu durante o período do feudalismo, sistema que prevaleceu na Europa entre os séculos V e XV.
A sociedade feudal era essencialmente rural baseada na posse de terras (feudos) e inserida num sistema monárquico de centralização do poder. Foi marcada por uma produção autossuficiente (economia agrária e de subsistência).
Características: Resumo
A sociedade feudal se caracterizava por ser uma sociedade estamental, ou seja, uma estrutura social fixa hierarquizada a qual estava dividida em estamentos.
Os estamentos representavam os grupos sociais ou estados e, no caso do feudalismo, estava dividido em basicamente quatro instâncias:
Rei: Acima de qualquer estamento estavam os reis, que detinham o maior poder expresso numa só figura. Eram aqueles que governavam e recebiam impostos dos outros grupos sociais.
Clero: representavam a camada relacionada com o sagrado, ou seja, aqueles que rezavam e fortaleciam a religião católica (papas, bispos, cardeais, monges, abades e padres). Em suma, era a classe detentora do poder da Igreja (a mais poderosa instituição feudal) e aquela que sabia ler e escrever.
Nobreza: Além dos nobres (que incluíam os senhores feudais, donos das terras e das riquezas), nessa categoria estavam incluídos os guerreiros, ou seja, aqueles que guerreiam.
Povo: englobam os vilões, camponeses e servos (escravos), ou seja, aqueles que trabalhavam nos feudos (produção de alimentos e construções) em troca de habitação, comida e proteção.
Representação da Pirâmide Social Feudal
Nesse sistema, a mobilidade social era quase inexistente, ou seja, o nascido pertenceria ao mesmo grupo até sua morte. Em resumo, a posição social era definida pelo nascimento: nasceu servo, viverá como servo durante toda sua vida.
Além disso, a sociedade feudal esteve marcada pela relação de suserania e vassalagem, ou seja, entre o suserano e o vassalo, marcada pelo compromisso de fidelidade entre nobres e que implicava direitos e obrigações recíprocas.
Nessa relação feudal, os suseranos, donos de terras, as doavam para os vassalos, que por sua vez, estavam encarregados de cuidar, proteger e administrar as terras recebidas.
Todo esse modelo estava pautado na vida nos feudos, grandes extensões de terras que possuíam uma organização econômica, política, social e cultural próprias. Vale destacar que os feudos foram a principal fonte de poder e riqueza no período do feudalismo.
No local, os senhores feudais representavam o poder máximo e absoluto, administrando e outorgando as leis, enquanto os servos trabalhavam nas terras.
A vida nos feudos era precária, sobretudo, para os escravos que trabalhavam a vida toda nas terras dos senhores, não recebiam salários e apresentavam uma qualidade e expectativa de vida inferior à dos outros grupos.
Economia Feudal
A economia feudal, inserida contexto do feudalismo, era uma economia agrária e de subsistência baseada na posse de terras (feudos).
Lembre-se que o feudalismo foi uma organização econômica, política, social e cultural. Perdurou na Europa Ocidental entre os séculos V ao XV, durante o período denominado de Idade Média.
O que eram os Feudos?
Os feudos, considerados a base econômica da economia feudal, representavam grandes extensões de terra localizadas na área rural, os quais eram comandados pelos senhores feudais.
Neles era possível encontrar o castelo fortificado, as aldeias, as terras para cultivo, os pastos e os bosques, etc. O feudo estava dividido em basicamente três partes:
Manso Senhorial: as melhores e maiores terras do feudo que pertenciam ao senhor feudal, suficientes para sustentar sua família. No entanto, os senhores não trabalhavam, sendo essa terra cultivada pelos servos ou camponeses.
Manso Servil: terra dos servos, onde cultivavam seus produtos, produzindo o necessário para a sobrevivência. Em troca, eles realizavam diversas obrigações e pagavam impostos aos senhores feudais.
Manso Comum: área comum a todos os grupos que incluía os pastos, as florestas e os bosques. Aqui, os produtos cultivados eram de uso de todos, sendo um local destinadas ao cultivo, à caça e para pastagens dos animais.
Características da Economia Feudal: Resumo
Baseada numa economia agrária e autossuficiente, ou seja, produziam tudo o que necessitavam, a economia feudal esteve dedicada ao consumo local e não às trocas comerciais.
Nesse caso, as trocas de mercadorias (ou escambo) eram realizadas através de produtos cultivados nos feudos, visto que não existia um sistema monetário (moeda).
A agricultura era a principal atividade desenvolvida no feudalismo, ainda que o artesanato fosse marcante. O artesanato servia para a produção de ferramentas e matérias de uso doméstico.
Vale lembrar que o sistema social desse período esteve marcado por uma sociedade estamental (dividida em estamentos) a qual não possuía mobilidade social, ou seja, nasceu servo, morrerá servo. Assim, faziam parte da estrutura feudal quatro grupos: reis, clero, nobres, servos.
Saiba também sobre a Sociedade Feudal.
Esse último grupo (servos) eram os que trabalhavam nas terras (agricultura, pecuária, nos castelos, etc.) senhoriais em troca de habitação, comida e proteção.
Eles cultivavam os produtos, cuidavam dos animais, serviam os senhores em seus castelos, seja lavar ou fazer a comida.
Além de fazerem a maior parte do trabalho que girava a economia feudal, os servos pagavam diversos tributos (ou impostos), sendo que os mais importantes eram:
Corveia: representava o cultivo das terras senhoriais que devia ser realizada pelos servos pelo menos 2 vezes por semana.
Talha: imposto em que os servos estavam obrigados a entregar cerca de metade de sua produção ao senhor feudal.
Capitação: significava o imposto pago pelos servos aos senhores feudais, relativos ao número de pessoa, ou seja, por cabeça.
Banalidade: imposto pago pela utilização dos equipamentos e instalações, ou seja, o servo pagava uma taxa ao senhor feudal para usar o moinho, o forno, etc.
Crise do Feudalismo
A crise do feudalismo ocorreu no último período da Idade Média, denominado de Baixa Idade Média (séculos XI e XV).
Alguns fatores foram necessários para que o feudalismo desaparecesse por completo, pondo fim a Idade Média e dando início a Idade Moderna.
Resumo
Baseado na posse de terras (feudos), na monarquia, na centralização do poder, na autossuficiência e numa sociedade estamental (nobreza, clero e povo), destituída de mobilidade social, o feudalismo foi um sistema que permaneceu até o século XIV na Europa.
No entanto, com as mudanças de paradigmas e com diversos acontecimentos históricos, culturais, políticos e sociais, o sistema feudal entrou em declínio a partir do século XI.
Segue abaixo as principais causas que acarretaram na crise do sistema feudal.
Crescimento Demográfico: a partir do século X, o aumento considerável do número de pessoas foi um fator decisivo para que surgisse uma nova classe social interessada sobretudo, no comércio: a burguesia. A classe burguesa, formada por artesões, mercadores, banqueiros e donos de companhias de comércio, eram habitantes das antigas cidades medievais fortificadas, denominadas de burgos.
Com isso, o poder da nobreza, dos senhores feudais e do clero também entram em declínio. Diante desse sistema, ficou difícil suprir as diversas necessidade da população (alimentação, moradia, saúde, etc.) que praticamente duplicou nos séculos seguintes.
Essa explosão demográfica gerou uma população marginal, sem emprego e sem terras. A partir do século XV o renascimento urbano e comercial propiciou o aumento e a estabilidade da população.
Revolução Burguesa: com o surgimento da burguesia, muitas pessoas fugiam dos feudos (êxodo rural) para as cidades em busca de melhores condições. O surgimento da moeda, o 
desenvolvimento das cidades medievais e da intensificação das atividades comerciais, foram essenciais para que o sistema feudal entrasse em declínio.
A nova classe social que surgia aspirava contra o absolutismo,almejando independência e propondo uma nova economia, baseada no sistema capitalista (burguesia mercantil). Além disso, a burguesia lutava pelo enriquecimento e pela mobilidade social, sistema desconhecido na sociedade feudal.
Peste Negra: um dos fatores que assolaram a população na Idade Média, foi a epidemia da peste negra (ou peste bubônica), que matou milhões de pessoas a partir do século XIV, ou seja, cerca de um terço da população europeia.
Entre 1346 e 1353, a falta de higiene e de condições favoráveis de vida foram determinantes para que a peste atingisse grande parte da população. Assim, a diminuição da mão de obra caiu drasticamente, revelando um pouco da crise feudal que se iniciava.
A população vivia em condições precárias de habitação e higiene, o que fez com que o vírus da peste, que se alojava nas pulgas dos ratos, se proliferasse drasticamente.
Isso implicou principalmente, na maior opressão e exploração dos poucos servos que ainda trabalhavam nos feudos, o que deixou cada vez mais a população descontente, levando a diversas revoltas camponesas, das quais se destacam a Jacquerie (1358) e a Revolta Camponesa de 1381.
As Cruzadas: Foi a partir do movimento das Cruzadas (entre os séculos XI e XIII), uma série de oito expedições de caráter religioso, econômico e militares organizadas pela Igreja, que o comércio se intensificou e o renascimento comercial surgiu na Europa.
As comercializações de produtos com o Oriente a partir da abertura do mar mediterrâneo foi um fator determinante para a queda do sistema feudal, com o aumento das rotas comerciais.
Ainda que do ponto de vista religioso elas não tenham atingido muitos objetivos, as Cruzadas favoreceram o desenvolvimento comercial, pondo fim a dominação árabe no Mar Mediterrâneo.
Renascimento: Com novas descobertas e mudanças nos âmbitos religioso, comercial, urbano, cultural, artístico e científico, surge no século XV na Itália, o Renascimento: movimento artístico, filosófico e cultural que permitiu a mudança de mentalidades na sociedade europeia.
Com ele, o antropocentrismo humanista, deu lugar ao teocentrismo que dominava a vida da população na Idade Média, junto ao poder da Igreja, a qual participava inteiramente da vida dos cidadãos. O renascimento comercial favoreceu as trocas comerciais, aumentando a economia e gerando o sistema capitalista.
Renascimento comercial e urbano
A partir do século XI, já no chamado período da BaixaIdade Média (uma das subdivisões da Idade Média), houve um determinado avanço tecnológico no âmbito do trabalho nos feudos, isto é, no trabalho realizado nas terras pertencentes ao senhor feudal. A implementação da charrua (um tipo de arado mais sofisticado do que o arado comum) e o aperfeiçoamento do moinho hidráulico ampliaram a capacidade de produção agrícola da época. Além disso, os camponeses passaram a ter um maior cuidado com a rotação das culturas (técnica agrícola usada para não empobrecer o solo), contribuindo assim para um melhor tratamento do solo e, consequentemente, uma maior produtividade, o que possibilitou o crescimento populacional.
Paralelamente a essas transformações no campo, muitos comerciantes e artesãos que habitavam os burgos (fortalezas que haviam sido construídas séculos antes com função militar estratégica) passaram a conquistar autonomia em virtude da intensa movimentação comercial que proporcionavam. O fluxo de mercadorias entre os “burgueses” (habitantes dos burgos) e os camponeses acabou por desencadear o que hoje se denomina Renascimento comercial e urbano da Idade Média.
Nos feudos dessa época, as relações de dependência entre o senhor e o vassalo começaram a transformar-se também. Algumas obrigações foram abolidas e, a partir do século XII, os camponeses passaram a exigir pagamento em dinheiro pelo trabalho e também exigiam parte do excedente agrícola (aquilo que era produzido além do necessário para o consumo). Além disso, muitos camponeses abandonavam o trabalho rural e seguiam para os burgos, onde desenvolviam habilidades artesanais ou manufatureiras.
Os burgos, pouco a pouco, transformaram-se em grandes centros demográficos (isto é, lugares de grande concentração de pessoas), o que exigia transformações nas estruturas de habitação para atender tamanha demanda. O intenso fluxo de pessoas aumentava também a demanda por produtos como utensílios domésticos, itens de vestuário e equipamentos para o trabalho e para a guerra. Tudo isso impulsionava o desenvolvimento da manufatura. O trabalho manufatureiro consistia na transformação das matérias-primas em bens. Por exemplo, um ferreiro que habitava um burgo medieval encarregava-se de transformar o ferro em bens de uso militar, como espadas e lanças.
O impulsionamento da manufatura levou ao aparecimento das corporações de ofício. Essas corporações tinham dois objetivos principais: 1) a organização do trabalho nos burgos e distribuição de produtos e 2) a transmissão da técnica aplicada a cada ofício. Cada mestre da corporação encarregava-se de transmitir aos seus aprendizes o ofício no qual havia se especializado.
O desenvolvimento comercial e urbano na Baixa Idade Média possibilitou um grande enriquecimento dos burgueses também, fato que provocou dois conflitos característicos: 1) o confronto com os senhores feudais, que mantinham um modelo econômico completamente incompatível com o dos burgueses, e 2) a questão da usura (lucro sobre o tempo de empréstimo de determinada quantia de dinheiro).
Absolutismo 
Resultante do processo de centralização política das monarquias nacionais europeias, o absolutismo era um sistema político da Idade Moderna. Suas principais características são: ausência de divisão de poderes, poder concentrado no Estado e política econômica mercantilista.
Numa monarquia absolutista, o rei tinha com seus súditos uma relação marcada pelo princípio da fidelidade: todos, sem exceção, deviam obediência e respeito ao monarca e seus representantes. Estes possuíam a prerrogativa de julgar e legislar ao invocar a mera vontade do soberano. Isso quer dizer, é claro, que questionar publicamente o desejo do monarca ou de seus agentes poderia ser considerado por si só um crime passível de punição, como pôde ser visto durante o reinado daquele que é considerado o expoente máximo do absolutismo: o monarca francês Luís XIV (1638-1715), cognominado como o Rei Sol. Durante seu reinado, ele concederia prêmios em dinheiro e incentivos fiscais à burguesia de modo a favorecer as manufaturas, e aplacaria a influência da nobreza ao distribuir favores, pensões e empregos na sede da corte dos Bourbon em Versalhes, onde viveriam milhares de aristocratas subordinados a ele. Deste modo, Luís XIV obteve sucesso em controlar ambos os grupos sociais.
Luís XIV da França, o Rei Sol. Pintura de Hyacinthe Rigaud (1701).
Nesta época, surgiriam teorias políticas que justificavam tamanho poder. A primeira apareceria ainda no século XVI, na obra A República, do francês Jean Bodin (1530-96). Esses escritos defendiam que o fortalecimento do Estado, gerando uma soberania inalienável e indivisível por parte do soberano, era a única maneira realmente eficaz para se combater a instabilidade política. Essa linha de pensamento seria complementada por O Leviatã, do inglês Thomas Hobbes (1588-1679), que afirmaria que o rei não deveria justificar seus atos perante ninguém. Mas seriam as ideias do bispo francês Jacques Bénigne Bossuet (1627-1704) que se provariam mais influentes para o regime absolutista. Em sua obra A política inspirada na Sagrada Escritura, ele apresenta a origem da realeza como divina. O monarca seria o representante de Deus na Terra, e, como tal, suas vontades seriam infalíveis, não cabendo aos súditos questioná-las. Essas ideias formariam a base da doutrina política oficial do absolutismo francês, sendo conhecidas em seu conjunto como a teoria do direito divino dos reis.
Uma condição essencial para a formação deste tipo de monarquia foi a grande quantidade de arrecadação alcançada após a consolidação do projeto de colonizaçãonas Américas. Isso enriqueceria substancialmente as monarquias nacionais, possibilitando a manutenção dos exércitos e marinhas. Com o tempo, surgiria a noção do metalismo, uma das questões mais importantes da nova política econômica do período que se convencionou chamar de mercantilismo. Para o metalismo, a riqueza de um reino seria medida pela quantidade de metais preciosos dentro de suas fronteiras. Para garantir isso, era fundamental que fossem vendidas mais mercadorias do que compradas, a fim de que fosse alcançada uma balança comercial positiva. Para conseguir tal objetivo, o Estado intervinha na economia e impunha o protecionismo, de modo que as barreiras alfandegárias ficassem praticamente intransponíveis para os produtos estrangeiros.
Mercantilismo 
Mercantilismo é o conjunto de práticas e idéias econômicas desenvolvidas na Europa entre o séc. XV e XVIII. O nome mercantilismo foi criado pelo economista Adam Smith em 1776. O mercantilismo tinha por objetivo fortalecer o Estado e enriquecer a burguesia, para isso, era preciso ampliar a economia para dar mais lucro afim de que a população pudesse pagar mais impostos. Consideravam que a exportação (na linguagem de hoje) é que traria riquezas e vantagens e assim começou uma competição comercial. Ocorreu então o metalismo, que era o acumulo de moedas dentro do país e isso era considerado um sinal de que o objetivo havia sido alcançado. O único recurso encontrado então foi aplicar uma balança comercial favorável para manter o equilíbrio monetário que para eles era exportar mais e importar menos. 
O Estado teve que tomar medidas para desenvolver o monopólio já que este era aplicado com dificuldade. O Estado percebeu que o acumulo de riquezas se dava mais por operações mercantis e então condicionou todas as necessidades do comércio exterior.
Havia vários tipos de mercantilismo onde podemos destacar os principais: 
• Metalismo - também chamado de bulionismo, que quantificava a riqueza de acordo com a quantidade de metais preciosos possuídos. 
• Colbertismo – também chamado de mercantilismo industrial, que visava abastecer o mercado brasileiro e diminuir as importações de outros países europeus. 
• Mercantilismo Comercial e Marítimo – baseava-se na teoria de comprar barato e vender caro.
A EXPANSÃO MARÍTIMA EUROPÉIA
A expansão marítima europeia, processo histórico ocorrido entre os séculos XV e XVII, contribuiu para que a Europa superasse a crise dos séculos XIV e XV.
Através das Grandes Navegações há uma expansão das atividades comerciais, contribuindo para o processo de acumulação de capitais na Europa.
O contato comercial entre todas as partes do mundo (Europa, Ásia, África e América ) torna possível uma história em escala mundial, favorecendo uma ampliação dos conhecimentos geográficos e o contato entre culturas diferentes.
Fatores para a Expansão Marítima
A expansão marítima teve um nítido caráter comercial, daí definir este processo como uma empresa comercial de navegação, ou como grandes empreendimentos marítimos. Para o sucesso desta atividade comercial, o fator essencial foi a formação do Estado Nacional.
Formação do Estado Nacional e a centralização política: as Grandes Navegações só foram possíveis com a centralização do poder político, pois fazia-se necessária uma complexa estrutura material de navios, armas, homens, recursos financeiros.
A aliança rei-burguesia possibilitou o alcance destes objetivos, tornando viável a expansão marítima.
Avanços técnicos na arte náutica: o aprimoramento dos conhecimentos geográficos, graças ao desenvolvimento da cartografia; o desenvolvimento de instrumentos náuticos - bússola, astrolábio, sextante - e a construção de embarcações capazes de realizar viagens a longa distância, como as naus e as caravelas.
Interesses econômicos: a necessidade de ampliar a produção de alimentos, em virtude da retomada do crescimento demográfico; a necessidade de metais preciosos para suprir a escassez de moedas; romper o monopólio exercido pelas cidades italianas no Mediterrâneo que contribuía para o encarecimento das mercadorias vindas do Oriente; tomada de Constantinopla, pelo turcos otomanos, encarecendo ainda mais os produtos do Oriente.
Sociais: o enfraquecimento da nobreza feudal e o fortalecimento da burguesia mercantil.
Religiosos: a possibilidade de conversão dos pagãos ao cristianismo mediante a ação missionária da Igreja Católica.
Expansão marítima portuguesa
Portugal foi a primeira nação a realizar a expansão marítima. Além da posição geográfica, de uma situação de paz interna e da presença de uma forte burguesia mercantil; o pioneirismo português é explicado pela sua centralização política que, como vimos, era condição primordial para as Grandes Navegações.
A formação do Estado Nacional português está relacionada à Guerra de Reconquista - luta entre cristãos e muçulmanos na península Ibérica.
A primeira dinastia portuguesa foi a Dinastia de Borgonha (a partir de 1143), caracterizada pelo processo de expansão territorial interna.
Entre os anos de 1383 e 1385, o Reino de Portugal conhece um movimento político denominado Revolução de Avis - movimento que realiza a centralização do poder político: aliança entre a burguesia mercantil lusitana com o mestre da Ordem de Avis, D. João. A Dinastia de Avis é caracterizada pela expansão externa de Portugal: a expansão marítima.
Etapas da expansão
A expansão marítima portuguesa interessava à Monarquia, que buscava seu fortalecimento; à nobreza, interessada em conquista de terras; e à Igreja Católica e a possibilidade de cristianizar outros povos e a burguesia mercantil, desejosa de ampliar seus lucros.
A seguir, as principais etapas da expansão de Portugal:
1415 - tomada de Ceuta, importante entreposto comercial no norte da África.
1420 - ocupação das ilhas da Madeira e Açores no Atlântico.
1434 - chegada ao Cabo Bojador.
1445 - chegada ao Cabo Verde.
1487 - Bartolomeu Dias e a transposição do Cabo das Tormentas.
1498 - Vasco da Gama atinge as Índias (Calicute).
1499 - viagem de Pedro Álvares Cabral ao Brasil.
Expansão marítima espanhola
A Espanha será um Estado Nacional somente em 1469, com o casamento de Isabel de Castela e Fernando de Aragão. Dois importantes reinos cristãos que enfrentaram os mouros na Guerra de Reconquista.
No ano de 1492, o último reduto mouro - Granada - foi conquistado pelos cristãos. Neste mesmo ano, Cristovão Colombo ofereceu seus serviços aos reis da Espanha.
Colombo acreditava que, navegando para Oeste, atingiria o Oriente. O navegante recebeu três navios e, sem saber chegou a um novo continente: a América.
A seguir, a principais etapas da expansão espanhola:
1492 - chegada de Colombo a um novo continente, a América.
1504 - Américo Vespúcio afirma que a terra descoberta por Colombo era um novo continente.
1519 a 1522 - Fernão de Magalhães realizou a primeira viagem de circunavegação do globo.
A rivalidade Ibérica
Portugal e Espanha, buscando evitar conflitos sobre os territórios descobertos ou a descobrir, resolveram assinar um acordo - proposto pelo papa Alexandre VI - em 1493: um meridiano passando 100 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde, dividindo as terras entre Portugal e Espanha. Portugal não aceitou o acordo e no ano de 1494 foi assinado o Tratado de Tordesilhas.
O tratado de Tordesilhas não foi reconhecido pelas demais nações europeias.
Navegações Tardias: Inglaterra, França e Holanda
O atraso na centralização política justifica o atraso destas nações na expansão marítima:A Inglaterra e França envolveram-se na Guerra dos Cem Anos (1337-1453) e, após este longo conflito, a Inglaterra passa por uma guerra civil - a Guerra das Duas Rosas (1455-1485); já a França, no final do conflito com a Inglaterra, enfrenta um período de lutas no reinado de Luís XI (1461-1483).
Somente após estes conflitos internos é que ingleses, durante o reinado de Elizabeth I (1558-1603 ); e franceses, durante o reinado de Francisco I, iniciaram a expansão marítima.
A Holanda tem seu processo de centralizaçãopolítica atrasado por ser um feudo espanhol. Somente com o enfraquecimento da Espanha e com o processo de sua independência é que os holandeses iniciarão a expansão marítima.
Consequências
As Grandes navegações contribuíram para uma radical transformação da visão da história da humanidade. Houve uma ampliação do conhecimento humano sobre a geografia da Terra e uma verdadeira Revolução Comercial, a partir da unificação dos mercados europeus, asiáticos, africanos e americanos.
A seguir, algumas das principais mudanças:
Decadência das cidades italianas.
Mudança do eixo econômico do mar Mediterrâneo para o oceano Atlântico.
Formação do Sistema Colonial.
Enorme afluxo de metais para a Europa proveniente da América. 
Retorno do escravismo em moldes capitalistas
Eurocentrismo, ou a hegemonia europeia sobre o mundo.
Processo de acumulação primitiva de capitais resultado na organização da formação social do capitalismo.
O Humanismo; dessa época deveriam compreender a realidade que o cerca.
Ao levantar essas características, muitos estudiosos concluíram que a Idade Média fora o tempo em que o pensamento teocêntrico teve maior força. Avançando pelo tempo, tal forma de compreender o mundo se transformaria com o desenvolvimento do Renascimento. Datado entre os séculos XIV e XVI, esse movimento é amplamente reconhecido pelo oferecimento de novas formas de se pensar as expressões artísticas, as ciências e a política.
Entre tantas características, o movimento renascentista foi conhecido pela disseminação do humanismo. De forma geral, o humanismo manifesta o interesse que os intelectuais e artistas dessa época tiveram em tratar e explorar os assuntos que estivessem intimamente ligados à figura do homem. Com isso, seria firmado um contraponto em que poderíamos sugerir que os renascentistas firmavam uma clara ruptura para com os valores do pensamento medieval.
No campo das artes plásticas e da medicina, o humanismo esteve representado por obras e estudos que realizavam um exame detalhado da anatomia e do funcionamento do nosso corpo. Na literatura, as paixões e dilemas foram elementos centrais que apontavam para os sentimentos que interpretavam a natureza do homem. Até mesmo na política, vemos que a relação dos príncipes para com seus súditos tematizaram as formas do homem agir perante a sociedade.
Apesar destas evidências, não podemos dizer que a preocupação com o homem inexistia no período medieval. De fato, muitas das manifestações humanistas do Renascimento estiveram influenciadas não só pela Antiguidade Clássica, mas também por textos e ideias já notadas no decorrer da Baixa Idade Média. O contato com a cultura muçulmana, o crescimento das cidades e o nascimento das universidades marcaram o aparecimento de questões humanísticas entre vários pensadores medievais.
Podemos ver o Renascimento como a continuidade de um diálogo que se inicia na Idade Média. De fato, seria muito estranho pensar em uma época do passado em que as preocupações humanas fossem completamente deixadas de lado. Nesse ou em qualquer outro tempo, a condição humana se manifesta como o epicentro de um amplo leque de valores que tentam dar sentido à nossa existência.
IDADE MODERNA – REFORMAS RELIGIOSAS
Por Redação
access_time16 maio 2017, 13h46 - Publicado em 12 dez 2011, 22h13
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IGREJA MEDIEVAL
Nos primeiros séculos da Idade Média, enquanto os reinos germanos se formavam e se convertiam ao catolicismo (muitas vezes foram obrigados a isso de forma violenta), a Igreja ia firmando alianças políticas e ampliando sua autoridade. 
Todo o acesso ao conhecimento ficou sob controle da Igreja, e por isso a cultura medieval se voltou para o saber religioso, baseado na fé, nos dogmas e no respeito ao poder do papa e de seus subordinados (cardeais, bispos, padres), considerados os representantes de Deus na Terra. 
A Igreja pregava que a alma do fiel seria salva pela fé, pela observância dos sete Sacramentos e pela realização de obras religiosas. Dentre essas obras estavam o pagamento de impostos para Roma, a ajuda financeira na construção de igrejas, a doação de terras e de parte das heranças. Por isso, em pouco tempo a Igreja Católica se tornou a mais rica instituição européia.
Ao mesmo tempo em que o poder da Igreja aumentava, também crescia a corrupção dentre os clérigos. Os cargos religiosos eram negociados por nobres que não tinham nenhuma intenção em seguir as normas religiosas. Muitos deles sequer compreendiam quais eram os dogmas ou, até mesmo, não conheciam o latim, a língua oficial para os rituais católicos. Quinquilharias de toda espécie eram vendidas por padres como relíquias (objetos sagrados), e o perdão pelos erros cometidos (pecados) era concedido mediante um pagamento (venda de indulgência). 
Diante de tudo isso, a Igreja Católica sofreu inúmeras criticas, e enquanto era muito poderosa, sempre se saiu vitoriosa nos embates com seus inimigos. Os movimentos questionadores ou eram incorporados a hierarquia católica (como ocorreu com os monges beneditinos e franciscanos) ou, então, eram perseguidos e extintos por serem considerados heréticos (contrários a doutrina oficial da Igreja).
 
A CRISE DA IGREJA
Com as transformações ocorridas no final da Idade Média (séculos XIV e XV), a Igreja Católica, que era o símbolo de poder até então, passou a ser afrontada:
– as monarquias que se fortaleciam, passaram a questionar o direito do papa de se intrometer nas questões políticas nacionais e cobrar impostos de seus súditos; 
– a burguesia, como novo grupo social que buscava prestigio, precisava romper com a ordem social hierarquizada imposta pela Igreja; 
– a população buscava respostas para suas angustias religiosas, já que a Igreja Católica nada pode fazer para salvá-la durante os períodos de fome, de pestes e de guerras (Crise do século XIV);
– os humanistas propunham a revalorização de Homem dentro do próprio processo do conhecimento (antropocentrismo);
– os cientistas e os artistas renascentistas passaram a buscar na natureza e na razão (e não mais nos dogmas) as respostas para suas questões.
 AS REFORMAS PROTESTANTES
1) Luteranismo
Martinho Lutero foi um teólogo alemão que defendia que a salvação da alma dependia da fé, e não da realização de obras, nem dos 7 Sacramentos e nem da obediência ao papa. Em 1517, Lutero afixou nas portas da igreja de Wittenberg (onde era professor) as suas “95 Teses”, criticando o papado e a venda de indulgências. Em 1520 o papa exigiu que Lutero se retratasse, e para isso contou com a ajuda do imperador da Espanha e do Sacro Império Romano Germânico, Carlos V (católico). 
Em 1521 Lutero foi obrigado a comparecer diante ao imperador na Dieta de Worms, onde foi defendido por nobres alemães, que buscavam o enfraquecimento do poder imperial e do poder papal em seus domínios. 
Enquanto Lutero, refugiado na Saxônia, se dedicava a traduzir a Bíblia para o alemão e a organizar os princípios do luteranismo, uma série de embates ocorreu entre os nobres alemães (convertidos a nova religião de Lutero), a Igreja e Carlos V. Somente em 1555 foi assinada a Paz de Augsburgo, que deu aos nobres alemães o direito de escolher sua religião.
2) Calvinismo
João Calvino era um humanista francês, formado em Direito. Por defender a doutrina de Lutero, foi perseguido e se refugiou em Genebra (1536), onde um outro reformista (padre Zwinglio) já tinha lançado as bases do protestantismo suíço, seguindo da reforma luterana. 
Em seu livro, Instituição da Religião Cristã, Calvino define as bases de sua reforma: Deus é onisciente, portanto sabe quem está destinado a salvação e quem será condenado (teoria da predestinação). Cabe, então, ao homem ter fé e viver uma vida regrada, trabalhando arduamente e, se assim obtiver riquezas, esse seria um forte indicio de que seria salvo. 
A doutrina calvinista ganhou muitos adeptos 
entre os burgueses e rapidamente se espalhou por toda a Europa.
3) Anglicanismo
Henrique VIII, rei da Inglaterra, era casado com Catarina de Aragão (católicae tia do imperador Carlos V). Como a rainha não lhe dava um filho homem para herdar o trono, Henrique pediu ao papa a anulação do casamento (1527). Mas o papa, às voltas com a reforma luterana, não poderia se indispor com o imperador Carlos V, e assim não autorizou a anulação. 
O rei inglês, que pretendia centralizar seu poder, rompeu com a Igreja Católica, expulsou os bispos e padres de seu reino, confiscou os bens da Igreja e iniciou a Reforma Anglicana, adotando alguns preceitos luteranos e calvinistas, mas mantendo a hierarquia católica. Em 1534 o Parlamento inglês votou o Ato de Supremacia, que estabelecia o rei da Inglaterra como líder da Igreja Anglicana.
REFORMA CATÓLICA OU CONTRA REFORMA
O Papa Paulo III, reagindo a expansão do protestantismo na Europa, convocou o Concílio de Trento (1545 – 1563), a fim de reafirmar o poder papal e organizar a Igreja. Das determinações desse concílio podemos destacar:
– os Sacramentos e a realização de obras continuaram sendo princípios para a salvação;
– foi lançado a Lista de Livros Proibidos (Index Librorum Proibitorum), ampliando a censura;
– a Santa inquisição foi reformada e confiada a um grupo de cardeais ligados ao papa (Tribunal do Santo Oficio);
– foram criadas escolas para a formação de religiosos (os Seminários);
– a Companhia de Jesus foi aceita como uma ordem ligada a Roma, com a missão de educar os católicos da Europa e catequizar os povos dos novos mundos que estavam sendo descobertos (Expansão Marítima).
A Colonização Europeia na América
Os Sistemas Coloniais Espanhóis, Francês, Inglês e dos Países Baixos.
Os processos de ocupação do continente americano por nações européias obedeceu características específicas para cada metrópole, que resultaram em diferentes formas de colonização. Sabemos que espanhóis e portugueses, por terem largado na frente no contexto das Grandes Navegações acabaram por ocupar grande parte do chamado mundo novo.
No entanto, nações como França, Inglaterra e Holanda participaram ativamente do processo de conquista, seja por meio da pirataria ou através do estabelecimento de colônias próprias. Aos holandeses cabe citar também o importante papel que desempenharam no desenvolvimento do mercado do açúcar produzido por colonos portugueses no nordeste brasileiro: eles foram os maiores financiadores da produção, sendo também os principais distribuidores do produto no mercado europeu.
América Colonial Espanhola:
Os conquistadores espanhóis que vieram para a América acreditavam, inicialmente, que a atividade colonial representava a chance de obtenção de riquezas, sobremaneira em virtude do imediato contato com metais preciosos extraído pelos povos indígenas em determinadas regiões da América espanhola.
Tal fato terá grande influência sobre a destruição das culturas e populações indígenas, sendo o metalismo a maneira mais fácil de implementar o . O acumulo de metais é mais prático do que o desenvolvimento de culturas agrícolas que demandam etapas que requerem maior investimento, e sobremaneira tempo para gerar capital. 
Assim, a partir de 1519 tem inicio o processo de ocupação da América por Hernán Cortez, na região do México, território da cultura asteca. Diego Almagro e Francisco Pizarro fizeram o mesmo ao dominar os Incas e as minas de prata de Potosí, região do atual Peru, entre 1531 e 1534.
Tendo dominado as regiões, a Corôa Espanhola deu início ao processo de ocupação e colonização, adotando inicialmente o sistema de “Adelantado”, que autorizava a exploração de determinada região mediante a cobrança de impostos e taxas, dentro do sistema de exclusivo comercial.
No entanto, a presença da autoridade do Estado Espanhol só fez aumentar ao longo dos anos subseqüentes e novas formas de organização seriam implementadas. Dessa forma, todo o território colonial espanhol foi posteriormente dividido em duas formas de organização: Vice-Reinos e Capitanias Gerais.
Nos Vice-Reinos a principal atividade econômica remetia a exploração ou escoamento dos metais precisos, enquanto as Capitanias Gerais dedicavam-se a produção agrícola, muitas vezes destinada para o abastecimento dos Vice-Reinos. Todavia, na produção agrícola e pecuária voltadas para a exportação havia a predominância de produtos tropicais como açúcar, cacau, tabaco, entre outros.
Diferente de Portugal, a Espanha optou pela exploração do trabalho compulsório indígena, ao invés da utilização da mão-de-obra cativa africana, o que não quer dizer que não existiam escravos africanos na América Espanhola. Existiam, porém, em menor número. A exploração do trabalho forçado indígena se deu de duas diferentes maneiras: mita e Encomienda.
A mita era aplicada pela própria coroa nas áreas de exploração de metais preciosos, ou seja, nos Vice-Reinos. Ela tinha por base um costume incaico de exploração do trabalho do indígena por quatro meses por ano em condições mais do que precárias.
Por sua vez, a encomienda consistia na exploração do indígena na produção agrícola. O encomendiero (Colono Espanhol) recebia autorização da coroa para a exploração indígena, mas em troca deveria responsabilizar-se pela catequização dos explorados. Ou seja, além de ter sua liberdade cerceada, sua fé também era negada e forçado a adotar a religião dos invasores.
A sociedade Colonial Espanhola desenvolveu um modelo próprio, com diferentes castas sociais. No topo da pirâmide encontravam-se os Chapetones, espanhóis de nascimento que migraram para a América e ocupavam os maiores postos dentro da hierarquia colonial.
Um pouco abaixo estavam os Criollos, filhos de espanhóis nascidos na América, formavam a elite, eram comerciantes e fazendeiros que formaram a elite política do território colonial espanhol. Por fim, mestiços, indígenas e negros formavam as camadas mais baixas da sociedade, com poucos ou nenhum direito, eram explorados por Chapetones e Criollos.
Para fixar ainda mais a aula sobre a América Colonial Espanhola assista a videoaula abaixo:
América Inglesa:
O processo de ocupação da América do Norte por Ingleses teve início no século XVII e foi dividido entre duas companhias de comércio distintas, que aplicaram modelos de exploração igualmente distintos.
O território ao sul, formado pelas colônias da Geórgia, Carolina do Sul, Carolina do Norte e Virgínia e Maryland, administrado pela Companhia de Londres, foi moldado segundo o padrão de exploração português e espanhol (colônia de exploração) baseado no sistema de Plantation, ou seja, ao sul investiu-se na produção de gêneros tropicais com a utilização de mão-de-obra escrava africana, e voltada para o mercado externo. Como resultado temos uma sociedade de base aristocrática.
As colônias do Norte, Delaware, Pensilvânia, Nova York, Nova Inglaterra, Massachussetts, Connecticut, New Hempshire, Rhode Island e Nova Jersey, foram administradas pela Companhia de Plymouth, obedeceram a um estilo diferente de colonização, onde o foco não foi propriamente o acumulo de capital e as praticas mercantilistas.
Todavia, o motivo para este diferente sistema tem relação com as constantes perseguições religiosas que ocorriam em território inglês desde a instituição das religiões protestantes.
Desta forma, entre as centenas de colonos que migraram para as colônias do norte estavam os chamados puritanos (Calvinistas Ingleses), que viram na migração para a América maios segurança para a prática de sua Fé. Assim, a região foi marcada desde cedo pela o desejo de desenvolvimento, investindo-se na produção familiar dos mais diversos gêneros e atividades, com vistas para a formação e fortalecimento de um mercado interno.
As diferenças entre os modelos de colonização aplicados ainda marcariam de maneira emblemática a história dos Estados Unidos da América no século XIX durante a guerra da secessão. Onde sulistas escravocratas enfrentariam nortistas adeptos da abolição das nações.
Colonização Francesa
Os Franceses inicialmente dedicaram-se ao contrabando e pirataria, bem como a invasão de territórios portugueses e espanhóis, visto que estes dois últimospossuíam mais territórios e buscavam ocupá-los para protegê-los. No entanto, o contingente colonial não era suficiente para garantir a posse das terras.
Nesse contexto a França invadiu o Brasil Colônia por duas vezes instalando a França Antártica (Rio de Janeiro) e França Equinocial (Maranhão), mas tais ocupação foram duramente expulsas pelas forças portuguesas. Ao norte do continente americano os franceses instalaram duas colônias, Quebec (Canadá) e Louisiana (Centro dos Estados Unidos), além do Haiti, Tobago, Martinica, Guadalupe nas Antilhas (América Central).  Juntamente com os Holandeses ocuparam as Guianas ao norte da América do Sul. 
Os holandeses, por meio da Companhia das Índias Ocidentais estabeleceram na América do Norte a Colônia de Nova Amsterdã. No entanto, o território foi tomado pelos ingleses e rebatizado de Nova Yorq. Nas Antilhas, conforme dito anteriormente estabeleceram a Guiana Holandesa e tentaram fixar-se no Brasil durante o período da União Ibérica (1580 -1640).
Nesse período ocuparam vasto território da região nordeste do Brasil colonial por cerca de 20 anos, sendo posteriormente expulsos pelos portugueses. A animosidade entre Espanha e Holanda esta ligada aos episódios da Guerra dos 30 Anos, quando os países baixos buscaram eliminar o domínio espanhol em seus territórios.
A Extrutura sócio-econômica do Brasil colonial
A economia do Brasil colônia foi sempre voltada para o benefício de Portugal. Inserida no contexto do mercantilismo europeu, foi caracterizada pelo pacto colonial, segundo o qual os brasileiros só podiam comercializar produtos com os portugueses, de modo que esses últimos  compravam barato, vendiam caro e ainda tinham exclusividade na exportação das mercadorias do Brasil a outras nações. A grande maioria dos lucros ia para a metrópole, especialmente para os cofres da Coroa portuguesa, que cobrava altos impostos sobre a exploração dos produtos coloniais. As principais atividades econômicas realizadas no período  em nosso território foram a extração do pau-brasil, a produção de açúcar, a mineração e a pecuária.
Organização Política da Colônia no Brasil
 Como Portugal pretendia produzir açúcar no Brasil, transplantou para cá esse modelo de ocupação. Com a implantação das capitanias hereditárias, o Estado absolutista português dividiu a colônia em 15 lotes, doados a 12 donatários, que deveriam desenvolver sua capitania com recursos próprios. Em troca, receberiam uma série de privilégios e assumiriam uma parcela do poder público. Os capitães-donatários tinham como obrigação criar vilas; doar sesmarias (latifúndios incultos ou abandonados) a quem tivesse escravos e capitais para cultivá-las, exceto aos judeus ou estrangeiros; administrar a justiça; cobrar impostos e repassá-los à Coroa; e estimular a agricultura. A Coroa reservava para si a segunda parte de todos os metais e pedras preciosas encontrados, a décima parte de todos os produtos da terra e o monopólio do pau-brasil e das drogas do sertão (guaraná, cacau e gengibre).
Por uma série de razões, o sistema de capitanias hereditárias fracassou. Dentre elas, podemos destacar:
A falta de capitais dos donatários e o desinteresse de muitos deles, que nem chegaram a tomar posse de seus lotes;
A falta de terras férteis em algumas capitanias;
Os ataques dos índios, que destruíram algumas vilas e engenhos;
A falta de comunicação entre as várias capitanias. 
Com o fracasso das capitanias, o Estado português resolveu participar diretamente da administração colonial, criando, em 1548, o governo-geral, que não extinguiu as capitanias hereditárias, apesar do mau êxito dessas. O objetivo do governo-geral era centralizar a administração colonial, dando auxílio militar, financeiro e administrativo às capitanias. Os donatários perderam apenas seus poderes e atribuições públicas que foram incorporadas ao governo-geral. As capitanias permaneceram como patrimônio dos donatários até o século XVII, quando o Marquês de Pombal, ministro português, transformou-as em propriedade real. Foi durante o governo-geral que ocorreu a valorização econômica da colônia, com o desenvolvimento da açucareira.
Apesar da criação do governo-geral, até meados do século XVII, o poder não era efetivamente centralizado no Brasil – Colônia. A presença do governo português limitava-se à Bahia, sede do governo-geral. O Brasil era um imenso vazio demográfico, com imensos latifúndios e poucas vilas. Nos engenhos e nas grandes propriedades rurais, os aristocratas gozavam de grande autonomia e sua vontade era a lei e a ordem. Tinham direitos absolutos sobre todas as pessoas que viviam em suas terras. A coroa portuguesa necessitava desses grandes proprietários, por isso lhes dava ampla autonomia. Afinal, eram eles que, com suas milícias, mantinham a ordem, combatendo negros e índios considerados rebeldes.
As vilas eram poucas e pequenas e dependiam dos latifúndios que as rodeavam. Era o lugar onde o senhor de terras mantinha sua casa, onde passava algum tempo para despachar o açúcar e frequentar festas para exibir suas riquezas. Em algumas vilas, habitavam comerciantes que abasteciam os engenhos e nelas existiam asCâmarasMunicipais ou Câmaras dos Homens Bons. “Homens bons” eram homens brancos e livres, donos de grandes extensões de terra, os únicos que podiam participar das Câmara Municipais. Os comerciantes só passaram a integrá-las em meados do século XVII.
As Câmaras Municipais deveriam tratar apenas dos problemas das vilas. Mas, devido à fraqueza do governo-geral, chegaram a invadir áreas de competência do governador-geral. Muitas delas chegaram até a tomar algumas iniciativas, como fixar salários para os trabalhadores, estabelecer os preços dos manufaturados vindos do Reino, criar tributos e regular o valor da moeda. Até meados do século XVII, as câmaras exerceram o poder político de fato no Brasil-Colônia, ofuscando a própria soberania da Coroa e de seus representantes. A autoridade do governo estava restrita à Bahia, sede do governo-geral e onde a presença de funcionários metropolitanos era grande.
Invasões estrangeiras no Brasil
Durante os séculos XVI e XVII, o Brasil sofreu saques, ataques e ocupações de países europeus. Estes ataques ocorreram na região litorânea e eram organizados por corsários ou governantes europeus. Tinham como objetivos o saque de recursos naturais ou até mesmo o domínio de determinadas regiões. Ingleses, franceses e holandeses foram os povos que mais participaram destas invasões nos primeiros séculos da História do Brasil Colonial.
Invasões francesas
Comandados pelo almirante francês Nicolas Villegaignon, os franceses fundaram a França Antártica no Rio de Janeiro, em 1555. Foram expulsos pelos portugueses, com a ajuda de tribos indígenas do litoral, somente em 1567.
Em 1612, sob o comando do capitão da marinha francesa Daniel de La Touche, os franceses fundaram a cidade de São Luis (Maranhão), criando a França Equinocial. Foram expulsos três anos depois.
Entre os anos de 1710 e 1711, os franceses tentaram novamente, mas sem sucesso, invadir e ocupar o Rio de Janeiro.
Invasões holandesas
As cidades do Rio de Janeiro, Salvador e Santos foram atacadas pelos holandeses no ano de 1599.
Em 1603 foi a vez da Bahia ser atacada pelos holandeses. Com a ajuda dos espanhóis, os portugueses expulsam os holandeses da Bahia em 1625.
Em 1630 tem início o maior processo de invasão estrangeira no Brasil. Os holandeses invadem a região do litoral de Pernambuco.
Entre 1630 e 1641, os holandeses ocupam áreas no litoral do Maranhão, Paraíba, Sergipe e Rio Grande do Norte.
O Conde holandês Maurício de Nassau chegou em Pernambuco, em 1637, com o objetivo de organizar e administrar as áreas invadidas. 
 
Em 1644 começou uma forte reação para expulsar os holandeses do Nordeste. Em 1645 teve início a Insurreição Pernambucana.
As tropas holandesas foram vencidas, em 1648, na famosa e sangrenta Batalha dos Guararapes. Porém, a expulsão definitiva dos holandeses ocorreu no ano de 1654.
Invasões inglesas
Em 1591, sob o comandodo corsário inglês Thomas Cavendish, ingleses saquearam, invadiram e ocuparam, por quase três meses, as cidades de São Vicente e Santos.
 Expansão Territorial Brasileira 
A expansão territorial brasileira está associada à diversidade de atividades que foram se desenvolvendo no Brasil Colônia à medida em que foi ocorrendo a expansão demográfica e também em decorrência da crise do ciclo da cana-de-açúcar no Nordeste.
Após a União Ibérica (1580-1640), houve a anulação do Tratado de Tordesilhas, que possibilitou que as terras mais afastadas do litoral brasileiro pudessem ser ocupadas pelos colonos, e ainda mais porque eram áreas que não interessavam na colonização espanhola. Então, ocupado de maneira desigual e por diferentes motivos, podemos resumir a expansão territorial brasileira assim:
Região Nordeste: o litoral foi o primeiro local da ocupação portuguesa, devido ao interesse econômico da cana-de-açúcar e também por motivo da defesa militar do território. Podemos observar que a maioria das capitais nordestinas, com exceção de Teresina-PI, são cidades litorâneas. Já o interior do Nordeste foi povoado pela expansão da pecuária, tendo como principal eixo o Rio São Francisco, e outros povoamentos que eram cortados pelos rios, como o Rio Jaguaribe, no Ceará. A pecuária torna-se o principal meio econômico do Nordeste, que traz até hoje a figura do vaqueiro como representante de sua cultura.
Região Sudeste e Centro-Oeste: essas regiões foram povoadas pela atuação dos bandeirantes, em busca de ouro e no apresamento dos índios. Na verdade, a figura do bandeirante é decisiva para a expansão territorial brasileira, já que foi através das bandeiras que o interior do Brasil foi sendo penetrado, na corrida do ouro, no início do século XVIII. As cidades mineiras onde se concentraram a extração mineradora, também foi onde mais se concentrou a população, contribuíndo para o desenvolvimento das cidades, construção de estradas, surgimento de vilas e a urbanização do Sudeste brasileiro.
Região Norte: teve como processo de povoamento também a atuação dos bandeirantes que foram em busca das drogas do sertão (as epeciarias da floresta Amazônica brasileira) para comercialização.
Região Sul: foi colonizada por incentivo da Metrópole para assegurar o controle das fronteiras com a América espanhola, além de ter desenvolvido um grande centro de ação jesuítica com os Sete Povos das Missões. A Região Sul também se desenvolveu economicamente através da pecuária e charqueadas;
 Revoltas do Período Colonial Brasileiro
As Revoltas do Período Colonial Brasileiro se dividiram entre interesses nativistas e interesses separatistas.
O Brasil foi colonizado por Portugal a partir de 1500, mas a efetiva exploração do território não começou no mesmo ano. Inicialmente, os portugueses apenas extraíam das terras brasileiras o pau-brasil que era trocado com os indígenas. Na falta de metais preciosos, que demoraram ser encontrados, esse tipo de relação de troca, chamada escambo, permaneceu por algumas décadas. A postura dos portugueses em relação ao Brasil só se alterou quando a ameaça de perder a nova terra e seus benefícios para outras nacionalidades aumentou.
Com o desenvolvimento da exploração do Brasil em sentido colonial, ou seja, tudo que era produzido em território brasileiro iria para Portugal, a metrópole e detentora dos lucros finais. Esse tipo de relação estava inserido na lógica do Mercantilismo que marcava as ligações de produção e lucro entre colônias e suas respectivas metrópoles. O modelo que possui essas características é chamado de Pacto Colonial, mas as recentes pesquisas de historiadores estão demonstrando novas abrangências sobre a rigidez desse tipo de relação comercial. Ao que parece, o Pacto Colonial não era tão rígido como se disse por muitos anos, a colônia tinha certa autonomia para negociar seus produtos e apresentar seus interesses.
De toda forma, é certo que o tipo de relação entre metrópole e colônia envolveu a prática da exploração. O objetivo das metrópoles era auferir o máximo de lucros possíveis com a produção das colônias. No Brasil, antes do ouro ser encontrado e causar grande alvoroço, a cana-de-açúcar era o principal produto produzido, na região Nordeste.
A exploração excessiva que era feita pela metrópole portuguesa teve seus reflexos de descontentamento a partir do final do século XVII. Neste, ocorreu apenas um movimento de revolta, mas foi ao longo do século XVIII que os casos se multiplicaram. Entre todos esses movimentos, podem-se distinguir duas orientações nas revoltas: a de tipo nativista e a de tipo separatista. As revoltas que se encaixam no primeiro modelo são caracterizadas por conflitos ocorridos entre os colonos ou defesa de interesses de membros da elite colonial. Somente as revoltas de tipo separatista que pregavam uma independência em relação a Portugal.
Entre as revoltas nativistas mais importantes estão: Revolta de Beckman, Guerra dos Emboabas, Guerra dos Mascates e a Revolta de Filipe dos Santos.
São revoltas separatistas: Inconfidência Mineira e Conjuração Baiana.
A Revolta dos Beckman ocorreu no ano de 1684 sob liderança dos irmãos Manuel e Tomas Beckman. O evento que se passou no Maranhão reivindicava melhorias na administração colonial, o que foi visto com maus olhos pelos portugueses que reprimiram os revoltosos violentamente. Foi a única revolta do século XVII.
A Guerra dos Emboabas foi um conflito que ocorreu entre 1708 e 1709. O confronto em Minas Gerais aconteceu porque os bandeirantes paulistas queriam ter exclusividade na exploração do ouro recém descoberto no Brasil, mas levas e mais levas de portugueses chegavam à colônia para investir na exploração. A tensão culminou em conflito entre as partes.
A Guerra dos Mascates aconteceu logo em seguida, entre 1710 e 1711. O confronto em Pernambuco envolveu senhores de engenho de Olinda e comerciantes portugueses de Recife. A elevação de Recife à categoria de vila desagradou a aristocracia rural de Olinda, gerando um conflito. O embate chegou ao fim com a intervenção de Portugal e equiparação entre Recife e Olinda.
A Revolta de Filipe dos Santos aconteceu em 1720. O líder Filipe dos Santos Freire representou a insatisfação dos donos de minas de ouro em Vila Rica com a cobrança do quinto e a instalação das Casas de Fundição. A Coroa Portuguesa condenou Filipe dos Santos à morte e encerrou o movimento violentamente.
A Inconfidência Mineira, já com caráter de revolta separatista, aconteceu em 1789. A revolta dos mineiros contra a exploração dos portugueses pretendia tornar Minas Gerais independente de Portugal, mas o movimento foi descoberto antes de ser deflagrado e acabou sendo punido com rigidez pela metrópole. Tiradentes foi morto e esquartejado em praça pública para servir de exemplo aos demais do que aconteceria aos descontentes com Portugal.
A Conjuração Baiana, também separatista, ocorreu em 1798. O movimento ocorrido na Bahia pretendia separar o Brasil de Portugal e acabar com o trabalho escravo. Foi severamente punida pela Coroa Portuguesa.
 Inconfidência Mineira x Conjuração Baiana
 Ao longo do século XVIII, observamos o desenvolvimento de diversas situações de conflito envolvendo os colonos brasileiros e a administração metropolitana. Nessa época, a ampliação dos impostos, o rigor da fiscalização decorrente da exploração aurífera e a decadência do açúcar foram alguns dos motivos que cercaram a ocorrência dessas revoltas. Para alguns, isso indica o desenvolvimento de um processo que contribuiu para o processo de independência brasileiro.
Mesmo parecendo plausível, devemos assinalar que o reconhecimento de um processo se torna um tanto quanto complicado ao analisarmos a natureza e as diferenças que marcaram cada uma dessas rebeliões coloniais. Entre outros casos, podemos notar que a contraposição entre a Inconfidência Mineira de 1789 e a Conjuração Baiana de 1798 oferece ricos dados na compreensão dessas diferenças que vão contra a ideia de um processo em desenvolvimento.
Assim como a grande partede nossas revoltas coloniais, as revoltas, mineira e baiana, foram alimentadas por membros da elite insatisfeitos com a ação metropolitana em cada uma dessas regiões. No caso de Minas, os mineradores de Vila Rica e outros membros da elite mostravam-se insatisfeitos com a política fiscal e a cobrança da derrama. Por outro lado, a cidade de Salvador era palco de uma grave crise econômica que se arrastava desde a crise do açúcar e a transferência da capital para o Rio de Janeiro.
Além disso, devemos notar que os participantes dessas mesmas revoltas estiveram diretamente influenciados pela ideologia iluminista. Mais uma vez, notamos o caráter elitista de tais movimentos, os quais eram sustentados por uma elite letrada e, em alguns casos, instruída nas universidades europeias. Sendo assim, observamos que a origem social, análoga a esses movimentos, viria a empreender a busca por objetivos próximos em cada um deles.
No entanto, a despeito de um projeto de nação independente, vemos que a Conjuração Baiana e a Inconfidência Mineira não se separaram apenas por um hiato temporal. A falta de comunicação entre os centros de colonização e a ausência de um sentimento nacional anula qualquer possibilidade de se considerar que tais revoltosos se sentiam integrantes de uma nação que merecia a sua independência. Na maioria dos casos, a autonomia era projetada em esfera local.
Entre tantas proximidades, vemos que a questão da escravidão acabou sendo o ponto que veio a estabelecer uma diferença entre essas duas revoltas. No caso mineiro, a limitação do movimento às discussões de uma elite enriquecida acabou fazendo com que a escravidão não entrasse em sua pauta, já que o fim desta prejudicaria boa parte dos inconfidentes. No caso baiano, a divulgação de panfletos acabou disseminando a causa emancipacionista entre setores populares e favoráveis à abolição.
Assim que a Conjuração Baiana ganhava contornos mais radicais e populares, os líderes intelectuais da causa acabaram se afastando do movimento. Talvez, assim como os inconfidentes mineiros, eles temiam os efeitos de uma revolta emancipacionista conduzida pelas camadas menos favorecidas da população. Por fim, vemos que a revolta baiana se diferenciou da conspiração mineira assim que os agentes sociais de cada acontecimento se diferiram em suas origens e interesses.
 Ao longo do século XVIII, observamos o desenvolvimento de diversas situações de conflito envolvendo os colonos brasileiros e a administração metropolitana. Nessa época, a ampliação dos impostos, o rigor da fiscalização decorrente da exploração aurífera e a decadência do açúcar foram alguns dos motivos que cercaram a ocorrência dessas revoltas. Para alguns, isso indica o desenvolvimento de um processo que contribuiu para o processo de independência brasileiro.
Mesmo parecendo plausível, devemos assinalar que o reconhecimento de um processo se torna um tanto quanto complicado ao analisarmos a natureza e as diferenças que marcaram cada uma dessas rebeliões coloniais. Entre outros casos, podemos notar que a contraposição entre a Inconfidência Mineira de 1789 e a Conjuração Baiana de 1798 oferece ricos dados na compreensão dessas diferenças que vão contra a ideia de um processo em desenvolvimento.
Assim como a grande parte de nossas revoltas coloniais, as revoltas, mineira e baiana, foram alimentadas por membros da elite insatisfeitos com a ação metropolitana em cada uma dessas regiões. No caso de Minas, os mineradores de Vila Rica e outros membros da elite mostravam-se insatisfeitos com a política fiscal e a cobrança da derrama. Por outro lado, a cidade de Salvador era palco de uma grave crise econômica que se arrastava desde a crise do açúcar e a transferência da capital para o Rio de Janeiro.
Além disso, devemos notar que os participantes dessas mesmas revoltas estiveram diretamente influenciados pela ideologia iluminista. Mais uma vez, notamos o caráter elitista de tais movimentos, os quais eram sustentados por uma elite letrada e, em alguns casos, instruída nas universidades europeias. Sendo assim, observamos que a origem social, análoga a esses movimentos, viria a empreender a busca por objetivos próximos em cada um deles.
No entanto, a despeito de um projeto de nação independente, vemos que a Conjuração Baiana e a Inconfidência Mineira não se separaram apenas por um hiato temporal. A falta de comunicação entre os centros de colonização e a ausência de um sentimento nacional anula qualquer possibilidade de se considerar que tais revoltosos se sentiam integrantes de uma nação que merecia a sua independência. Na maioria dos casos, a autonomia era projetada em esfera local.
Entre tantas proximidades, vemos que a questão da escravidão acabou sendo o ponto que veio a estabelecer uma diferença entre essas duas revoltas. No caso mineiro, a limitação do movimento às discussões de uma elite enriquecida acabou fazendo com que a escravidão não entrasse em sua pauta, já que o fim desta prejudicaria boa parte dos inconfidentes. No caso baiano, a divulgação de panfletos acabou disseminando a causa emancipacionista entre setores populares e favoráveis à abolição.
Assim que a Conjuração Baiana ganhava contornos mais radicais e populares, os líderes intelectuais da causa acabaram se afastando do movimento. Talvez, assim como os inconfidentes mineiros, eles temiam os efeitos de uma revolta emancipacionista conduzida pelas camadas menos favorecidas da população. Por fim, vemos que a revolta baiana se diferenciou da conspiração mineira assim que os agentes sociais de cada acontecimento se diferiram em suas origens e interesses.
Iluminismo e Despotismo Esclarecido
A burguesia era a classe que tinha o apoio da nobreza, pois gerava lucros com o comércio. Apesar disso, aspirava o fim da intervenção do Estado na economia, o que levou-a a criticar o atual sistema de governo do período, ou seja, o Antigo Regime. Na busca por maior liberdade política e econômica, surgiu, então, no século XVIII, o movimento denominado Iluminismo.
Considerado uma revolução intelectual do As Revoluções Inglesas do Século XVII - Prof. Medeiros
“Século das Luzes”, tal movimento repercutiu pelo mundo todo e se caracterizou por tentar combater o mercantilismo, o absolutismo e a supremacia da Igreja, ou seja, os princípios do Antigo Regime, com base na razão, o conceito que fundamentava o Iluminismo e através do qual era possível atingir o conhecimento.
Os ideais dos filósofos iluministas eram propagados através das enciclopédias, o que ficou conhecido como o Enciclopedismo. Um dos principais pensadores do período foi Voltaire, o qual criticava os absolutistas, os nobres e a Igreja, e defendia a liberdade de opinião.
Outro grande pensador foi John Locke, o qual foi considerado o “pai do Iluminismo” por suas teorias de defesa do liberalismo político e críticas ao absolutismo. Montesquieu também foi uma figura de grande importância, pois foi o responsável pela divisão dos poderes que pertenciam à Coroa em Executivo, Legislativo e Judiciário, o que vigora até os dias atuais.
Pensadores iluministas: John Locke, Voltaire, Jean-Jacques Rousseau e Denis Diderot.
Rousseau foi o pensador que mais se aproximou das aspirações da população, defendendo a soberania do povo e criticando até a burguesia, por seu individualismo. Adam Smith foi o criador dos ideais do liberalismo econômico, defendendo a lei da oferta e da procura. Além desses, também destacaram-se filósofos como Diderot, D’Alambert, Quesnay, Buffon, entre outros.
Alguns monarcas absolutistas, ao observar a força desse movimento, decidiram aderir ao pensamento, porém sem interromper totalmente seu poder absoluto, o que ficou conhecido como despotismo esclarecido.
Participaram desse movimento monarcas como Catarina II, da Rússia, Frederico II, da Prússia, José II, da Áustria, Carlos III, da Espanha e José I, de Portugal, os quais fizeram reformas em seus países, principalmente nos âmbitos econômico e religioso, porém ainda reprimindo movimentos reivindicatórios.
  
As Revoluções Inglesasdo Século XVII - Prof. Medeiros
1. AS REVOLUÇÕES INGLESAS DO SÉCULO XVII 
2. Introdução: A Inglaterra, durante o século XVII, passou por um processo revolucionário; Tal processo serviu para a ruptura definitiva das estruturas feudais ainda vigentes que atrapalhavam o avanço capitalista: transformação da estrutura agrária; modificações nas relações trabalhistas no campo; aperfeiçoamento da produção; substituição do Estado absolutista por um Estado liberal-capitalista.
3. O Processo Revolucionário: a Inglaterra era um país de contrastes sociais e econômicos durante o século XVII; querendo transformar o absolutismo de fato, já existe com os Tudor, num absolutismo de direito, a monarquia dos Stuart entrou em choque com o Parlamento; Carlos I dissolveu o Parlamento, mas teve que convocá-lo novamente, e, como os atritos continuaram, mandou prender seus principais líderes;
4. O Processo Revolucionário: (Continuação) o Parlamento, com o apoio do povo, entrou em guerra contra as tropas do rei. Trata-se da Revolução Puritana (1642- 1649); Oliver Cromwell (deputa- do puritano) liderou as tropas populares do Parlamento e após o rei ser derrotado, foi instalado um regime republicano na Inglaterra, sob a liderança de Cromwell;
5. O Processo Revolucionário: (Continuação) Carlos I foi preso e condenado à morte, sendo decapitado em 30/01/1649; Cromwell governou a Inglaterra de 1649-1658, tornando-se "Lorde Protetor da Comunidade Britânica" (da República), a partir de 1653 (um cargo vitalício e hereditário, portanto, um ditador); a realização mais importante de Oliver Cromwell foi o decreto dos Atos de Navegação (1651),
6. O Processo Revolucionário: (Continuação) através do qual, qualquer mercadoria importada pela Inglaterra só poderia ser transportada em navios ingleses ou em navios de seu país de origem. A medida prejudicou a Holanda e provocou a Primeira Guerra Anglo-Holandesa (1652- 1654), vencida pela Inglaterra. com os Atos de Navegação, a construção naval inglesa e a atividade comercial sofreram notáveis impulsos, dirigindo o país para a conquista da hegemonia marítima.
7. O Processo Revolucionário: (Continuação) após a morte de Oliver Cromwell, seu filho Ricardo Cromwell governou apenas 8 meses e foi deposto pelo exército.
8. A Restauração Monárquica e a Revolução Gloriosa: o Parlamento eleito em 1660 convidou Carlos II (Stuart) para assumir o trono e depois seu irmão Jaime II;
9. A Restauração Monárquica e a Revolução Gloriosa: (Continuação) descontente novamente com os Stuart, o Parlamento ofereceu o trono a Guilherme de Orange (genro de Jaime II e príncipe holandês), sob a condição de respeitá-lo, portanto com poderes limitados;
10. A Restauração Monárquica e a Revolução Gloriosa: (Continuação) iniciava-se então a Revolução Gloriosa (1688-89), na qual Jaime II foi derrotado e Guilherme de Orange assumiu o trono inglês, após assinar a "Declaração de Direitos", dando maiores poderes ao Parlamento.
11. Considerações Finais: As transformações ocorridas com as Revoluções: (No plano político:) fim do absolutismo inglês; implantação de uma monarquia constitucional, limitada pelo Parlamento; (no plano socioeconômico:) a Revolução Gloriosa conseguiu unir a burguesia urbana e a nobreza latifundiária e capitalista; assim, a Inglaterra tornou-se a maior potência comercial da época, lançando as origens do capitalismo industrial.
Revolução Industrial
A Revolução industrial foi um conjunto de mudanças que aconteceram na Europa nos séculos XVIII e XIX. A principal particularidade dessa revolução foi a substituição do trabalho artesanal pelo assalariado e com o uso das máquinas.
Até o final do século XVIII a maioria da população européia vivia no campo e produzia o que consumia. De maneira artesanal o produtor dominava todo o processo produtivo.
Apesar de a produção ser predominantemente artesanal, países como a França e a Inglaterra, possuíam manufaturas. As manufaturas eram grandes oficinas onde diversos artesãos realizavam as tarefas manualmente, entretanto subordinados ao proprietário da manufatura.
A Inglaterra foi precursora na Revolução Industrial devido a diversos fatores, entre eles: possuir uma rica burguesia, o fato do país possuir a mais importante zona de livre comércio da Europa, o êxodo rural e a localização privilegiada junto ao mar o que facilitava a exploração dos mercados ultramarinos.
Como muitos empresários ambicionavam lucrar mais, o operário era explorado sendo forçado a trabalhar até 15 horas por dia em troca de um salário baixo. Além disso, mulheres e crianças também eram obrigadas a trabalhar para sustentarem suas famílias.
Diante disso, alguns trabalhadores se revoltaram com as péssimas condições de trabalho oferecidas, e começaram a sabotar as máquinas, ficando conhecidos como “os quebradores de máquinas“. Outros movimentos também surgiram nessa época com o objetivo de defender o trabalhador.
O trabalhador em razão deste processo perdeu o conhecimento de todo a técnica de fabricação passando a executar apenas uma etapa.
A Primeira etapa da Revolução Industrial 
Entre 1760 a 1860, a Revolução Industrial ficou limitada, primeiramente, à Inglaterra. Houve o aparecimento de indústrias de tecidos de algodão, com o uso do tear mecânico. Nessa época o aprimoramento das máquinas a vapor contribuiu para a continuação da Revolução.
A Segunda Etapa da Revolução Industrial 
A segunda etapa ocorreu no período de 1860 a 1900, ao contrário da primeira fase, países como Alemanha, França, Rússia e Itália também se industrializaram. O emprego do aço, a utilização da energia elétrica e dos combustíveis derivados do petróleo, a invenção do motor a explosão, da locomotiva a vapor e o desenvolvimento de produtos químicos foram as principais inovações desse período.
A Terceira Etapa da Revolução Industrial 
Alguns historiadores têm considerado os avanços tecnológicos do século XX e XXI como a terceira etapa da Revolução Industrial. O computador, o fax, a engenharia genética, o celular seriam algumas das inovações dessa época.
A independência dos Estados Unidos
Antes da Independência, os EUA eram formado por treze colônias controladas pela metrópole: a Inglaterra. Dentro do contexto histórico do século XVIII, os ingleses usavam estas colônias para obter lucros e recursos minerais e vegetais não disponíveis na Europa. Era também muito grande a exploração metropolitana, com relação aos impostos e taxas cobrados dos colonos norte-americanos.
 
Colonização dos Estados Unidos
Para entendermos melhor o processo de independência norte-americano é importante conhecermos um pouco sobre a colonização deste território. Os ingleses começaram a colonizar a região no século XVII. A colônia recebeu dois tipos de colonização com diferenças acentuadas:
Colônias do Norte : região colonizada por protestantes europeus, principalmente ingleses, que fugiam das perseguições religiosas. Chegaram na América do Norte com o objetivo de transformar a região num próspero lugar para a habitação de suas famílias. Também chamada de Nova Inglaterra, a região sofreu uma colonização de povoamento com as seguintes características : mão-de-obra livre, economia baseada no comércio, pequenas propriedades e produção para o consumo do mercado interno.
Colônias do Sul : colônias como a Virginia, Carolina do Norte e do Sul e Geórgia sofreram uma colonização de exploração. Eram exploradas pela Inglaterra e tinham que seguir o Pacto Colonial. Eram baseadas no latifúndio, mão-de-obra escrava, produção para a exportação para a metrópole e monocultura.
 
Guerra dos Sete Anos
Esta guerra ocorreu entre a Inglaterra e a França entre os anos de 1756 e 1763. Foi uma guerra pela posse de territórios na América do Norte e a Inglaterra saiu vencedora. Mesmo assim, a metrópole resolveu cobrar os prejuízos das batalhas dos colonos que habitavam, principalmente, as colônias do norte. Com o aumento das taxas e impostos metropolitanos, os colonos fizeram protestos e manifestações contra a Inglaterra.
 
Metrópoleaumenta taxas e impostos
A Inglaterra resolveu aumentar vários impostos e taxas, além de criar novas leis que tiravam a liberdade dos norte-americanos. Dentre estas leis podemos citar: Lei do Chá (deu o monopólio do comércio de chá para uma companhia comercial inglesa),  Lei do Selo ( todo produto que circulava na colônia deveria ter um selo vendido pelos ingleses), Lei do Açúcar (os colonos só podiam comprar açúcar vindo das Antilhas Inglesas).
Estas taxas e impostos geraram muita revolta nas colônias. Um dos acontecimentos de protesto mais conhecidos foi a Festa do Chá de Boston ( The Boston Tea Party ). Vários colonos invadiram, a noite, um navio inglês carregado de chá e, vestidos de índios, jogaram todo carregamento no mar. Este protesto gerou uma forte reação da metrópole, que exigiu dos habitantes os prejuízos, além de colocar soldados ingleses cercando a cidade.
 
Primeiro Congresso da Filadélfia
Os colonos do norte resolveram promover, no ano de 1774, um congresso para tomarem medidas diante de tudo que estava acontecendo. Este congresso não tinha caráter separatista, pois pretendia apenas retomar a situação anterior. Queriam o fim das medidas restritivas impostas pela metrópole e maior participação na vida política da colônia.
Porém, o rei inglês George III não aceitou as propostas do congresso, muito pelo contrário, adotou mais medidas controladoras e restritivas como, por exemplo, as Leis Intoleráveis. Uma destas leis, conhecida como Lei do Aquartelamento, dizia que todo colono norte-americano era obrigado a fornecer moradia, alimento e transporte para os soldados ingleses. As Leis Intoleráveis geraram muita revolta na colônia, influenciando diretamente no processo de independência.
 
Segundo Congresso da Filadélfia
Em 1776, os colonos se reuniram no segundo congresso com o objetivo maior de conquistar a independência. Durante o congresso, Thomas Jefferson redigiu a Declaração de Independência dos Estados Unidos da América. Porém, a Inglaterra não aceitou a independência de suas colônias e declarou guerra. A Guerra de Independência, que ocorreu entre 1776 e 1783, foi vencida pelos Estados Unidos com o apoio da França e da Espanha.
 
Constituição dos Estados Unidos
Em 1787, ficou pronta a Constituição dos Estados Unidos com fortes características iluministas. Garantia a propriedade privada (interesse da burguesia), manteve a escravidão, optou pelo sistema de república federativa e defendia os direitos e garantias individuais do cidadão.
Congresso de Viena
O Congresso de Viena foi uma conferência diplomática, ocorrida na cidade de Viena (capital da Áustria) entre setembro de 1814 e junho de 1815. Contou com a participação de representantes das grandes potências europeias, que haviam vencido a França de Napoleão em 1814.
Objetivos do Congresso de Viena
- Redação e estabelecimento das condições de paz na Europa, após da derrota de Napoleão.
- Redefinição do mapa político europeu, que havia sido modificado nas conquistas de Napoleão Bonaparte. 
- Restauração ou permanência das monarquias absolutistas em grande parte das nações europeias.
- Combate aos ideais políticos liberais e aos movimentos democráticos que ganhavam força na Europa sob a inspiração da Revolução Francesa.
 
- Reprimir os movimentos emancipacionistas, que ganhavam força nas colônias europeias na América, inspirados pelos ideais iluministas e pela Revolução Francesa.
A Santa Aliança
Foi um projeto idealizado pelo czar Alexandre I da Rússia, dentro do contexto do Congresso de Viena, com a finalidade de combater os movimentos revolucionários europeus que pretendiam derrubar as monarquias absolutistas.
Após a Revolução Francesa, os ideais de liberdade e democracia se espalharam pelas nações europeias. Integrantes da burguesia estavam se organizando para acabar com o absolutismo. Neste contexto, a Santa Aliança buscaria uma união das nações absolutistas, através de ações conjuntas, para garantir a permanência das monarquias e também o domínio sobre as colônias americanas, reprimindo os movimentos de independência.
 Quem participou
Participaram do Congresso de Viena representantes da França, Império Austríaco, Reino Unido, Reino da Prússia, Império Russo, do Papa Pio VII, Reino da Sardenha, República de Gênova, Reino da Suécia e Confederação dos Cantões da Suíça.
A Revolução Francesa (14/07/1789) 
A situação social era tão grave e o nível de insatisfação popular tão grande que o povo foi às ruas com o objetivo de tomar o poder e arrancar do governo a monarquia comandada pelo rei Luis XVI. O primeiro alvo dos revolucionários foi a Bastilha. A Queda da Bastilha em 14/07/1789 marca o início do processo revolucionário, pois a prisão política era o símbolo da monarquia francesa.
O lema dos revolucionários era "Liberdade, Igualdade e Fraternidade ", pois ele resumia muito bem os desejos do terceiro estado francês.
Durante o processo revolucionário, grande parte da nobreza deixou a França, porém a família real foi capturada enquanto tentava fugir do país. Presos, os integrantes da monarquia, entre eles o rei Luis XVI e sua esposa Maria Antonieta foram guilhotinados em 1793. O clero também não saiu impune, pois os bens da Igreja foram confiscados durante a revolução.
No mês de  agosto de 1789, a Assembleia Constituinte cancelou todos os direitos feudais que existiam e promulgou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Este importante documento trazia significativos avanços sociais, garantindo direitos iguais aos cidadãos, além de maior participação política para o povo. 
Girondinos e Jacobinos
Após a revolução, o terceiro estado começa a se transformar e partidos começam a surgir com opiniões diversificadas. Os girondinos, por exemplo, representavam a alta burguesia e queriam evitar uma participação maior dos trabalhadores urbanos e rurais na política. Por outro lado, os jacobinos representavam a baixa burguesia e defendiam uma maior participação popular no governo. Liderados por Robespierre e Saint-Just, os jacobinos eram radicais e defendiam também profundas mudanças na sociedade que beneficiassem os mais pobres.
A Fase do Terror 
Maximilien de Robespierre: defesa de mudanças radicais
Em 1792, os radicais liderados por Robespierre, Danton e Marat assumem o poder e organização as guardas nacionais. Estas recebem ordens dos líderes para matar qualquer oposicionista do novo governo. Muitos integrantes da nobreza e outros franceses de oposição foram condenados a morte neste período. A violência e a radicalização política são as marcas desta época.
A burguesia no poder 
Napoleão Bonaparte: implantação do governo burguês 
Em 1795, os girondinos assumem o poder e começam a instalar um governo burguês na França. Uma nova Constituição é aprovada, garantindo o poder da burguesia e ampliando seus direitos políticos e econômico. O general francês Napoleão Bonaparte é colocado no poder, após o Golpe de 18 de Brumário (9 de novembro de 1799) com o objetivo de controlar a instabilidade social e implantar um governo burguês. Napoleão assume o cargo de primeiro-cônsul da França, instaurando uma ditadura.
Conclusão
A Revolução Francesa foi um importante marco na História Moderna da nossa civilização. Significou o fim do sistema absolutista e dos privilégios da nobreza. O povo ganhou mais autonomia e seus direitos sociais passaram a ser respeitados. A vida dos trabalhadores urbanos e rurais melhorou significativamente. Por outro lado, a burguesia conduziu o processo de forma a garantir seu domínio social. As bases de uma sociedade burguesa e capitalista foram estabelecidas durante a revolução. Os ideais políticos (principalmente iluministas) presentes na França antes da Revolução Francesa também influenciaram a independência  de alguns países da América Espanhola e o movimento de Inconfidência Mineira no Brasil.
 O Brasil Imperial
 
Período Joanino
Após a chegada da família real portuguesa no Brasil, iniciou-se o período joanino (1808-1821). A transferência do Estado Português para o Brasil

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