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TCC Diagramação

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INTRODUÇÃO
Uma das áreas de atuação do designer gráfico é a diagramação. “O termo é resultante da palavra diagrama, do latim diagramma, que significa desenho geométrico usado para demonstrar algum problema, resolver alguma questão ou representar graficamente a lei de variação de um fenômeno” (SILVA, 1985, p. 41). Na diagramação o designer usa de seus conhecimentos sobre tipografia, grids, espaçamentos para distribuir os elementos gráficos em um espaço limitado, como a página de um jornal, livro ou revista levando em consideração a hierarquia dos elementos e a legibilidade para dar melhor satisfação e conforto ao leitor. “É na diagramação onde vai se concentrar todo o segredo do discurso gráfico, em que a tipologia mínima contida harmonicamente e padronizada, alia-se ao ritmo dado as mensagens” (SILVA, 1985, p. 13).
O projeto que será desenvolvido será um redesign do projeto original do livro Cromos escrito por Augusto Xavier de Castro, mais conhecido como X. de Castro, um dos livros da Padaria Espiritual que foi uma associação criada por um grupo de jovens cearenses no ano de 1892 onde a ideia inicial era despertar nos moradores próximos o gosto pela literatura.
A definição do tema escolhido foi obtida pela oportunidade de trazer mudanças assim atualizando e modernizando o design do livro com intuito de trazer uma cara mais moderna ao livro, com o intuito de alcançar novos públicos e assim valorizar a cultura regional e nacional.
A diagramação do projeto tem como importância cuidar da estética visual do livro trazendo um design mais atual, moderno e assim atrair um novo público, renovando a obra.
 “A diagramação é uma arquitetura de formas. É uma arte artesanal cujo resultado, a página globalmente diagramada, nos dará a mensagem da comunicação visual, qualitativamente distinta da mensagem específica de cada componente da mesma página” (CLARA CONTI, 1975 apud SILVA, 1985, p.42).
OBJETIVO
O projeto se objetiva na entrega da diagramação do livro Cromos do autor X. de Castro, um dos livros da padaria espiritual, onde será apresentado todas as etapas da construção e diagramação do mesmo, trazendo uma nova cara para o livro, com o intuito de incentivar a leitura e atrair novos leitores.
METODOLOGIA
	
O projeto se inicia com uma pesquisa sobre o tema, para melhor entender sobre a padaria espiritual e como surgiram seus livros. 
Em seguida será feito uma pesquisa de possíveis medidas para a estruturação do livro, levando em consideração público alvo e tema da obra. Estabelecido o tamanho do livro, o designer começará a diagramação com ajuda do software InDesign, definindo mancha tipográfica, tipografia, estilos de parágrafos e caracteres, entrelinhas e as devidas alterações que valorizem e agreguem valor a obra. 
Por fim será usado o software Illustrator onde será feito o redesign da capa da obra, levando em consideração cores e ilustrações trazendo um design mais moderno, renovando a imagem do livro e atraindo novos leitores.
DESENVOLVIMENTO
Sobre a padaria espiritual 
A padaria espiritual, foi um movimento literário que surgiu em 1892. Na época jovens, grandes nomes da literatura nacional como Lopes Filho, Antônio Sales, Rodolfo Teófilo, dentre outros grandes escritores, se reuniam em um quiosque conhecido como café Java, localizado na atual Praça do Ferreira no centro de Fortaleza. Essa reunião de escritores era denominada padaria pois segundo seu fundador Antônio Sales, seus escritos seriam o pão que alimenta o espirito do povo. Com o intuito de incentivo a leitura surgia assim a padaria espiritual. 
Todos os domingos era publicado um jornal de oito páginas denominado O Pão, com uma escrita irreverente que chamava a atenção de seus leitores. A sociedade era estruturada como uma padaria física, o padeiro-mor era o presidente, os forneiros eram os secretários, o gaveta era a denominação dos tesoureiros, o Investigador das Cousas e das Gentes era o bibliotecário, por fim, os assadores eram os sócios. A cede das reuniões era chamada de forno por seus membros. 
Tempos depois esses escritos, poemas ou prosas foram transformados em livros para manter viva e documentada o amor pelas letras que esses rapazes tinham e assim fazer com que outras pessoas continuassem a conhecer e admirar esses grandes nomes da escrita. 
Sobre X. de Castro
Augusto Xavier de Castro, seu nome de batismo, nasceu em 30 de janeiro de 1858 e faleceu em 30 de abril de 1895. Era filho de José Xavier de Castro e Silva e Antônia Josefina de Castro, foi casado e pai de três filhos. Teve uma infância difícil e por esse motivo teve que começar a trabalhar muito cedo para sustentar sua família. 
“E foi no funcionalismo público que X. de Castro seguiu carreira para sustentar sua família. Em fins de dezembro de 1878 foi admitido como colaborador na Secretaria de Governo. Através de concurso público, a partir de 1º de setembro de 1879 obteve a colocação de praticante do Tesouro Provincial.” (ARAÚJO, 2008, p.15)
Aos 36 anos X. de Castro ingressou na padaria espiritual, com o criptônimo de Bento Pesqueiro. Fez parte do segundo momento da padaria espiritual que se reorganiza e admite mais 14 sócios em 28 de setembro de 1894. Sua contribuição para O Pão se deu na edição de número 7, divulgando três de seus Cromos – poesias de tom realista, com notas de regionalismo. São eles: “Distraída”, “Na casa de campo” e “Na chuva”. Na edição 8 ele publica mais três Cromo, sinalizado com algarismos romanos em sinal de continuidade: IV- “Desconfiada”, V- “O Pinto” e VI- “Ladrazinha”. Continua a publicar 3 Cromos por edição até o Pão de número 15. A edição seguinte de número 16 traz na capa a notícia da morte de X. de Castro que avia acontecido quinze dias antes. 
Sobre o projeto
“ Um livro é um espelho flexível da mente e do corpo. Seu tamanho e proporções gerais, a cor e a textura do papel, o som que produz quando as páginas são viradas, o cheiro do papel, da cola e da tinta, tudo se mistura ao tamanho, à forma e ao posicionamento dos tipos para revelar um pouco do mundo em que foi feito. Se o livro se parecer apenas como uma máquina de papel produzida conforme a conveniência de outras máquinas, só máquinas vão querer lê-lo.” (BRINGHURST, Robert. 1992. p.159)
As definições das medidas da página do livro foram obtidas a partir de uma pesquisa feita na livraria Saraiva, localizada no shopping Iguatemi em Fortaleza, tendo como referência livros aproximados ou parecidos com a obra ou que seu conteúdo fosse aproximado a obra de X. de Castro. Os valores determinados foram 12 centímetros de largura e 19 centímetros de altura, levando em consideração o conteúdo do livro já que são poemas e prosas não muito longos proporcionando assim a oportunidade de projetar um livro não muito grande, mas que possa ser facilmente transportado e manipulado por seus consumidores e leitores.
A mancha tipográfica foi definida para proporcionar conforto ao leitor onde o mesmo possa ter uma experiência agradável. Suas medidas são de 1,27 superior, 1,27 inferior, 1,27 interna e 1,27 externa. 
“A página é um pedaço de papel, mas também é uma proporção visível e tangível, que soa em silêncio o baixo contínuo do livro. Nela descansa o bloco de texto, que precisa dialogar com a página. Os dois juntos - página e bloco - produzem uma geometria polifônica, que por si só é capaz de prender o leitor ao livro, mas também de fazê-lo dormir, enervá-lo ou afugentá-lo.” (BRINGHURST, Robert. 1992. p.161)
Palatino Lynotype foi a fonte definida. Criada por Hermann Zapf, essa fonte proporciona ao projeto um toque mais refinado e moderno que é a ideia para o redesign da obra. É uma fonte completa em elementos tipográficos como versaletes, numerações sobescritas e subscritas e com isso agrega a obra uma variedade de opções na diagramação. 
Ela foi usada no corpo dos poemas e prosas no tamanho 10 com uma entrelinha de 12 pontos que por padrão deve ser usada 20% maior que o corpo de texto. 
Nos títulos dos poemas e prosas ela foi usada na forma deversaletes no tamanho 12, na intenção de transmitir leveza e destacar os títulos. 
Nas notas de rodapé foi utilizado o tamanho 6 já que são textos discretos que devem vir como acréscimo ou para ajudar em alguns significados de palavras dos poemas.
Foram criados alguns estilos de parágrafos na função de manter o padrão do projeto, como manter a mesma tipografia nos textos ou manter o mesmo espaçamento ou entrelinha entre título ou texto. Foram criados estilos para o sumário, para os textos de introdução do livro como a “bibliografia” e o “escritor” que contam um pouco sobre a vida do autor do livro X. de Castro, para as citações que existem nesses textos, para as legendas das duas figuras que esses textos trazem, foram criados também para os títulos das poesias, para o corpo de texto das poesias e prosas, para as notas de rodapé e assim o projeto foi diagramado.
 O conceito do projeto é baseado na inovação, sofisticação e trazer a obra para os dias atuais assim atraindo um novo público de leitores. As capas do livro trazem essa mensagem de modernidade e delicadeza com os elementos. As plumas remetem a leveza de espirito trazida com seus escritos e poemas ou prosas que seria a principal mensagem que os padeiros queriam transmitir ao povo e a pena faz referência as penas que eram usadas antigamente como instrumento de escrita. Foi utilizado um ponto focal com um degradê no centro da capa para atrair a atenção do leitor as informações de identificação do livro como título do livro, escritor e coleção a que ele pertence. As cores usadas foram pensadas na sofisticação e modernidade em que o projeto se baseia. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A literatura nacional e regional é muito rica porque traz em cada sílaba, ponto ou estrofe uma história de luta, de sobrevivência, de amor pelas letras e de trabalho duro para se conquistar o que se é sonhado. Lopes Filho, Antônio Sales, Rodolfo Teófilo, Augusto Xavier de Castro, Antônio de Castro dentre muitos outros nomes não aqui citados mais aqui respeitados por sua luta e por seu orgulho de suas raízes, são suas histórias que agora são escritas em livros para outras pessoas se inspirarem.
Nesse projeto foi abordado um pouco sobre o que seria a função de um diagramador, quais etapas devem ser cumpridas na hora do planejamento de um projeto de diagramação de um livro, quais escolhas devem ser feitas em relação a mancha tipográfica ou tipografia, alguns dos estilos de parágrafo utilizados para facilitar a vida do diagramador e um pouco da criação do que seriam as novas capas da coleção de livros da padaria espiritual.
A função do profissional que trabalha na área do design editorial é interpretar a mensagem do autor e fazer com que o leitor da mensagem se sinta confortável ao lê-la. Ele transmite a mensagem em forma de diagramação, pensando no conforto do leito e as vezes um projeto mau diagramado afeta o leitor e ele inconscientemente rejeita ou se agrada de um livro. 
BIBLIOGRAFIA
ARAÚJO, Humberto Alves de. X. de Castro, o artista dos cromos: o romântico que foi o maior poeta realista do Ceará. Dissertação, Mestrado. Fortaleza (CE), 2008.
BRINGHURST, Robert. Elementos do estilo tipográfico. 1992
Clara Conti, O que existe por trás da imprensa. Jornal última hora, São Paulo, 1975.
SILVA, Rafael Souza. Diagramação, O planejamento visual gráfico na comunicação impressa. São Paulo: Summus, 1985.

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