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Ciência Política é uma ciência relativamente nova iniciada entre o séculos XVII e XIX, que trata de temas que se relacionam com o poder, a política, as formas de governo, etc... Politica: Algo essencial para a vida em sociedade. A tradição grega exerci grande influência sobre o contexto político: o homem da polis (cidade). A política também é pautada por critérios como: justiça, bom governo, condições pelas quais seja possível atingir o bem comum; ou seja, como o caminho para a “vida boa”, vida harmoniosa, ser feliz (Aristóteles), útil à comunidade. Para Aristóteles “ O homem é um animal político” Kant e Rawls são filósofos que abordam a política não como uma forma de formar o caráter moral dos cidadãos, mas sim propiciar o respeito, à liberdade de escolha dos seus próprios bens, valores e finalidades, concedendo igual liberdade aos demais para fazer o mesmo. A politicagem é uma forma corrompida de se fazer política que vai de encontro aos conceitos éticos e filosóficos correspondentes ao termo Política e seus princípios. Características essenciais da Política: - Finalidade coletiva. Tudo aquilo que diz respeito à relação entre os cidadãos e seus governantes, desde que essa relação tenha uma finalidade. - Atividade feita necessariamente em conjunto. - Interação. Perspectivas: - Ideias de divergência. - Ideias de busca ao bem comum/cooperação. “Participação da coletividade em relação ao seu próprio destino. ” A política é, assim, o campo social no qual as posições divergentes entram em confronto, de maneira exteriorizada, por meio do uso do discurso político, da linguagem, que busca a maior adesão possível junto àqueles que possuem o poder de decidir e transformar esta proposição em uma decisão política. Campos que se relacionam com Política: - De que maneira o poder é exercido. - Qual a sua natureza. - Qual a sua atividade. - Qual relação estabelece entre uso e justificativa. Poder: “Conciste na habilidade de os indivíduos ou grupos fazerem valer os próprios interesses ou as próprias preocupações, mesmo diante da resistência de outras pessoas” Anthony Giddens - Uso de força – forma ilegítima - Uso do consenso – forma legítima O filosofo francês Francis Wolff, um ardoroso defensor da democracia, afirmou que um de seus alvos no estudo da política é exatamente o apolitismo. Em sua opinião “o desinteresse dos cidadãos pela política ameaça à democracia ao fomentar entre outros males a ação do que se chama de políticos profissionais. ” Discurso político Todo discurso é um discurso de poder: todos buscam impor a verdade sobre um tema específico. - Ciência. - Moral. - Ético. - Comportamento. Características do discurso político: - Caráter argumentativo. - Caráter persuasivo. - Pretensão em expressar uma fala coletiva. - Bem comum/ interesse geral. Persuadir a intensão de impor uma opinião, sempre com o propósito de obter o máximo de admiração ou aprovação. Argumentação deve envolver, portanto, raciocínio, eloquência, sedução, afetos e sentimentos. Componentes do discurso Logos: - Convicção - Raciocínio - Intelecto Pathos: - Sentimento / Afeto - Emocional Ethos: Ênfase na virtude do caráter do orador: Dignidade, Confiança, Credibilidade. Origem do estado Definição: Definido a partir de sua evolução histórica, mas, também de sua finalidade, da razão de sua existência; o conceito de Estado comporta as noções de povo, nação, governo, mas não se confunde com elas. Estado é a forma institucionalizada de relação entre governo e governados e seus mecanismos de poder e todas as instituições que comportam o meio social. “Todos os Estados, todos os domínios que têm tido ou têm império sobre os homens são Estados, são Repúblicas ou principados”. (Maquiavel) Objetivamente, o Estado é uma forma de organização do poder político, sobre tudo, que vai se construindo na Europa, aproximadamente a partir do século XIII. Elementos do estado - Território próprio e independente - Povo - Governo - Instituições Políticas, jurídicas, administrativas, econômica, policiais. Teorias de origem do estado - Naturalista - Contratualista Teoria Naturalista, a sociedade é um fato natural. Precursor Aristóteles. “ O homem é, por natureza, um animal social. “ Ou seja, é a sua natureza que o leva a política. - O Estado é uma instituição natural que decorre da natureza Humana. - A cidade precede a família e até mesmo o indivíduo, pois responde ao instinto natural do ser humano. - A sociabilidade natural do homem é a regra, sendo praticamente impossível a escolha pessoal pela vida reclusa. A Teoria Naturalista exerce, grande influência sobre a teoria do Estado, possuindo grande número de adeptos e, também, exercendo influência na vida concreta do Estado. Teoria Contratualista O Estado nasce a partir de um contrato entre os homens que os tira do estado de natureza. O Estado de natureza, antecede à constituição da sociedade, é a ausência da sociedade. O entendimento do estado de natureza e a razão do surgimento do Estado que foram pensados de maneira distinta pelos filósofos: Thomas Hobbes, John Locke e Jean Jacques Rousseau. Hobbes é um pessimista. Ele diz que os homens no estado natural são pessoas de má índole, egoístas, vis e cruéis, propensas a guerra e fazem o que for necessário em termo de violência para alcançar o seu direito. Para Hobbes o homem no estado de natureza é livre, porém mal, egoísta e corrupto. Vive em constante luta, conflito e guerra. Não exita em fazer o mal se isso lhe traz algum benefício. “O homem é lobo do próprio homem. ” Para Hobbes o contrato social evita esse estado de conflito e guerra, estabelecendo entre os homens um acordo, escolhendo um soberano para governa-lo. Soberano com poderes absolutos – Absolutismo. No absolutismo, os homens abdicam, assim, da sua liberdade em troca da ordem social. - O Soberano não deveria dividir o poder com ninguém. - Exerce todas as funções executiva, legislativa e judiciaria. - O povo em nenhum aspecto participa do poder. - Estado: Leviatã (um monstro acima do povo) John Locke é um dos pais do liberalismo. Para Locke, no estado natural o homem vive relativamente bem pacificamente, mas importante é entender o que Locke diz sobre os direitos naturais do homem: Liberdade, Igualdade e direito de propriedade privada. Em algum momento algo se desregula, algo deixa de funcionar no estado de natureza e aí surge a necessidade da criação do Estado. Para Locke o Estado surge para garantir os direitos do estado natural. A vida sem um governo seria possível, desde que todos obedecessem à lei natural “Lei de Deus”. Como não há garantia de que todos obedecerão, surge o contrato social ou o Estado. O estado surge pelo consentimento dos homens na necessidade de um contrato que garante os direitos naturais. À legitimidade do Estado se dá pelo consentimento do povo, ao contrário do pensamento Hobesiano que não admite a participação do povo. Locke pensa em um Estado caracterizado pelo individualismo e a monarquia constitucional. Jean Jacque Rousseau, parte da premissa filosófica da bondade natural do homem. Ele defende que tudo que corrompe o homem, foi tudo que foi criado pelo meio social a partir do surgimento do Estado e do Contrato Social. Com o Estado o conflito entre humanidade e cidadania no homem se dá concretamente numa sociedade que é marcada pela desigualdade e pela miséria de muitos. Tal desigualdade é de exclusiva responsabilidade dos homens, sendo eles, responsáveis por eliminar, pedagogicamente e politicamente. Estado de natureza, espaço privilegiado da ação humana. Homem livre da ganância e do egoísmo. Mas algo se desequilibra: o Estado surge desse momento: da atitude perturbadora e corrompida do equilíbrio natural do homem: a criação da propriedade privada. Para Rousseau a propriedade privada é a origem da desigualdade e que a sociedade que surge a partir disso, sendo o Estado responsável por garantir a propriedade privada. Ele não tem uma visão otimista do Estado e defende a criaçãode um Estado novo que além de garantir a propriedade privada, garanta os princípios básico do estado de natureza. Casos concretos Casos Concretos Ciência Política. Semana 1 Como vimos, em Hobbes, o contrato social faz com que os indivíduos abdiquem de sua infinita liberdade e a entreguem a um soberano, que deve garantir suas vidas e uma ordem social segura. Com este acordo, segundo Hobbes, está criada a sociedade e também o Estado. Neste sentido, pergunta-se: a) Quais as finalidades do Estado na visão de Hobbes? Representar os cidadãos que atribuíram os seus direitos para que o Estado organizasse sua convivência, assegurar a ordem e garantir a segurança de todos, ser única fonte e origem de onde emanam leis. Semana3 Na visão de Locke e Rousseau os homens são completamente livres conforme a sua natureza, pelo que são criaturas marcadas pela bondade. Sendo certo que com o surgimento da propriedade o homem abandona a sua condição natural, pode-se afirmar que a propriedade surge da mesma forma e tem os mesmos efeitos na formação do Estado para ambos os autores? Não, para Locke, a propriedade é o fruto do crescimento da população, o homem se vê obrigado a constituir a propriedade sob pena de perecer. já para Rousseau, a propriedade tem origem voluntariamente por um ato de liberdade do homem que decidiu constitui-la, não precisava para sua sobrevivência, mas preferiu assim. Semana 4 Considerando a possibilidade das ilhas de Fernando de Noronha deixarem de compor o território brasileiro, é certo que a extensão territorial brasileira será alterada. Com a dita alteração, o mar territorial e o espaço aéreo sofrerão algum tipo de impacto? Se a ilha de Fernando de Noronha deixasse de compor o território brasileiro, ocorreria significativa redução do território da ilha, o mar territorial que deixaria de ter computado as 12 milhas a partir da ilha, como também o espaço aéreo sobre o mar territorial e o da própria ilha. Semana 5 Paulo, refugiado de guerra, já vive no Brasil acerca de 20 anos, já tem todos os documentos Brasileiros, já constituiu a sua família (com mulher e um casal de filhos) tem emprego fixo, mas não pensa em se naturalizar brasileiro. Quando questionado a esse respeito, ele afirma ser grato ao Brasil, mas que não se sente brasileiro. Diante do caso de Paulo, é possível identificar uma distinção entre o conceito de povo e o conceito de nação? Sim, o conceito de povo está relacionado ao vínculo da nacionalidade entre a pessoa e o Estado, a nação refere-se a uma coletividade real que se sente unida pela origem comum, laços linguísticos, culturais ou espirituais, por interesses, ideais e aspirações comuns, que também não é o caso de Paulo, logo, ele não pertence nem ao povo nem a nação, apenas faz parte da população. Semana 6 O conceito de soberania é teoricamente bastante complexo e tem variado no decorrer do tempo, suscitando uma grande quantidade de acepções conceituais. Podemos, de qualquer forma, extrair que se trata de um termo que designa o poder político no Estado Moderno estando expresso em praticamente todas as constituições modernas. A Constituição brasileira tem alguns dispositivos (no caso os art. 4º e 14) que fazem tal referência, senão vejamos: Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: I - independência nacional; (...) III - autodeterminação dos povos; IV - não-intervenção; V - igualdade entre os Estados; (...) Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I - plebiscito; II - referendo; III - iniciativa popular. (...)? (grifo nosso) Diante do acima exposto, pergunta-se: a) Diante do que está expresso no Art. 4º da Constituição Federal, é possível afirmar que o Brasil deve considerar que a soberania sempre exterioriza a supremacia estatal? Não está correta tal afirmativa, considerando que a soberania apresenta reflexos interna e internacionalmente diante de outros soberanos, a relação é de igualdade e coordenação, já internamente a soberania burla a supremacia estatal, quando é reconhecida como o poder maior existente em um Estado que não encontra nenhum outro que possa resistir, englobando todos os demais. Semana 7- Considere a hipótese: O Premier da Alemanha propõe que a Comunidade Europeia se transforme em uma federação enquanto que o Premier da França contrapropõe que ela se transforme em uma confederação. Ambos querem estabelecer um vínculo jurídico, entre aqueles estados europeus, mais forte que o Tratado de Maastrich. Do ponto de vista da natureza dos vínculos jurídicos propostos, o que os diferenciaria? Enquanto que a federação é formada por uma constituição, a confederação é formada por um tratado internacional, na confederação os Estados mantêm sua soberania, enquanto que na federação, os Estados abrem mão da sua soberania e passa a ter somente autonomia política e administrativa. Além disso, a confederação admite secessão e a federação não. Semana 8 Após superar uma ditadura e iniciar um processo de redemocratização determinado país “P” resolve elaborar uma nova constituição. Embora estivesse definido que se organizariam pela via federativa, houve uma divisão política quanto à forma de governo a ser assumida: por um lado, os mais tradicionalistas requerendo o retorno à monarquia que deu origem ao surgimento do país no Século XVIII; e, por outro lado, os que defendem uma república de viés democrático, evitando estabelecer qualquer resquício Personalista ao poder. A disputa se acirra e o representante da Família Real, figura carismática e bastante conhecido entre a população local, percebendo que os constituintes estão inclinados a estabelecer a forma de governo republicana, passa a defender que a constituição preveja uma forma monárquica com eleições para rei, sendo que o eleito deve governar com mandato fixo de seis anos, além de responder politicamente pelos seus atos. Pergunta-se: a) A proposta do representante da família real faz algum sentido sob a perspectiva da teoria política atualmente estudada? b) A Constituição brasileira de 1988 permitiria uma modificação (emenda constitucional) com a finalidade de alterar a forma de governo republicana pela forma monárquica? Pesquise e responda. A) não, porque as características de uma monarquia são de hereditariedade, vitaliciedade e irresponsabilidade política. B) Sim, a Constituição Federal não classifica a forma de governo como cláusula pétrea, a que possibilita a sua alteração por meio de emenda constitucional, desde que seja através de plebiscito. Semana 9 Leia a notícia abaixo, divulgada em http://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2015/06/cunha-defendedebate-para-trocar-presidencialismo-por-parlamentarismo.html. (29/06/2015) Cunha defende debate para trocar presidencialismo por parlamentarismo. Para presidente da Câmara, sistema presidencialista está em 'crise'. Ele citou que, no parlamentarismo, chefe de governo pode ser destituído.(Nathalia Passarinho - Do G1, em Brasília) O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), defendeu nesta segunda-feira (29), em visita à Assembleia Legislativa de Manaus, que o Brasil debata a possibilidade de mudar o atual sistema presidencialista pelo parlamentarismo- sistema pelo qual o chefe de governo (primeiro-ministro) é eleito pelo parlamento e pode ser destituído antes do término do mandato (...). Nós vivemos uma crise de presidencialismo. Uma crise na qual, se o sistema fosse parlamentarista, seria muito mais fácil de ser resolvida. O presidencialismo implica que você elege o governante e depois só na próxima eleição você tem condições de rever sua posição", disse. (...) Diante da reportagem acima apresentada, procure responder as seguintes questões: a). Por que razão o Presidente da Câmara afirmou que no sistema parlamentarista o Primeiro-Ministro pode serdestituído antes do término do mandato? b). Estaria correta a afirmação do Presidente da Câmara quando afirma que no presidencialismo ao se eleger o governante, somente na eleição seguinte o povo teria condições de rever sua posição? Pesquise e responda de forma fundamentada. c) O que é o recall? O Brasil adota este instituto? A) Porque no Parlamentarismo há responsabilidades, isto é, o primeiro ministro pode ser destituído por má gestão, ainda que não cometa qualquer tipo de crime, apenas pelo voto de desconfiança. B) Sim, a única possibilidade do presidente ser destituído é por meio de impeachment, nos casos de crimes políticos, uma vez que este possui mandato fixo. C) É um instrumento jurídico na democracia direta ou participativa, que consagra o decreto de revogação da representação política antes do término do mandato em caso de erro de escolha no período eleitoral, não é adotado no Brasil. Criado nos EUA. Ocorre através de requerimento assinado por um quórum mínimo de eleitores, contestando o mandato.
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