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Direito Civil III

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Direito Civil III – 2º semestre
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Comodato
Do empréstimo, capitulo IV; Código civil
O Código Civil trata, no capítulo sob título Do Empréstimo, de dois contratos: o comodato e o mútuo. Ambos têm por objeto a entrega de uma coisa, para ser usada e depois restituída.
Comodato = "Commum datum" (em proveito de terceiro). Contrato pelo qual uma pessoa (comodante) entrega, gratuitamente, uma coisa infungível a outra (comodatário) para que dela se sirva com a obrigação de restituir. Perfaz-se com a tradição do objeto.
Art. 579, cc: "O comodato é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis. Perfaz-se com a tradição do objeto".
Trata-se de empréstimo de uso em que o comodante preserva sua propriedade em posse indireta ficando o comodatário com posse direta (1197 cc).
Art. 1197, cc: "A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o possuidor direto defender a sua posse contra o indireto".
- Não é possível usucapir objeto quando em posse por comodato.
- Não é necessário ser dono para ser comodante; caso de quem possui usufruto de imóvel.
- Haver encargos para o comodato não modifica a natureza jurídica do contrato.
Características:
a. unilateral: apenas gera-se responsabilidade para uma das partes, no caso do comodatário, que possui a obrigação de conservar o bem depositado em sua confiança.
b. gratuito: decorre de sua própria natureza, pois confundir-se-ia com a locação, se fosse oneroso. Já se decidiu que não o desnatura o fato de o comodatário de um apartamento responsabilizar-se pelo pagamento das despesas condominiais e dos impostos, assim podendo haver encargo sem valor econômico (Ex: pagar IPTU).
c. não solene: a lei não determina forma especial para a sua validade, podendo ser expressa, ou seja, verbal.
d. real (tradição): a necessidade da tradição para o seu aperfeiçoamento torna-o um contrato real 
e. personalíssimo; não existe sub-comodato; se tiver mais de um comodatário a obrigação se torna solidária. Intuito personae
- caso haja tutores, curadores e, em geral, todos os administradores de bens alheios não poderão dar em comodato, sem autorização especial do juiz, os bens confiados à sua guarda (art. 580,cc).
f. objeto infungível: implica a restituição da mesma coisa recebida em empréstimo. Mas pode ser móvel ou imóvel. O comodato de bens fungíveis ou consumíveis só é admitido quando destinado a ornamentação, como o de uma cesta de frutas, por exemplo.
g. temporário: o empréstimo é para uso temporário, o ajuste pode ser por prazo determinado ou indeterminado. Nesse caso, presume-se ser o necessário para o comodatário servir-se da coisa para o fim a que se destinava (art. 581, cc)
- art. 581: "Se o comodante não tiver prazo convencional, presumir-se-lhe-á o necessário para o uso concedido; não podendo o comodante, salvo necessidade imprevista e urgente, reconhecida pelo juiz, suspender o uso e gozo da coisa emprestada, antes de findo o prazo convencional, ou o que se determine pelo uso outorgado". 
Obrigações comodante:
Não reaver antes do prazo só em casos de urgência (art. 581, segunda parte):
art. 581: "(...); não podendo o comodante, salvo necessidade imprevista e urgente, reconhecida pelo juiz, suspender o uso e gozo da coisa emprestada, (...)".
Pagar despesas extraordinárias (bilateral imperfeito): as despesas extraordinárias devem ser comunicadas ao comodante, para que este as faça ou autorize o comodatário a fazê-las. Como possuidor de boa-fé, tem direito à indenização das benfeitorias e à retenção da coisa, nos termos do art. 1219, cc: "O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis", salvo convenção em contrário. 
c.	exigir restituição: dando o fim do prazo do empréstimo deve o comodante exigir de volta o que lhe pertence.
d.	constituir em mora, se necessário (art. 582, segunda parte): 
art. 582: "(...). O comodatário constituído em mora, além de por ela responder, pagará, até restituí-la, o aluguel da coisa que for arbitrado pelo comodante". 
e.	direito de arbitrar aluguel-pena (582 cc): cláusula penal para quem não obedece às formas do contrato, exemplo: prazo. Podendo essa penalidade ser arbitrada pelo comodante; art. 582, 2ª parte, final: "(...), pagará, até restituí-la, o aluguel da coisa que for arbitrado pelo comodante".
f.	receber indenização em caso de perda/deterioração do objeto (art. 582 primeira parte): 
art. 582: "O comodatário é obrigado a conservar, como se sua própria fora, a coisa emprestada, não podendo usá-la senão de acordo com o contrato ou a natureza dela, sob pena de responder por perdas e danos. (...)". Assim, o comodatário se não conservar o bem como se seu fosse, e vem a causar dano a coisa, o comodante tem o direito, e a obrigação, de cobrar a indenização.
3.	Obrigações comodatário:
Devolver bem no tempo certo (art. 581, cc): a coisa emprestada deve ser restituída no tempo certo, ou seja, no prazo convencionado, caso não haja prazo estabelecido, sua devolução ocorrerá com a presunção necessária ao uso concedido. O comodatário que se negar a restituir a coisa praticará esbulho e estará sujeito à ação de reintegração de posse, além de incidir em dupla sanção: responderá pelos riscos da mora e terá de pagar aluguel.
b.	usar e conservar como se fosse seu objeto (art. 582, cc): o código preceitua em seu art. 582 que o comodatário deve conservar a coisa como se sua própria fora evitando desgastá-la. Portanto, não podendo alugá-la, nem a emprestar. Responde pelas despesas de conservação, não podendo recobrar do comodante as comuns, como alimentação do animal emprestado, por exemplo (art. 584). 
O comodatário não pode usá-la senão de acordo com o contrato, ou a natureza dela, sob pena de responder por perdas e danos. O uso inadequado constitui, também, causa de resolução do contrato.
Art. 582: "O comodatário é obrigado a conservar, como se sua própria fora, a coisa emprestada, não podendo usá-la senão de acordo com o contrato ou a natureza dela, sob pena de responder por perdas e danos. O comodatário constituído em mora, além de por ela responder, pagará, até restituí-la, o aluguel da coisa que for arbitrado pelo comodante".
c.	responsabilidade objetiva de risco integral (art. 583, cc): em caso de perigo, preferindo o comodatário salvar seus bens, abandonando o do comodante, aquele responderá pelo dano ocorrido, ainda que se possa atribuir o evento a caso fortuito ou força maior.
art. 583: "Se, correndo risco o objeto do comodato juntamente com outros do comodatário, antepuser este a salvação dos seus abandonando o do comodante, responderá pelo dano ocorrido, ainda que se possa atribuir a caso fortuito, ou força maior".
d.	pagar despesas ordinárias (art. 584, cc): como visto no ponto anterior ('2. C'), só é possível cobrar as despesas quando advir de benfeitorias em relação ao objeto, denominada de despesas extraordinárias, sendo, assim, a regra se configura como no dispositivo do CC, art. 584: "O comodatário não poderá jamais recobrar do comodante as despesas feitas com o uso e gozo da coisa emprestada".
4.	Extinção:
morte do comodatário: se o contrato foi celebrado intuitu personae, pois nesse caso as vantagens dele decorrentes não se transmitem ao herdeiro (ex.: quando morre o paralítico a quem foi emprestada a cadeira de roda). Se, no entanto, o empréstimo foi de um objeto específico para determinada função, em um prazo determinado, no qual sem ele se torna impossível o cumprimento do qual se destinou o empréstimo - ex.: emprestar um trator para uma temporada de colheita - a morte do comodante não obriga os herdeiros a efetuarem a devolução antes do término da aludida tarefa. 
b.	resilição unilateral: quando unilateralmente uma das partes, antes do fimdo prazo estabelecido, decide romper o contrato, pondo fim à obrigação.
c.	distrato: quando bilateralmente as partes decidem romper o contrato antes mesmo do seu fim.
d.	resolução: por iniciativa do comodante, em caso de descumprimento, pelo comodatário, de suas obrigações, especialmente por usá-la de forma diversa da convencionada ou determinada por sua natureza. 
e.	*advento do termo ou tempo diverso: por sentença, a pedido do comodante, provada a necessidade imprevista e urgente.
f.	perecimento do objeto: quando por descuido ou caso fortuito, o comodatário perde ou deteriora o objeto emprestado, tendo, assim, o dever de indenizar. 
22/08
Mútuo 
Trata de empréstimo de consumo. Um dos contratantes transfere a propriedade de bem fungível ao mutuário que se obriga a lhe restituir coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade (586 cc).
Característica
a. Unilateral; 
b. informal -> Não solene 
c. gratuito e oneroso (feneratício);
d. real;
e. translatividade do domínio e posse (não há desdobramento da posse);
f. bem fungível (pela natureza ou determinação contratual);
g. temporário (592cc);
Efeitos jurídicos
a. mutuário restituir coisa fungível;
b. mutuante pode exigir garantia antes do vencimento, hipótese art. 590cc;
c. capacidade do mutuante (588 cc) com exceções previstas no art. 589cc;
Mútuo Feneratício ou oneroso (591cc):
Empréstimo com fim econômico, cobra-se taxa de juros pelo uso do dinheiro (juros remuneratórios), este, presumem-se devidos por lei.
Extinção:
a. vencimento do prazo ou hipótese do art.; 590cc;
b. hipóteses do art. 592cc;
c. resolução;
d. distrato; 
Depósito
Contrato pelo qual o depositário recebe do depositante um bem móvel, obrigando-se a guardar e comprar temporariamente e restituí-lo "ad nutum" (633 e 644cc) quando exigido (627cc).
Nada impede que o contrato de depósito se torne um contrato misto = ligação de vários contratos típicos ou atípicos (um só contrato).
6.1. Depósito voluntário 
objeto móvel (627cc)
guarda e conservação (640cc), culpa "in eligendo"
gratuito/oneroso (628 e 643cc); gratuito por essência e oneroso por ofício
- pode se tornar uma obrigação bilateral imperfeita; caso a pessoa que irá depositar o objeto colabora com as despesas que a coisa pode vir a dar para quem está recebendo o objeto.
temporário, "ad nutum" (633 e 644cc);
- é um contrato que se necessita de prazo, porém se houver, depositário terá de entregar logo que lhe for exigido
caso quem depositou objeto não vá buscar este, pode o depositário utilizar-se do art. 311, CPC, com processo de tutela de evidência fazer com que o aquele arque com multa diária por não ir buscar o objeto que está sob a guarda de quem não é dono. 
Intuito Personae
Prova escrita (646cc)
- art. 646: "O depósito voluntário provar-se-á por escrito".
6.2. Depositário
Não pode o depositário usar o bem para fim próprio.
- posse direta 
- anuência do terceiro p/ restituição
2.1 Obrigações
restituir objeto sem compensação (633 e 638cc).
diligência com objeto (629 e 630cc).
responde por prejuízos com objeto com exceção de Força Maior (642cc)
art. 642: "O depositário não responde no caso de força maior, mas para que lhe valha a escusa, terá de prová-los".
- Teoria do risco integral;
repasse do seguro ao depositante (636cc).
o depositário é obrigado a repassar a indenização ao depositante, ou seja, entregar àquele que é dono e perdeu seu bem.
art. 636:
restituir pelo herdeiro o objeto e assistir adquirente (637cc e 119 cpc).
art. 637: "O herdeiro do depositário, que de boa-fé vendeu a coisa depositada, é obrigado a assistir o depositante na reivindicação, e a restituir ao comprador o preço recebido".
Ação reivindicatória, o herdeiro do depositária que vendeu o bem depositário é obriga a indenizar o depositante.
divisibilidade do objeto e não há solidariedade (639cc).
6.3. Direitos
despesas e retenção (633 e 644cc)
- caso em que há prazo para se retirar o bem depositado e cobra-se por este serviço e quem depositou não vai retirar o bem, pode o depositário reter o bem e cobrar judicialmente o pagamento da obrigação cumprida, mais as custas, para que se devolva o bem depositado.
consignatório do objeto inclui situações de emergência (635cc e 311, III cpc) 
6.4. Depositante
- posse indireta
- estipulação em Favor de 3º
3.1 Obrigações
- receber objeto
- pagar despesas (644 cc)
- responder por prejuízo
Depósito Necessário; 627 a 648cc
Trata-se de um contrato de depósito que independe das vontades das partes por resultar por fatos imprevistos que leva o depositante a efetuar o depósito entregando a guarda de um objeto a pessoa que desconhece para evitar ruína imediata, não tem como escolher o depositário diante da urgência. Há duas espécies desse depósito:
Depósito legal (647 cc, inciso I).
Depósito Miserável (647 cc, inciso II).
depósito do hospedeiro (649 cc).
- entende-se por hospedeiro como hotéis, pousada e etc.
OBS: "achádego", art. 1234 cc, quem acha objeto perdido e o devolve para seu dono, tem o direito de recompensa de 5% do valor do bem.
Art. 1.234: "Aquele que restituir a coisa achada, nos termos do artigo antecedente, terá direito a uma recompensa não inferior a cinco por cento do seu valor, e à indenização pelas despesas que houver feito com a conservação e transporte da coisa, se o dono não preferir abandoná-la."
Parágrafo único. "Na determinação do montante da recompensa, considerar-se-á o esforço desenvolvido pelo descobridor para encontrar o dono, ou o legítimo possuidor, as possibilidades que teria este de encontrar a coisa e a situação econômica de ambos".
Depósito Irregular (645 cc)
Recai sobre fungível ou consumível em que o depositário tem o dever de restituir a mesma coisa na qualidade, quantidade, rege-se este negócio pelo mútuo.
Mandato
Trata-se de contrato pelo qual o mandatário (ou procurador) recebe do mandante, poderes para em seu nome, praticar ator ou administrar interesses (653 cc). A procuração é instrumento de mandato, a qual também difere de representação em que pode ser exercida por lei, sem declaração de vontade.
- mandato é o contrato, já a procuração é o instrumento.
Característica: 
a) contrato típico; 
b) não solene;
c) unilateral (654 a 657 cc);
d) gratuito ou oneroso (658 cc);
e) "intuito personae";
Requisitos: 
a) capacidade (654 cc), relativamente incapaz pode ser mandatário na hipótese do art. 666 cc;
- os incapazes não podem ser mandantes, apenas com representação.
b) analfabeto e cego como mandantes por procuração pública;
- estes necessitam de mandato com registro público
c) mandato geral (661 cc), cumprimento de negócios;
- meros atos de administração não precisa de formalidade.
d) mandato especial (661, § 1º e 2º cc): restrição na atuação. Necessário ver o ato a ser praticado para ver se há forma especial.
- aqui se necessita analisar a forma que se exige para outorgar a procuração pelo mandante. ex.: casamento, registro de imóvel e etc.
e) mandato conjunto/simultâneo: 2 mandatários devem atuar simultaneamente, senão, há ineficácia (672 cc):
f) mandato solidário: qualquer 1 dos vários mandatários pode atuar (672, 1º parte cc);
Conteúdo do mandato (662 cc): os atos de mandatário devem ser conforme instruções recebido, senão, será (665 cc):
a) ineficaz o ato ou;
- será ineficaz se o mandante assinar algo que vá de encontro com a vontade do mandatário
b) ratificado valida ato, ou;
- gestor de negócio, pessoa que age como se fosse o mandante sem sua ordem, em regra é ineficaz, mas se ratificado pelo mandante, válido será.
c) atua só como gestor de negócio;
- aquele que age sem uma ordem expressa do mandante.
05/09
Espécies de procuração
"ad negotia" ou extrajudicial: tem atuação fora do âmbito judicial.
"ad Judicia": agir em juízo e é intuitu personae baseado na mútua confiança. Dispensa-se procuração para defensor público e advogado em Ação Trabalhista (termos nos autos). Casos de urgência pode agir sem procuração, devendo acostar em 15 dias.
9.1. Substabelecimento(art. 667, cc): lícito é convocar auxiliares na realização de certo atos substituindo o mandatário. Quando causar prejuízo responde o mandatário por atos do substabeleceu do (art. 667 e § 1º cc].
Com Reservas: substabelecente (mandatário) continua atuando, outorga poderes ao substabelecido cumulados com os seus.
Sem Reservas: transferência definitiva dos poderes outorgados ao mandatário.
9.2. Extinção do Mandato (art. 682, cc)
ad nutum pela renúncia (mandatário) ou revogação (mandante).
morte de qualquer das partes.
pela mudança de estado civil.
término do prazo ou conclusão do negócio
9.3. Irrevogabilidade do Mandato (art. 683 a 686, cc)
cláusula "em causa própria": se no mandato há cláusula "in rem suam" é na essência verdadeiro negócio jurídico que tem função de outro contrato. Transfere-se ao procurador (que preenche todos os requisitos do negócio jurídico entabulado) de transferir para si ou 3º bem designado no contrato/mandato. Negócio celebrado no interesse do mandatário. Difere da hipótese do art. 684 cc (art. 685, cc).
cláusula de irrevogabilidade (art. 683, cc) 
12/09
Diferença de Mandato e Representação 
Mandato
Contrato bilateral que o mandante incumbe o mandatário de realizar determinada atividade. A vontade é só do próprio mandante e a destinação dos efeitos jurídicos é para o próprio mandante. 
Ex. Outorga-se poderes para apenas assinar contrato de locação, casamento. Não há representação. 
Representação 
Atuação de uma pessoa na gestão de outrem. A vontade é exteriorizada por outra pessoa, mas a destinação dos efeitos jurídicos é do representado. 
Ex. Outorga poderes para o advogado atuar. Há mandato com representação. 
Irrevogabilidade do mandato
Cláusula de irrevogabilidade (683 CC). Sujeita o mandante a pagar perdas e danos. 
Por condição de negócio bilateral (684 CC) 
O mandato vincula-se a outro contrato (definitivo). O mandante não pode revogar.
Em “causia própria” (685 CC): Há aparência de mandato. Ele é feito no exclusivo do mandatário. Este mandato equivale ao próprio contrato definitivo a ser celebrado. Não se revoga nem com a morte. É negócio jurídico bilateral em que mandatário pode transferir para si ou terceiro de coisa móvel ou imóvel 
O mandato, no fundo, é contrato preliminar 
NÃO SALVOU !!!! RECUPERAR Prestação de serviço e empreitada. 
Locação de Imóveis 
A lei de locação destaca que sua aplicação está vinculada à destinação do bem e não pela localização. Se urbana aplica a Lei 8245/91, se rural, Lei 4504/64 (arrendamento rural). Pouco importa se com ou sem edificação. Trata-se contrato que o locador se obriga a ceder uso do imóvel e contraprestação a renda. 
10.1. Elementos essenciais
a. Consentimento 
b. Capacidade geral e específica 
c. Não solene: Exceção da locação comercial 
d. Preço: Proíbe-se vinculação com salário mínimo, câmbio ou moeda estrangeira, em geral, a obrigação é quesível. (Art. 17 e 23, II) 
e. Paritário em geral 
f. Bilateral, oneroso
g. Prazo determinado ou indeterminado: consequências jurídicas na análise dos arts 4º, 5º e 6º da lei 8.245/91. 
h. Bem infungível 
i. Desdobramento da posse
Posse direta: Locatário 
Indireta: Locador
j. Temporário
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta:
Pode alugar, mesmo em propriedade conjunta, alugar sem anuência do cônjuge 
Art. 6º O locatário poderá denunciar a locação por prazo indeterminado mediante aviso por escrito ao locador, com antecedência mínima de trinta dias. -> Lei 8.245/91
Parágrafo único. Na ausência do aviso, o locador poderá exigir quantia correspondente a um mês de aluguel e encargos, vigentes quando da resilição. 
Na locação, diferentemente dos outros contratos, não se pode trocar por prestação de serviços.
Direitos e deveres do locador e locatário (art. 22 e 23) -> Locação 
Pessoa do Locador: pessoa física/jurídica, proprietário, usufrutuário, possuidor, etc.
Morte do locador (art.10): Sub-rogação legal. Herdeiros ingressam na relação obrigacional.
Morte do locatário (art. 11 da Lei): Sub-rogação legal numa ordem hierárquica. Fiança poderá ser extinta (fiança é garantia pessoal) se não notificado o fiador (art. 12 §1º e §2ª Lei 8.245/91). 
Separação/Divórcio (art. 12): Sub-rogação legal do cônjuge/companheiro. 
Sub-rogação, Cessão (art. 13 Lei)
Só pode haver sub-rogação, total ou parcial, c/autorização expressa do locador. Não se presume consentimento (§1º). Em 30 dias o locador deve responder.
Benfeitorias (art. 35 Lei): Necessidade de ver o contato se houve ausência de indenização de benfeitorias (Súmula 335 STJ), se não, aplica-se regras do art. 35. 
Preferência (art. 27 a 34 Lei 8.245/91).
O locatário tem igualdade de condições, com exceção ao condômino. Caso seja preterido deverá analisar se o ocorreu uma das hipóteses do art. 33 da Lei de Locação. 
Se o contrato de locação não foi averbado só tem direito a perdas e danos. 
Terá direito a reaver o bem ocado o inquilino que:
Tiver contrato averbado no Registro de Imóveis c/ 30 dias antes da alienação
Cláusula de vigência em caso de alienação 
 Depósito de preço de renda

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