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Histamina, serotonia e seus antagonistas

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Autacóides: Histamina, serotonina e antagonistas 
São remédios derivados de lipídios (fosfolipídios de membrana), funcionam como hormônios locais, e esses lipídios vem de duas famílias: Eicosanóides: formados a partir de ácidos graxos saturados e fosfolipídios modificados.
Os autacóides são divididos em três grupos: 
Aminas: histamina, serotonina e antagonistas 
Peptídeos: angiotensinas e cininas 
Lipídios: prostaglandinas 
A histamina
 Histamina é uma amina biogênica, endógena e é dividida em dois compartimentos, um celular(mastócitos e basófilos) que são células granulosas, onde dentro desses grânulos fica armazenada, e não mastócitos os quais a histamina não é armazenada, onde há uma alta produção com liberação contínua. No compartimento celular a histamina fica conjugada a proteína Z, para sua liberação pode haver três estímulos: rompimento da membrana plasmática, medicamentos e estimulação de receptores de membrana com envolvimento da IgE, que caracteriza hipersensibilidade do tipo I. A histamina modula vários processos fisiológicos, como a inflamação e hipersensibilidade, promovendo dor e prurido. As toxinas de antigênicos estimulam as IgE’s na membrana dos mastócitos o que faz liberar a histamina, que é quimiotática, fazendo com que haja migração de neutrófilos para área afetada. A liberação de histamina de forma lenta permite que a inativação seja feita antes que ela atinja a corrente sanguínea, quando é rápida a medida anti-histamínica deve ser mais eficaz. A histamina libera secreções que estimulam pâncreas e glândulas, e também estimula a secreção gástrica (predispõe a gastrite, úlcera...). 
Os receptores da histamina são basicamente de dois tipos: H1 E H2 no sistema cardiovascular, fazendo com que haja vasodilatação e aumento de permeabilidade vascular, o que causa edema. Na musculatura lisa os efeitos da histamina são: broncoconstrição, no útero faz contração. No sistema nervoso modifica comportamento. 
Antagonistas anti-histamínicos são antagonistas de receptores de H1 ,H2, H3 e H4, os quais inibem a degranulação de mastócitos, o que é inibir secreção brônquica e também faz vasodilatação. Mas utilizamos principalmente inibidores H1 E H2, que são receptores periféricos e centrais. 
Antagonistas H1: de primeira geração, atravessam a barreira hemato-encefálica. Os de segunda geração não atravessam a barreira HE, como a loratadina que é uma piperidina. Estes antagonistas H1 são bem absorvidos por VO em monogástricos, têm tendência em ser excretado pela bile, podem penetrar a barreira HE, temos que evitar a VI pois há riscos de efeitos centrais. Os H1 de segunda geração não atravessam a barreira. Seu uso farmacológico são para reações inflamatórias e alérgicas, como picada de insetos, rinite alérgica, urticárias, cinetose, sedação e indução de sono. OBS: algumas raças quando há uma sobredose há efeitos contrários. Pode ser usada para controlar a secreção de alguns órgãos. Os efeitos colaterais: efeito sedativo, potencialização de efeitos de outros sedativos, pode causar gastrointestinais, podem causar efeitos anticolinérgicos. Altas doses ou intoxicações podem causar alucinações, excitação, convulsões, hipertemia. 
 Antagonistas H2: usados como anti-ácidos, são formados pela porção imidazol da histamina, praticamente não tem nenhuma ação em H1, o primeiro fármaco descoberto de importância foi a cimetidina(baixa meia-vida, fica mais disponível), 2° foi a ranitidina, e a 3° famotidina a qual não é muito utilizada. A ranitidina apresenta efeito pró-cinético causando um maior peristaltismo, por este efeito, quando há quadros obstrutivos deve ser usada com cautela, podendo causar intussuscepção, os efeitos colaterais podem ser: náuseas, diarreia ou constipação. Interações medicamentosas: interfere no metabolismo, pela biotransformação no fígado, de diazepam, varfarina, teofilina, causando um aumento na concentração plasmática. Diminui a absorção de cetoconazol. 
Serotonina
É sintetizada a partir do triptofano dietético, é estocada em mastócitos, tem receptor específico (5-HT), é biotransformada no fígado, regula: sono, percepção de dor, depressão e atividade sexual e faz broncoconstrição. Os agonistas tem uso recente na medicina veterinária, usado hoje em dia para tratamento de comportamento, a cisaprida era usada aumentando a motilidade do intestino, tratamento de megaesôfago, porém é de uso proibido. Os antagonistas mais usados são antieméticos como a ondansetrona, em equinos é muito usado a ranitidina para prevenção e tratamento úlceras por estresse (confinados).

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