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CONSTITUICOES BRASILEIRAS

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CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
1824 - BRASIL IMPÉRIO 
• Outorgada (tornada pública) pelo imperador D. Pedro I. 
• Fortaleceu o poder pessoal do imperador com a criação do quarto poder (moderador), 
que permitia ao soberano intervir, com funções fiscalizadoras, em assuntos próprios dos 
poderes Legislativo e Judiciário. 
• Províncias passam a ser governadas por presidentes nomeados pelo imperador. 
• Estabeleceu eleições indiretas e censitárias (homens livres, proprietários e 
condicionados ao seu nível de renda). 
Em 1823, com o apoio do Partido Português que era formado pelo alto escalão de 
funcionários públicos e comerciantes portugueses ricos, D. Pedro I dissolveu a 
Assembleia Constituinte impondo seu projeto próprio que se tornaria a Constituição de 
1824, conhecida como Brasil Império. Essa Carta, com data de 25 de março de 1824 
possuindo 179 artigos, apesar de aprovada por algumas Câmaras Municipais da 
confiança de D. Pedro I, é considerada como uma imposição imperial de D. Pedro I pelos 
historiadores. Uma das medidas que ganharam destaque nessa Constituição foi o 
fortalecimento do poder do Imperador quando este cria o poder Moderador que era maior 
que os poderes executivo, legislativo e judiciário. O imperador nomeia presidentes para 
governar as províncias e as eleições são indiretas, sendo dado o direito ao voto somente 
a homens livres e com propriedades e que tenham a renda mínima fixada em 100 mil réis 
líquidos anuais em bens de raiz, empregos, comércio ou indústria. Também, para ser 
eleito, era preciso que o cidadão comprova-se uma renda mínima que teria que ter 
proporção ao cargo que pretendia. Vale ressaltar que esta foi a Constituição que mais 
durou na história do Brasil com duração de 65 anos. 
1891 - BRASIL REPÚBLICA 
• Promulgada pelo Congresso Constitucional , elegeu indiretamente para a Presidência 
da República o marechal Deodoro da Fonseca. 
• Instituiu o presidencialismo, eleições diretas para a Câmara e o Senado e mandato 
presidencial de quatro anos. 
• Estabeleceu o voto universal, não-obrigatório e não-secreto; ficavam excluídos das 
eleições os menores de 21 anos, as mulheres, os analfabetos, os soldados e os 
religiosos. 
A proclamação da República, que ocorreu em 15 de novembro de 1889, trouxe mudanças 
significativas ao país em ambos os sistemas tanto econômico quanto político. Algumas 
dessas mudanças estavam entre o surgimento da inflação, a abolição do trabalho 
escravo, mudança das pessoas que viviam na área rural para a área urbana e a 
ampliação da indústria. Elegeu indiretamente Deodoro da Fonseca como proclamador da 
República e chefe do governo em caráter provisório, e Rui Barbosa, seu vice que 
constituíram uma comissão contendo cinco pessoas com o objetivo de expor um projeto 
CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
que seria avaliado pela futura Assembleia Constituinte. Este projeto vigorou como uma 
Constituição Provisória da República até que se tivessem conclusões efetivas da 
Constituinte. Com data de 24 de fevereiro de 1891, a nova constituição trouxe mudanças 
como a instituição com forma federativa de Estado e republicana de governo, a fixação da 
independência dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário (excluído o poder 
Moderador), voto passou a ter menos restrições, porém continuou impedido o voto de 
mendigos e analfabetos, houve a separação da Igreja e Estado e a igreja católica perdeu 
o status de religião oficial e o habeas corpus foi instituído. 
1934 - SEGUNDA REPÚBLICA 
• Promulgada pela Assembléia Constituinte no primeiro governo de Getúlio Vargas. 
• Instituiu a obrigatoriedade do voto e tornou-o secreto; ampliou o direito de voto para 
mulheres e cidadãos de no mínimo 18 anos de idade. Continuaram fora do jogo 
democrático os analfabetos, os soldados e os religiosos. Para dar maior confiabilidade 
aos pleitos, foi criada a Justiça Eleitoral. 
• Instituiu o salário mínimo, a jornada de trabalho de oito horas, o repouso semanal e as 
férias anuais remunerados e a indenização por dispensa sem justa causa. Sindicatos e 
associações profissionais passaram a ser reconhecidos, com o direito de funcionar 
autonomamente. 
Em novembro de 1933, foi realizada no Brasil uma nova Assembleia Constituinte 
presidida por Getúlio Vargas. Como medidas, a nova constituição datada em 16 de julho 
de 1934, trouxe: um aumento do poder do governo federal, voto passou a ser obrigatório 
e secreto a partir dos 18 anos com direito de voto às mulheres, porém mantendo a 
proibição do voto aos mendigos e analfabetos, foi instituída a Justiça do Trabalho e 
Justiça Eleitoral, foram criadas as leis trabalhistas com jornada de trabalho de oito horas 
diárias, descanso semanal e férias remuneradas e foi instituído o mandando de 
segurança e a ação popular. Vale ressaltar que a Constituição de 1934 sofreu três 
emendas em dezembro de 1935, cujo destino foi forçar a segurança do Estado e 
obrigações do Executivo para evitar revoluções políticas e sociais. Foi a Constituição que 
vigorou por menos tempos no país com duração de três anos. 
1937 
• Outorgada (concedida) no governo Getúlio Vargas. 
• Instituiu o regime ditatorial do Estado Novo: a pena de morte, a suspensão de 
imunidades parlamentares, a prisão e o exílio de opositores. 
• Suprimiu a liberdade partidária e extinguiu a independência dos poderes e a autonomia 
federativa. Governadores e prefeitos passaram a ser nomeados pelo presidente, cuja 
eleição também seria indireta. Vargas, porém, permaneceu no poder, sem aprovação de 
sua continuidade, até 1945. 
Na data de 10 de novembro de 1937, houve um golpe de Estado comandado por Getúlio 
Vargas que deixaria o governo em 1938, na tentativa de continuar no poder, assumiu 
poderes ditatoriais. Getúlio revogou a Constituição de 1934, desfez o Congresso e 
CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
outorgou ao país sem antes consultar qualquer pessoa. A Carta Constitucional do estado 
Novo, datada em 10 de novembro de 1937, tinha inspiração fascista e concentrava o 
poder nas mãos do chefe supremo do Executivo, com a abolição dos partidos políticos. Ao 
ressaltar as medidas com maior destaque da Nova Constituição, podemos citar: retirada 
da independência dos Poderes Judiciário e Legislativo, instauração da pena de morte, 
abolição da liberdade de imprensa e partidária, prisão e exílio a quem se opunha ao 
governo, eleição indireta para presidente da República com mandato de seis anos e 
mandato presidencial prorrogado até a realização de um plebiscito que nunca ocorreu. 
Com a perda da Segunda Guerra Mundial pela Alemanha, as ditaduras de direita do 
mundo entraram em crise fazendo o Brasil sentir os efeitos. Getúlio tentou continuar no 
poder em vão, mas renunciou o posto devido a grande pressão do povo com apoio das 
Forças Armadas. Dois dias depois, José Linhares, então presidente do STF, assumiu o 
posto. Logo, em 1945, com nova eleição, o país elegeu o general Eurico Gaspar Dutra, 
que seguiu governado por decretos-lei, enquanto preparava-se uma nova Constituição. 
1946 
• Promulgada no governo de Eurico Gaspar Dutra, após o período do Estado Novo, 
restabeleceu os direitos individuais e extinguiu a censura e a pena de morte. 
• Instituiu eleições diretas para presidente da República, com mandato de cinco anos. 
• Restabeleceu o direito de greve e o direito à estabilidade de emprego após 10 anos de 
serviço. 
• Retomou a independência dos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e a 
autonomia dos estados e municípios. 
• Retomou o direito de voto obrigatório e universal, sendo excluídos os menores de 18 
anos, os analfabetos, os soldados e os religiosos. 
Datada em 18 de setembro de 1946, a Constituição de 1946 voltou com a democracia e 
foi promulgada legalmente pelo Congresso recém-eleito. Vale destacar algumas medidas: 
os direitos individuais foram retomados, abolição da pena de mortee tortura, volta da 
independência dos poderes executivos e legislativo e judiciário criando um equilíbrio entre 
ele, deu autonomia aos estados e municípios, instauração de eleição direta para 
presidente da República com mandato estabelecido em cinco anos, integração da Justiça 
do Trabalho e direito de greve e livre associação sindical. Através da emenda de 2 de 
setembro de 1961, foi implantado o parlamentarismo, motivada pela crise político-militar 
após a renúncia de Jânio Quadros. Em 1962, através de plebiscito, os brasileiros optam 
pela volta do presidencialismo. Em 1964, o golpe militar derrubou João Goulart, que era 
vice de Jânio Quadros, condenando o país a uma nova ditadura. 
1967-1968 
• 67 proclamou-se promulgada, no qual recebeu poderes constituintes do movimento 
militar de 1964, o que é juridicamente inaceitável, portanto podemos dizer que ela foi 
semi-outorgada 
• 68 não foi constituição, foi emenda (AI-5 foi o mais duro). 
CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
O Brasil se encontrava numa época de extremo autoritarismo com política denominada 
segurança nacional que tinha como objetivo afastar quem se opunha contra o regime, a 
tão dura ditadura vivida pelo país, instaurada em 1964. Esse regime conservou o 
Congresso, mas passou a controlar o poder Legislativo. Assim, o poder Executivo enviou 
ao Congresso uma proposta de uma nova Constituição que foi aprovada e promulgada 
em 24 de janeiro de 1967. Por sua vez, manteve a Federação, expandiu a União e 
instaurou eleição indireta para presidente da República através de Colégio Eleitoral que 
era composto por integrantes do Congresso e alguns indicados pelas Assembleias 
Legislativas. Também foram suspensa todas as garantias dos magistrados do poder 
Judiciário. De 1964 a 1969, foram decretados 17 Atos Institucionais (regulamentados por 
104 atos complementares) conhecidos como AI’s. Estes serviram para dar legitimação às 
ações políticas dos militares e davam a eles poderes extra constitucionais. O AI-5 foi um 
dos atos com maior poder sobre o país, datado em 13 de dezembro de 1968, deu poder 
absoluto ao regime militar. Seu primeiro ato foi o fechamento do Congresso Nacional por 
quase um ano e deu recesso aos mandatos dos senadores, deputados e vereadores que 
só recebiam a parte fixa de seus subsídios. Suspendeu todas as reuniões políticas, os 
meios de comunicação incluindo música, teatro e cinema foram censurados, 
suspenderam o habeas corpus para crimes políticos e deu poder de exceção aos 
governantes para punir arbitrariamente os que fossem inimigos do regime ou como tal 
considerados. O AI-5 foi revogado em 1978. 
1988 
• Promulgada 
• Retomada do pleno estado de direito democrático após o período militar. 
• Ampliação e fortalecimento das garantias dos direitos individuais e das liberdades 
públicas. 
• Retomada do regime representativo, presidencialista e federativo. 
• Destaque para a defesa do meio ambiente e do patrimônio cultural da nação. 
• Garantia do direito de voto aos analfabetos e aos maiores de 16 anos (opcional) em 
eleições livres e diretas, para todos os níveis, com voto universal, secreto e obrigatório. 
Em 27 de novembro de 1985, após o fim do regime militar, foi convocada a Assembleia 
Nacional Constituinte com a finalidade de elaborar uma nova Constituição. Esta trazia 
mudanças fundamentais ampliando a liberdade, direitos e garantias individuais dos 
cidadãos. Concedeu direito ao voto aos analfabetos e jovens de 16 a 17 anos, 
estabeleceu novos direitos trabalhistas, reduziu a jornada de trabalho de 48 para 44 
horas, seguro desemprego e férias remuneradas acrescidas de um terço do salário, 
eleições passaram a ser majoritárias em dois turnos, direito à greve e liberdade sindical, 
licença maternidade aumentou de três para quatro meses, estabeleceu licença 
paternidade de cinco dias, foi instaurado o STJ (Supremo Tribunal de Justiça) substituindo 
o Tribunal Federal de Recursos, criado o mandado de injunção e habeas data e o habeas 
corpus foi restaurado, censura aos meios de comunicação teve fim, reforma do sistema 
tributário, ordem econômica e social, alterou a legislação que tratava da seguridade e 
assistência social e criou leis para proteger o meio ambiente. A Constituição de 1988 
sofreu 91 emendas e vigora até os dias de hoje. 
CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
REFORMAS CONSTITUCIONAIS
ANO MUDANÇA
1961 • Adoção do parlamentarismo.
1963 • Volta ao presidencialismo.
1964-1967
• Com o golpe de Estado e até 1967, são 
decretados quatro atos institucionais que 
permitem ao governo legislar sobre 
qualquer assunto. 
• É instituída, entre outras coisas, a Lei de 
Greve e o Fundo de Garantia por Tempo 
de Serviço (FGTS); decretam-se o fim da 
estabilidade no emprego, as eleições 
indiretas para presidente da República e 
governadores de estados. O Poder 
Judiciário torna-se mais dependente do 
Executivo. São extintos os partidos 
políticos e é criado o bipartidarismo. 
1967
• Uma Carta constitucional institucionaliza 
o regime militar de 1964. 
• Mantêm-se os atos inst i tucionais 
promulgados entre 1964 e 1967. 
• Fica restringida a autonomia dos 
estados. 
• O presidente da República pode expedir 
decretos-leis sobre segurança nacional e 
assuntos financeiros sem submetê-los 
previamente à apreciação do Congresso. 
• As eleições presidenciais permanecem 
indiretas, com voto descoberto.
CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
1968
• Ato Institucional n. 5 
• Suspensão da Constituição. 
• Poderes absolutos do presidente: fechar 
o Congresso, legislar sem impedimento, 
reabrir cassações, demissões e demais 
punições sumários, sem possibilidade de 
apreciação judicial. 
1979
• Reforma da Constituição de 1969, em 
que é revogado o AI-5 e outros atos que 
conflitavam com o texto constitucional. 
• Quanto às medidas de emergência, o 
presidente poderia determiná-las, 
dependendo apenas da consulta a um 
conselho constitucional, composto pelo 
presidente da República, pelo vice-
presidente, pelos presidentes do Senado 
e da Câmara, pelo ministro da Justiça e 
por um ministro representando as Forças 
Armadas. 
• O estado de sítio só poderia ser 
dec re tado com a ap rovação do 
Congresso. 
REFORMAS CONSTITUCIONAIS
ANO MUDANÇA
OUTORGADAS PROMULGADAS
1824 1891
1937 1934
1967* 1946
1968* 1988
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