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Resumo de Legislação Comercial

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Resumo – Legislação Comercial
Aula 1 – Evolução histórica do Direito Comercial
­ Direito Comercial: é um conjunto de normas jurídicas que regulam a empresa quanto a sua organização e ao seu exercício.
­ Fases do Direito Comercial: subjetiva­corporativista; objetiva e Direito Empresarial.
­  Fase  Subjetiva­corporativista:  é  aquela  na  qual  o  Direito  Comercial  é  entendido  como  um  direito  fechado,  classista  e 
privativo,  em  princípio,  das  pessoas  matriculadas  nas  corporações  de  mercadores.  Nessa  fase  que  nasceram  os  títulos  de 
créditos (que são de fundamental importância para o desenvolvimento e dinamização das relações comerciais. 
­  Fase  objetiva:  O  Direito  Comercial  era  extensivo  a  todos  que  praticassem  determinados  atos  previstos  em  lei,  tanto  no 
comércio e na indústria como em outras atividades econômicas, independentes de classe.
­ Direito Empresarial: a atividade negocial não se caracterizaria mais pela prática de atos de comércio, mas pelo exercício 
profissional de qualquer atividade econômica organizada, exceto a atividade intelectual, para a produção ou circulação de bens 
ou serviços.     
­ Fases do Direito Comercial no Brasil: fase luso­brasileira e fase brasileira.
­ Fase luso­brasileira: criação da Junta Comercial e criação do Banco do Brasil
­  Fase  brasileira:  promulgação  do  Código  Comercial  em  1850,  leis  especiais  sobre  as  Sociedades  por  Cotas  de 
Responsabilidade Limitada em 1919, e o Novo Código Civil.
­ Assuntos não disciplinados pelo novo Código Civil: falência, concordata, títulos de créditos em espécie, entre outros.
Aula 2 – Empresário – Registro – Escrituração
­  Elementos  que  caracterizam  a  figura  do  empresário:  a  iniciativa  e  o  risco.  O  poder  da  iniciativa  lhe  pertence 
exclusivamente, é ele quem decide o destino da empresa e o ritmo de sua atividade.
­ Requisitos básicos para condição de empresário: capacidade jurídica (deve estar em pleno gozo de sua capacidade jurídica 
– deve ser maior de 18 anos, e ter discernimento necessário), ausência de impedimento legal para o exercício da empresa (não 
pode  ser  médico  quem  não  tiver  o  curso  superior  em  medicina,  por  exemplo,  ou  não  pode  ser  sócio  de  uma  sociedade 
empresarial  juízes,  membros  do  Ministério  Público,  militares,  etc),  efetivo  exercício  profissional  da  empresa  (só  será 
considerado empresário aquele que o  fizer profissionalmente e não esporadicamente, que o  fizer em nome próprio e não em 
nome de outros, e o fizer com o intuito de lucro e não graciosamente), e registro obrigatório (a empresa deve ser registrada para 
ganhar personalidade jurídica).
­ a empresa que não possui personalidade jurídica (que não é registrada) não pode obter CNPJ, não pode emitir nota fiscal nem 
duplicata, entrando na sonegação fiscal.
­  Para  o  empresário  rural,  o  registro  é  facultativo, mas  se  o  fizer,  receberá  tratamento  legal  idêntico  àquele  dispensado  ao 
empresário sujeito à registro.
­ Funções do Departamento Nacional de Registro do Comércio como Órgão Central: Supervisão, orientação, coordenação 
e normatização, no plano técnico; e supletiva no plano administrativo.
­ Funções das Juntas Comerciais como Órgãos Locais: Execução e administração dos serviços de registro.
­ Documentos necessários para requerer o arquivamento de constituição de empresa: Instrumento original de constituição 
(contrato  social,  por  exemplo)  assinado  pelo  titular,  pelos  administradores,  sócios  ou  procuradores;  certidão  criminal  do 
registro,  comprovando  que  não  há  impedimento  legal  dos  sócios;  ficha  cadastral;  comprovante  de  pagamento  das  custas;  e 
prova da  identidade dos  titulares  e  administradores da  empresa.     O contrato deve  estar  vistado por  advogado,  com nome e 
registro OAB.
­ Obrigação do  empresário  e  da  sociedade  empresarial: manter  a  escrituração,  ter  seus  livros  autenticados,  conservar  os 
registros enquanto não prescreverem, e levantar anualmente o balanço patrimonial e o resultado econômico. Devem ser feito em 
idioma e moeda corrente, e o único instrumento obrigatório é o livro Diário. 
­ Livro de Registro de Duplicatas: deve ser escriturado quando se adota o regime de vendas com prazo superior a 30 dias.
­  Os  estabelecimentos  industriais,  atacadistas,  varejistas  e  os  que  mantêm  atividade  enquadrada  no  regime  de 
pagamento de imposto por estimativa deverão adotar os seguintes livros: registro de entradas e registro de saídas; egistro 
de utilização de documentos fiscais e termos de ocorrências; registro de inventário; e registro de apuração de ICMS. 
­ No caso de estabelecimentos industriais, deve ser adotados também os livros de controle de produção e de estoque e o livro de 
apuração do IPI.
­ Os atacadistas devem possuir o livro de controle de produção e de estoque.
­  o  livro  de  registro  de  apuração  do  ICMS  é  facultativo  no  caso  de  contribuinte  enquadrado  no  sistema  de  pagamento  de 
imposto por estimativa.
­ Princípio da regularidade do exercício profissional: a prática profissional da empresa só se caracteriza quando regular. O 
Direito só reconhece a empresa quando iniciada conforme a lei.
­ Escrituração da empresa: consiste em seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração 
uniforme  de  seus  livros,  em  concorrência  com  a  respectiva  documentação  e  levantar  anualmente  o  balanço  patrimonial  e  o 
resultado econômico. 
­ A  lei  assegura  tratamento  favorecido,  diferenciado  e  simplificado  ao  empresário  rural  e  ao  pequeno  empresário,  quanto  à 
inscrição e os efeitos daí decorrentes.
Aula 3 – Estabelecimento Empresarial – Nome Empresarial – Marca
­ Estabelecimento Empresarial: é o conjunto de bens necessários ao desenvolvimento de sua atividade econômica.
­ Composição do estabelecimento empresarial: bens corpóreos – instalações, equipamentos, utensílios, veículos, etc; e bens 
incorpóreos – marcas, patentes, ponto comercial, etc.
­ Em caso de desapropriação do imóvel em que o empresário mantêm o seu estabelecimento empresarial, a indenização deve 
ser correspondente ao valor do fundo de empresa por ele criado. Na sucessão por morte, o estabelecimento empresarial deve ser 
considerado não apenas pelo valor do simples somatório do preço dos bens singularmente considerados que o compõem, mas 
pelo valor desses bens agregado ao valor decorrente da situação peculiar em que se encontram, reunidos para possibilitar o pelo 
desenvolvimento de uma atividade empresarial.
­ No caso de venda do estabelecimento empresarial, deve ser dito que os débitos anteriores, desde que contabilizados, são de 
responsabilidade do adquirente, mas o devedor primitivo continua solidariamente obrigado a honrar a dívida pelo prazo de uma 
ano.
­ Ao vender um estabelecimento, se há alguma dívida (tipo um empréstimo) em nome do estabelecimento, para se eximir da 
responsabilidade de quitar a dívida, o vendedor deve registrar o contrato de venda na Junta Comercial.
­  O  estabelecimento  empresarial  pode  ser  descentralizado:  o  empresário  pode  manter  filiais,  sucursais  ou  agências, 
depósitos  em  prédios  isolados,  unidades  administrativas  e  até  estabelecimento  virtual,  que  se  distingue  do  estabelecimento 
empresarial apenas pelo meio de acessibilidade.
­  Nome  empresarial:  individualiza  e  assinala  a  espécie  de  responsabilidade  patrimonial  do  empresário  ou  da  sociedade 
empresarial.
­ Tipos de nomes empresariais: Firma (tem como base o nome civil do empresário ou dos sócios da sociedade empresarial. É 
a  assinatura  do  empresário)  e  Denominação  (tanto  pode  ter  como  base  o  nome  civil  quanto  outra  expressão),  pois  o 
representante legal deve usar sua assinatura civil sobre o nome empresarial da sociedade, escrito, impresso ou carimbado).
­ Firma deve possuiro nome dos sócios e denominação não precisa.
­ Firma de empresário individual: pode abreviar seu nome ou não, e se quiser, pode agregar o ramo da atividade. Exemplos: 
Antonio Silva Pereira; A.S.Pereira; Silva Pereira; S.Pereira Livros Técnicos...
­ Firma de sociedade em nome coletivo: estão autorizadas a adotar somente firma social, que pode ter como base o nome civil 
de  um,  alguns  ou  todos  os  sócios,  por  extenso  ou  abreviados.  Se  não  constar  o  nome  de  todos  os  sócios,  é  obrigatória  a 
utilização de “e companhia” ou “& Cia”. Exemplo, sociedade composta por Antonio Silva, Benedito Pereira e Carlos Souza, 
podem optar por: Antonio Silva, Benedito Pereira & Carlos Souza; Pereira, Silva & Souza; A.Silva, B.Pereira&Souza Livros 
Técnicos; Antonio Silva & Cia; etc.
­  A  sociedade  em  nome  coletivo  só  pode  ser  constituída  por  pessoa  física,  não  sendo  admitida  a  participação  de  outras 
sociedades.
­ Sociedade em Comandita Simples: só pode compor nome empresarial por meio de firma, constando nome civil de sócios 
comanditados.  Os  sócios  comanditários  não  podem  ter  seus  nomes  na  firmação  do  nome  empresarial,  pois  não  tem 
responsabilidade ilimitada pelas obrigações da sociedade. É obrigatório o uso a expressão “& Cia “ para fazer referencia aos 
sócios dessa categoria.
­ Sociedade Limitada: está autorizada a funcionar sob firma ou denominação. 
­ Sociedade Anônima: só pode adotar denominação na qual deve constar referência ao objeto social.
­ Situações em que a alteração do nome empresarial se torna obrigatória: saída, retirada ou morte de sócio cujo nome civil 
constava na firma social; alteração da categoria de sócio, quanto à responsabilidade pelas obrigações sociais, se o nome civil 
dele integrava o nome empresarial; alienação do estabelecimento por ato entre vivos; e se alterar o tipo de sociedade (exemplo, 
de Ltda para anônima, ou vice e versa).
­ Marcas: destinam­se a individualizar os produtos ou serviços de uma empresa. Registro obtido pelo INPI (Instituto Nacional 
de Propriedade Industrial).
­ Exemplos de marcas: Coca Cola; Forno de Minas Pão de Queijo.
­ Natureza das marcas, quanto à origem: marca brasileira  (regularmente depositada no Brasil,  por  pessoa domiciliada no 
país) e marca estrangeira (regularmente depositada no Brasil, por pessoa não domiciliada no país).
­  Natureza  das  marcas,  quanto  ao  uso:  marcas  de  produtos  ou  serviços  (usadas  para  distinguí­los  de  outros  idênticos, 
semelhantes  ou  afins,  de  origens  diversas,  como  Lazag  –  Roupas,  Embratur  –  Turismo);  marcas  coletivas  (usadas  para 
identificar produtos ou serviços provindos de membros de uma determinada entidade) e marcas de certificação (se destinam a 
atestar a conformidade de um produto ou serviço com determinadas normas ou especificações técnicas, notadamente quanto à 
qualidade, natureza, ao material utilizado e à tecnologia empregada.
­ Natureza das marcas, quanto a apresentação: marca nominativa (constituída por uma ou mais palavras); marca figurativa 
(constituída  por  desenho,  imagem,  figura  ou  qualquer  forma  estilizada  de  letra  e  número),  marca  mista  (constituída  pela 
combinação de letras e figuras); e marca tridimensional (constituída de forma plástica de produto ou de embalagem, cuja forma 
tenha capacidade distintiva entre si mesma e esteja dissociada de qualquer efeito técnico).
­ O prazo de validade do registro de marca é de 10 anos, contados a partir da data de concessão.  Esse prazo é prorrogável, a 
pedido do titular, por pedidos iguais e sucessivos. Se não for prorrogado, o registro será extinto e a marca estará disponível.
Aula 4 – Formação da Sociedade Empresarial
­  As  pessoas  jurídicas  são  divididas  em  dois  grupos:  Pessoas  jurídicas  de  direito  público  (como  a  União,  Estados, 
Municípios,  Distrito  Federal,  Territórios)  e  Pessoas  jurídicas  de  direito  privado  (todas  as  demais,  como  bancos  comerciais, 
sociedades empresariais, universidades provadas, etc).
­  Estatais:  Pessoas  jurídicas  de  direito  privado,  cujo  capital  é  formado,  totalmente  ou  majoritariamente,  por  recursos 
provenientes do poder público, que engloba a  sociedade de economia mista, da qual particulares  também participam, porem 
minoritariamente. Exemplo: Banco do Brasil, Petrobrás.
­  Fundações  e  associações:  Podem  ser  pessoas  jurídicas  de  direito  privado  não­estatais  (como  FGV,  Fundação  Roberto 
Marinho, etc) ou pessoas jurídicas de direito público quando estatais (como Fundação Oswaldo Cruz, Fundação Universidade 
Regional de Blumenau).
­ Sociedades rurais sem registro na Junta Comercial: sociedades não empresariais com escopo lucrativo.
­ O que caracteriza a pessoa jurídica de direito privado não estatal como sociedade simples ou empresária é o modo de explorar 
seu objeto. O objeto social explorado sem empresarialidade (sem organizar profissionalmente os fatores de produção) faz a sua 
classificação como simples, enquanto a exploração empresarial do objeto social caracteriza a sociedade como empresária.
­  Exemplos  de  sociedades  simples:  Legião  da Boa Vontade,  Consórcio  Intermunicipal  Lagos  de  São  João,  clubes  sociais, 
Santas Casas.
­ Sociedade empresária:  nasce  em decorrência do contrato  social ou estatuto, que  surge quando devidamente  registrada na 
Junta Comercial.
­ Pessoa jurídica não se confunde com as pessoas que compõem a sociedade. Ela tem personalidade jurídica distinta da de seus 
sócios.
­ Conseqüências da aquisição da personalidade jurídica: a sociedade é capaz de direitos e obrigações (pode contratar e se 
obrigar);  tem  individualidade  (não  se  confunde  com  a  pessoa  dos  sócios  que  a  constituem);  tem  patrimônio  próprio  que 
responde  ilimitadamente  por  seu  passivo;  e  pode modificar  sua  estrutura  jurídica  (adotando  outro  tipo  de  sociedade  ou  sua 
estrutura econômica (pela retirada, substituição ou ingresso dos sócios).
­  Tipos  de  Sociedades  Empresariais:  Sociedade  em  Nome  Coletivo  (N/C);  Sociedade  em  Comandita  Simples  (C/S); 
Sociedade  em  Comandita  por  Ações  (C/A);  Sociedade  em  Conta  de  Participação  (C/P);  Sociedade  Limitada  (LTDA)  e 
Sociedade Anônima ou Companhia (S/A)
­  Formas  de  classificação  das  sociedades  empresariais:  Quanto  à  responsabilidade  dos  sócios  pelas  obrigações  sociais; 
quanto ao regime de constituição e dissolução; e quanto às condições para alienação da participação societária.
­  Classificação  das  sociedades  quanto  à  responsabilidade  dos  sócios  pelas  obrigações  sociais:  Sociedade  Ilimitada; 
Sociedade Mista; e Sociedade Limitada.
­ Sociedade Ilimitada: todos os sócios respondem ilimitadamente pelas obrigações sociais. É o caso da Sociedade em Nome 
Coletivo (S/C).
­ Sociedade Mista: uma parte dos sócios tem responsabilidade ilimitada e outra parte dos sócios tem responsabilidade limitada. 
São  dessa  categoria  as  Sociedades  em  Comandita  Simples  (C/S)  (sócio  comanditado  responde  ilimitadamente  e  sócio 
comanditário  responde  limitadamente),  e  Sociedade  em Comandita  por Ações  (C/A)  (sócios  diretores  tem  responsabilidade 
ilimitada e demais acionistas respondem limitadamente).
­  Sociedade  Limitada:  todos  os  sócios  respondem  de  forma  limitada  pelas  obrigações  sociais.  É  o  caso  das  Sociedades 
Limitadas (Ltda) e Anônima (S/A).
­  Classificação  das  sociedades  quanto  ao  regime  de  constituição  e  dissolução:  Sociedades  Contratuais  e  Sociedades 
Institucionais
­ Sociedades Contratuais: ato regulamentar é o contrato social. Para dissolução, não basta a vontade majoritária dos sócios. 
São  sociedades  contratuais:  Sociedade  em  Nome  Coletivo  (N/C),  Sociedade  em  Comandita  Simples  (C/S)  e  Sociedade 
Limitada (Ltda).
­ Sociedades Institucionais: ato regulamentar é o estatuto social. Podem ser dissolvidaspor vontade da maioria societária. São 
sociedades institucionais: Sociedade Anônima (S/A) e Sociedade em Comandita por Ações (C/A)  
­ Classificação das  sociedades quanto  às  condições de  alienação da participação  societária: Em algumas  sociedades  os 
atributos  individuais  do  sócio  interferem  com  a  realização  do  objeto  social.  Se  classificam  em  Sociedades  de  pessoas  e 
sociedades de capital.
­ Sociedades de pessoas: sócios têm direito de vetar o ingresso de estranho no quadro associativo. Se enquadram as Sociedades 
em Nome Coletivo (N/C) e Sociedade em Comandita Simples (C/S)
­ Sociedades de  capital:  vigora  o  princípio da  livre  circulabilidade da participação  societária. Se  enquadram as Sociedades 
Anônimas (S/A) e Sociedades em Comandita por Ações (C/A)
­ Na Sociedade Limitada (Ltda) o contrato social definirá a existência ou não e a extensão do direito de veto ao  ingresso de 
novos sócios.
­ As sociedades institucionais são sempre de capital, enquanto as contratuais podem ser de capital ou de pessoas. A sociedade 
limitada tem natureza de sociedade de pessoas, a menos que o contrato social lhe confira natureza de sociedade de capital.
­ Se a empresa tiver com o capital da sociedade integralizado, no caso de penhora de bens, os bens dos sócios não podem ser 
penhorados. 
­ Se o capital da empresa ainda não estiver totalmente integralizado, os sócios respondem solidariamente até o valor que falta 
para integralizar o capital.
Aula 5 – Sociedades Contratuais – Sociedade Limitada
­ Sociedades constituídas por Contrato Social: Sociedade em nome coletivo, em comandita simples e limitada.
­ Dissolução da sociedade: podem ocorrer em decorrência da vontade dos sócios ou por decisão judicial.
­ Para ter validade, o contrato social deve se formada por agentes capazes (menores podem fazer parte, desde que devidamente 
representado ou assistido e não tenha poderes de administração e que o capital esteja totalmente integralizado), deve ser uma 
atividade  lícita.  Todos  os  sócios  devem  contribuir  para    a  formação  do  capital  social  e  todos  participarão  dos  resultados, 
positivos  ou  negativos. Não  é  permitido  indenizar  um  dos  sócios  em  caso  de  falência,  porque  seria  equivalente  à  exclusão 
daquele sócio das perdas sociais. 
­  Cláusulas  contratuais  obrigatórias:  tipo  de  sociedade;  atividade  a  ser  explorada;  capital  da  sociedade  e  prazo  de 
integralização e cotas pertencentes a cada sócio; qualificação dos sócios; nomeação do administrador; nome empresarial; sede e 
foro; e prazo de duração (determinado ou indeterminado).
­ As decisões que tenham que ser tomadas por meio de voto, o que decide é a quantidade de cotas e não o numero de votos. O 
numero de votos só é importante quando há empates entre a mesa quantidade de cotas, aí vence a opção que tem maior numero 
de pessoas.
­ Sociedade em Nome Coletivo: todos os sócios respondem ilimitadamente pelas obrigações sociais. Qualquer um dos sócios 
pode ser nomeado administrador e ter seu nome aproveitado na composição do nome empresarial.
­  Sociedade  em  Comandita  Simples:  sócio  comanditado  responde  ilimitadamente  e  sócio  comanditário  responde 
limitadamente).
­ Sociedade em Conta de Participação: quando duas ou mais pessoas se associam para um empreendimento comum, ficando 
um ou mais sócios em posição de evidencia e outro ou outros sócios em posição oculta.
­ Sociedade Limitada: todos os sócios respondem de forma limitada pelas obrigações sociais. A designação LIMITADA deve 
constar de forma expressa no contrato social, senão a responsabilidade dos sócios passa a ser ilimitada.
­  Sociedade  Limitada:  garante  aos  seus  sócios  a  limitação  da  responsabilidade,  separando  o  patrimônio  da  sociedade  do 
patrimônio dos sócios (cada sócio só responde pela parcela do capital que integralizar, como ocorre na Sociedade Anônima – se 
o capital não estiver totalmente integralizado, os sócios assumem a responsabilidade solidária entre si pelo montante que faltar 
para a complementação do capital).
­ Sociedade em Nome Coletivo: só podem ser formadas por pessoas físicas.
­ No caso do sócio de uma empresa Limitada não recolher os tributos de acordo com a legislação, se fez por engano e não teve 
a intenção de sonegar, a sociedade deve arcar com a quitação da dívida, mas se for comprovado que ele agiu de má fé, ele deve 
assumir a dívida sozinho.
Aula 6 – Sociedade por Ações
­ Sociedade Anônima: Regida pela Lei 6404/76
­ Objetivo fundamental das Sociedades Anônimas: Tendência à produção em grande escala.
­ Fator mais importante para as Sociedades Anônimas: mercado de ações, considerado uma forma de captar recursos para a 
empresa
­ Sociedade Anônima: Capital se divide em ações, obrigando­se cada sócio ou acionista somente pelo preço de emissão das 
ações que adquirir. 
­ Sociedade Anônima: independente do seu objeto social, será sempre considerada uma sociedade empresarial, em nenhuma 
hipótese pode ser constituída como Sociedade Anônima uma sociedade não empresarial (sem fins lucrativos).
­  Empresas  constituídas  sob  a  modalidade  de  sociedade  anônima:  Companhia  Aberta  (disponibiliza  suas  ações  para 
negociação  no  mercado  através  da  Bolsa  de  Valores)  ou  Companhia  Fechada  (ações  pertencem  somente  aos  acionistas 
constantes no estatuto social e não são negociadas no mercado de ações).
­ Na Sociedade Anônima,  a  avaliação  de  bens  para  integralização  do  capital  deve  ser  feita  por  três  peritos  ou  por  empresa 
especializada, e após a apresentação do laudo deve ser aprovado por assembléia.
­ Direitos dos Acionistas,  que não poderão  ser privados, nem pelo  estatuto nem pela  assembléia geral:  participar dos  lucros 
sociais; participar do acervo da Companhia, em caso de liquidação; fiscalizar a gestão dos negócios sociais; ter preferência para 
subscrição de ações, e retirar­se da sociedade nos casos previstos em Lei.
­  Sociedade  em Comandita por Ações: Tem o  capital  dividido  por  ações,  e  rege­se  pelas  normas  da Sociedade Anônima. 
Somente  o  acionista  tem  qualidade  para  administrar  a  sociedade,  e  como  diretor,  responde  ilimitadamente  pelas  obrigações 
sociais. Os diretores são nomeados na constituição da sociedade (no estatuto) e somente poderão ser destituídos por deliberação 
dos acionistas que representem no mínimo dois terços do capital social. Após a sua saída, o diretor continua responsável pelo 
prazo de dois anos pelas obrigações sociais contraídas sob sua administração.
­ Tipos de ações: Preferenciais (dão preferência aos acionistas no pagamento dos dividendos e também em caso de liquidação 
da empresa em relação as ações ordinárias – em caso de falência, os possuidores de ações preferenciais tem maiores chances de 
recuperar  parte  de  seus  investimentos  do  que  os  possuidores  de  ações  ordinárias)  ou  Ordinárias  (dão  direito  de  voto  ao 
acionista,  o  que  não  ocorre  nas  ações  preferenciais.  O  possuidor  de  ação  ordinária  não  são  responsáveis  pelas  dívidas  da 
empresa)
Aula 7 – Títulos de Crédito
­  Atributos  dos  títulos  de  crédito:  Negociabilidade  (o  credor,  portador  de  um  título  de  crédito,  pode  negociá­lo  antes  do 
vencimento da obrigação, oferecendo­o como garantia em empréstimo bancário, ou pagar seus próprios credores com o título, 
endossando­o) e Executividade (possibilitam a execução imediata do valor devido)
­  Características  do  título  de  crédito:  Cartularidade  (Só  é  credor  do  título  de  crédito  quem  detiver  a  posse  do  original); 
Literalidade  (o  que  não  se  encontra  expressamente  consignado  no  título  de  crédito  não  produz  consequências  jurídico­
cambiais); e Autonomia (obrigações representadas por um mesmo título de credito são independentes entre si).
­  Classificação  dos  títulos  de  crédito:  quanto  ao  modelo;  quantoà  estrutura;  quanto  às  hipóteses  de  emissão;  quanto  à 
circulação; e quanto ao conteúdo. 
­ Classificação  dos  títulos  de  crédito  quanto  ao modelo: modelo  livre  (não  precisam  observar  um  padrão  estabelecido  – 
exemplo,  Letras  de Cambio  e Nota  Promissória)  ou modelo  vinculado  (Exemplo,  o  cheque,  que  somente  será  vinculado  se 
lançado no formulário próprio fornecido, por talão, pelo próprio banco sacado).
­  Classificação  dos  títulos  de  crédito  quanto  à  estrutura:  Ordem  de  pagamento  (o  saque  cambial  origina  três  situações 
jurídicas distintas –  a quem dá  a ordem,  a do destinatário da ordem e  a do beneficiário da ordem,  como exemplo, Letra de 
Cambio,  Cheque  e  Duplicata  Mercantil)  ou  promessa  de  pagamento  (apenas  duas  situações  jurídicas  decorrem  do  saque 
cambial – a de quem promete pagar e a do beneficiário da promessa, exemplo a nota Promissória).
­ Classificação dos títulos de crédito quanto às hipóteses de emissão: Causais (só podem ser emitidos se ocorrer o fato que a 
le elegeu como causa possível para sua emissão – exemplo: Duplicata Mercantil, que somente pode ser emitida para representar 
a  obrigação  decorrente  da  compra  e  venda mercantil)  ou  não  causais  (são  produzidos  sem  que  a  sua motivação  não  tenha 
previsão na lei – exemplo: Letra de Cambio, cheque e Nota Promissória).
­ Classificação dos  títulos de  crédito quanto à  circulação: Ao portador  (não  identificam seu  credor) ou nominativos  (seu 
credor é identificado).
­ Classificação dos  títulos  quanto  ao  conteúdo:  Propriamente  ditos  (dão  direito  à  prestação  de  coisas  que  se  gasta,  como 
dinheiro, mercadorias); Destinados à aquisição de direitos reais sobre coisas determinadas (Exemplo: Warrant, Conhecimento 
de Frete);  Títulos que atribuem a qualidade de sócio (Exemplo, ações da Sociedade Anônima, que permitem ao titular praticar 
certos atos ou exercer determinadas funções); ou Impropriamente ditos (conferem ao titular o direito de reclamar certos serviços 
– exemplo: bilhetes de passagem, entradas para teatro e cinemas).
­ Efeitos do saque de um título de crédito: Aceite (sacado concorda ema colher a ordem de pagamento incorporada pelo título 
de  crédito,  por  ser  ato  de  sua  livre  vontade);  o  Endosso  (opera  a  transferência  do  crédito  representado  por  título  à  ordem. 
Resulta da simples assinatura do credor do título no seu verso, podendo ser feita sobre a expressão “Pague­se a Fulano”   ou 
simplesmente “Pague­se”) e o Aval (garantia de pagamento firmada por terceiro, em favor do devedor principal)
­ A nota promissória é o único título de crédito que não é ordem de pagamento e sim, promessa incondicional de pagamento, e 
não comporta aceite. 
Aula 8 – Espécies de título de crédito: Letra de Câmbio e Nota Promissória
­ Nota Promissória: uma promessa de pagamento que uma pessoa faz em favor de outra. São títulos formais de crédito.
­ Letra de Câmbio: título de crédito mais completo.
­ Mecanismo da Letra de Câmbio: sacador emite a Letra de Câmbio, entregando­a ao tomador (credor) para que este receba 
do sacado (devedor).
­ Letra de Câmbio: é o saque de uma pessoa contra outra, em favor de terceiro. É uma ordem de pagamento à vista ou a prazo. 
Quando for a prazo, o sacador deve aceitá­la, firmando nela sua assinatura de reconhecimento (o aceite).
­ Aceite: assinatura dada na letra de câmbio à prazo, no momento de sua aceitação.
­ Se o sacado, ao receber a Letra de Câmbio para o aceite, não a devolver, retendo­a indevidamente, está sujeito à prisão 
administrativa. Basta requerer ao juiz.
­ Uma das características dos títulos de crédito: circulabilidade (pode ser transmitido a outro, o qual passará a ser o credor do 
título).
­ Transferência da Letra de Cambio para terceiro: se faz pelo endosso. 
­ Endossante: Quem transmite o título por meio de endosso.
­ Endossatário: quem recebe o título endossado.
­ Se o sacador inserir a expressão “não à ordem”, a letra não poderá circular por meio de endosso.
­ Não há limite para o numero de endossos. Quando o proprietário do título o endossa, torna­se coobrigado solidário no 
pagamento.
­ O pagamento do título deve ser efetuado pelo devedor no dia do vencimento.
­ Pagamento do título: pode ser à vista (no ato de sua apresentação) ou em dia certo (no dia do vencimento indicado no título, 
a tempo certo da vista (há tantos dias a partir da data do aceite) ou a tempo certo da data (tantos dias contados da data da 
emissão do título)).
­ Resgate da Letra de Câmbio: feito através do pagamento, e para que ocorra, é indispensável a sua apresentação (porque o 
título é circular e o devedor não tem como saber quem é o último portador da cambial).
­ Se o título não for pago no seu vencimento, poderá ser efetuado o protesto e a cobrança judicial do crédito (ação cambial), 
mas é necessário que o credor esteja representado por advogado. 
­ Requisitos essenciais (obrigatoriedades) da Letra de Câmbio: a palavra “letra” escrita no título; ordem de pagar uma 
quantia em dinheiro; nome do sacado (aquele que deve pagar); a época do pagamento; indicação do lugar onde se deve efetuar 
o pagamento; nome da pessoa a quem (ou `ordem de quem) deve ser paga; e a assinatura de quem passa a letra (o sacador).
­ Processo de protesto da Letra de Câmbio: o tabelião intimará o sacado a aceitar a Letra. Se ele comparecer ao Cartório, o 
tabelião o identificará e ele assinará e datará no campo “aceito” e a Letra vencerá dois dias após.  Só após esse prazo poderá ser 
protestada por falta de pagamento. Se o sacado não comparecer para aceitar, o tabelião lavra o protesto.
­ Nota Promissória: título pelo qual alguém se compromete a pagar a outrem determinada quantia em dinheiro, em um certo 
prazo. Como é emitida pelo próprio devedor, ela passa a ser um título de crédito desde a sua emissão.
­ Características da Nota Promissória: são as mesmas da Letra de Cambio – ambas são Título de Crédito.
­ Nota Promissória: Título cambial, de natureza eminentemente comercial.
­ Diferenças entre a Nota Promissória e a Letra de Câmbio: a Nota Promissória contem uma promessa em lugar de uma 
ordem. Envolve duas partes – emitente e beneficiário – em lugar das três figuras intervenientes da Letra de Câmbio: sacador, 
sacado e tomador. Na Nota Promissória o crédito é estabelecido por ocasião da emissão, o que não ocorre na Letra de Câmbio, 
cujo crédito preexiste à criação do título.
­ Requisitos essenciais (obrigatórios) da Nota Promissória: denominação “Nota Promissória” no texto do título; a soma em 
dinheiro a pagar; o nome da pessoa a quem deve ser paga; a assinatura do emitente ou de mandatário especial; a época do 
pagamento; a indicação do lugar em que se deve efetuar o pagamento; e a indicação da data e do lugar onde a nota promissória 
é passada.
­ Caso tenha divergência nos valores, será considerado o que estiver lançado por extenso. 
­ A Nota Promissória que não indicar a data do pagamento será considerada pagável a vista.
­ A Nota Promissória não pode ser emitida ao portador.
­ Vencimento da Nota Promissória: pode ser a vista (quando a data não é indicada no título deve ser paga contra 
apresentação); a dia certo (quando traz fixado o dia de pagamento) ou a tempo certo da data (a promissória vencerá a tantos 
dias, ou meses, a contar da data da emissão).
­ Prescrição da Nota Promissória: Três anos do credor contra o emitente e respectivo avalista e um ano do portador contra o 
endossante.
Aula 9 – Espécie de Títulos de Crédito: Duplicata e Cheque
­ Fatura: relação de mercadorias vendidas, discriminadas por sua natureza, quantidade e valor.
­ Venda a prazo: venda cujo pagamento é parcelado em período não inferior a 30 dias ou cujo preço deve ser pago 
integralmente em 30 dias ou mais, sempre contados a partir da data de entrega ou despacho da mercadoria.
­ Duplicata: título de crédito causal, pois está sempre vinculadaa uma causa que é um negócio comercial.
­ Registro de Duplicatas: em livro próprio, cada duplicata emitida não pode corresponder a mais de uma fatura. Cada 
Duplicata Mercantil tem um número de ordem, que não coincide, necessariamente, com o número de ordem da fatura ou NF­
fatura. Se não coincidirem, o número de ordem da Duplicata deverá ser sempre inferior ao da fatura ou NF­fatura.
­ A Duplicata pode ser transferida por endosso, e é cabível nela a garantia do aval.
­ Requisitos essenciais (obrigatórios) da Duplicata: a denominação “Duplicata”, a data de sua emissão e o número de ordem; 
o número da fatura ou NF fatura da qual foi extraída; a data certa do vencimento ou declaração de ser duplicata a vista; nome e 
domicílio do vendedor (sacador) e do comprador (sacado), sendo o comprador também identificado pelo RG, CPF, Título de 
Eleitor ou CTPS; a importância a pagar em algarismos e por extenso; a cláusula “a ordem”, sendo que não se admite a emissão 
de Duplicata Mercantil com cláusula “não a ordem”, a qual somente poderá ser inserida no título por endosso; e a declaração de 
reconhecimento de sua exatidão e da obrigação de pagá­la, devendo ser assinada pelo comprador como aceite cambial.
­ Motivos pelo qual o comprador pode recusar em dar o aceite na Duplicata: caso haja avaria ou não recebimento das 
mercadorias; caso haja defeitos e diferenças na qualidade ou quantidade das mercadorias; e caso haja divergência nos prazos ou 
preços ajustados.
­Protesto da Duplicata: pode ser feito no caso de falta de aceite, falta de sua devolução pelo comprador quando tiver sido 
enviada para aceite; ou por falta de pagamento.
­ Extravio de Duplicata: o vendedor pode extrair uma Triplicata (cópia da Duplicata) que terá os mesmos efeitos, requisitos e 
formalidades.
­ Cheque: ordem de pagamento à vista, dada a um banco ou instituição assemelhada, por alguém que tenha fundos disponíveis 
no mesmo, em favor próprio ou de terceiros.
­ Cheque: Título de crédito mais utilizado, pela agilidade de seu mecanismo de funcionamento e pelo acesso facilitado a sua 
utilização. Dá segurança e facilita a circulação de valores.
­ Exigências formais para emissão do cheque: emitente deve ter fundos disponíveis em poder do sacado; estar autorizado a 
emitir cheque sobre os fundos; e deve ser emitido contra um banco.
­ Duas circunstancias em que a lei realmente autoriza a emissão de cheque: quando o emitente dos cheques deposita, antes 
de emiti­los, os fundos na conta de onde será feito o saque; e quando o banco, mediante um acordo prévio, dá ao cliente um 
limite dentro do qual este pode emitir cheques.
­ Pagamento: é a execução voluntária da obrigação. Equivale a concretização, ao cumprimento da obrigação assumida quando 
da realização da troca do bem presente pelo bem futuro que deu origem, no caso, ao cheque.
­ Espécies de Cheques: Cheque ao Portador (aquele que não está nominal a ninguém, o credor é aquele que estiver portando o 
título) ou Cheque Nominal (aquele que está em nome de alguém, o credor é o nome descrito a quem deve se pagar o título)
Aula 10 – Protesto de Título de crédito e ação cambial
­ Protesto: ato formal e solene pelo qual se prova a inadimplência, o descumprimento de obrigação originada em títulos e 
outros documentos de dívida (exemplo, confissão de dívida).
­ Protocolização: Todos os documentos apresentados serão protocolados dentro de 24 horas.  
­ Intimação: enviada ao devedor, com comprovação de entrega.
­ Pagamento: será feito diretamente no tabelionato, no valor igual ao declarado pelo apresentante acrescido de emolumentos e 
demais despesas, no prazo legal.
­ Caso não ocorra o pagamento, o tabelião lavrará e registrará o protesto, sendo o respectivo instrumento entregue ao 
apresentante.
­ Motivos de requerimento do protesto: por falta de pagamento; por falta de aceite; ou por falta de devolução.
­ O protesto por falta de aceite somente poderá ser efetuado antes do vencimento da obrigação e após o decurso do prazo legal 
para o aceite ou a devolução. Após o vencimento, o protesto sempre será efetuado por falta de pagamento.
­ O cancelamento do registro do protesto será solicitado diretamente no tabelionato de protesto de títulos, por qualquer 
interessado, mediante apresentação do documento protestado, cuja cópia ficará arquivada.
­ Efeitos jurídicos do protesto: Torna público o título; atesta a inexecução da obrigação cambial; obsta a mora do credor e 
comprova que diligenciou a cobrança do título; prova a impontualidade; constitui o devedor em mora; serve como critério para 
a fixação do termo legal da falência.
­ O prazo de prescrição da letra de câmbio é de três anos, durante este prazo pode­se ter o ressarcimento sem necessidade de 
provar nada. Depois desse tempo, cabe a ação cambial, e comprovação de todo o processo de conhecimento do qual se originou 
a letra de câmbio, se é legítima ou não, etc...
Aula 11 – Contratos Mercantis
­ Regimes jurídicos em que se sujeitam os contratos empresariais: administrativo, do trabalho, do consumidor e cível.
­  Quando  o  empresário  contrata  com  o  Poder  Público  ou  concessionária  de  serviço  público,  o  contrato  é  Administrativo. 
Exemplo: se o fabricante de móveis vence licitação da prefeitura para substituir o mobiliário da repartição , o contrato que vier 
a assinar será administrativo.  
­ Quando o outro contratante é empregado, de acordo com a CLT, o contrato é de trabalho.
­  Se  o  consumidor  (ou  empresário  em  situação  de  consumidor),  a  relação  contratual  está  sujeita  ao  Código  de  Defesa  do 
Consumidor.
­ Nas demais hipóteses, o contrato é civil e estará regido pelo Código Civil ou legislação especial.
­ Contratos Mercantis: quando os dois contratantes são empresários.
­ Contratos Cíveis: quando os empresários são iguais, sob o ponto de vista econômico (ambos podem contratar um advogado 
antes  de  assinarem  o  contrato,  de  forma  que,  ao  fazê­lo,  estejam  plenamente  informados  sobre  os  direitos  e  obrigações 
contratados.
­ Contrato regido pelo Código de Defesa do Consumidor: quando os empresários são desiguais (um deles está em situação 
de vulnerabilidade econômica frente ao outro).
­ Empresa que fornece almoço para equipe de limpeza que presta serviço na prefeitura: contrato cível.
­ Pessoa que contratou por dois meses 10 trabalhadores para colher a safra de milho daquele ano: contrato de trabalho.
­ Empresa que fornece refeições do restaurante de um hospital estadual: contrato administrativo.
­ Princípios que regem a constituição do vínculo contratual: Princípio do consensualismo e princípio da  relatividade das 
convenções.
­ Princípio do Consensualismo: contrato é consenso, encontro de vontades. 
­ Princípio da Relatividade: os efeitos do contrato se circunscrevem apenas às partes que nele se obrigaram.
­ Se o contrato nasceu por um encontro de vontades, ele só poderá ser desfeito pela vontade de todos os envolvidos.
­ Clausulas  implícitas  de  um  contrato:  irretratabilidade  (não  pode  ser  desfeito  por  simples  vontade  de  uma  das  partes)  e 
intangibilidade (é impossível a alteração unilateral das condições, prazos, valores e demais clausulas contratadas).
­ O contrato é um negócio temporário: surge, se desenvolve e se extingue.
­ Extinção do contrato: Ocorre naturalmente pelo cumprimento das obrigações dele nascidas.
­ Anulação do contrato: pode ser feita por causas anteriores ou na mesma época da conclusão do contrato (exemplo, a locação 
de um carro em favor de um louco).
­ Dissolução do contrato: pode ser feita por causas posteriores ao contrato (exemplo, execução da meta contratual).
­ Se uma editora tem um contrato de edição com determinada empresa para anunciar seus produtos, e essa empresa se desfez, a 
extinção desse contrato pode ser classificada como uma dissolução de contrato (houve uma rescisão de contrato unilateral, e 
pode­se até pensar em uma forma de indenização da empresaem favor da editora, já que a empresa se desfez durante a vigência 
do contrato).
­ Se uma empresa compra um imóvel, paga uma entrada e se compromete a pagar mais 12 parcelas para quitar o valor, e após o 
pagamento do sinal um outro vendedor oferece outro imóvel por um preço menor e mais facilidade para pagamento, a empresa 
não pode deixar de cumprir as obrigações com o primeiro vendedor, pois existe um contrato assinado, e as cláusulas do contrato 
são leis entre as partes e devem ser cumpridas.
Aula 12 – Contratos Mercantis – Compra e venda mercantil e contratos intelectuais
­ Comércio: sucessão de contratos de compra e venda.
­ Fluxo do comércio: Importador compra o produto do fabricante sediado no exterior ou não, e o revende para o atacadista, que 
o revende para o varejista e assim por diante.
­ Contrato mercantil: na maioria das vezes, é contrato cível, sujeito às normas do Código Civil e legislação especial.
­ Compra  e  venda mercantil:  é  contrato  consensual,  isto  é,  depende  do  consenso  entre  as  partes,  é  feito  do  encontro  das 
vontades do comprador e vendedor.
­ Contrato mercantil, em relação ao preço:  registra­se que deve ser pago em dinheiro, caso contrário, será um contrato de 
troca  e  não de  compra  e  venda. Deve  ser  previsto  o  pagamento  em moeda  corrente  nacional,  já  que o Direito Brasileiro  só 
admite o pagamento de uma compra e venda em moeda estrangeira quando se trata de importação ou exportação. 
­ Vendas a contento: A execução do contrato pode estar subordinada ao implemento de uma condição. Exemplo, condicionar a 
venda à aprovação do comprador quanto à qualidade do bem.
­ Compra e venda, em relação à execução: pode ser imediata (as partes devem cumprir as obrigações assumidas logo após a 
conclusão  do  contrato),  diferida  (comprador  e  vendedor  estabelecem  uma  data  futura  para  o  cumprimento  das  respectivas 
obrigações) ou continuada (têm­se as chamadas “vendas complexas”, onde a execução do contratado se desdobra em diversos 
atos, como, por exemplo, no contrato de fornecimento ou de assinatura).
­ Responsabilidades das partes no contrato de compra e venda mercantil: o comprador tem a obrigação de pagar o preço e 
o vendedor, de entregar o produto no prazo. Se o comprador não cumpre sua parte no contrato, responde pelo valor devido além 
das  perdas  e  danos  ou  da  pena  compensatória  e  demais  encargos  assumidos.  Se  o  vendedor  não  cumpre  o  seu  dever,  o 
comprador somente terá o direito de indenização por perdas e danos.
­ Responsabilidade do transporte no contrato de compra e venda mercantil: em princípio, cabe ao vendedor providenciar a 
entrega do produto no estabelecimento do comprador, contratando os serviços de transporte por sua conta e risco.
­ Se uma empresa que  revende  roupas compra produtos de uma empresa Argentina e  saca uma  letra de câmbio no valor da 
compra, o vendedor pode receber a letra de câmbio como forma de pagamento, pois a letra de câmbio é um título de crédito que 
aperfeiçoa o contrato de compra e venda mercantil. 
­ No caso anterior, se a empresa Argentina não entregar os produtos comprados, a empresa compradora só poderá ter direito à 
indenização por perdas e danos.
­  Contratos  intelectuais:  agrupamento  de  contratos  do  interesse  de  empresários,  relacionados  com  o  chamado  direitos 
intelectuais,  isto  é,  com  a  propriedade  industrial  (como  cessão  de  patentes,  cessão  de  registro  industrial,  licença  de  uso  de 
patente  de  invenção,  licença  de  uso  de  marca  e  transferência  de  tecnologia)  ou  com  o  direito  autoral  (comercialização  da 
marca).
­ Registro dos contratos intelectuais: é feito no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial).
­ Cessão de direito industrial: pode ter por objeto uma patente (invenção ou modelo de utilidade) ou um registro industrial 
(desenho industrial ou marca). No caso da patente, o titular da patente transfere total ou parcialmente ao outro contratante os 
direitos relacionados na respectiva patente. Na cessão de registro industrial, o proprietário de registro de desenho industrial ou 
de marca transfere ao outro contratante total ou parcialmente os direitos, por ele titularizados, de exploração econômica com 
exclusividade daqueles bens.
­ Se alguém saber da existência de um produto exclusivo que provavelmente deve ser patenteado e desejar fornecê­lo para o 
mercado de sua região, para conseguir comercializar o produto, o titular da patente deve transferir total ou parcialmente a esse 
alguém is direitos relacionados na respectiva patente. Se o produto ou a invenção não apresentar o desempenho prometido, o 
titular da patente pode responder por perdas e danos.
Aula 13 – Contratos Bancários
­  Contratos  bancários:  grupos  de  contratos  em  que  uma  das  partes  é  um  banco  ou  uma  instituição  financeira.  A  função 
econômica do contrato deve estar relacionada ao exercício da atividade bancária deve configura ato de coleta, intermediação ou 
aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros). 
­  Contrato  bancário:  é  aquele  que  só  pode  ser  praticado  com  um  banco,  e  que  configurariam  infração  à  lei  caso  fossem 
praticados por pessoa física ou jurídica não autorizada a funcionar como instituição financeira.
­ Crédito: matéria­prima do banco e produto por ele oferecido ao mercado.
­ Atividade bancária: para ser exercida, deve ser autorizada pelo Bacen.
­  Funções  do  Bacen:  emitir  moeda,  executar  os  serviços  do  meio  circulante,  controlar  o  capital  estrangeiro  e  realizar  as 
operações de  redesconto e  empréstimos a  instituições  financeiras. Para os estrangeiros,  a  autorização é dada por Decreto do 
Presidente da República.
­ Instituições financeiras: adotam sempre a forma de S/A e se submetem à regras específicas do Banco Central.
­ Divisão das Operações bancárias, de acordo com a doutrina: Típicas (relacionadas com o crédito) ou atípicas (prestações 
de serviços acessórios aos clientes, como a locação de cofres ou a custódia de valores).
­ Operações típicas: se subdividem em passivas (banco assume a posição de devedor da obrigação principal) e ativas (banco 
assume a posição de credor da obrigação principal).
­ Alguns dos  tipos de contratos bancários:  contrato de depósito bancário  (abertura de uma conta), contrato de abertura de 
crédito (quando se obtém cheque especial), mandato ao banco (quando se autoriza débitos automáticos).
­ Regra do sigilo bancário: visa proteger o direito às intimidades dos que contratam com bancos. 
­ Exceções da regra do sigilo bancário: no caso de investigações de crime em qualquer fase do inquérito ou processo judicial; 
por ordem do Poder Judiciário; por Ordem do Poder Legislativo, por requisição de autoridade fiscal, por requisição do Bacen 
ou CVM; e por requisição do Conselho Administrativo de Defesa Econômica.  
­ Contratos bancários de operações passivas: contratos bancários onde o banco tem a função de captação de recursos de que 
necessita para o desenvolvimento de sua atividade, ele se torna devedor.
­ Principais contratos bancários de operações passivas: depósito bancário, a conta corrente bancária e a aplicação financeira.
­ Depósito Bancário:  contrato  bancário  pelo  qual  o  depositante  entrega  valores monetários  a  um banco,  e  este  se  obriga  a 
restituí­los  quando  solicitados.  É  o  mais  banal  contrato  bancário.  A  entrega  e  a  restituição  dos  recursos  monetários  são 
registradas em conta corrente e o cheque é um dos instrumentos de solicitação de restituição dos recursos depositados.
­  Depósito  bancário:  Contrato  real  (só  se  completa  com  a  entrega  do  dinheiro  para  o  banco).  Se  extingue  pela  falta  de 
movimentação pelo prazo de 30 anos, prazo em que o banco deve recolher ao Tesouro Nacional os recursos existentes na conta 
do depositante.
­ Conta corrente: contrato em que o bancose obriga a receber valores entregues por correntistas ou por terceiros e proceder a 
pagamentos por ordem do mesmo correntista, utilizando­se desses recursos.  É semelhante ao depósito bancário, já que o banco 
tem o dever de restituir os recursos mantidos em conta corrente quando o correntista solicitar.
­ Conta  corrente:  contrato  consensual  (pode  ser  celebrado  sem  que  o  correntista  entregue,  de  início,  qualquer  dinheiro  ao 
banco ficando a conta a ser dotada por recursos pagos por terceiros devedores daquele).
­ Aplicação financeira: contrato pelo qual o depositante autoriza o banco a empregar, em determinados mercados de capitais 
(ações, títulos da dívida pública e outros) o dinheiro mantido em conta de depósito. São os chamados fundos de investimentos.
­  Contratos  bancários  de  operações  ativas:  contratos  bancários  em  que  o  banco  assume,  quanto  à  obrigação  principal,  a 
posição de credor. Por meio deles, o banco concede crédito aos seus clientes com os recursos coletados junto a outros clientes.
­ Principais contratos bancários de operações ativas: mútuo bancário, abertura de crédito e crédito documentário.
­ Mútuo bancário: contrato pelo qual o banco empresta ao cliente certa quantia em dinheiro. 
­ A partir da  entrega do dinheiro ao mutuário,  este  assume as obrigações:  restituir  o  valor  emprestado  com a  correção 
prevista,  pagar  os  juros,  encargos  e  demais  taxas  constantes  no  contrato,  e  amortizar  o  valor  emprestado  nos  prazos 
estabelecidos contratualmente.
­ Mútuo bancário: contrato unilateral (o banco não assume nenhuma obrigação perante o mutuário).
­ Abertura de  crédito:  contrato  pelo  qual  o  banco  põe  certa  quantia  de  dinheiro  à  disposição  do  cliente,  que  pode  ou  não 
utilizar desses recursos. É o chamado “cheque especial”.
­  Crédito  documentário:  contrato  definido  pela  obrigação  assumida  por  um  banco,  perante  o  seu  cliente,  no  sentido  de 
proceder a pagamentos em favor de terceiros, contra a apresentação de documentos relacionados a negócio realizado por estes 
dois últimos.
­ Se o gerente de uma empresa precisa reformar seu estabelecimento e pede ao Banco do Brasil um empréstimo, essa relação 
bancária é do tipo mútuo bancário. É uma atividade bancária ativa onde o banco é o credor.
­ Contratos bancários impróprios: os principais doutrinadores divergem sobre a necessidade ou não da participação de uma 
instituição financeira devidamente autorizada a funcionar pelas autoridades monetárias.
­ Principais contratos bancários impróprios: alienação fiduciária em garantia, faturização, arrendamento mercantil e cartão 
de crédito.
­ Alienação fiduciária: negócio em que uma das partes, proprietária de um bem, aliena­o em confiança para a outra, a qual se 
obriga a devolver­lhe a propriedade do mesmo bem nas hipóteses previstas em contrato.
­ Faturização: contrato pelo qual uma instituição financeira se obrig a cobrar os devedores de um empresário, prestando a este 
os serviços de administração de crédito. 
­ Arrendamento mercantil: locação caracterizada pela faculdade conferida ao locatário de, ao seu término, optar pela compra 
do bem locado.
­ Cartão  de  crédito:  instituição  financeira  (emissora)  se  obriga  perante  a  uma  pessoa  física  ou  jurídica  (titular),  a  pagar  o 
crédito concedido a esta por um terceiro empresário credenciado por aquela (fornecedor).
­ Cartão de crédito: contrato bancário, pois a emissora financia tanto o titular como o fornecedor.
­ Cartão de crédito: forma imediata de crédito, já que cedo ou tarde, a despesa terá de ser paga, em espécie ou em cheque.
Aula 14 – Direito falimentar
­ Falência: ato de decretar o fim de alguma atividade, como de uma empresa, de uma sociedade, de um império, etc.
­ Falência técnica de uma empresa: quando o passivo (dívidas) é superior ao ativo (patrimônio) – quando a situação líquida é 
negativa.
­ Insolvência: quando a falência se dá com uma pessoa física.
­ Falência: procedimento judicial a que está sujeita a empresa mercantil devedora, que não paga obrigações líquidas na data de 
seu vencimento. Consiste na execução coletiva de  seus bens. Tem por objetivo a venda  forçada do patrimônio disponível,  a 
verificação dos créditos, a liquidação do ativo e a solução do passivo.
­ Pontos principais da Lei 2024/1908 (do Direito Falimentar Brasileiro):  impontualidade como característica da  falência; 
conceituação de crimes falimentares; enumeração das obrigações cujo inadimplemente demonstrava a falência.
­ Diferenças entre a concordata e a recuperação judicial: a Concordata era um direito de todo empresário, independente de 
sua recuperação econômica ou não enquanto a  recuperação  judicial é um direito só dos empresários que possuem chance de 
recuperação  econômica;  a  concordata  só  produzia  efeitos  em  relação  aos  credores  simples  enquanto  a  recuperação  judicial 
sujeita  todos  os  credores,  exceto  os  fiscais;  na  concordata  o  sacrifício  imposto  aos  credores  já  era  definido  na  lei  e  era  um 
pedido feito por opção do devedor, enquanto que na recuperação judicial o sacrifício, se houver, deve ser limitado ao plano de 
recuperação, sem qualquer limitação legal, e deve ser aprovada por todas as classes de credores.
­ Princípios básicos da nova Lei de Falências (11101/2005): preservação da empresa (empresa deve ser preservada sempre 
que possível, pois gera riqueza econômica e cria emprego e renda, contribuindo para o crescimento e desenvolvimento social do 
país); separação dos conceitos de empresa e de empresário (a empresa é o conjunto de capital e  trabalho para a produção de 
bens e serviços, e pode­se preservá­la, ainda que haja falência, desde que seja alienada a outro empresário ou sociedade que 
continue sua atividade em bases diferentes);  recuperação das  sociedades e empresários  recuperáveis  (sempre que possível, o 
Estado deve dar condições para que a empresa se recupere, estimulando assim a atividade empresarial); retirada do mercado de 
sociedades ou  empresários não  recuperáveis  (caso haja problemas  crônicos na  atividade ou na  administração da  empresa de 
modo que inviabilize sua recuperação, o Estado deve promover, rápido e eficientemente, a sua retirada do mercado); e proteção 
aos  trabalhadores  (por  terem  como único  e  principal  bem  a  sua  força  de  trabalho,  devem  ser  protegidos,  ter  preferência  no 
recebimento de seus créditos na falência e na recuperação judicial e terem seus empregos preservados e novas oportunidades); 
redução do custo do crédito no Brasil (preservação das garantias e normas precisas sobre a ordem de classificação de créditos 
na falência); celeridade e eficiência dos processos  judiciais  (normais e procedimentos na falência e recuperação de empresas 
devem ser simples, reduzindo a burocracia); segurança jurídica (as normas relativas à falência e recuperação judicial devem ser 
claras  e  precisas);  participação  ativa  dos  credores  (é  desejável  a  participação  dos  credores  no  processo  de  falência); 
maximização do valor do ativo do falido (a lei deve estabelecer normas que assegure o máximo valor possível pelos ativos do 
falido, evitando a demora do processo e priorizando a venda da empresa em bloco, para evitar a perda dos bens intangíveis); e 
rigor na punição de crimes relacionados à falência e à recuperação judicial (é preciso punir os crimes falimentares, para evitar 
falências fraudulentas).
­ De acordo com a Lei 11101/05 a recuperação judicial poderá ser requerida pelo devedor que, no momento do pedido, exerça 
regularmente suas atividades há mais de dois anos.
­ De acordo com a Lei 11101/05, o plano de recuperação judicial deve conter: discriminação dos meios de recuperação a serem 
empregados e seu resumo; demonstração de sua viabilidade econômica; e laudo econômico financeiro e de avaliação de bens e 
ativos do devedor, subscrito por profissionalhabilitado ou empresa especializada.
­ Princípio básico do Direito Falimentar: os credores do devedor que não possui condições de saldar, na  totalidade,  todas 
suas obrigações, devem receber um tratamento igualitário, dando­se aos que integram uma mesma categoria iguais chances de 
efetivação de seus créditos. 
­ Alterações que ocorreram na lei e que indicam que o pedido de falência perdeu, em parte, a característica de medida 
coersiva utilizável na cobrança de dívida: o pedido de falência só é cabível se o valor da dívida em atraso for superior ao 
mínimo estabelecido em lei (40 salários mínimos); a simples apresentação do plano de recuperação, no prazo de contestação, 
impede a decretação da falência com base na impontualidade injustificada; amplia­se o prazo para a contestação, de 24 horas 
para 10 dias; a venda dos bens do falido pode ser feita desde logo e a venda dos bens perecíveis, sujeitos à desvalorização ou de 
conservação arriscada ou dispendiosa, pode ser feita antecipadamente. 
­  Ordem  de  preferência  para  venda  dos  bens  do  falido,  prevista  em  lei:  alienação  da  empresa,  com  venda  de  seu 
estabelecimento em bloco ou isoladamente; alienação em bloco dos bens que integram o estabelecimento; e alienação parcelada 
ou individual dos bens.
­ De acordo com a Lei 11101/05: o administrador judicial, tanto na falência quanto na recuperação judicial, deve fornecer com 
presteza todas as informações pedidas pelos credores interessados; a Pessoa Jurídica pode ser nomeada administrador; Durante 
o processo de falência, cabe ao administrador judicial, sob a fiscalização do juiz, examinar a escrituração do devedor; Dentre as 
atribuições do comitê de credores, no processo de recuperação judicial ou falência da empresa, está a de fiscalizar as atividades 
e examinar as contas do administrador judicial.

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