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JURISDIÇÃO

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Universidade Estácio de Sá Jurisdição Constitucional 
 
 
gloriagodoy26@hotmail.com Professora: Glória Godoy 
1 
Poder Judiciário 
OBS: QUERIDO ALUNO, 
ESTE TEXTO É APENAS UM RESUMO DAS DISCUSSÕES EM SALA DE AULA, 
COMO FACILITADOR DO ESTUDO. 
NÃO DISPENSA, PORTANTO, O ESTUDO ATENTO DA COLETÂNEA E DO LIVRO. 
 
 
I) ESTRUTURA DO PODER JUDICIÁRIO 
 No Brasil, a Constituição Federal estrutura o Poder Judiciário da seguinte forma: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Onde: 
Tribunais Superiores ou de Superposição: 
OBS: Não são órgãos de 3º grau de jurisdição. 
 
Supremo Tribunal Federal. É o órgão máximo do Poder Judiciário nacional. 
Analisa as causas de matéria constitucional. Sua competência está determinada no 
art.102 / CF. É formado por 11 Ministros. O Presidente escolhe o indicado, que 
deverá ser aprovado, por maioria absoluta, em sabatina no Senado Federal. Os 
requisitos necessários são: a) ser brasileiro nato; b) ter entre 35 e 65 anos; c) ser 
cidadão; d) ter notável saber jurídico e reputação ilibada. Não sendo, portanto, 
necessário ser jurista ou bacharel em direito. 
 
Superior Tribunal de Justiça. Analisa a legalidade do ordenamento jurídico e é o 
órgão superior da justiça comum. Sua competência está determinada no art. 105 / 
CF. É formado por 33 Ministros. O Presidente escolhe o indicado, que deverá ser 
aprovado, por maioria absoluta, em sabatina no Senado Federal. Os requisitos 
necessários são: a) ser brasileiro; b) ter entre 35 e 65 anos; c) ter notável saber 
STF 
STJ TST TSE STM 
TJ TRE TRT TRF 
JEC TR 
JEC 
Juiz de 
Direito 
JEF Juiz 
Federal 
TR 
JEF 
Juiz do 
trabalho 
Juiz 
eleitoral 
Auditores 
Militares 
Tribunais 
Superiores ou 
de superposição 
2º grau 
1º grau 
STF 
STJ 
Universidade Estácio de Sá Jurisdição Constitucional 
 
 
gloriagodoy26@hotmail.com Professora: Glória Godoy 
2 
jurídico e reputação ilibada. O Tribunal será composto por 1/3 de membros do 
TRF, 1/3 de membros dos TJs; 1/6 de membros da OAB; 1/6 de membros dos MPs. 
 
Tribunal superior do Trabalho. Analisa as matérias referentes à área do trabalho, 
sendo, por isso, um tribunal especializado. Sua competência está determinada no 
art. 111 / CF. É formado por 27 Ministros. O Presidente escolhe o indicado, em 
lista formada pelo próprio TST dentre os integrantes dos TRTs para 4/5 das 
cadeiras, para o 1/5 restante a escolhe será entre membros indicados pela OAB e 
MPT. É necessária aprovação, por maioria absoluta, em sabatina no Senado 
Federal. Os requisitos necessários são: a) ser brasileiro; b) ter mais de 35 e manos 
de 65 anos. 
 
 
Tribunal Superior Eleitoral. Analisa as matérias referentes à área eleitoral, sendo, 
por isso, um tribunal especializado. É formado por 7 Ministros, sendo 3 do STF e 2 
do STJ, escolhidos pelo voto secreto de cada uma das casas, e 2 escolhidos pelo 
Presidente em lista sêxtupla formada pelo STF entre advogados de notável saber 
jurídico e idoneidade moral. O Presidente e o vice serão do STF e o corregedor será 
do STJ. 
 
 
Superior Tribunal Militar. Também é um tribunal especializado, sua competência é 
somente penal, nos crimes definidos em lei específica como crimes militares, ou 
seja, praticados por militares das forças armadas (marinha, exército e aeronáutica) e 
civis, quando os delitos atingirem os bens sob a responsabilidade das forças 
armadas. É composto por 15 Ministros, sendo 3 oficiais da Marinha, 4 do Exército 
e 3 da Aeronáutica, 3 advogados com mais de 10 anos de profissão e notável saber 
jurídico, 1 entre os juízes auditores e 1 entre o MP militar. È necessária aprovação, 
por maioria simples, em sabatina no Senado Federal. 
 
Justiça de 2º grau: 
Tribunais de Justiça. Integra a justiça comum de 2º grau e tem competência residual, ou 
seja, é competente para o julgamento de todas as causas que não sejam de competência de 
nenhuma das justiças especializadas nem da justiça federal. 
 
Tribunal Regional Federal. Integra a justiça comum, porém, sua competência se limita aos 
feitos onde haja interesse federal, assim definidos em lei. 
 
 
Tribunal Regional do Trabalho. Integra a justiça especializada, competente para processar e 
julgar os feitos relacionados a atividade laboral. 
 
 
Tribunal Regional Eleitoral. Integra a justiça especializada, competente para processar e 
julgar os feitos relacionados à atividade eleitoral. 
 
TST 
TSE 
STM 
TJ 
TRF 
TRT 
TRE 
Universidade Estácio de Sá Jurisdição Constitucional 
 
 
gloriagodoy26@hotmail.com Professora: Glória Godoy 
3 
Justiça de 1º grau: 
 
Juizados especiais Cíveis e Criminais. Integra a justiça comum, com competência para 
processar e julgar os feitos de menor complexidade até 40 salários mínimos e os crimes de 
menor potencial ofensivo. 
Turmas Recursais Cíveis e Criminais. Órgão revisor dos julgados dos juizados especiais. 
No entanto, não e órgão de 2º grau, mas integra a justiça de 1º grau. Não sendo 
considerado, ainda, órgão colegiado. 
 
Juiz de Direito. Órgão de 1º grau, integrante da justiça comum, responsável pelo primeiro 
julgamento dos feitos. 
 
 
Juizados especiais Federais. Integra a justiça comum, responsável por processar e julgar os 
feitos, onde haja interesse federal, de menor complexidade e de menor potencial ofensivo, 
assim definidos em lei. 
 
Turmas Recursais Cíveis e Criminais. Órgão revisor dos julgados dos juizados federias. 
Integra a justiça de 1º grau, não sendo considerado órgão colegiado. 
 
 
Juiz Federal. Órgão de 1º grau, integrante da justiça comum, responsável pelo primeiro 
julgamento dos feitos de competência federal. 
 
 
Vara do Trabalho. Integra a justiça especializada. Responsável por processar e julgar, em 
1º grau, os feitos de competência da justiça do Trabalho. 
 
 
Juiz Eleitoral. Integra a Justiça especializada. Responsável pelo processamento dos feitos e 
fiscalização da atividade eleitoral em 1º grau. 
 
Auditores Militares e Conselhos de Justiça Militar. Integram a justiça militar de 1º grau. 
Competente para processar e julgar os feitos relativos à Marinha, Exército e aeronáutica. A 
justiça Militar não possui órgão revisor de 2º grau. Militares do Corpo de Bombeiros 
Militar e Policiais Militares serão processados e julgados nos Conselhos Militares, órgãos 
da Justiça estadual. 
 
 
II) INDEPENDÊNCIA DO JUDICIÁRIO 
 Os integrantes do Poder Judiciário têm asseguradas algumas garantias, bem como impostas 
algumas vedações, que visam assegurar a imparcialidade dos julgados. 
 
A) GARANTIAS 
 
A.1) INSTITUCIONAIS 
 Asseguradas ao Poder Judiciário como um todo. Visam estabelecer equilíbrio entre os diferentes 
poderes constituídos. 
 
 
JEC 
TR 
JEC 
Juiz de 
Direito 
JEF 
TR 
JEF 
Juiz 
Federal 
Juiz do 
trabalho 
Juiz 
eleitoral 
Auditores 
Militares 
Universidade Estácio de Sá Jurisdição Constitucional 
 
 
gloriagodoy26@hotmail.com Professora: Glória Godoy 
4 
1. Autonomia orgânico-administrativa – art. 96 / CF. 
 A Constituição visa dar autonomia ao poder judiciário, por isso, ele é independente para eleger 
seus órgãosde direção, não ficando subordinado a nenhum dos outros dois poderes da República. Além 
disso, ele pode elaborar seu Regimento Interno e organizar sua estrutura administrativa. Este é o 
desempenho atípico da função administrativa pelo Poder Judiciário. 
 
 
2. Autonomia financeira – art. 99 caput / CF. 
 O Judiciário é independente para elaborar sua proposta de orçamento. Esta proposta é 
encaminhada em conjunto com a proposta do Poder Executivo, no entanto, o Executivo não interfere na 
proposta. 
 
A.2) INDIVIDUAIS ou FUNCIONAIS ou DE ÓRGÃOS 
 Asseguram a independência e a imparcialidade dos membros do Poder Judiciário, de forma 
individual. 
 
1. Vitaliciedade – art. 95, I / CF. 
 Adquirida após 2 anos de exercício no 1º grau de jurisdição. Após a vitaliciedade o juiz só 
perderá o cargo com sentença judicial transitada em julgado. 
 No entanto, os magistrados que ingressam no Poder Judiciário a partir do 2º grau de jurisdição já 
adquirem a vitaliciedade na posse. 
 OS ministros do STF e os integrantes do CNJ serão processados e julgados por crime de 
responsabilidade perante o Senado Federal (art. 52, II / CF). 
 
2. Inamovibilidade – art. 95, II / CF. 
 Após adquirir a vitaliciedade, o juiz somente poderá ser removido com seu próprio 
consentimento. Esta garantia visa evitar perseguições por sentenças desfavoráveis a determinados 
interesses. 
 Exceção: art. 93, VIII / CF – quando houver interesse público na remoção do magistrado, ele 
poderá ser removido, desde haja o voto da maioria do Tribunal ao qual está subordinado ou do CNJ. 
Esta exceção visa impedir que o magistrado exceda os limites do exercício da função. 
 
3. Irredutibilidade de subsídios – art 95, III / CF. 
 Assegura o valor nominal do subsídio, visando impedir que uma redução substancial nos haveres 
do magistrado possa levá-lo a julgados equivocados. Não se trata de garantir o valor real no subsídio, o 
que levar a garantia dos reajustes nos índices oficiais de inflação, mas somente do valor nominal. 
Assim, não se trata de privilégio pessoal de uma classe, mas uma garantia que visa atender a todos, 
através de julgados independentes. 
 
B) Vedações – art. 95 §ú / CF 
 Como todo rol restritivo de direitos, trata-se de rol taxativo. 
 - exercer outro cargo, mesmo estando em disponibilidade, que não seja de magistério; 
 - receber custas ou participação em processos; 
 - participar de atividade político-partidária; 
 - receber auxílios ou contribuições de pessoa física ou jurídica, pública ou privada; 
 - advogar no Juízo ou Tribunal que integrou antes de 3 anos do afastamento. 
 
 
 
 
Universidade Estácio de Sá Jurisdição Constitucional 
 
 
gloriagodoy26@hotmail.com Professora: Glória Godoy 
5 
IV) CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA 
 A Emenda Constitucional 45 instituiu o Conselho Nacional de Justiça. “Órgão de natureza 
exclusivamente administrativa. Atribuições de controle da atividade administrativa, financeira e 
disciplinar da magistratura” (ADI – 3.367, Rel Min. Cezar Peluso, 13.04.2005 DJ de 22.09.2006). 
 O CNJ não controla a função jurisdicional. Está sujeito ao STF, órgão máximo do Poder 
Judiciário em todos os aspectos. 
 As resoluções mais importantes do CNJ, até hoje, são a nº 7, que trata do nepotismo, e a nº 11, 
que apresenta a definição de atividade jurídica. 
 As decisões do CNJ são passíveis de controle pelo STF (art. 102, I, r / CF). 
 Os membros do CNJ respondem poderão ser julgados em crimes de responsabilidade perante o 
Senado Federal (art. 52, II / CF). 
 
OBS: O controle externo do Poder Judiciário já foi entendido, pelo STF, como inconstitucional, por 
ferir os art. 2º e 60, §4º, III, ambos da CF, ou seja, a separação e a independência dos poderes. Tal 
somente poderia se dar através do poder constituinte originário. 
 
V) STF 
- Histórico 
 Antes da vinda da Família Real para o Brasil, os feitos eram processados e julgados perante a 
Casa de Suplicação de Lisboa. Com a chegada ao Brasil D. João, através do Alvará Régio de 
10/05/1808, institui a Casa da Suplicação do Brasil, primeiro órgão de cúpula do Judiciário no Brasil. 
 Em 18/09/1828 foi criado o Supremo tribunal de Justiça, na fase monárquica. 
 Na República, em 11/10/1890, o Dec. 848 organizou o Supremo Tribunal Federal, efetivamente 
instalado em 28/02/1891. 
 A Constituição de 1988 institui o Superior Tribunal de Justiça, instalado em 07/04/1989. 
Mantém, ainda, o Supremo Tribunal Federal reservando-lhe a função de órgão máximo do judiciário, 
bem como, a guarda e defesa da Constituição. 
 
- Competência 
 O art. 102 da CF estabelece a competência do STF. Então, temos, separadas pelos incisos: 
I. Competência originária, Princípio da reserva legal de competência originária. 
 Ações que iniciam, que são propostas, diretamente no STF. De modo geral são as ações de 
controle concentrado de constitucionalidade, as que têm a competência fixada pela prerrogativa de 
função, e as que envolvem Estado estrangeiro ou as que podem vulnerar o pacto federativo. 
 
II. Competência recursal. 
 Apenas nos crimes políticos ou quando, nos remédios constitucionais originários em um dos 
Tribunais superiores, este denegar a ordem. 
 
III. Competência extraordinária. 
 Quando, em regra geral, o STF atua como Corte Constitucional, analisando o ordenamento 
jurídico. Neste caso, o requerente deverá demonstrar a repercussão geral da questão constitucional e o 
STF só poderá recusá-lo pelo voto de 2/3 de seus membros.

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