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Estado Burguês

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UFAM
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais.
Discente: 
Formação Social Econômica e Politica do Brasil
Manaus
2017
Articular as ideias de SAES sobre a opção da elite brasileira por constituir um Estado Burguês no Brasil, destacando as características e os desdobramentos desse fato, na organização da vida social do país. Lembrando que esse período histórico é o da República Velha;
Em seguida, articule a análise de SAES com a análise de IANNI, que destaca o abandono no frágil projeto de desenvolvimento de um capitalismo nacional em nome de um capitalismo global. Evidencie esse processo, destacando os fatores que evidenciam a subordinação do país aos acordos do mercado global e as consequências para o país.
A analise de Saes busca expor quando e como se forma o estado burguês no Brasil, para isso vários aspectos são considerados por ele, como o momento histórico que o Brasil se encontrava.
Saes para isso usa a linha teórica de Marx e Engels quanto ao conceito de Estado Capitalista que ele prefere chamar de Estado Burguês. Ele vai conceituar Estado geral como um moderador da luta de classes, com o fim de manter a dominação de uma classe, mostra que o Estado burguês que organiza a dominação de classe correspondendo com as relações de produção capitalista. Dando os aspectos jurídicos e políticos necessários.
O Brasil estava vivendo um momento de transição durante a republica velha, do trabalho escravo ao assalariado, o surgimento das industrias, a formação da classe burguesa .
Naquele momento grande do parte do capital vinha da produção de café, é o mesmo que dá inicio a expansão industrial no Brasil. Os donos dessas fabricas eram os próprios proprietários dos cafezais que tinham seus interesses colocados em primeiro plano e alguns comerciantes também se voltaram para a atividade industrial e são esses grupos que vão dar inicio a classe burguesa brasileira.
Assim como surgia a classe burguesa, surgia também uma nova classe, mas já conhecida de outros momentos da história, o proletariado. O trabalhador assalariado,, operário das fabricas que surgiam, da mesma forma que na revolução industrial que aconteceu na Inglaterra, era comum a longa jornada de trabalho, a falta de direitos trabalhistas, a exploração.
Predomina nesse momento uma ilusão quanto ao trabalho assalariado, era dado aos trabalhadores menos do que realmente lhes deveria ser pago levando em consideração a força de trabalho e a maneira como eram explorados, não era uma troca justa. 
Isso corresponde a ideia do Estado burguês e as relações de produção capitalista, que são também consequência de uma revolução politica burguesa como Saes denomina em sua analise que pode ser entendida como um conjunto das novas relações de trabalho, novas ideologias, novas classes. 
As relações de produção são as formas que as pessoas desenvolvem suas relações de trabalho e distribuição no processo de produção da vida material.
Nas relações de produção capitalista há uma separação entre o produtor direto e os meios de produção, Saes aponta dois pontos sobre este processo: o produtor está em uma relação socializada e essa produção causa dois reflexos no trabalhador, a dependência que o faz depende dos os trabalhadores e a independência que requer do trabalhador trabalho privado. 
Sendo assim de acordo com Saes, o Estado neutraliza a ação coletiva, é o estado burguês que possibilita a reprodução das relações de produção. Dessa forma o estado burguês age individualizando agentes tornando-os pessoas jurídicas. 
O estado procura garantir que o mercado não seja baseado em uma classe, mas uma coletividade, o Povo Nação e ao definir essa coletividade o estado burguês determina todos como iguais. 
A classe burguesa domina o estado, sendo assim ele não trabalha para o povo, mas para beneficio da burguesia e isso implica politica e economicamente no desenvolvimento do Brasil.
Ianni vai mostrar que nosso país é feito de pasto para transnacionais usarem e lucrarem, isso acontece porque o Brasil avança diversas fases da formação capitalista: “o abandono e o desmonte do projeto nacional, com as suas implicações político-econômicas e socioculturais, e a implantação de um projeto de capitalismo transnacional, com as suas implicações político-econômicas e sócio culturais. Está em curso a transição de uma nação em província, com a transformação do aparelho estatal em aparelho administrativo de uma província do capitalismo global.” A classe dominante por controlar o estado faz dos nossos governantes seus funcionários, que trabalham para ela.
A classe dominante se infiltra no poder politica e a influência, essa classe não tem compromisso nenhum com o resto do povo, simplesmente o anula de tudo: “As “elites” dominantes, compreendendo empresariais, militares, intelectuais e do alto clero revelam-se com escasso ou nulo compromisso com a nação, o povo, a sociedade. Organizam-se e movem-se como “elites” enraizadas no poder político-econômico conferido pelos monopólios, trustes, cartéis, corporações e conglomerados transnacionais; algo que vem do imperialismo e impregna amplamente o globalismo.” E como no imperialismo essas classes se comportam como colonizadores. 
A transnacionalização causa preocupação de que o Brasil precisa se modernizar que o Brasil precisa estar inserido no mercado mundial, externamente, até parece ter uma boa aparência para negociação com outros países, mas olhando o Brasil de dentro vemos um país ainda cheio de desigualdades, vemos um Estado burguês que explora o trabalhador brasileiro, que neutraliza suas manifestações, que lhe priva de boas condições de saúde e educação pública, para que continuem sendo explorados.

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