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APOSTILA 1 OS PRINCIPAIS PRECURSORES DA ADMINISTRAÇÃO

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APOSTILA 1 – ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS – PROFESSORA RENATA DOS 
ANJOS MELO 
OS PRINCIPAIS PRECURSORES DA ADMINISTRAÇÃO 
Os principais precursores da Administração foram dois engenheiros, o primeiro FREDERICK 
WINSLOW TAYLOR (1856-1915) americano, que desenvolveu a ESCOLA DA 
ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA, com o objetivo principal de aumentar a eficiência da 
indústria através da racionalização do trabalho e o segundo, HENRI FAYOL (1841-1925), 
francês, que desenvolveu a ESCOLA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO, tendo em vista 
aumentar a eficiência da empresa através da organização e da aplicação de princípios gerais 
da administração. 
Outro importante precursor foi HENRY FORD (1863-1947), norte-americano, aos 13 anos 
produziu seu primeiro automóvel e aos 40 anos fundou, em Detroit, EUA, a FORD MOTOR 
COMPANY, tornando-se ao invés de fazendeiro, como queriam seus pais, um industrial. 
O interessante é que apesar destes precursores jamais terem se encontrado, 
"complementam-se", como se tivessem tido algum contato, salvo alguns pontos de vista 
antagônicos. 
FREDERICK WINSLOW TAYLOR 
Nascido em 1856 e falecido em 1917, Frederick Winslow Taylor foi o pai da gestão científica 
do trabalho e o precursor do estudo do tempo e do movimento. Iniciou a sua carreira na 
companhia de aço Midvale Steel Works como operário, tornando-se mais tarde engenheiro-
chefe. Depois foi consultor na Bethlehem Steel Works de Pittsburgh, onde realizou as suas 
famosas experiências. Fanático da medição dos tempos acreditava que desse modo podia 
melhorar a eficiência produtiva. A máxima de Taylor era de que só havia uma melhor maneira 
de desempenhar uma tarefa, pelo que cabe aos gestores fazerem a supervisão do trabalho, 
recompensando ou punindo as pessoas de acordo com o seu desempenho. Logo, as duas 
funções básicas do gestor são planear e controlar. 
Taylor iniciou suas experiências e estudos pelo trabalho do operário e, mais tarde, 
generalizou as suas conclusões para a Administração geral: sua teoria seguiu um caminho 
de baixo para cima e das partes para o todo. 
O primeiro período de Taylor corresponde à época da publicação do seu livro Shop 
Management (Administração de Oficinas) (1903) onde se preocupa exclusivamente com as 
técnicas de racionalização do trabalho do operário, através do Estudo de Tempos e 
Movimentos (MotionTime Study). 
O segundo período de Taylor corresponde à época da publicação de seu livro Princípios da 
Administração Científica (1911), quando concluiu que a racionalização do trabalho operário 
deveria ser logicamente acompanhada de uma estruturação geral da empresa e que 
tornasse coerente a aplicação dos seus princípios. Nesse segundo período, desenvolveu os 
seus estudos sobre a Administração geral, a qual denominou Administração Científica, sem 
deixar contudo sua preocupação com relação à tarefa do operário. 
ADMINISTRAÇÃO COMO CIÊNCIA 
Para Taylor, os elementos da Administração Científica são: 
1. estudo de tempo e padrões de produção; 
2. supervisão funcional; 
3. padronização de ferramentas e instrumentos; 
4. planejamento das tarefas; 
5. o princípio da exceção; 
6. a utilização da régua de cálculo e instrumentos para economizar tempo; 
7. fichas de instruções de serviço; 
8. a ideia de tarefa, associada a prêmios de produção pela sua execução eficiente; 
9. sistemas para classificação dos produtos e do material utilizado na manufatura; 
10. sistema de delineamento da rotina de trabalho. 
No início sua preocupação era tentar eliminar o desperdício e das perdas sofridas pelas 
indústrias americanas e elevar os níveis de produtividade através de métodos e técnicas de 
engenharia. Ele utilizava técnicas que eram centradas do operário para a direção, através 
do estudo de tempos e movimentos, da fragmentação das tarefas e na especialização do 
trabalhador reestruturava a fabricação e com os conceitos de gratificações por produção 
incentivava o operário a produzir mais. 
Só que não adiantava racionalizar o trabalho do operário se o supervisor, o chefe, o gerente, 
o diretor, continuavam a trabalhar dentro do mesmo empirismo anterior. 
Contudo a Administração Científica tinha diversos defeitos dentre eles: o mecanicismo de 
sua abordagem (teoria da máquina), a superescalização que robotiza o operário, a visão 
microscópica do homem tomando isoladamente e como parte da maquinaria industrial, a 
ausência de qualquer comprovação científica de suas afirmações e princípios, a abordagem 
incompleta envolvendo apenas a organização formal, a limitação do campo de aplicação à 
fábrica, omitindo o restante da vida de uma empresa, a abordagem eminentemente 
prescritiva e normativa e tipicamente de sistema fechado. 
Mesmo assim, essas limitações e restrições não apagam o fato de que Administração 
Científica foi o primeiro passo concreto da Administração rumo a uma teoria administrativa 
Foi Taylor que implantou diversos conceitos que até hoje o utilizamos na Administração isso 
fica explícito no parágrafo de Administração Como Ciência. 
 
HENRI FAYOL 
Henri Fayol, o fundador da Teoria Clássica da Administração, nasceu em Constantinopla, 
formou-se engenheiro de minas aos 19 anos e entrou para uma companhia metalúrgica e 
carbonífera, onde desenvolveu toda a sua carreira. Aos 25 anos foi nomeado gerente das 
minas e aos 47 assumia a gerência geral da “Compagnie Commantry Fourchambault et 
Decazeville”, que no momento se encontrava em situação difícil. Em 1918 transmitiu a 
empresa ao seu sucessor, dentro de notável estabilidade. 
Fayol expôs sua Teoria de Administração em seu famoso livro “Administration Industrielle et 
Générale”, publicado em Paris em 1916. Exatamente como Taylor, Fayol empregou seus 
últimos anos de vida à tarefa de demonstrar que, com previsão científica e métodos 
adequados de gerência, resultados satisfatórios eram inevitáveis. Assim como nos Estados 
Unidos a Taylor Society foi fundada para divulgação e desenvolvimento de sua obra, na 
França o ensino e o desenvolvimento da obra de Fayol deram motivo à fundação do Centro 
de Estudos Administrativos. 
As funções da empresa são repartidas em seis: 
1. Funções Técnicas, relacionadas com a produção de bens ou de serviços da empresa; 
2. Funções Comerciais, relacionadas com a compra, venda e permutação. 
3. Funções Financeiras, relacionadas com a procura e gerência de capitais. 
4. Funções de Segurança, relacionadas com a proteção e preservação de bens. 
5. Funções Contábeis, relacionadas com os inventários, registros, balanços, custos e 
estatísticas. 
6. Funções Administrativas, relacionadas com a integração da cúpula das outras cinco 
funções. As funções administrativas coordenam e sincronizam as demais funções da 
empresa, pairando sempre acima delas. A função Administrativa engloba as funções 
universais da Administração que são: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. 
Essas funções também se estendem nas outras cinco esferas como uma técnica para 
estruturar a empresa. 
Para Fayol a empresa é analisada em uma estrutura de cima para baixo. 
Sua visão é mais gerencial com resultados finais na produção enquanto que a visão de 
Taylor é na produção e no operário para resultados na quantidade produtiva. 
Fayol complementa a Administração Científica com a Teoria Clássica. 
HENRY FORD 
Henry Ford nasceu no dia 30 de Julho de 1863, no estado do Michigan (EUA). Era filho de 
imigrantes irlandeses, William e Mary Ford, que se tinham fixado numa quinta em Dearborn. 
Aos 16 anos, Henry Ford, que não gostava nem da escola, nem de ajudar o pai nos trabalhos 
manuais de campo, por pensar que essas tarefas se podiam fazer mecanicamente com 
vantagem sobre todos os pontos, partiu para Detroit à procura de emprego. Começou a 
trabalhar como aprendiz numa oficina, onde aprendeu tudo acerca do motor de combustão 
interna.Após alguns anos, Henry voltou para casa, e para além de ajudar na lavoura da 
família trabalhava em part-time (um emprego part-time nada mais é que um emprego com 
horários reduzidos e, portanto, benefícios e salários também menores) na WestingHouse 
Engine Company. Com espírito aventureiro e independente, acabou a consertar motores e 
máquinas. Casou em 1888 com Clara Bryant. Anos mais tarde, Henry e sua mulher 
mudaram-se para Detroit, onde Henry foi nomeado engenheiro chefe da Detroit Edison 
Company, onde viria a ser a General Electric. O cargo obrigava a Henry estar 24 horas por 
dia trabalhando, mas ao mesmo tempo dava-lhe a oportunidade de fazer experiências, na 
medida em que se tornou colaborador direto e amigo íntimo do seu patrão, Thomas Edison. 
Entretanto, Henry Ford já tinha tentado construir veículos movidos a gasolina e carruagens 
motorizadas até conseguir que o seu primeiro veículo estivesse completo. Durante os anos 
que se seguiram, Ford continuou tentando melhorar o motor dos seus veículos. Em 
complemento, construiu um carro de corrida que ele próprio conduzia. Em 1903 produziu um 
automóvel que estava pronto para ser introduzido no mercado e, a essa altura, não tendo 
capital próprio, fundou a Ford Motor Company com a estratégia de arranjar o capital 
necessário com o dinheiro dos cidadãos de Detroit. Em 1908 introduziu no mercado o famoso 
Model T, cujo projeto inicial havia começado 19 anos atrás a ser concebido e construído. Foi 
aí que foi construído o primeiro carro feito em série. Pouco tempo depois da formação da 
Ford Motor Company, Henry Ford foi ameaçado pela Associação dos Fabricantes de 
Automóveis. Após anos de luta em tribunais, Ford ganhou o caso em 1911, acabando com 
o monopólio e assim viabilizando que outros pudessem tornar-se construtores do ramo 
automóvel. Devido à sua avançada tecnologia de produção, Ford conseguiu que o seu 
Modelo T fosse comercializado com sucesso. A fábrica da Ford Motor Company, em 
Highland Park, no Michigan, introduziu a primeira linha de montagem em 1913, reduzindo 
drasticamente o tempo gasto na montagem dos veículos. Instituiu igualmente o salário 
mínimo de US$5,00 diários, o que, segundo Ford, fez aumentar significativamente a 
produção. Em 1926, Ford começou a perder vendas para o seu principal concorrente, a 
General Motors, porque o Model T estava ultrapassado. As fábricas Ford fecharam durante 
cinco meses, após Henry Ford introduzir o Model V8, que apesar de ter tido algum sucesso, 
foi ultrapassado pela General Motors e pela Chrysler. Apesar do filho Edsel Ford ter sido 
nomeado presidente em 1919, o pai continuava com o controle total da Companhia. O seu 
filho Edsel morreu em 1943 e Henry Ford voltou ao cargo de presidente. Contudo, já tinha 
sofrido dois enfartes e, dois anos mais tarde, passou o cargo de presidente para o neto, 
Henry Ford II. Henry Ford faleceu no dia 7 de Abril de 1947. 
Através de suas experiências na indústria, abandonou a ideia de altos lucros, administrando 
seus negócios com os seguintes princípios: 
1. O ciclo de produção começa no consumidor; 
2. Um produto deve satisfazer as necessidades, e seu preço deve permitir a sua 
aquisição do maior número de consumidores; 
3. Bons salários aumentam o poder de compra, expandindo o mercado de consumidor; 
4. Pequenos lucros, grandes vendas; 
5. Produção em série permite a diminuição de custos.

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