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Dimensionamento de Instalações Hidráulicas de Combate a Incêndio

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CENTRO UNIVERSITÁRIO GERALDO DI BIASE
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL ROSEMAR PIMENTEL
PRÓ-REITORIA (...)
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS, DA TERRA E ENGENHARIAS – ICETE
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS DE COMBATE E PREVENÇÃO A INCÊNDIO
Nome do Aluno
Barra do Piraí, 2017
INTRODUÇÃO
Inicialmente, o fogo intimidou o homem devido à falta de controle, porém mais tarde se tornou um elemento essencial ao desenvolvimento tecnológico. Na pré-história, o homem começou a dominá-lo e a utilizar o fogo para as mais variadas atividades, dando seu primeiro passo em direção às grandes conquistas, desenvolvendo também práticas de prevenção e combate a incêndios. Atualmente, passado milhares de anos, o fogo continua como uma ferramenta poderosa em nosso cotidiano. Entretanto, de tempos em tempos, normalmente por descuido, ainda age como agente destrutivo de bens materiais e de vidas, passando a ser chamando de incêndio (BAGETTI, 2015; GOMES, 2014; BECKER, 2014).
Visando se proteger, ao longo dos anos uma série de medidas foram sendo adotadas, juntamente com o desenvolvimento de novos equipamentos e novas legislações com constantes atualizações, tornando-as casa vez mais exigentes. Infelizmente, o início da preocupação com relação à segurança nas edificações em geral deu-se após grandes incêndios em prédios, como o das Lojas Americanas (1973) e das Lojas Renner (1976) em Porto Alegre, dos edifícios Andraus (1972) e Joelma (1974) em São Paulo e, mais recentemente, na Boate Kiss (2013) em Santa Maria, que causaram inúmeras perdas de vidas humanas, patrimônios e materiais (GOMES, 2014; BECKER, 2014). Indústrias e instalações já existentes estão tendo que investir para cumprir e atender as exigências, já quando se trata de uma nova construção, os projetos de proteção e combate a incêndio devem ser considerados e tratados com a mesma atenção dos demais projetos da construção, buscando atender todas as normas e recomendações necessárias (BAGETTI, 2015).
Para cada tipo de edificação existe uma proteção mínima recomendada, tudo depende do tipo de construção ou instalação, e qual será a ocupação e utilização do ambiente, muitas vezes essa proteção é mal projetada, pois dependendo do tipo de proteção necessária o custo se torna elevado, e os proprietários acabam por não investir na proteção adequada. Vale a pena ressaltar a importância da manutenção do sistema de combate a incêndio, pois não adianta existir um sistema instalado, bem dimensionado, e na hora que for necessário a utilização do mesmo, ele não atuar de forma eficiente (BAGETTI, 2015).
Tem-se atualmente uma enorme quantidade e variedade de normas e leis que devem ser cumpridas, tanto em nível federal como estadual e mesmo municipal, sobre os mais variados tipos de edificações, que detalham todos os equipamentos necessários, condutas no momento do incêndio, manutenção, bem como cuidados especiais já na elaboração de projetos e construção. E é nesse momento que entra a nossa contribuição para a sociedade como profissionais, quando se assume a responsabilidade de organizar todo o Projeto de Prevenção e Combate à Incêndio (PPCI), com toda a sua abrangência, buscando ao máximo prevenir qualquer incidente e, no caso do mesmo ocorrer, minimizar as perdas materiais e evitar as humanas (GOMES, 2014).
No entanto, vale salientar que a consciência da importância da prevenção de incêndios não deve ser apenas dos profissionais ligados à área, como arquitetos, engenheiros, bombeiros e profissionais da saúde, mas ser inerente a todos, sendo vitais campanhas com ênfase em conhecimentos básicos (os riscos do fogo, os perigos de brincadeiras com fogos de artifícios e balões, riscos elétricos, riscos dos produtos químicos domésticos, entre outros) e treinamento básico (uso correto de extintores, mangotinhos, formas de propagação do fogo, procedimento de emergência, rotas de fuga, etc.) (GOMES, 2014).
O presente trabalho teve como objetivo estudar as instalações hidráulicas preventivas de combate a incêndio. 
DEFINIÇÃO DE FOGO
O fogo é o resultado de uma reação química, denominada combustão, que se caracteriza pelo desprendimento de luz e calor. Essa reação de combustão só acontece se houver a presença simultânea de três elementos essenciais, em suas devidas proporções: combustível, calor e um comburente (oxigênio do ar). Esses elementos formam a clássica figura do Triângulo do Fogo (Figura 1).Figura 1: Triângulo do Fogo
Combustível
É o elemento que, ao mesmo tempo em que alimenta o fogo, serve de campo de propagação para o mesmo. São todas e quaisquer substâncias sólidas, líquidas ou gasosas que, após atingir uma temperatura de ignição, combinem quimicamente com outra, gerando uma reação exotérmica, liberando calor e luminosidade. Os materiais orgânicos são todos combustíveis. Já os inorgânicos apenas alguns. A combustibilidade de um corpo depende de sua maior ou menor facilidade de combinação com o oxigênio, sob ação do calor.
Comburente 
Trata-se do oxigênio existente no ar atmosférico. É o elemento ativador do fogo, que dá vida às chamas e intensifica a combustão, tanto que em ambientes pobres em oxigênio o fogo não tem chamas e em ambientes ricos em oxigênio as chamas são intensas, brilhantes e de altas temperaturas. Normalmente, o oxigênio está presente no ar a uma concentração de 21%. Quando esta concentração é inferior a 15%, não haverá combustão.
Calor
É o elemento que serve para dar início ao fogo, para mantê-lo e incentivar sua propagação. Pode ser resultado da ação da luz solar, queda de meteoros, raios, curtos-circuitos em redes elétricas ou mesmo de descuidos humanos, como pontas de cigarros, aparelhos aquecedores, velas acesas, fósforos, etc.
Essa representação mais famosa do fogo pelo triângulo nada mais é do que uma representação didática. Na realidade, existe ainda um quarto elemento, sem o qual o fogo não se mantém: a reação química em cadeia. Portanto, uma representação mais adequada é a do Quadrado ou Quadrilátero do Fogo (Figura 2).Figura 2: Quadrado ou Quadrilátero do Fogo
Reação Química em Cadeira
É do que a transferência de energia de uma molécula em combustão para outra intacta. Os combustíveis, após entrarem na fase de combustão, geram mais calor. Esse calor vai gerar o desprendimento de mais gases combustíveis que, novamente, combinados com o oxigênio do ar, darão continuidade à reação de combustão. Deste modo, tem-se uma reação em cadeia, com uma transformação gerando outra transformação [5].
Métodos de Extinção do Fogo
Como citado anteriormente, a condição imprescindível para ocorrer o surgimento do fogo é a união dos elementos combustível, oxigênio e calor. A extinção se dá quando se elimina um desses elementos ou se interrompe o processo de reação química em cadeia, impedindo que o fogo continue. Têm-se quatro métodos básicos de extinção.
RESFRIAMENTO
Consiste em retirar ou diminuir o calor do material incendiado, até o ponto em que não libere mais vapores que reajam com o oxigênio, impedindo o avanço do fogo. É o processo mais usado. Exemplo: uso de água [5,7].
ABAFAMENTO
Consiste em impedir ou diminuir o contato do oxigênio com o material combustível. Não havendo concentração suficiente de comburente no ar para reagir (concentração de O2 < 15%) não haverá fogo. Exemplos: cobertura total do corpo em chamas, fechamento hermético do local, emprego de areia, terra, etc. Como exceções, existem materiais que possuem oxigênio em sua composição, como os peróxidos orgânicos e a pólvora [5, 7].
ISOLAMENTO
Consiste na retirada, diminuição ou interrupção do material (combustível) não atingido pelo fogo, com suficiente margem de segurança, para fora do campo de propagação do fogo. Exemplos: interrupção de vazamento de um liquido combustível, realização de aceiro em incêndios florestais, retirada manual do material, fechamento de válvula de gás, etc [5, 7].
INTERRUPÇÃO DA REAÇÃO QUÍMICA EM CADEIA
Consisteem utilizar determinadas substâncias que têm a propriedade de reagir com algum dos produtos intermediários da reação de combustão, evitando que esta se complete totalmente. Pode-se impedir que materiais combustíveis e comburentes se combinem colocando-se materiais mais reativos e menos exotérmicos na queima. Exemplos: bicarbonato de sódio, bicarbonato de potássio, etc.
Conceitos de Incêndio
Pela NBR 13860, tem-se que: “incêndio é o fogo fora de controle”. Pela Internacional ISO 8421-1, tem-se que: “incêndio é a combustão rápida disseminando-se de forma descontrolada no tempo e espaço”.
Sabe-se que sempre será um dever dos profissionais da engenharia prevenir e lutar contra aquilo que ameaça bens materiais e vidas.
Como resultado da queima de combustíveis, o incêndio produz:
gases;
chamas;
calor;
fumaça.
Todas estas substâncias são altamente prejudiciais e ameaçadoras da saúde humana, podendo provocar queimaduras, irritação nos olhos e lesões ao aparelho respiratório decorrente dos gases liberados (monóxido de carbono, amoníaco, etc.) [5].
MÉTODOS DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO
A proteção contra incêndio junta prevenção, combate a incêndio, salvamento e proteção. A prevenção de incêndio é a ciência que estuda todas as medidas planejadas antes de ocorrer um incêndio, com vistas a evitar ou minimizar os efeitos deste.
Existem dois métodos de proteção contra incêndio, são eles: proteção passiva e proteção ativa.
Proteção Passiva
É a que faz parte do projeto. É implantada durante a construção da edificação, tendo como objetivo a propagação do fogo e reduzir as consequências do incêndio.
A proteção passiva apresenta como itens principais o controle de propagação do fogo por compartimentação, controle de ventilação, proteção da estrutura através do comportamento dos materiais em relação ao fogo.
Proteção Ativa
É aquela que permite detectar e combater fogo, e exige manutenção e conservação. Bem como treinamento de pessoas.
As instalações hidráulicas se encaixam como medidas de proteção ativa, também chamadas de medidas de combate, agindo através de sistemas e equipamentos que devem ser acionados e operados, de forma manual ou automática, para combater o foco de fogo, com o objetivo de extingui-lo ou, em último caso, mantê-lo sob controle até sua auto-extinção.
CLASSES DE INCÊNDIO
Através do artigo 82 do Código de Segurança contra Incêndio e Pânico do Rio de Janeiro, a norma NR 23 da Portaria nº 3214 do Ministério do Trabalho e a Circular nº 6, de março de 1992, do Instituto de Resseguros do Brasil, a natureza do fogo segue uma divisão em quatro classes
Classe “A”
Fogo em combustíveis sólidos como, por exemplo, madeiras, papel, tecido, borracha, etc. É caracterizado pelas cinzas e brasas que deixa como resíduos, sendo que a queima acontece na superfície e em profundidade. O melhor método de extinção é o resfriamento, sendo os agentes extintores que podem ser usados são a água e PQS.
Classe “B”
Fogo em líquidos inflamáveis, graxas e gases combustíveis, como, por exemplo, gasolina, óleo, querosene, GLP, etc. É caracterizado por não deixar resíduos e queimar apenas na superfície exposta. O melhor método de extinção é por abafamento, sendo os agentes extintores que podem ser usados são a espuma e o PQS. Não se deve usar a água.
Classe “C”
Fogo em materiais e equipamentos energizados, como, por exemplo, motores, transformadores, geradores, etc. É caracterizado pelo risco de vida que oferece, sendo importante nunca usar extintor de água. O melhor método de extinção é por interrupção da reação em cadeia ou por abafamento, com o uso de extintores de PQS e CO2. O extintor de CO2 é o mais indicado por não deixar resíduos que danifiquem os equipamentos.
Classe “D”
Fogo em metais combustíveis, como, por exemplo, magnésio, selênio, antimônio, lítio, potássio, alumínio fragmentado, zinco, titânio, sódio e zircônio, etc. É caracterizado pela queima em altas temperaturas e por reagir com agentes extintores comuns, principalmente se contem água. O melhor método de extinção é por abafamento, com o uso de extintores de pó químico seco especial (PQSE) [5, 7].
Existem algumas classes especiais adotadas por normas internacionais e pouco conhecidas ainda no Brasil:
Classe “K”
Fogo envolvendo óleo vegetal e gordura animal, tanto no estado sólido ou liquido, tendo como exemplo de ambientes as cozinhas comerciais ou industriais. O melhor método de extinção é por abafamento e também nunca se deve usar água. Esta classe possui agente extintor especial para sua classe, com alto custo.
Classe “E”
Fogo envolvendo material radioativo e químico em grandes proporções, sendo necessário equipamentos e equipes altamente treinadas [5].
LEGISLAÇÕES DE COMBATE A INCÊNDIO
Para elaboração dos projetos de prevenção e combate a incêndio, devem-se seguir normas, leis, padrões e recomendações, então a será citado algumas que são de extrema importância para ser ter um bom resultado e uma garantia de proteção.
Pode-se observar uma hierarquia, que ao mesmo tempo representa o crescente grau de detalhamento e especificidade das regras de dimensionamento dos vários sistemas componentes dos PPCIs:
1º Constituição Federal
2º Constituição Estadual;
3º Lei Estadual;
4º Decretos Estaduais;
5º Normas citadas pelo Decreto;
6º Leis e Decretos Municipais;
7º Portarias, Instruções Técnicas e Pareceres do Corpo de Bombeiros.
Código de Obras é o conjunto de leis municipais que controla o uso do solo urbano. Dentro do Código de Obras, estão inclusos artigos detalhando procedimentos e normas a serem seguidos para elaboração de Projetos de Prevenção e Combate a Incêndio (PPCIs) e também o cumprimento das leis municipais e estaduais para aprovação dos mesmos.
Legislações Aplicáveis para Instalações Hidráulicas de Combate a Incêndio para Barra do Piraí-RJ
NBR 13714 - SISTEMAS DE HIDRANTES E DE MANGOTINHOS PARA COMBATE A INCÊNDIO
O objetivo desta Norma fixa as condições mínimas exigíveis para dimensionamento, instalação, manutenção, aceitação e manuseio, bem como as características, dos componentes de sistemas de hidrantes e de mangotinhos para uso exclusivo de combate a incêndio.
NBR 10897 - PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO POR CHUVEIRO AUTOMÁTICO
O objetivo desta Norma fixa as condições mínimas exigíveis para projeto, cálculo e instalação de sistemas hidráulicos de proteção contra incêndio, por chuveiros automáticos para edificações, bem como determina as dimensões e adequação dos abastecimentos de água para o suprimento exclusivo destes sistemas.
DECRETO Nº 897, DE 21 DE SETEMBRO DE 1976
Código que regulamenta o Decreto-lei nº 247, de 21-7-75, e fixa os requisitos exigíveis nas edificações e no exercício de atividades, estabelecendo normas de Segurança Contra Incêndio e Pânico, no Estado do Rio de Janeiro, levando em consideração a proteção das pessoas e dos seus bens.
DECRETO-LEI Nº 247, DE 21 DE JULHO DE 1975
Compete ao Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro, o estudo, o planejamento, a fiscalização e a execução das normas que disciplinam a segurança das pessoas e dos seus bens, contra incêndio e pânico em todo o Estado do Rio de Janeiro, na forma do disposto neste Decreto-Lei e em sua regulamentação.
CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES DE BARRA DO PIRAÍ
Estabelece parâmetros para aprovação de projetos e concessão de licença para qualquer construção, reconstrução, reforma, modificação, ampliação ou demolição, de obras de qualquer natureza em todo o município.
DEMAIS LEGISLAÇÕES APLICÁVEIS
NBR 10898 - Sistemas de Iluminação de Emergência;
NBR 11742 - Porta Corta-fogo para Saída de Emergência;
NBR 12615 - Sistema de Combate a Incêndio por Espuma.
NBR 12692 - Inspeção, Manutenção e Recarga em Extintores de Incêndio;
NBR 12693 - Sistemas de Proteção por Extintores de Incêndio;
NBR 13434: Sinalização de Segurança contra Incêndio e Pânico - Formas, Dimensões e cores;
NBR 13435: Sinalização de Segurança contra Incêndio e Pânico;
NBR 13437: Símbolos Gráficos paraSinalização contra Incêndio e Pânico;
NBR 13523 - Instalações Prediais de Gás Liquefeito de Petróleo;
NBR 13932- Instalações Internas de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) - Projeto e Execução;
NBR 14039 - Instalações Elétricas de Alta Tensão
NBR 14276: Programa de brigada de incêndio;
NBR 14349: União para mangueira de incêndio - Requisitos e métodos de ensaio;
NBR 5410 - Sistema Elétrico.
NBR 5419 - Sistema de Proteção Contra Descangas Atmosférias (Pára-raios.)
NBR 9077 - Saídas de Emergência em Edificações;
NBR 9441 - Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio;
NR 23, da Portaria 3214 do Ministério do Trabalho: Proteção Contra Incêndio para Locais de Trabalho;
DECRETO Nº 35.671 DE 09 DE JUNHO DE 2004;
LEI N° 938, DE 16 DE DEZEMBRO DE 1985;
LEI N° 1.535, DE 26 DE SETEMBRO DE 1989;
Lei Nº 1866, de 08 de Outubro de 1991;
RESOLUÇÃO SEDEC N° 279, DE 11 DE JANEIRO DE 2005;
RESOLUÇÃO Nº 109, DE 21 DE JANEIRO DE 1993;
RESOLUÇÃO Nº 125, DE 29 DE JUNHO DE 1993;
RESOLUÇÃO Nº 135, DE 16 DE SETEMBRO DE 1993;
RESOLUÇÃO Nº 148, DE 25 DE MAIO DE 1994;
RESOLUÇÃO SEDEC Nº 180, DE 16 DE MARÇO DE 1999;
RESOLUÇÃO SEDEC Nº 278, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2004;
RESOLUÇÃO SEDEC N° 284, DE 25 DE ABRIL DE 2005.
Enquadramento Legal
CÓDIGO DE OBRAS MUNICIPAL DE BARRA DO PIRAÍ
Um dos critérios para se considerar uma obra concluída é atender as exigências do Corpo de Bombeiros relativas às medidas de segurança contra incêndio.
A expedição do Habite-se só ocorre após vistoria, cujo requerimento deverá vir acompanhado do Certificado de Aprovação com liberação das instalações hidráulicas e elétricas, do sistema contra incêndio e pânico, nos casos enquadrados em lei, fornecido pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro.
As edificações deverão ser dotadas de instalações preventivas contra incêndio nos casos previstos no Decreto nº 897, de 21/09/1976. Que regulamenta o Decreto-Lei nº 247, de 17/07/1975 que dispõe sobre segurança contra incêndio e pânico.
DECRETO Nº 897, DE 21 DE SETEMBRO DE 1976
Classificação das Edificações
Quanto à determinação de medidas de segurança contra incêndio e pânico, as edificações serão assim classificadas:
Residencial
Privativa (Unifamiliar e multifamiliar)
Coletiva (pensionatos, asilos, internatos e congêneres)
Transitória (hotéis, motéis e congêneres)
Comercial (mercantil e escritório)
Industrial
Mista (residencial e comercial); 
Pública (quartéis, ministérios, embaixadas, tribunais, consulados e congêneres); 
Escolar; 
Hospitalar e Laboratorial; 
Garagem (edifícios, galpões e terminais rodoviários);
De Reunião de Público (cinemas, teatros, igrejas, auditórios, salões de exposição, estádios, boates, clubes, circos, centros de convenções, restaurantes e congêneres); 
De Usos Especiais Diversos (depósitos de explosivos, de munições e de inflamáveis, arquivos, museus e similares).
Dispositivos
Com a classificação das edificações, são definidos os dispositivos necessários para combate a incêndio. Destacamos na tabela a seguir, as instalações hidráulicas necessárias conforme o Decreto:
Tabela 1: Dispositivos Hidráulicos de Combate a Incêndio (Decreto nº 897)
	Edificações
	Isenta
	Hidrantes ou Mangotinhos
	Hidrantes + Chuveiros Automáticos
	Residenciais Privativas Unifamiliares e Multifamiliares
	Máximo 3 pavimentos e área total construída inferior 900 m2;
	Máximo 3 Pavimentos e área superior a 900 m2;
4 pavimentos ou mais;
	Altura superior a 30 m.
	Residenciais Transitórias e Coletivas; Hospitalares e Laboratoriais
	Máximo 2 pavimentos e área total construída inferior a 900 m2;
	Máximo 2 pavimentos e área total construída superior a 900 m2;
Mais de 2 pavimentos e altura inferior a 12 m;
	Altura superior a 12 m.
	Mistas, Públicas, Comerciais, Industriais e Escolares
	Máximo 2 pavimentos e área total construída inferior a 900 m2;
	Máximo 2 pavimentos e área total construída superior a 900 m2;
Todas de 3 pavimentos;
4 ou mais pavimentos e altura inferior a 30 m;
	Altura superior a 30 m.
	Garagens, Edifícios, Galpões e Terminais Rodoviários
	Área total construída inferior a 1500 m2;
	Área total construída igual ou superior a 1500 m2;
	
O terminal rodoviário com 2 ou mais pavimentos e as edificações de reunião de público e de usos especais diversos, possui exigências mais específicas, detalhadas no Decreto.
Os agrupamentos de edificações residências unifamiliares e as vilas com número de lotes ou casas superior a 6, será exigida a colocação de hidrantes urbanos.
Seguindo essas especificações, o Decreto apresenta parâmetros e medidas dimensionais para todo o sistema que deverá ser adotado na edificação.
Nas etapas a seguir, iremos conhecer cada dispositivo de instalação hidráulica, bem como o seu enquadramento legal para dimensionamento.
PPCI 
O PPCI é o Projeto de Prevenção e Combate a Incêndio e pode ser elaborado apenas por profissionais habilitados (Engenheiros Civis e Arquitetos), fiscalizado e aprovado pelo Corpo de Bombeiros, mediante vistorias e concessão de alvarás, sendo exigido por órgãos públicos para qualquer imóvel, a fim de proporcionar maior segurança às pessoas. É obrigatório para todas as edificações existentes, mesmo aquelas que se encontram em situação de construção ou reforma (naquelas que possuírem ampliação de área superior a 10% da sua área total). 
Os principais objetivos do Projeto de Prevenção e Combate a Incêndio devem ser a proteção da vida humana, a proteção do patrimônio e, por último, a continuidade do processo produtivo. 
 A elaboração do PPCI de uma edificação deve ser focada em duas premissas básicas: 
 
evitar o início do fogo; 
havendo a ocorrência de foco de fogo, devem ser previstos meios apropriados para confinar o fogo no seu local de origem, permitir a desocupação da edificação com segurança e rapidez e facilitar o acesso e o combate ao fogo de forma rápida e eficaz. 
 
O PPCI deve ser entregue ao Corpo de Bombeiros Militar do Estado para análise e aprovação. Este consiste em memoriais, laudos com suas respectivas ARTs (Anotação de Responsabilidade Técnica) e plantas com os detalhamentos dos sistemas citados, usando simbologia padrão. 
 Deixando de analisar a importância da segurança contra incêndio pelo ponto de vista mais vital, que é o da proteção de vidas humanas, pode-se concluir facilmente que a elaboração de um PPCI correto, seguro e dentro da legislação também possui alta vantagem econômica, tanto para o setor público quanto para o setor privado. 
O custo de um incêndio supera e muito o custo da elaboração, instalação e fiscalização do PPCI de uma edificação e, felizmente, a sociedade vem se dando conta disso.
Nada mais fácil, importante e eficiente do que planejar a Prevenção de Incêndio no momento em que a edificação está sendo projetada. A segurança contra incêndio nas edificações começa com um bom projeto arquitetônico. A concepção das áreas de circulação, a especificação adequada dos materiais de acabamento e revestimento e o posicionamento de portas e janelas podem facilitar – ou impedir – o fogo de começar e se propagar.
O dimensionamento de muitas partes de uma edificação vai depender também das normas de incêndio. Desta forma, vãos e orientações de paredes, portas, corredores, número de saídas, instalações hidráulicas, elétricas, tipo de laje, material de pisos, tetos, entre outros, terão que absorver determinadas condições de segurança. Mesmo no caso de edificações existentes, é dever do profissional da engenharia e/ou arquitetura fazer levantamento do imóvel e, se necessário, fazer as modificações. 
Instalações Hidráulicas de Combate a Incêndio
A água é a substância mais usada como agente extintor de incêndios e é muito efetiva porque tem capacidade de agir por resfriamento e abafamento. Para se aplicada sobre o fogo sob a forma de jatos aspersores, utiliza-se instalações hidráulicas para combate a incêndios com diversos equipamentos especializados, móveis ou fixos.
Os equipamentosmóveis são constituídos por extintores de incêndio.
Os sistemas fixos são constituídos por redes de canalizações fixadas nas edificações, tendo como elementos de aspersão da água sobre o fogo os hidrantes, mangotinhos, chuveiros automáticos e projetores. Eles podem ser divididos em sistemas sob comando e sistemas automáticos.
A seguir, veremos detalhadamente as características de cada um deles.
 
SISTEMAS SOB COMANDO
Os sistemas sob comando são pontos localizados estrategicamente, pois os mesmos são alimentados por uma rede hidráulica pressurizada, a ativação do sistema é feita manualmente por uma válvula, também é necessário mangueiras de incêndio para poder chegar próximo ao foco do incêndio e direcionar a água. 
Existem dois sistemas sob comando, o mangotinho que é mais utilizado em prédios residenciais, e os hidrantes, mais utilizado em indústrias. O sistema de hidrantes e mangotinhos é formado por uma rede de canalizações fixas, com o objetivo de deslocar a água da fonte de suprimento até os pontos estrategicamente determinados para suprir de água os demais acessórios de combate.
Os pontos do sistema sob comando são abastecidos por água automaticamente com a simples abertura de um hidrante ou mangotinho em qualquer ponto de instalação, por gravidade e/ou com bombas de reforço a partir de um reservatório superior ou de um reservatório inferior através de um sistema de bombas de incêndio.
Terminologia
Segundo a NBR 13714, define-se os seguintes conceitos:
Bomba principal: bomba hidráulica centrífuga destinada a recalcar água para os sistemas de combate a incêndio. 
Bomba de pressurização (Jockey): bomba hidráulica centrífuga destinada a manter o sistema pressurizado em uma faixa preestabelecida. 
Bomba de reforço: bomba hidráulica centrífuga destinada a fornecer água aos hidrantes ou mangotinhos mais desfavoráveis hidraulicamente, quando estes não puderem ser abastecidos somente pelo reservatório elevado. 
Dispositivo de recalque: dispositivo para uso do Corpo de Bombeiros, que permite o recalque de água para o sistema, podendo ser dentro da propriedade quando o acesso do Corpo de Bombeiros estiver garantido.
Esguicho: dispositivo adaptado na extremidade das mangueiras, destinado a dar forma, direção e controle ao jato, podendo ser do tipo regulável (neblina ou compacto) ou de jato compacto. 
Reserva técnica de incêndio: volume mínimo de água destinado exclusivamente ao combate a incêndio. 
Sistema de hidrantes ou de mangotinhos: Sistema de combate a incêndio composto por reserva de incêndio, bombas de incêndio (quando necessário), rede de tubulação, hidrantes ou mangotinhos e outros acessórios. 
Constituintes do Sistema
ABASTECIMENTO POR RESERVATÓRIO SUPERIOR OU ELEVADO
A instalação sob comando abastecida por reservatório superior utiliza o dispositivo de bombeamento da instalação de abastecimento do prédio, em alguns casos é necessária à utilização de bombas de reforço. O sistema é constituído basicamente de:
reservatório superior; 
barrilete de incêndio; 
válvula de retenção e de gaveta; 
dispositivo de acionamento das bombas; 
sistema de bombas, se necessário; 
colunas de incêndio; 
abrigos ou caixas de incêndio; 
sistema de alarmes. 
hidrante de passeio ou recalque.
ABASTECIMENTO POR RESERVATÓRIO INFERIOR
A instalação sob comando abastecida por reservatório inferior deverá utilizar dispositivo de bombeamento próprio. O sistema é constituído basicamente de:
reservatório inferior; 
válvula de retenção e de gaveta; 
sistema de bombas; 
linha de controle das bombas; 
colunas de incêndio; 
abrigos ou caixas de incêndio; 
sistema de alarmes. 
hidrante de passeio ou recalque.
RESERVA DE INCÊNDIO
Seu volume será calculado em função da vazão necessária na ponta dos esguichos e do tempo de funcionamento simultâneo dos dois esguichos mais desfavoráveis. 
A função da reserva de incêndio é de dar o primeiro combate ao foco de incêndio para extingui-lo ou controla-lo até a chegada dos bombeiros, ter uma reserva técnica de incêndio maior que o mínimo preconizado pela norma, não acarreta uma proteção maior, porque existem outros fatores que são importantes como: ter uma instalação bem projetada e executada; fazer inspeções, testes e manutenções periódicas; ter brigada de incêndio ou pessoas treinadas para operar imediatamente o sistema na ocasião de um princípio de incêndio.
 
SISTEMA DE BOMBEAMENTO
Quando o abastecimento de hidrantes for feito por bomba de incêndio, esta deverá possuir pelo menos uma bomba elétrica ou de combustão interna e deverá abastecer o sistema exclusivamente. As bombas de incêndio devem ser instaladas, preferencialmente, em condição de sucção positiva. Esta condição é obtida quando a linha do eixo da bomba se situa abaixo do nível do fundo do reservatório. Admite-se que a linha do centro do eixo da bomba se situe 2 m acima do nível do fundo do reservatório, ou a 1/3 da capacidade efetiva deste, escolhendo o valor que for menor. Acima disto, é considerada sucção negativa.
Se o motor da bomba for elétrico, este deve possuir rede independente da instalação do prédio, ou ter sua alimentação executada de forma que possa fazer o desligamento da instalação geral, sem interromper o seu funcionamento. 
Quando for instalado motor de combustão interna para a bomba de hidrantes, deverá o mesmo funcionar, continuamente, a plena carga durante seis horas. 
Quando for necessário manter a rede do sistema de hidrantes ou mangotinhos devidamente pressurizada em uma faixa preestabelecida e, para compensar pequenas perdas de pressão, deve ser instalada uma bomba de pressurização (JOCKEY), com vazão máxima de 20 L/min. 
Quando houver necessidade de fornecer água aos hidrantes e mangotinhos mais desfavoráveis hidraulicamente, quando estes não puderem ser abastecidos somente pelo reservatório elevado, pode-se utilizar uma bomba hidráulica centrífuga, chamada de bomba de reforço.
TUBULAÇÃO
Conjunto de tubos, conexões e acessórios destinados a conduzir a água, desde a reserva de incêndio até os hidrantes. Devem ser feitos de material resistente ao calor. Os materiais termoplásticos devem ser usados somente enterrados e fora da edificação. As tubulações mais usadas são as de aço e cobre. A tubulação do sistema não deve ter diâmetro nominal inferior a DN65 (2 ½”). Toda a tubulação deve ser pintada da cor vermelha e os acessórios de cor amarela (registros e válvulas).
HIDRANTE
É o ponto de tomada de água no qual há uma (simples) ou duas (duplo) saídas, contendo válvulas angulares com seus respectivos adaptadores, tampões, mangueiras de incêndio e demais acessórios. 
Os hidrantes poderão ser externos ou internos, de coluna ou de parede (interior do abrigo). Deverão ter conexões de engate rápido, com diâmetros iguais aos adotados pelo Corpo de Bombeiros. 
As válvulas dos hidrantes devem ser do tipo globo angulares de diâmetro DN65 (2 ½”), Poderá ser utilizada, para os hidrantes, válvula angular com diâmetro DN40 (1½") para sistemas que utilizem mangueiras de 40 mm, desde que comprovado seu desempenho para esta aplicação, enquanto que as válvulas para mangotinhos devem ser do tipo abertura rápida, de passagem plena e diâmetro mínimo DN25 (1”). 
Todos os pontos de hidrantes devem receber sinalizações que permitam sua rápida localização e não podem, de maneira alguma, ficar obstruídos ou comprometer a fuga dos ocupantes. Devem ser localizados nas proximidades das portas externas e/ou acessos à área a ser protegida, a não mais de 5 m, em posições centrais nas áreas protegidas, fora das escadas ou antecâmaras de fumaça e de 1,0 m a 1,5 m do piso. 
No caso dos hidrantes externos, quando afastados de, no mínimo, 15 m ou 1,5 vezes a altura da parede externa da edificação a ser protegida, poderão ser utilizados até 60 m de mangueira (preferencialmente em lances de 15 m), desde que devidamente dimensionados hidraulicamente. Recomenda-se que sejam utilizadas mangueiras de 65 mm de diâmetro para redução da perda de carga do sistemae o último lance de 40 mm para facilitar seu manuseio. A sinalização do solo só será obrigatória nos locais destinados à fabricação, depósito e movimentação de mercadorias. 
Figura 3: Esquema da Instalação de Hidrantes
ABRIGO DE MANGUEIRA
Compartimento (cor vermelha) embutido ou aparente, dotado de porta, destinado a armazenar mangueiras, esguichos e outros equipamentos, capaz de proteger contra as intempéries e danos diversos.
Figura 4: Esquema das Instalações dos Hidrantes
ESGUICHO
É o dispositivo adaptado na extremidade da mangueira, destinado a dar forma, direção e controle ao jato de água. Atualmente, permite-se apenas a utilização de esguichos do tipo reguláveis. O alcance do jato compacto produzido por qualquer sistema não deve ser inferior a 8 m, medido da saída do esguicho ao ponto de queda do jato.
MANGUEIRA
Equipamento constituído essencialmente de um duto flexível dotada de uniões tipo engate rápido. As mangueiras mais utilizadas possuem comprimento de 15, 20 ou 30m. Elas sempre devem ser guardadas nos abrigos na forma aduchada ou em zig-zag, nunca enroladas. Isto é muito importante no tempo de reação ao incêndio.
REGISTRO DE RECALQUE
O sistema deve ser dotado de um registro de recalque (também chamado de hidrante de recalque), que consiste no prolongamento da tubulação, com diâmetro mínimo de 63mm até a entrada principal da edificação. Quando estiver no passeio, deve estar enterrado em caixa de alvenaria, com tampa articulada e requadro em ferro fundido, pintada em vermelho, com a palavra “Incêndio” gravada, nas dimensões de 0,40x0,60m, afastada 0,50m da guia do passeio. É recomendável que no interior a caixa haja em dreno para escoamento da água. Também pode ser instalado na fachada da edificação ou em muro de divisa. Figura 5: Registro de Recalque
O importante é garantir a aproximação de viatura do Corpo de Bombeiros para que eles realizem o recalque da água sem problemas.
Tipos de Sistemas Sob Comando
SISTEMA DE MANGOTINHOS (TIPO 1)
É constituído por tomadas de incêndio nas quais há uma (simples) saída, contendo válvula de abertura rápida, de passagem plena, permanentemente acoplada nela uma mangueira semi-rígida, esguicho regulável e demais acessórios (Figura 6).
Figura 6: Sistema Tipo 1 - Mangotinho com Ponto de Tomada para Mangueira de 40 mm
SISTEMA DE HIDRANTES (TIPOS 2 E 3)
É constituído por tomadas de incêndio nas quais há uma (simples) ou duas (duplo) saídas de água. São formadas por válvulas angulares com seus respectivos adaptadores, tampões, mangueiras de incêndio e acessórios (Figura 7).
Figura 7: Sistema Tipo 2 - Hidrante Duplo com Mangueira Semirrígida Acoplada
Tabela 2: Tipos de Sistemas (NBR 13714)
	Tipo
	Esguicho
	Mangueiras
	Saídas
	Vazão (L/min)
	
	
	Diâmetro Nominal (mm)
	Comprimento Máximo (m)
	
	
	1
	Regulável
	25 ou 32
	30
	1
	80 ou 100
	2
	Jato Compacto ϕ 16 mm ou Regulável
	40
	30
	2
	300
	3
	Jato Compacto ϕ 25 mm ou Regulável
	65
	30
	2
	900
A aplicabilidade destes sistemas é para edificações com área construída superior a 750 m2 e/ou altura superior a 12 m.
Para cada ponto de hidrante ou mangotinho, são obrigatórios os materiais descritos na tabela abaixo:
Tabela 3:Materiaispara Cada Hidrante Simples ou Mangotinho (NBR 13714)
	Materiais
	Tipos de Sistemas
	
	1
	2
	3
	Abrigo(s)
	Sim
	Sim
	Sim
	Mangueiras de Incêndio
	Não
	Sim
	Sim
	Duas chaves para hidrantes, engate rápido
	Não
	Sim
	Sim
	Esguicho(s)
	Sim
	Sim
	Sim
	Mangueira semi-rígida
	Sim
	Sim
	Não
A escolha do sistema depende da “Classe de Ocupação” da edificação, conforme vimos no Enquadramento Legal.
Dimensionamento das Instalações
Para o dimensionamento, deve ser considerado o uso simultâneo dos dois jatos de água mais desfavoráveis hidraulicamente, para qualquer tipo de sistema especificado. 
O local mais desfavorável hidraulicamente deve ser aquele que proporciona menor pressão dinâmica no esguicho. 
O sistema deve ser dimensionado de modo que as pressões dinâmicas nas entradas dos esguichos, não ultrapassem o dobro daquela obtida no esguicho mais desfavorável. 
Recomenda-se que o sistema seja dimensionado de forma que a pressão máxima de trabalho não ultrapasse 1000 kPa (100 mca).
ENQUADRAMENTO LEGAL – NBR 13714
Primeiramente, deve-se definir a Classificação da Ocupação da edificação, que definirá a aplicabilidade dos diferentes sistemas de Hidrante e de Mangotinhos.
É feita pela seguinte tabela:
Tabela 4: Classificação dos Edifícios e Aplicabilidade dos Sistemas (Adaptado da NBR 13714)
	Grupo
	Ocupação/Uso
	Sistema
	Divisão
	Descrição
	A
	Residencial
	1
	A-1
	Habitações Multifamiliares
	B
	Serviços de Hospedagem
	1
	B-1
	Hotéis e Assemelhados
	
	
	
	B-2
	Hotéis Residenciais
	C
	Comercial Varejista
	2
	C-1
	Comércio em geral, de pequeno, médio e grande portes
	
	
	
	C-2
	Centros Comerciais
	D
	Serviços Profissionais, pessoais e Técnicos
	1
	-
	Locais para prestação de serviços
	E
	Educacional e Cultura Física
	1
	-
	Escolas em geral
	F
	Locais de Reunião de Público
	1
	F-1
	Locais onde há objetos de valor inestimável
	
	
	
	F-2
	Templos e auditórios
	
	
	
	F-3
	Centros esportivos
	
	
	
	F-4
	Clubes sociais
	
	
	
	F-5
	Locais para refeições
	
	
	2
	F-6
	Estações e terminais de passageiros
	
	
	
	F-7
	Locais para produção e apresentação de artes cênicas
	
	
	
	F-8
	Locais para pesquisa e consulta
	G
	Serviços automotivos
	2
	-
	Garagens com ou sem: acesso de público, abastecimento de combustível, serviços de manutenção e reparo
	H
	Serviços de saúde e institucionais
	1
	-
	Hospitais em geral
	I
	Industrial, atacadista e depósitos
	2
	I-1 Baixo Risco
	Locais onde as atividades exercidas e os materiais utilizados e/ou depositados apresentam baixo potencial de incêndio
	
	
	
	I-2 Médio Risco
	Locais onde as atividades exercidas e os materiais utilizados e/ou depositados apresentam médio potencial de incêndio. Depósitos sem conteúdo específico
	
	
	3
	I-3 Alto Risco
	Locais onde há alto risco de incêndio pela existência de quantidade suficiente de materiais perigosos
Após a definição do sistema necessário, deve-se seguir as definições próprias de esguichos, mangueiras, saídas, vazões e materiais que deverão ser utilizadas nas instalações.
As edificações estabelecidas para serem protegidas por sistemas do tipo 1, podem ser opcionalmente protegidas por um sistema alternativo de hidrantes com as seguintes características:
Mangueiras com φ = 40 mm 
Esguichos de jato compacto de 13 mm ou regulável 
Vazão mínima de 130 l/min no esguicho mais desfavorável hidraulicamente, considerando o funcionamento simultâneo dos hidrantes mais desfavoráveis hidraulicamente, conforme especificados a seguir: 
01 hidrante quando instalado 01 hidrante 
02 hidrantes quando instalados de 01 a 04 hidrantes 
03 hidrantes quando instalados 05 ou 06 hidrantes 
04 hidrantes quando instalados mais de 06 hidrantes 
A reserva técnica de incêndio deve ser determinada considerando o funcionamento simultâneo dos hidrantes especificados e por um tempo mínimo de 60 min.
CÁLCULO DA PERDA DE CARGA NA TUBULAÇÃO
O cálculo hidráulico das tubulações deve ser executado por métodos adequados para este fim, sendo que os resultados alcançados têm que satisfazer a uma das seguintes equações apresentadas a seguir:
a) Colebrook (“fórmula universal”) 
onde: 
hf = perda de carga, (mca); 
f = fator de atrito; 
L = comprimento virtual da tubulação, (m); 
D = diâmetro interno, (m); 
v = velocidade do fluido, (m/s); g é a aceleração da gravidade, (m/s²).
b) Hazen Williams: 
onde:
J = perda de carga por atrito, (kPa/m); 
Q = vazão, (L/min); 
C = fator de Hazen-Williams; 
d = diâmetro interno do tubo, (mm).
O fator de C de Hazen-Williams representa a rugosidade da tubulação e é definido, segundo a NBR 13714, conforme a tabelaa seguir:
Tabela 5: Fator "C" de Hazen Willians (NBR 13714)
	Tipo de Tubo
	Fator “C”
	Ferro fundido ou dúctil sem revestimento interno
	100
	Aço preto (sistema de tubo seco)
	100
	Aço preto (sistema de tubo molhado)
	120
	Galvanizado
	120
	Plástico
	150
	Ferro fundido ou dúctil com revestimento interno de cimento
	140
	Cobre
	150
	Nota: os valores do fator “C” de Hazen Williams são válidos para tubos novos
O cálculo hidráulico deve levar em consideração todas as perdas de cargas que teremos na instalação e, para tanto, faz-se necessário conhecer o trajeto de toda a tubulação, bem como, seus desvios (curvas, ângulos). Além deste trajeto, nos cálculos hidráulicos devem ser consideradas as perdas de cargas localizadas em cada componente, tais como: válvulas de gaveta ou esfera, válvulas de globo, válvulas angulares e válvulas de retenção (de pé e crivo, horizontal ou vertical).
A perda total de carga na instalação, portanto, será obtida pela seguinte expressão:
onde:
hpt = perda de carga total em todo o trecho em estudo, (mca);
ln = somatório de todos os segmentos retos de canalização do trecho, (m);
le = somatório dos comprimentos equivalentes de todas as singularidades do trecho, (m);
J = perda de carga unitária, (mca/m).
Para determinar o valor de le temos as seguintes tabelas:
Tabela 6: Equivalência em metros de canalização reta das perdas de carga localizadas em conexões, bocais e válvulas
	
	Tipo
	Material
	Diâmetro Nominal, mm (pol)
	
	
	
	15
	20
	25
	32
	40
	50
	65
	75
	100
	125
	150
	
	
	
	(1/2)
	(3/4)
	(1)
	(1¼)
	(1½)
	(2)
	(2½)
	(3)
	(4)
	(5)
	(6)
	CONEXÕES
	Joelho
	90°
	Cobre
	1,1
	1,2
	1,5
	2,0
	3,2
	3,4
	3,7
	3,9
	4,3
	-
	-
	
	
	
	Aço
	0,5
	0,7
	0,8
	1,1
	1,3
	1,7
	2,0
	2,5
	3,4
	4,2
	4,9
	
	
	45°
	Cobre
	0,4
	0,5
	0,7
	1,0
	1,3
	1,5
	1,7
	1,8
	1,9
	-
	-
	
	
	
	Aço
	0,2
	0,3
	0,4
	0,5
	0,6
	0,8
	0,9
	1,2
	1,5
	1,9
	2,3
	
	Curva
	90°
	Cobre
	0,4
	0,5
	0,6
	0,7
	1,2
	1,3
	1,4
	1,5
	1,6
	-
	-
	
	
	
	Aço
	0,3
	0,4
	0,5
	0,6
	0,7
	0,9
	1,0
	1,3
	1,6
	2,1
	2,5
	
	
	45°
	Cobre
	0,2
	0,3
	0,4
	0,5
	0,6
	0,7
	0,8
	0,9
	1,0
	-
	-
	
	
	
	Aço
	0,2
	0,2
	0,2
	0,3
	0,3
	0,4
	0,5
	0,6
	0,7
	0,9
	1,1
	
	Tê
	Passagem direta
	Cobre
	0,7
	0,8
	0,9
	1,5
	2,2
	2,3
	2,4
	2,5
	2,6
	-
	-
	
	
	
	Aço
	0,3
	0,4
	0,5
	0,7
	0,9
	1,1
	1,3
	1,6
	2,1
	2,7
	3,4
	
	
	Saída Lateral
	Cobre
	2,3
	2,4
	3,1
	4,6
	7,3
	7,6
	7,8
	8,0
	8,3
	-
	-
	
	
	
	Aço
	1,0
	1,4
	1,7
	2,3
	2,8
	3,5
	4,3
	5,2
	6,7
	8,4
	10,0
	
	Bucha ou luva de redução
	Cobre
	-
	0,3
	0,2
	0,2
	0,4
	0,7
	0,8
	0,9
	1,0
	-
	-
	
	
	Aço
	-
	0,3
	0,2
	0,2
	0,4
	0,6
	0,7
	0,8
	0,9
	1,1
	1,2
	BOCAIS
	Entrada de canalização
	Normal
	Cobre
	0,3
	0,4
	0,5
	0,6
	1,0
	1,5
	1,6
	2,0
	2,2
	-
	-
	
	
	
	Aço
	0,2
	0,2
	0,3
	0,4
	0,5
	0,7
	0,9
	1,1
	1,6
	2,0
	2,5
	
	
	Borda
	Cobre
	0,9
	1,0
	1,2
	1,8
	2,3
	2,8
	3,3
	3,7
	4,0
	-
	-
	
	
	
	Aço
	0,4
	0,5
	0,7
	0,9
	1,0
	1,5
	1,9
	2,2
	3,2
	4,0
	5,0
	
	Saída de Canalização
	Cobre
	0,8
	0,9
	1,3
	1,4
	3,2
	3,3
	3,5
	3,7
	3,9
	-
	-
	
	
	Aço
	0,4
	0,5
	0,7
	0,9
	1,0
	1,5
	1,9
	2,2
	3,2
	4,0
	5,0
	VÁLVULAS
	Gaveta ou esfera (aberta)
	Cobre
	0,1
	0,2
	0,3
	0,4
	0,7
	0,8
	0,9
	0,9
	1,0
	-
	-
	
	
	Aço
	0,1
	0,1
	0,2
	0,2
	0,3
	0,4
	0,4
	0,5
	0,7
	0,9
	1,1
	
	Globo (aberta)
	Cobre
	11,1
	11,4
	15,0
	22,0
	35,8
	37,9
	38,0
	40,0
	42,3
	-
	-
	
	
	Aço
	4,9
	6,7
	8,2
	11,3
	13,4
	17,4
	21,0
	26,0
	34,0
	43,0
	54,0
	
	Angular (aberta)
	Cobre
	5,9
	6,1
	8,4
	10,5
	17,0
	18,5
	19,0
	20,0
	22,1
	-
	-
	
	
	Aço
	2,6
	3,6
	4,6
	5,6
	6,7
	8,5
	10,0
	13,0
	17,0
	21,0
	26,0
	
	Retenção
	De pé com crivo
	Cobre
	8,1
	9,5
	13,3
	15,5
	18,3
	23,7
	25,0
	26,8
	28,6
	-
	-
	
	
	
	Aço
	3,6
	5,6
	7,3
	10,0
	11,6
	14,0
	17,0
	20,0
	23,0
	30,0
	39,0
	
	
	Horizontal (tipo leve)
	Cobre
	2,5
	2,7
	3,8
	4,9
	6,8
	7,1
	8,2
	9,3
	10,4
	-
	-
	
	
	
	Aço
	1,1
	1,6
	2,1
	2,7
	3,2
	4,2
	5,2
	6,3
	8,4
	10,4
	12,5
	
	
	Vertical (tipo pesado)
	Cobre
	3,6
	4,1
	5,8
	7,4
	9,1
	10,8
	12,5
	14,2
	16,0
	-
	-
	
	
	
	Aço
	1,6
	2,4
	3,2
	4,0
	4,8
	6,4
	8,1
	9,7
	12,9
	16,1
	
CÁLCULO DA PERDA DE CARGA NAS MANGUEIRAS
Também faz parte do cálculo hidráulico do sistema o cálculo das perdas de cargas ocasionadas nas mangueiras dos hidrantes, sendo que o princípio é o mesmo adotado para tubulações, ou seja, deve ser estabelecida a perda de carga unitária e posteriormente a perda de carga total na mangueira, conforme as equações a seguir:
onde:
Jmang = perda de carga unitária na mangueira/mangotinho, (mca/m);
Q = vazão da mangueira, (m3/s);
d = diâmetro interno da mangueira, (m).
Conhecendo-se o valor da perda de carga unitária, obtêm-se a perda de carga na mangueira do hidrante mediante a seguinte equação:
onde:
hpmang = perda de carga total na mangueira, (mca);
Jmang = perda de carga unitária, (mca/m);
lmang = comprimento da mangueira, (m).
CÁLCULO DA PERDA DE CARGA NO ESGUICHOS
Outro componente do cálculo hidráulico, é o esguicho da água, quando da utilização do hidrante, ocasionando perdas de cargas proporcionais ao diâmetro deste esguicho.
Para tanto, temos:
onde:
hpesg = perda de carga no esguicho, (mca);
Qesg = vazão do esguicho, (m3/s);
desg = diâmetro do esguicho, (m).
CÁLCULO DA PERDA DE CARGA TOTAL
Conhecendo-se as perdas de carga nas tubulações (sucção e recalque), bem como as perdas de carga nas mangueiras e nos esguichos, determina-se a perda de carga total pela expressão:
onde:
hmt = altura manométrica total, (mca);
hms = altura manométrica total de sucção, (mca);
hmr = altura manométrica total de recalque, (mca);
hpmang = perda de carga nas mangueiras, (mca);
hpesg = perda de carga nos esguichos, (mca).
Obs.: nos valores de hms e de hmr devem ser descontados os desníveis naturais da tubulação.
CÁLCULO DA VELOCIDADE DE RECALQUE
A NBR 13714 estabelece que a velocidade da água de recalque não seja um valor superior a 5 m/s, tendo em vista que o manuseio das mangueiras fica comprometido com velocidades superiores a esse valor.
Portanto, a velocidade de recalque é calculada pela equação:
onde:
vrecalque = velocidade da água de recalque, (m/s);
Qrecalque = vazão total de recalque (dois hidrantes), (m3/s);
Atub recalque = área da tubulação de recalque, (m2).
Quando o valor calculado aproxima-se muito de 5 m/s ou ultrapassa-o, a NBR 13714 recomenda o aumento do diâmetro da tubulação de recalque, o que produzirá a redução da velocidade.
CÁLCULO DA VELOCIDADE NO TUBO DE SUCÇÃO
A velocidade da água no tubo de sucção das bombas de incêndio não deve ser superior a 4 m/s e deve ser calculada pela equação:
onde
v = velocidade da água (m/s);
Q = vazão de água (m3/s);
A = área interna da tubulação (m2).
Para qualquer sistema, o volume mínimo de água da reserva de incêndio deve ser determinado conforme indicado:
onde:
Q = vazão de duas saídas do tipo sistema aplicado, conforme Tabela 1, (L/min);
t = tempo, 60 min para sistemas dos tipos 1 e 2, e de 30 min para sistema do tipo 3, (min);
V = volume da reserva, (L).
Não deve ser admitida a alimentação de outros sistemas de proteção contra incêndio, sob comando ou automáticos, através da interligação das tubulações, exceto para os sistemas tipo 1, que podem estar interligados a sistemas de chuveiros automáticos, desde que devidamente dimensionados. 
Quando for feita a opção de se usar sistema de hidrantes com vazão de 130 L/min no lugar de sistema de mangotinhos, tipo 1, deve-se usar os volumes de reserva técnica de incêndio preconizadospela legislação local ou de acordo com a NBR 13714, considerando o funcionamento simultâneo dos hidrantes mais desfavoráveis por um tempo mínimo de 60 min.
Exemplo de Dimensionamento de Sistema de Hidrantes
A seguir, iremos realizar um exemplo de dimensionamento para instalação de hidrantes em uma Usina Termelétrica.
CROQUI DAS INSTALAÇÕES
Figura 8:Croqui das Tubulações e Hidrantes
De acordo com o tipo de uso da instalação, no caso uma Usina Termelétrica, temos uma proteção I-2, logo, teremos um sistema de hidrantes com as seguintes características:
Mangueiras com diâmetro 40 mm;
Comprimento das mangueiras de 30 m;
Esguicho de 16 mm compacto ou regulável;
Duas saídas por hidrantes;
Vazão de 300 L/min em cada saída do hidrante.
O dimensionamento considerará a pior situação, ou seja, o sistema deverá atender o hidrante mais desfavorável, isto é, aquele que está mais distante do reservatório.
Pelo croqui do local, o hidrante mais desfavorável é o de número 3.
Como o sistema deverá ter capacidade de atendimento dos dois hidrantes mais desfavoráveis, observando o traçado da tubulação, dividiremos o dimensionamento nos seguintes pontos.
PERDA DE CARGA NO ESGUICHO DO HIDRANTE MAIS DESFAVORÁVEL
Para uma vazão de 300 L/min ou 0,005 m3/s no esguicho, com um esguicho de 16 mm, temos a seguinte perda de carga:
PERDA DE CARGA NA MANGUEIRA DO HIDRANTE MAIS DESFAVORÁVEL
Para uma vazão de 300 L/min ou 0,005 m3/s na mangueira, com uma mangueira de 40 mm, temos a seguinte perda de carga unitária na mangueira:
Para uma mangueira de 30 m, temos a seguinte perda de carga:
PERDA DE CARGA NA TUBULAÇÃO DE RECALQUE NO TRECHO COMPREENDIDO ENTRE O PONTO A E O HIDRANTE 3
Como tubulação de recalque, utilizaremos a canalização de ferro fundido, com 100 mm de diâmetro.
Para o trecho A-H3, temos a seguinte situação:
Comprimento reto (linear): 58 m;
Comprimento equivalente: para tubos de aço de 100 mm e considerando que neste trecho teremos um joelho de 90° e uma bucha de redução, obtemos um comprimento equivalente de 4,3 m.
Para a vazão de 600 L/min ou 0,01 m3/s, uma vez que o hidrante possui duas saídas e cada uma deve ter vazão de 300 L/min, considerando um diâmetro de 100 mm e obtendo o fator C de Hazen-Willians do ferro fundido, a perda unitária neste trecho é de:
Com o valor unitário da perda de carga, e com o comprimento total do segmento, temos a perda de carga no trecho A-H3:
PERDA DE CARGA NA TUBULAÇÃO DE RECALQUE NO TRECHO COMPREENDIDO ENTRE O PONTO A E A BOMBA DE RECALQUE
Considerando que o sistema deve ser capaz de atender dois hidrantes simultaneamente, ambos na pior condição, no ponto A teremos a vazão de dois hidrantes, com quatro saídas operando simultaneamente. Logo, teremos uma vazão de 1200 L/min no ponto A ou 0,02 m3/s.
Para este trecho, temos a seguinte situação:
Comprimento reto linear: 105 m
Comprimento equivalente: 29,6 m
3 joelhos de 90°: 3 x 3,4 = 10,2 m
1 curva 45°: 0,7 m
2 tê com saída direta: 2 x 2,1 = 4,2 m
1 válvula de retenção vertical: 12,9 m
1 redução excêntrica saída bomba: 0,9 m
1 válvula de gaveta: 0,7 m
Portanto ln + le = 134,6 m
Para a vazão de 1200 L/min ou 0,02 m3/s, considerando um diâmetro de 100 mm e obtendo o fator C de Hazen-Willians do ferro fundido, a perda de carga unitária neste trecho é de:
Com o valor unitário da perda de carga e com o comprimento total do segmento, temos a perda de carga no trecho A-Bomba:
PERDA DE CARGA NA TUBULAÇÃO DE SUCÇÃO
Por recomendação dos fabricantes de bombas, utiliza-se na sucção uma tubulação com diâmetro imediatamente superior ao de recalque, logo, como no recalque utilizamos tubulações de 100 mm, para a sucção utilizaremos tubos de 125 mm de diâmetro.
Para a sucção, temos a seguinte equação:
Comprimento linear: 3,0 m;
Comprimento equivalente: 35,3 m
1 válvula de pé e crivo: 30,0 m;
1 joelho 90°: 4,2 m;
1 redução excêntrica entrada da bomba: 1,1 m.
Portanto, ln + le = 38,3 m.
Para a vazão de 1200 L/min ou 0,02 m3/s, considerando um diâmetro de 125 mm e obtendo o fator C de Hazen-Willians do ferro fundido, a perda de carga unitária neste trecho é de:
Com o valor unitário da perda de carga e com o comprimento total do segmento, temos a perda de carga no trecho de sucção:
PERDA DE CARGA NA TUBULAÇÃO DE RECALQUE NO TRECHO COMPREENDIDO ENTRE O PONTO H3 E OS REGISTROS DO HIDRANTE
Este trecho é compreendido entre a tubulação de 100 mm e os registros de gaveta, onde serão conectadas as mangueiras. Neste trecho será utilizada uma tubulação de 65 mm. A vazão neste ponto será de 600 L/min ou 0,01 m3/s.
Para este trecho temos a seguinte situação:
Comprimento linear: 2,0 m;
Comprimento equivalente: 5,4 m
1 redução excêntrica: 0,7 m;
1 tê de saída lateral: 4,3 m;
1 válvula de gaveta: 0,4 m.
Portanto, ln + le = 7,4 m.
Para a vazão de 600 L/min ou 0,01 m3/s, considerando um diâmetro de 65 mm e obtendo o fator C de Hazen-Willians do ferro fundido, a perda de carga unitária neste trecho é de:
Com o valor unitário da perda de carga e com o comprimento total do segmento, temos a perda de carga no trecho da coluna do hidrante, H-Registro:
Para dois hidrantes:
ALTURA MANOMÉTRICA TOTAL
Com os valores calculados até o momento, podemos determinar a altura manométrica total do sistema, que será:
CÁLCULO DA VELOCIDADE DE RECALQUE
Para se calcular a velocidade de recalque, usamos as seguintes equações:
CÁLCULO DA RESERVA TÉCNICA DE INCÊNDIO
Conforme estabelece a NBR 13714, a reserva técnica de incêndio deve ser capaz de atender a duas saídas de hidrantes funcionando simultaneamente durante o período de 60 minutos.
SISTEMAS AUTOMÁTICOS
Como o nome já diz, são sistemas que funcionam automaticamente, atuando no combate do incêndio e ativados pelo calor do fogo, também podem ser divididos em dois sistemas, sistema de chuveiros automáticos (sprinklers) e sistema de projetores (bicos nebulizadores de média e alta pressão).
O sistema é constituído por uma rede de água pressurizada e os sprinklers são distribuídos uniformemente sobre todas as áreas a serem protegidas, os chuveiros automáticos possuem uma ampola de vidro contendo um líquido altamente expansível e sensível ao calor ou um fusível de liga metálica que rompem quando atinge determinada temperatura, liberando a passagem da água que por sua vez irá manter a pressão com o auxílio de uma moto bomba. Para a definição do tipo de sprinkler a ser utilizado, deve-se ficar atento a algumas características que definem a capacidade de controlar ou extinguir o fogo, conforme a Associação Nacional de Proteção Contra Incêndio (NFPA):
Sensibilidade térmica: é a medida de rapidez com que o elemento térmico opera, ou o índice de tempo de resposta (RTI);
Classificação da temperatura: temperatura em que o vidro ou o fusível irá romper;
Fator K: Determina tamanho ou forma de orifício, características do deflector, classificação de pressão e sensibilidade térmica.
Orientação de instalação: São orientações descritas na norma, que auxilia na definição do tipo de sprinkler a ser utilizado;
Característica de distribuição da água: Definição de como a agua será lançada no ambiente.
Projetores: O sistema é muito parecido com o sistema de sprinklers, porém os projetores de água quando acionados geram uma neblina muito fina, devido ao jato de agua sair em alta velocidade e possuir internamente um filtro, o mesmo é utilizado para combater incêndios específicos em óleos, líquidos inflamáveis, atua pelo princípio de resfriamento, e é indicado também para combater incêndio em equipamento elétrico, pois o jato de água sai em alta velocidade, se transformando em partículas e não permitem a passagem de corrente elétrica.
Classificação dos Sistemas de Chuveiros Automáticos 
SISTEMA DE TUBO MOLHADO 
Rede de tubulação fixa, com água sob pressão, em cujos ramaissão instalados os chuveiros automáticos; o sistema é controlado na entrada, por uma válvula que soa automaticamente um alarme, na abertura de chuveiros atuados por um incêndio. Os chuveiros desempenham o papel simultâneo de detectar e combater o fogo. Nesse sistema a água somente é descarregada pelos chuveiros acionados pelo fogo. 
 
SISTEMA DE TUBO SECO 
Rede de tubulação fixa seca, mantida sob pressão de ar comprimido ou nitrogênio, em cujos ramais são instalados os chuveiros automáticos. Estes, ao serem acionados pelo fogo, liberam o ar, fazendo abrir, automaticamente, uma válvula de tubo seco, instalada na entrada do sistema. Esta válvula permite a entrada de água na tubulação, a qual deve fluir pelos chuveiros acionados. Esse sistema é aplicado em regiões sujeitas a temperaturas de congelamento da água. 
 
SISTEMA DE AÇÃO PRÉVIA 
Rede de tubulação seca, contendo ar que pode ser ou não sob pressão, em cujos ramais são instalados os chuveiros automáticos, como no sistema de tubo molhado. Na mesma área protegida pelo sistema, é instalado um sistema de detecção de calor, de operação mais sensível, ligado a uma válvula instalada na entrada da rede de tubulação. A atuação de quaisquer dos detectores (incêndio), provoca automaticamente a abertura da válvula especial. Esta permite a entrada da água na rede, que é descarregada através dos chuveiros. A ação prévia do sistema de detecção faz soar simultânea e automaticamente um alarme, antes da abertura de quaisquer dos chuveiros automáticos. 
SISTEMA DILÚVIO 
Rede de tubulação seca, em cujos ramais são instalados chuveiros abertos. Na área protegida pelos chuveiros, é instalado um sistema de detecção de calor, ligado a uma válvula-dilúvio instalada na entrada da tubulação. A atuação de quaisquer dos detectores, motivada por um princípio de incêndio, ou ainda a ação manual de um controle remoto, provoca a abertura da válvula-dilúvio. Esta permite a entrada da água na rede, que é descarregada através de todos os chuveiros abertos. Automática e simultaneamente, soa um alarme de incêndio. Em casos especiais, o acionamento da válvula-dilúvio pode ser feito através de um sistema de detecção de gases específicos. 
 
SISTEMA COMBINADO DE TUBO SECO E AÇÃO PRÉVIA 
Rede de tubulação seca, contendo ar comprimido, em cujos ramais são instalados os chuveiros. Na área do sistema de chuveiros, é instalado um sistema de detecção de calor, de operação mais sensível, ligado a uma válvula de tubo seco na entrada da tubulação. A atuação dos detectores provoca, simultaneamente, a abertura da válvula de tubo seco sem que ocorra a perda da pressão do ar comprimido contido na rede dos chuveiros. O sistema de detecção provoca a abertura de válvulas de alívio de ar, nos extremos das tubulações de chuveiros, o que facilita o enchimento com água da tubulação, procedendo, à abertura dos chuveiros automáticos.
Partes do Sistema
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
A determinação da capacidade de suprimento adequada de água necessária ao sistema está intimamente relacionada com a capacidade de resfriamento da descarga de água dos chuveiros ser maior que a liberação de calor gerado pelo fogo, que é demonstrado através de experimentos. 
Todo sistema de chuveiros deve possuir pelo menos um abastecimento de água exclusivo e de operação automática, com capacidade suficiente para atender adequadamente a demanda do sistema.
O abastecimento de água necessário para um sistema de chuveiros automáticos pode ser suprido pelas seguintes fontes:
reservatório elevado;
reservatório com fundo elevado ou com fundo ao nível do solo, semienterrado ou subterrâneo, piscinas, açudes, represas, rios, lagos e lagoas com uma ou mais bombas de incêndio, em que o ponto de tomada de sucção da bomba de incêndio para esse tipo de reservatório, deve ser localizado ao fundo deste reservatório para garantir uma capacidade efetiva;
tanque de pressão.
O suprimento de água para um sistema de chuveiros ainda pode ser simples ou duplo, de acordo com alguns requisitos estipulados como tipo de ocupação, volume, vazão e pressão.
SISTEMA DE PRESSURIZAÇÃO
Para garantir ao sistema vazão e pressão adequada para um pleno funcionamento do sistema, é preciso agregar um dispositivo de pressurização denominado de conjunto motobomba.
As bombas para o sistema de chuveiros automáticos devem ser adequadamente dimensionadas para total eficiência do sistema.
Elas devem ser diretamente acopladas, por meio de luva elástica ou diesel, sem interposição de correias ou correntes. Também devem possuir dispositivo para partida automática pela queda de pressão hidráulica na rede de sistema de chuveiros.
Deve ser introduzido um dispositivo que após a partida do motor, o desligamento só possa ser efetuado por controle manual.
Para evitar a operação indevida da bomba principal, deve ser instalada uma outra bomba de pressurização (JOCKEY), para compensar pequenos e eventuais vazamentos na canalização, numa faixa preestabelecida para garantir uma pressão hidráulica de supervisão na rede do sistema de chuveiros automáticos. As bombas devem ser dos tipos:
centrífuga horizontal de sucção frontal;
centrífuga horizontal de carcaça bipartida;
centrífuga e/ou turbina vertical.
VÁLVULA DE GOVERNO E ALARME E RESPECTIVA REDE DE ALIMENTAÇÃO
É composta por uma rede de tubulações que interligam a fonte de abastecimento à válvula de governo e alarme (VGA).
Na verdade, a válvula de governo e alarme para o sistema de tubo molhado é uma válvula de retenção com uma série de orifícios roscados para ligação de dispositivos de controle e alarme, que são:
válvula de drenagem de 1 ½” ou 2”, para esvaziar o sistema e reabastecer os chuveiros atingidos pelo fogo;
manômetros, a montante e a jusante do obturador, o superior deve marear uma pressão igual ou maior ao inferior;
linha de alarme para ligar o pressostato e o alarme hidromecânico (com câmara de retardo, quando necessário).
Quando o acionamento de um ou mais chuveiros face ao incêndio, a pressão na rede de distribuição diminui, consequentemente a pressão da água de alimentação abaixo do obturador por diferencial de pressão, impele-o para cima, fornecendo água para o sistema e provocando a abertura da válvula auxiliar, dando passagem a água para o circuito de alarme, para acionamento do mesmo.
SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO
O sistema de distribuição é outro elemento do sistema maior e é composto por uma rede de tubulações que liga VGA aos chuveiros automáticos. Este sistema é demonstrado no desenho a seguir:
Figura 9: Esquema de Tubulações do Sistema Automático
Essa rede de tubulações possui nomes especiais para cada parte que a compõe, sendo estes:
Ramais
São ramificações onde os chuveiros automáticos são instalados diretamente ou utilizando-se tubos horizontais com 60 cm de comprimento máximo.
Os ramais podem ser classificados quanto a sua posição em relação ao subgeral e a alimentação. 
Subgerais
São tubulações que interligam a geral aos ramais, ou seja, destinadas a alimentar os ramais.
Geral
São tubulações que interligam a subida principal a subgeral, ou seja, alimentam as subgerais.
Subidas e descidas
São tubulações verticais, de subidas ou descidas, conforme o sentido de circulação da água. Estas tubulações fazem as ligações entre as redes de chuveiros dos diversos níveis ou pavimentos, as ligações das subgerais com os ramais, ou ainda as dos chuveiros individuais com os ramais quando a subida ou descida excede 30 cm de comprimento.
Subida principal
É tubulação que liga a rede de suprimento dos abastecimentos de água com as tubulações gerais e onde é instalada a válvula de governo e alarme (VGA) que controla e indica a operação do sistema.
CHUVEIROS
Os chuveiros (sprinklers) constituem-se de dispositivos termo sensíveis projetados para reagir a uma temperatura pré-determinada, liberando de forma automática uma descarga de água de forma e quantidade adequada, sobre uma área predestinada ou apropriada.
Estes dispositivos estão interligadosnos ramais em intervalos apropriados, que nos primeiros sinais de um incêndio, são acionados distribuindo água pulverizada sobre o mesmo, extinguindo-o totalmente ou limitando sua propagação.
Os chuveiros devem atender aos requisitos estabelecidos nas normas NBR 6125 e NBR 6135.
Os chuveiros podem ser de dois tipos, quanto a operação:
Chuveiros abertos
São aqueles que não possuem elemento termo sensível ou qualquer outro tipo de elemento que obstrua a passagem da água. Portanto, são empregados nos sistemas dilúvio e destinados à proteção de ocupações de risco extraordinário e risco pesado.
Chuveiros automáticos
São providos de um mecanismos comandado por um elemento termo sensível (bulbo de vidro, solda eutética, etc) que os mantém hermeticamente fechados. Automaticamente entram em funcionamento pela ação do calor de um incêndio.
Chuveiros com elemento termo sensível tipo solda eutética: 
Este tipo de chuveiro automático opera a partir do derretimento de uma liga de metal com ponto de fusão preestabelecido. Entende-se por solda eutética como sendo o resultado da liga (mistura) de dois ou mais metais que têm o ponto de fusão mais baixo possível. Normalmente são utilizados para confecção da liga metais como estanho, chumbo, cádmio e bismuto, pois possuem pontos de fusão bem definidos.
Chuveiros com elemento termo sensível tipo ampola: 
Este tipo de chuveiro automático possui como elemento termo sensível uma ampola de vidro especial que contém um líquido e uma bolha de ar comprimida e absorvida pelo líquido aumentando rapidamente a pressão e, consequentemente, rompendo o bulbo, ao qual faz com que libere a válvula ou o tampão. 
Dentre as partes que compõem o chuveiro existe uma peça denominada de defletor que desempenha um papel importante no funcionamento do sistema. Quando a água é lançada contra o defletor, este a converte em spray e distribui na área destinada a cobrir e proteger.
Quanto à forma de distribuição da água, também podem ser classificados na seguinte maneira:
chuveiro padrão;
chuveiro tipo antigo;
chuveiro lateral.
Os chuveiros automáticos podem ser ainda classificados quanto a posição de instalação do defletor. Quanto a posição do defletor os chuveiros podem ser assim classificados em:
para cima (up right);
pendente (pendent);
lateral (sidewall).
Dimensionamento do Sistema de Chuveiros Automáticos
CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS DAS OCUPAÇÕES
A classificação de risco quanto a ocupação tem como objetivo principal a proteção da edificação em relação a quantidade de carga de incêndio, ao risco de inflamação dos materiais ou produtos contidos e as características de ocupação (uso) no ambiente através de um número adequado de chuveiros (spinklers). Para efeito de dimensionamento do sistema, a classificação de riscos é utilizada para determinação da área a ser protegida.
Quando não for encontrada a ocupação correspondente a um determinado risco, deve-se fazer uma classificação por analogia.
A classificação dos riscos das ocupações de acordo com a norma NBR 1135 é aplicada somente às instalações de chuveiros automáticos e seus abastecimentos de água, apresenta-se da seguinte forma.
Ocupação de Risco Leve
Correspondente as ocupações isoladas onde o volume e/ou combustibilidade do conteúdo (carga de incêndio) são baixas, tais como:
edifícios residenciais;
escolares (salas de aula);
escritórios (incluindo Centro de Processamento de Dados);
hospitais;
hotéis e motéis;
e outros.
Ocupação de Risco Ordinário
Compreendem as ocupações isoladas onde o volume e/o a combustibilidade do conteúdo são médios e subdividem-se em três grupos:
Grupo I
Ocupações ou partes das ocupações isoladas comerciais ou industriais, onde a combustibilidade do conteúdo é baixa, a quantidade de combustíveis é moderada, a altura dos estoques não excede a 2,4 m, e finalmente, em caso de incêndio a liberação moderada de calor é esperada, tais como:
fabricação de abrasivos e esmeris;
fabricação de bebidas não-alcóolicas;
montagem caldeiras;
cromação e galvanoplastia;
fabricação de eletrônicos;
e outros.
Grupo II
Ocupações ou parte das ocupações isoladas, comerciais ou industriais, onde a combustibilidade do conteúdo é moderada a 3,7 m, e finalmente, em caso de incêndio a liberação moderada de calor é esperada, tais como:
fabricação de acumuladores;
local de revenda de carvão e coque;
confecções;
curtumes e artigos de couro;
destilarias de bebidas alcóolicas;
e outros.
Grupo III
Ocupações ou parte das ocupações isoladas, comerciais ou industriais, onde a combustibilidade dos conteúdos é alta e, em caso de incêndio, a alta velocidade de desenvolvimento de calor é esperada, tais como:
refinaria de açúcar;
fabricação de artefatos de papel;
montagem de aviões (excluindo hangares);
fabricação de colas não-inflamáveis;
artigos de cortiças;
fabricação sem inflamáveis de cosméticos;
e outros.
Ocupação de Risco Extraordinário
Compreendem isoladas onde o volume e a combustibilidade do conteúdo são altos e possibilitam incêndio de rápido desenvolvimento e a alta velocidade de liberação de calor e subdividem-se em dois grupos:
Grupo I
Ocupações ou partes das ocupações isoladas, onde empregam-se líquidos inflamáveis e/ou combustíveis de moderada a substancial quantidade, tais como:
fabricação de colas inflamáveis;
artigos e fabricação de espumas de borracha;
áreas de utilização de fluidos hidráulicos combustíveis;
fabricação de fogos de artifício;
fabricação de fósforos;
e outros.
Grupo II
Ocupações ou parte das ocupações isoladas, onde empregam-se líquidos inflamáveis e/ou combustíveis de moderada a substancial quantidade, tais como:
usina de asfalto;
área de enchimento de gases de isqueiros;
líquidos inflamáveis;
fabricação de nitrocelulose;
limpeza, banhos e decapagem com solventes;
e outros.
Ocupação de Risco Pesado
Compreendem as ocupações ou parte das ocupações isoladas, comerciais ou industriais, onde se armazenam líquidos inflamáveis ou combustíveis, produtos de alta combustibilidade, como: borracha, papel e papelão, espumas celulares ou materiais comuns e alturas superiores às previstas nas ocupações de risco ordinário.
FONTE DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
A capacidade efetiva dos reservatórios deve ser calculada em função do tempo mínimo de duração de funcionamento do sistema de chuveiros para cada classe de risco de ocupação, conforme a tabela a seguir. Nessa tabela também serão obtidos os valores de pressão e vazão que serão utilizados posteriormente no passo a passo do dimensionamento.
Tabela 7: Requisitos de abastecimento d'água para sistemas de chuveiros automáticos
	Classificação dos Riscos
	Pressões e vazões mínimas na válvula de alarme e/ou chave detectora de fluxo d’água
	Tempo mínimo de operação para determinar a capacidade efetiva (min)
	
	Pressões (kPa)
	Vazões (L/min)
	
	Risco Leve
	110
	1000
	30
	Risco ordinário
(Grupo I)
	110
	1800
	60
	Risco ordinário
(Grupo II)
	110
	2600
	60
	Risco ordinário 
(Grupo III)
	250
	4500
	60
	Risco extraordinário
	350
	6000
	60
Notas: 
Nas pressões acima é adicionada a pressão estática entre a válvula alarme e/ou chave detectora de fluxo d’água e o chuveiro mais elevado;
Nas vazões acima, não estão incluídas vazões de hidrantes ou mangotinhos;
Nos sistema de chuveiros dimensionados por cálculo hidráulico total, as pressões acima são substituídas pelas pressões resultantes do cálculo.
VÁLVULA DE GOVERNO E ALARME E RESPECTIVA REDE DE ALIMENTAÇÃO
A tabela a seguir descreve a área máxima de um pavimento para cada classe de risco de ocupação controlada por um jogo de válvulas.
Tabela 8: Áreas máximas de um pavimento para cada classe risco de ocupação
	Risco de Ocupação
	Área máxima (m2)
	Leve
	5000
	Ordinário
	5000
	Extraordinário
	3000
	Pesado
	4000
CHUVEIROS AUTOMÁTICOS 
Classificação das temperaturas e codificações das cores dos chuveiros automáticos:
Tabela 9: Temperatura e codificaçõesdas cores dos chuveiros com elemento termo sensível tipo ampola
	Temperatura máxima no telhado (°C)
	Temperatura recomendada do chuveiro (°C)
	Classificação da temperatura de funcionamento do chuveiro
	Cor do líquido da ampola
	38
	57
	Ordinária
	Laranja
	49
	68
	Ordinária
	Vermelha
	60
	79
	Intermediária
	Amarela
	74
	93
	Intermediária
	Verde
	121
	141
	Alta
	Azul
	152
	182
	Muito Alta
	Roxa
	175/238
	204/260
	Extra Alta
	Preta
Tabela 10: Temperaturas e codificações de cores dos chuveiros com elemento termo sensível tipo solda eutética
	Temperatura máxima no telhado (°C)
	Temperatura recomendada do chuveiro (°C)
	Classificação da temperatura de funcionamento do chuveiro
	Cor dos braços do corpo do chuveiro
	38
	57 a 77
	Ordinária
	Incolor
	66
	79 a 107
	Intermediária
	Branca
	107
	121 a 149
	Alta
	Azul
	149
	163 a 191
	Muito Alta
	Vermelha
	191
	204 a 246
	Extra Alta
	Verde
	246
	260 a 302
	Altíssima
	Laranja
	329
	343
	Altíssima
	Laranja
MÉTODOS DE DIMENSIONAMENTO
Os métodos de dimensionamento de sistemas de chuveiros automáticos podem ser realizados por tabela, por cálculo hidráulico e pelo conjugado de ambos. Cabe ressaltar que o melhor método é o realizado por cálculo hidráulico, pois serve para todas as situações e não causa super dimensionamento e é restrito aos riscos leve, ordinário e extraordinário.
Dimensionamento por Tabela
Sistema de chuveiros automáticos dimensionados por tabela são aqueles cujos os diâmetros nominais das tubulações são estabelecidos com base em tabelas definidas em normas, em função de cada classe de risco de ocupação.
Devem ser atendidas as tabelas e recomendações a seguir:
Tabela 11: Ocupação de Risco Leve
	Diâmetro nominal (mm)
	Quantidade máxima de chuveiros – Tubo de aço
	Quantidade máxima de chuveiros – Tubo de cobre
	25
	02
	02
	32
	03
	03
	40
	05
	05
	50
	10
	12
	65
	30
	40
	80
	60
	65
	100
	Nota a)
	Nota a)
Tabela 12: Tubos
	Diâmetro nominal (mm)
	Quantidade máxima de chuveiros – Tubo de aço
	Quantidade máxima de chuveiros – Tubo de cobre
	25
	02
	02
	32
	04
	04
	40
	07
	07
	50
	15
	18
	65
	50
	65
	80
	Nota c)
	Nota c)
	100
	Nota c)
	Nota c)
Tabela 13:Ocupações de risco ordinário
	Diâmetro nominal (mm)
	Quantidade máxima de chuveiros – Tubo de aço
	Quantidade máxima de chuveiros – Tubo de cobre
	25
	02
	02
	32
	03
	03
	40
	05
	05
	50
	10
	12
	65
	20
	25
	80
	40
	45
	100
	100
	115
	150
	275
	300
	200
	Notas a), b)
	Notas a), b)
Tabela 14: Tubos
	Diâmetro nominal (mm)
	Quantidade máxima de chuveiros – Tubo de aço
	Quantidade máxima de chuveiros – Tubo de cobre
	25
	02
	02
	32
	03
	03
	40
	05
	05
	50
	10
	12
	65
	15
	20
	80
	30
	35
	100
	100
	115
	150
	275
	300
	200
	Notas a), b)
	Notas a), b)
Notas
Cada jogo de válvulas deve controlar no máximo uma área de 5000 m2 de pavimento. Forros falsos, áreas de mezaninos, jiraus, plataformas de equipamentos, etc. não são computados como pavimentos, desde que não ocupem, na sua somatória, mais de 60% da área total do pavimento. 
Quando existirem em um pavimento áreas únicas acima de 1000 m2, este passa a ser considerado como ocupação de risco ordinário (grupo I). 
Quando a quantidade acumulativa de chuveiros, acima de um forro falso, exceder 50 ou 65 (conforme tubo de aço ou cobre), o diâmetro nominal das tubulações passa a ser segundo a Tabela 11, adotando-se a quantidade de chuveiros de nível mais crítico. 
O número de chuveiros em um mesmo ramal não deve exceder 8, com as exceções seguintes:
podem ser instalados nove chuveiros em um mesmo ramal, desde que os dois últimos tubos deste ramal sejam, respectivamente, de 25 mm e 32 mm de diâmetro nominal, seguindo-se os demais tubos com os diâmetros atendendo às quantidades de chuveiros conforme a Tabela 11;
podem ser instalados até dez chuveiros em um mesmo ramal, desde que os dois últimos tubos deste ramal sejam, respectivamente, de 25 mm e 32 mm de diâmetro nominal, e os dez chuveiros sejam alimentados por um tubo de 63,5 mm de diâmetro nominal, seguindo-se os demais tubos com os diâmetros nominais atendendo às quantidades de chuveiros conforme a Tabela 11;
quando são instalados chuveiros acima e abaixo de um forro falso, alimentados por um mesmo ramal, o número de chuveiros acima do forro falso não deve exceder 8, assim como o abaixo do forro falso. Para estabelecer os diâmetros nominais das tubulações, aplica-se a Tabela 12.
Tabela 15: Tubos
	Diâmetro nominal (mm)
	Quantidade máxima de chuveiros – Tubo de aço
	Quantidade máxima de chuveiros – Tubo de cobre
	25
	02
	02
	32
	04
	04
	40
	07
	07
	50
	15
	18
	65
	30
	40
	80
	60
	65
	100
	100
	115
	150
	275
	300
	200
	Notas a), b)
	Notas a), b)
Notas:
Um único jogo de válvulas de 200 mm de diâmetro nominal pode controlar, no máximo, uma área de 5000 m2 de pavimento. Forros falsos, áreas de mezaninos, jiraus, plataformas de equipamentos, etc. não são computados como pavimentos, desde que não ocupem, na sua somatória, mais de 60% da área total do pavimento. No caso de dispositivos de materiais armazenados em pilhas sólidas, em “paletes” ou em “porta-paletes”, com uma altura acima de 3,70 m, a ocupação passa a ser considerada como risco pesado.
Um único jogo de válvulas de 200 mm de diâmetro nominal pode controlar áreas de ocupação de risco ordinário e risco extraordinário, desde que as áreas de risco extraordinário não excedam 3000 m2 e a somatória das áreas, 5000 m2.
O número de chuveiros em um mesmo ramal não deve exceder 8, com as exceções seguintes:
podem ser instalados nove chuveiros em um mesmo ramal, desde que os dois últimos tubos deste ramal sejam, respectivamente, de 25 mm e 32 mm de diâmetro nominal, seguindo-se os demais tubos com os diâmetros nominais atendendo às quantidades de chuveiros conforme as Tabelas 13 e 14;
podem ser instalados até dez chuveiros em um mesmo ramal, desde que os dois últimos tubos deste ramal sejam, respectivamente, de 25 mm e 32 mm de diâmetro nominal e os dez chuveiros sejam alimentados por um tubo de 65 mm de diâmetro nominal, seguindo-se os demais tubos com os diâmetros nominais atendendo às quantidades de chuveiros conforme as Tabelas 13 e 14.
Tabela 15:Ocupações de risco extraordinário
	Diâmetro nominal (mm)
	Quantidade máxima de chuveiros – Tubo de aço
	Quantidade máxima de chuveiros – Tubo de cobre
	25
	01
	01
	32
	02
	02
	40
	05
	05
	50
	08
	08
	65
	15
	20
	80
	27
	30
	100
	55
	65
	150
	150
	170
	200
	Notas a), b)
	Notas a), b)
Notas: 
Um único jogo de válvulas de 200 mm de diâmetro nominal pode controlar, no máximo, uma área de 3000 m2 de pavimento. Forros falsos, áreas de mezaninos, jiraus, plataformas de equipamentos, etc. não são computados como pavimentos, desde que não ocupem, na sua somatória, mais de 60% da área total do pavimento.
Um único jogo de válvulas de 200 mm de diâmetro nominal pode controlar áreas de ocupação de risco ordinário e risco extraordinário, desde que as áreas de risco extraordinário não excedam 3000 m2 e a somatória das áreas, 5000 m2.
O número de chuveiros alimentados por um único ramal não deve exceder 6
A seguir, são mostrados os passos sequenciais para o método de dimensionamento por tabela. 
Passo 1: Especificação da Norma. 
Para se determinar o método de dimensionamento por tabela é preciso especificar o tipo de Norma a ser seguido. No Brasil, deve-se utilizar as normas da ABNT.
Passo 2: Enquadramento da edificação à classe de risco de ocupação. 
O passo seguinte à especificação da Norma, é fazer o enquadramento do tipo de edificação em relação a classe de risco de ocupação.
Passo 3: Determinação da área máxima de cobertura por chuveiros. 
A área máxima de cobertura por chuveiros

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