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ASSUNTO PNEUMO

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ASSUNTO PNEUMO
TERAPIA DE HIGIENE BRONQUICA
COMO OCORRE A FORMAÇÃO DE SECREÇÃO:
 A via aérea é recoberta por uma fina camada de muco, uma mistura complexa de produtos de grande variedade que forma um filtro sobre a superfície epitelial. Essa barreira protege a mucosa epitelial de desidratação, lesões de microorganismos. 
O muco é composto por células inflamatórias como macrófagos, basófilos, mastócitos e eosinófilos. Soma total de muco por dia é +/- 100 – 200ml. O muco da via aérea é produzido pelas células calciformes (seios paranasais) e glândulas submucosas (cavidade nasal)
A purificação mucociliar é o mecanismo de defesa primário das vias aéreas menores, e a tosse o mecanismo de defesa primário para purificação das secreções das largas vias aéreas.
A ELIMINAÇÃO DA SECREÇÃO SE DÁ POR TRÊS MOTIVOS:
Durante a inspiração os brônquios se ampliam e estendem permitindo que o ar chegue aos alvéolos sem que a secreção seja levada mais profundamente. ™ 
Na expiração os brônquios se estreitam e encurtam, o que propicia a mobilização das secreções (acentua-se com a tosse). ™
O epitélio vibrátil das células da mucosa bronquial está em permanente movimento ondulante e facilitando um clearence das vias aéreas, em uma ação de arraste
DEPURAÇÃO DAS VIAS AÉREAS
TRANSPORTE MUCOCILIAR: Transportado pelos batimentos coordenados dos cílios; Cada célula possui em torno de 200 cílios; O cílio bate em 08 – 15 Hz;
MECANISMO DE TOSSE: A tosse é um reflexo que apresenta 4 fases:
1ª fase - vago é estimulado e manda um aviso para o bulbo (que tem o centro da tosse) é um aviso. Tudo que irrita a arvore respiratória é chamado de corpo estranho
2ª fase – inspiratória, essa fase é para colocar o ar para dentro
3ª fase – compressiva, há um fechamento da glote, aumentando a pressão.
4º fase – explosiva, a glote fecha e se tosse com toda a força, o ar sai a 160 km/h
O QUE PODE COMPROMETER A TOSSE : Via aérea articifial ; Depressão SNC; Lesão nervo laríngeo ; Obstrução VA ;Cirurgia abdominal ; Dor ; Fraqueza músculos abdominais
TÉCNICAS DE REMOÇÃO DE SECREÇÕES BRÔNQUICAS 
OBJETIVO: Auxiliar na mobilização e remoção de secreções retidas com o propósito de melhorar as trocas gasosas e minimizar o trabalho respiratório.
HISTORICO:
Tapotagem
Vibro-compressão 
Drenagem postural 
Aceleração do fluxo expiratório (Hulfing)
Flutter / PEP
AVALIAÇÃO
Deve-se fazer Ausculta Pulmonar; Hemogasometria; Depuração do Muco; Radiografia do Tórax; Broncoscopia e avaliar a Tosse 
NESTE QUANDO ENTENDEMOS AS TECNICAS:
DRENAGEM POSTURAL : É a drenagem das secreções de um ou mais segmentos ou lobo pulmonar utilizando o efeito da gravidade.
Indicações : Tosse e exercícios de expiração forçada não eficazes; Doenças pulmonares crônicas (Fibrose Cística, bronquiectasia e bronquite crônica). 
Contra indicações: HIC (PIC > 15mmHg) não controlada; Doenças de cabeça e pescoço; Hemorragia ativa; Pacientes idosos; Instabilidade hemodinâmica; Cardiopatias agudas e crônicas;
ONDAS DE CHOQUE
Vibração: Movimentos oscilatórios aplicados manualmente sobre o tórax com uma freqüência ideal de 3 a 75 Hz para modificar a reologia do muco.
Efeitos clínicos: Modifica a viscoelasticidade do muco brônquico; Facilita a depuração mucociliar (↓ viscosidade) 
Percussão: Com a mão em forma de "concha", a percussão consiste em bater ritmicamente sobre o tórax. Os punhos deverão estar relaxados e o movimento deve ser suave, adaptando-se ao tamanho de tórax de cada paciente. Em bebês usam-se as pontas dos dedos
Tapotagem : Punho – percussão
Indicações: Produção excessiva de secreções; • Retenção de secreção; • Utilizada gradualmente associada a DP, seguida de Vibração / Compressão.
Precauções: • Hemoptise franca; • Fratura de Costela; • ↑ PIC; • Crise de BCE; • Doenças ósseas degenerativas
Compressao:É uma força exercida manualmente sobre o tórax com o objetivo de aumentar o fluxo expiratório. A intensidade das pressões manuais e a sua conseqüência sobre as pressões intratorácicas têm relação com seus resultados na depuração brônquica
Tosse 
Dirigida: Técnica que mimetiza as características da tosse espontânea eficaz 
Manualmente Assistida: Aplicação de pressão com ambas as mãos no abdome superior após uma inspiração forçada e fechamento da glote . 
Estimulação Traqueal: Consiste em uma leve pressão digital sobre a cartilagem da traquéia. 
Huffing: Inspiração profunda ate a CPT, em seguida, realiza sopros expiratórios curtos como baforada, com a glote aberta. 
Tosse Mecanicamente Assistida: Aparelho portátil que alterna gradualmente pressões positivas e negativas,ás vias aéreas.
VARIAÇÃO DE FLUXO
Técnica de expiração forçada
2 – 3 respirações normais + inspiração próxima a CPT + Huff 
Objetivos: Remover secreções distais; Possibilita o fechamento das VA`s periféricas próximas a sua origem alveolar.
Expiração Lenta Total com a Glote Aberta – ELTGOL 
Expiração lenta, iniciada ao nível do volume residual e realizada até a CRF com a região a ser desobstruída em posição dependente. A técnica tem que ser bem tolerada pelo paciente e permanecer entre 10 a 15 min de cada lado. 
Indicações: Obstrução brônquica por secreção; Pacientes cooperativos; Pacientes broncorreativos 
Contra indicações/Limitações: Lesões cavitárias; Abcessos; Bronquiectasias importantes; Necessita da cooperação do paciente.
Expiração Lenta Prolongada - ELPr 
É uma técnica passiva de auxílio a expiração, obtida por meio de pressão manual externa lenta e iniciada no final de uma expiração espontânea e realizada até o volume residual. Crianças
Aceleração do Fluxo Expiratório - AFE 
Aumento ativo, ativo – assistido ou passivo do volume expirado, em velocidade ou quantidade, com o objetivo de mobilizar, deslocar, eliminar secreções traqueobrônquicas, com ou sem auxílio do fisioterapeuta.
Drenagem Autógena 
Técnica ativa que utiliza o fluxo expiratório, controlada pelo paciente, que drena secreções de todas as gerações brônquicas, realizada por meio de 3 fases de exercícios respiratórios. Necessita simplesmente de uma respiração controlada, principalmente a expiração, pois é com a saída do ar que o muco é descolado
Fases: Descolamento do muco: Periferia (Baixo volume pulmonar) Recolhimento do muco: Via aérea de médio calibre (Baixo e médio volume pulmonar) Remoção do muco: Grossos calibres (médio e alto volume pulmonar)
Outras Técnicas 
EPAP ; CPAP; PEP; OOAF ;Hiperinsulflação Manua; l PEEP-ZEEP
Hiperinsuflação Manual 
O Insulflar os pulmões com um volume maior que o VT, através de uma bolsa manual de ressucitação. Objetivos: Prevenir o colapso pulmonar, Reexpandir alvéolos colapsados Aumentar a oxigenação e a complacência pulmonar Aumentar o movimento das secreções pulmonares às vias aéreas centrais

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