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DIREITO EMPRESARIAL UN 3

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DIREITO EMPRESARIAL 
TÓPICO 1 – BREVE HISTÓRICO – SURGIMENTO E EVOLUÇÃO DO DIREITO EMPRESARIAL 
TÓPICO 2 – SOCIEDADES EMPRESÁRIAS
TÓPICO 3 – TÍTULOS DE CRÉDITO, RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS E
FALÊNCIA 
SURGIMENTO E EVOLUÇÃO DO
DIREITO EMPRESARIAL 
A TEORIA DA EMPRESA 
A Teoria poliédrica de Alberto Asquini tem a empresa como um fenômeno econômico poliédrico, que compreende a organização dos fatores de produção: natureza, capital, trabalho e tecnologia. Esta é composta por múltiplos perfis: subjetivo, funcional, objetivo e corporativo. 
Perfil subjetivo – A empresa se confunde com o próprio empresário (pessoa física) que exercita a atividade econômica de forma contínua e organizada. 
ex.: determinado empresário está contratando funcionários.
Perfil funcional - Trata-se da dinâmica empresarial, ou seja, a atividade que o empresário ou a sociedade empresária exerce em seu cotidiano negocial.
ex.: o objeto social daquela sociedade é a exploração de uma empresa de prestação de serviços de tecnologia.
Perfil objetivo – Também chamado de patrimonial, foca-se no que é utilizado pelo empresário no exercício de suas atividades. Representa o complexo de bens da empresa. 
ex.: um estabelecimento empresarial foi vendido por um valor muito alto.
Perfil corporativo – Representa os colaboradores da empresa; os empregados que evidenciam esforços à consecução dos objetivos empresariais.
A partir da teoria da empresa, a atividade organizada ganha campo dentro do regime jurídico empresarial com sentido técnico. Desta forma, há uma articulação dos fatores de produção (capital, tecnologia, trabalho, natureza) para atender às demandas do mercado (produção de bens e serviços) sob um olhar que respalda os direitos e deveres da empresa.
A EMPRESA 
O atual Código Civil brasileiro de 2002 teve inspiração no Código Civil Italiano, trazendo tanto a base legislativa do direito civil quanto empresarial. O direito empresarial possui sua autonomia, com princípios próprios, ele representa a atividade profissional em que a empresa se constitui como principal objeto na construção da economia. todos aqueles que através de sociedades se organizam economicamente são chamados de sociedades empresárias.
Requisitos referentes à empresa como atividade econômica organizada, segundo Sanchez :
O EMPRESÁRIO INDIVIDUAL 
O empresário individual é aquele que utiliza a personalidade jurídica de pessoa natural exercendo a empresa. o empresário possui direitos e obrigações legais, sendo titular da atividade com os esforços de diversas pessoas naturais. 
O empresário pode exercer essa atividade “se estiver em pleno gozo da capacidade civil e não for legalmente impedido”. Em outras palavras, não poderão exercer a função de empresários os incapazes (menores de 16 anos), os relativamente incapazes (maiores de 16 e menores de 18, os ébrios habituais, os viciados, e incapacitados momentaneamente ou definitivamente de exprimir sua vontade). 
A incapacidade cessará nos seguintes casos:
• Concessão dos pais, mediante instrumento público, por sentença do juiz se o
menor tiver 16 anos completos;
• Pelo casamento;
• Pela colação de grau em curso de Ensino Superior;
• Pelo exercício de emprego público efetivo;
• Pelo estabelecimento civil ou comercial, relação de emprego, tendo o menor
com 16 anos economia própria.
PROIBIDOS DE EXERCER ATIVIDADE EMPRESARIAL 
a) os funcionários públicos estão proibidos de exercer atividade empresarial por conta do que estabelecem várias normas, p. ex., CF/88, arts. 54 e 95, parágrafo único; A proibição diz respeito ao efetivo exercício da atividade empresarial, não existindo, no entanto, nenhuma restrição quanto ao funcionário público ser simplesmente acionista ou quotista de sociedade empresária. 
b) os militares integrantes das Forças Armadas (Marinha, Exército ou Aeronáutica)
c) os auxiliares do empresário (entre eles os leiloeiros, corretores, despachantes
aduaneiros) não podem exercer atividade empresarial por absoluta
incompatibilidade com as funções que desempenham, tendo em vista a importância de seus cargos, que são inclusive considerados de interesse público. 
d) o falido, que, como tal, não está autorizado a desempenhar a atividade
empresarial. Determina a Lei no 11.101/2005 (Lei de Falências e Recuperação de
Empresa), em seu artigo 102, que o falido fica inabilitado para exercer qualquer
atividade empresarial a partir da decretação da falência e até a sentença que
extingue suas obrigações, ocasião em que ele fica autorizado novamente a exercer
o oficio empresarial, salvo se condenado por crime falimentar.
EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA – EIRELI 
A Empresa Individual de Responsabilidade Limitada – EIRELI foi criada pela Lei no 12.441, de 11/07/2011, sendo aquela constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social. O capital social deve ser devidamente integralizado, não podendo ser inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no país. Ainda, o titular não responde com seus bens pessoais pelas dívidas da empresa.
A pessoa natural que constituir Empresa Individual de Responsabilidade Limitada deverá fazê-lo somente em uma única empresa dessa modalidade. Ainda, ao nome empresarial deverá ser incluída a expressão "EIRELI" após a denominação social ou firma da Empresa Individual de Responsabilidade Limitada. A EIRELI também poderá resultar da concentração das quotas de outra
modalidade societária num único sócio, independentemente das razões que
motivaram tal concentração. Isto se dá por força da inclusão do §3° do art. 980-A
no Código Civil.
EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA – EIRELI REQUISITOS E IMPEDIMENTOS PARA SER TITULAR DEEIRELI 
A pessoa natural, desde que não haja impedimento legal, deve ser maior de 18 anos, brasileiro(a) ou estrangeiro(a).
Menor emancipado que tiver concessão dos pais, ou de um deles na falta de outro se o menor tiver 16 anos completos. Outras formas são: pelo casamento; pelo exercício de emprego público efetivo (servidor ocupante de cargo em órgão da administração direta, autarquia ou fundação pública federal, estadual ou municipal); pela colação de grau em curso de Ensino Superior; e pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com 16 anos completos tenha economia própria.
EMPRESÁRIOS RURAIS 
Este exerce atividades que envolvem pequenas produções e comércio para sua subsistência, tendo o seu faturamento inexpressivo. O Código Civil caracterizou essa situação como registro de pequeno empresário rural. 
O empresário rural poderá requerer sua inscrição no Registro Público de
Empresas Mercantis e depois de inscrito ficará equiparado ao empresário sujeito a registro. Essa atividade empresarial se identifica com:
• Exercício de atividade econômica
• Atividade organizada
• Exercício praticado de modo habitual e sistemático.
MICROEMPRESÁRIOS E EMPRESÁRIOS DE PEQUENO PORTE 
A Lei Geral das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte tem o objetivo de gerar empregos, desenvolver a competitividade de mercado, distribuição igualitária de renda e fortalecimento da economia. A lei busca contribuir para regulamentar a situação desejosa exposta pela Constituição Federal, sendo que, dependendo do porte de cada empresa, são estabelecidos regimes legislativos diferentes. Empresas menores, estas podem usufruir do sistema chamado Simples Nacional. 
O Simples Nacional é uma medida ligada ao Ministério da Fazenda do Governo Federal, ela favorece microempresários, no sentido de que a coleta da sua carga tributária é menor. Também há o favorecimento na simplificação dos processos de cálculo e arrecadação dos impostos. É administrado por um Comitê Gestor composto por oito integrantes: quatro da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), dois dos Estados e do Distrito Federal e dois dos Municípios (BRASIL, 2018).
QUADRO SIMPLIFICADO COM OS TIPOS DE EMPRESAS
SOCIEDADES EMPRESÁRIAS TÓPICO 2
SOCIEDADES DE PROPÓSITO ESPECÍFICO (SPE) - a atividadenessas sociedades é bastante restrita, podendo em alguns casos ter um prazo de existência determinado. A SPE é também uma forma
de empreendimento coletivo, usualmente utilizada para compartilhar o risco financeiro da atividade desenvolvida. As SPE são utilizadas em grandes projetos de engenharia, com ou sem a participação do Estado. Geralmente estão associadas a projetos de Parceria Público-Privada (PPP), como construção de usinas hidroelétricas e redes de transmissão. pode ser aplicada nos
empreendimentos coletivos de pequenos negócios. Estas são optantes pelo Simples Nacional e têm o objetivo de aumentar a competitividade de suas empresas sócias. 
A Sociedade de Propósito Específico (SPE) tem as mesmas características do consórcio. A diferença é que possui personalidade jurídica, decorrente da celebração de um contrato de sociedade. Como visto anteriormente, esta sociedade empresária é constituída especificamente para uma ação ou projeto. 
SOCIEDADES PERSONIFICADAS E NÃO PERSONIFICADAS 
As sociedades personificadas –possuem personalidade jurídica, que é adquirida com o registro, nos termos do art. 985 e do art. 1.150, ambos do Código Civil de 2002. 
 As sociedades não personificadas - não possuem personalidade jurídica, por não possuírem registro (JUSBRASIL, 2018). Suas inscrições nos órgãos competentes servem para mostrar para terceiros a sua existência, o grau de responsabilidade dos sócios e o conteúdo do seu contrato social. Trata-se de uma exigência expressa no art. 987 do Código Civil, que a determina (BRASIL, 1965). 
 
O CÓDIGO CIVIL PREVÊ DOIS TIPOS DE SOCIEDADES NÃO PERSONIFICADAS: 
A sociedade em comum-Corresponde a qualquer sociedade que explora uma atividade econômica e que ainda não está registrada. atuar em um Empreendimento na forma de sociedade em comum não é um bom negócio, pois há uma dificuldade nas relações com terceiros. o sócio que efetuou o negócio responde com seus bens particulares, mesmo que a sociedade tenha bens. Assim, credor não é obrigado a executar primeiro os bens da sociedade, mas os bens do sócio contratante em primeiro lugar. 
A sociedade em conta de participação - tal sociedade corresponde a um contrato de investimento comum, no qual duas ou mais pessoas se vinculam para a exploração de uma atividade econômica. O sócio ostensivo dirige o negócio e é o responsável de forma ilimitada perante os atos e as relações
negociais. Os demais sócios são participantes, exercendo o papel de investidores.
Um exemplo é uma pessoa jurídica que cria uma rede de hotéis. Cada um dos hotéis é
um empreendimento distinto e precisa de sócios investidores. Neste caso, a junção
com os investidores apenas para um de seus empreendimentos se configura uma
sociedade em conta de participação.
SOCIEDADES PERSONIFICADAS 
As sociedades personificadas são aquelas que possuem seu ato constitutivo devidamente inscrito no órgão competente. Elas estão classificadas em duas espécies: A sociedade simples e a sociedade empresária. Por se tratarem de personalidade jurídica gozam de:
a) Titularidade organizacional: É sujeito de direitos e obrigações e pode contratar com terceiros;
b) Titularidade processual: Podem demandar e serem demandadas em juízo;
 c) Titularidade patrimonial: Possuem patrimônio distinto dos bens pessoais que integram o patrimônio dos sócios.
SOCIEDADES SIMPLES 
Representa um tipo de sociedade personificada e não empresária. Esta é constituída especialmente para a exploração de uma atividade de prestação de serviços decorrentes da atividade intelectual de natureza científica, literária ou artística de maneira cooperativa. Deve ser limitada à atividade para a qual foi criada. A sociedade simples representa aquela constituída para o exercício de atividades que não sejam estritamente empresárias.
Exemplos: atividades rurais, educacionais, de exercício de profissões
liberais nas áreas de engenharia, arquitetura, ciências contábeis, consultoria, auditoria entre outros.
Para que uma sociedade seja constituída, tanto na forma empresarial,
quanto simples, deve ser feito um contrato social ou estatuto, conforme o art. 997 do Código Civil (BRASIL, 2018).
SOCIEDADES EMPRESÁRIAS 
A sociedade empresária é aquela pessoa jurídica que exerce, profissionalmente, atividade econômica organizada para a
produção ou circulação de bens ou de serviços.
SOCIEDADES EMPRESÁRIAS LIMITADAS 
É Constituída por um ou mais sócios e seu contrato social deve ser registrado na Junta Comercial do Estado de atuação. Ela é uma das mais comuns no país. Nela, a responsabilidade do sócio é limitada, ou seja, ele só responde pela parte que investiu. Diga-se que uma sociedade venha a contrair dívidas, o patrimônio dos sócios não será atingido, sendo que esses responderão apenas pelo capital social investido. Trata-se de uma garantia aos sócios de que não será afetado seu patrimônio particular pelas dívidas da sociedade. 
A administração da sociedade pode ser feita por terceiros. Em outras
palavras, o administrador não precisa ser sócio da empresa, no entanto, será
escolhido pela maioria dos sócios.
Como já visualizado, na sociedade limitada, a responsabilidade de
cada sócio é restrita ao valor de suas quotas (partes investidas). Não obstante,
todos os sócios respondem solidariamente pela integralização do capital social.
Quando o capital social é integralizado, cessa a responsabilidade dos sócios e
os seus bens particulares não respondem pelas obrigações sociais. Porém, não
havendo integralização do total do capital social, previsto no contrato social, a
responsabilidade entre os sócios será solidária. Essa situação prevalece até que o
montante do capital esteja completo.
SOCIEDADE ANÔNIMA (S.A.) 
Esta também é chamada de companhia ou sociedade por ações. Trata-se de uma empresa com fins lucrativos que tem seu capital dividido em ações e a responsabilidade de seus sócios (acionistas) limitada ao preço da emissão das ações subscritas (lançadas para aumento de capital) ou adquiridas. Nas S.A., os sócios são chamados de acionistas e têm responsabilidade limitada
ao preço das ações adquiridas.
Essa sociedade deve ter no mínimo sete acionistas. O documento básico que regula a sociedade anônima é o estatuto. Nele estão previstos os direitos e obrigações dos acionistas. Dentro do gênero das ações:
Ações Ordinárias (ON): É conferido o direito a voto nas Assembleias
Gerais, além de participação nos resultados da Companhia.
Ações Preferenciais (PN): É conferida vantagem ou benefício não extensivo à ação ordinária, geralmente uma preferência no recebimento dos
lucros, a garantia de um recebimento mínimo, ou preferência no reembolso do
capital. Em contrapartida, tais ações podem não ter direito a voto, ou alguma
limitação em seu exercício. 
SOCIEDADE ANÔNIMA (S.A.) 
Conceitos básicos :
Capital Social: É a soma de toda contribuição dos sócios, isto é, o montante financeiro pertencente à companhia. O capital social é expresso em moeda nacional e pode compreender qualquer espécie de bem que possa ser avaliado em dinheiro durante seu processo de formação. O capital social é repartido em partes chamadas ações.
Sociedade de Capital: As ações de uma sociedade anônima podem ser
transmitidas para qualquer pessoa, não importando a característica do sócio. O estatuto não pode proibir esse tipo de negociação, mas pode limitá-la. 
Responsabilidade do Acionista: é limitada ao valor das ações adquiridas e subscritas. Assim que a ação for integrada, o acionista não terá nenhuma responsabilidade suplementar. 
Os tipos de capital social existente são: “Capital Aberto”, quando as ações podem ser negociadas na bolsa de valores; e “Capital Fechado”, quando não há oferta para negociação. 
 A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) foi criada em 7/12/1976 pela Lei
no 6.385/76, com o objetivo de fiscalizar, normatizar, disciplinar e desenvolver o mercado
de valores mobiliários no Brasil. Trata-se de uma entidade autárquica em regime especial,
vinculada ao Ministério da Fazenda, com personalidade jurídica e patrimônio próprios,dotada
de autoridade administrativa independente
SOCIEDADE ANÔNIMA (S.A.) 
Principais órgãos das sociedades anônimas, que possuem uma estrutura fixa, determinada pela Lei no 6.404/76, são:
Assembleia Geral é o órgão superior e mais poderoso no que diz respeito às decisões da empresa. Sua responsabilidade é de reunir os acionistas para discutir os interesses da companhia. As decisões como ações futuras, condição dos membros é feita por eleição. Nestas é possível destituir membros da administração e do conselho fiscal.
Conselho de Administração É um órgão facultativo. Só precisa existir caso a sociedade seja do tipo dualista, isto é, quando, além da assembleia geral, existe outro órgão com poder de fiscalizar a diretoria, que, no caso, é o conselho de administração. É também um órgão deliberativo e composto por acionistas escolhidos pela assembleia geral, os chamados conselheiros. A principal função do conselheiro é agilizar as decisões.
SOCIEDADE EM NOME COLETIVO 
Este tipo de sociedade também é chamado de sociedade geral, sociedade de responsabilidade ilimitada ou sociedade solidária ilimitada. Nestas, o nome empresarial consiste na razão social composta pelo nome pessoal de um ou mais sócios. Quando não houver referência a todos os sócios, a razão social deve ser acompanhada da expressão "e Companhia" ou "& Companhia", ou "e Cia" ou "& Cia". somente as pessoas físicas podem tomar parte na
sociedade em nome coletivo. Estes respondem de forma solidária e ilimitada pelas obrigações sociais.
SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES 
Os sócios são divididos em duas categorias, comanditados e comanditários.
Comanditados: São as pessoas físicas responsáveis pelas obrigações fiscais e financeiras.
Comanditários: São responsáveis e obrigados somente em relação à sua quota. 
Esta é considerada um tipo misto de sociedade em que parte dos sócios tem responsabilidade limitada, enquanto o restante responde integralmente. O art. 1.049 do Código Civil expressa que sócio comanditário não é obrigado à reposição de lucros recebidos de boa fé e de acordo com o balanço. Assim, diminuído o capital social por perdas
supervenientes, não pode o comanditário receber quaisquer lucros, antes de reintegrado aquele. 
O SURGIMENTO DO CRÉDITO TÓPICO 3
É a capacidade de acreditar em algo ou alguém. Em seu sentido
financeiro, significa dispor recursos financeiros para fazer frente a despesas ou investimentos. Em outras palavras, é a capacidade de financiar a compra de bens e serviços.
O crédito como conhecemos hoje se iniciou na Revolução Industrial, com o aparecimento da classe operária. Esta usufruía de um emprego mais ou menos estável e vivia do respectivo salário. Devido a esta previsibilidade de rendimentos, os trabalhadores ofereciam a garantia de que suas dívidas seriam saldadas, mesmo tendo o bem antecipadamente, dando início à prática do crédito.
No Brasil, indivíduos e empresas que necessitam de recursos para o
consumo e capital de giro podem contar com o crédito cedido por instituições financeiras e não financeiras.
É importante salientar que taxas de juros em conjunto com impostos sobre
operações financeiras foram embutidas no crédito, aumentando o preço do bem se tornando estes os principais encargos do consumidor.
CONCEITO E PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO TÍTULO DE CRÉDITO 
O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito
quando preencha os requisitos da lei”.
O Crédito, no sentido moral, corresponde ao mesmo que
confiança, e economicamente falando, representa uma permuta de bens ou valores presentes, por futuros. "Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito literal e autônomo nele mencionado.
As características dos títulos de crédito 
Cartularidade - o crédito se materializa no título. 
Um exemplo é o direito de crédito de um cheque que está incorporado nele próprio, bastando apenas apresentá-lo no banco referido para exercer o direito.
 
A literalidade - corresponde ao atributo do título de crédito que apresenta o seu valor de acordo com o que nele está escrito. 
Exemplo: Uma pessoa emite uma nota promissória com vencimento para 30 dias. Este documento não pode ser alterado por outro na tentativa de alterar a data do pagamento.
Autonomia - significa que as obrigações assumidas no título são independentes umas das outras. 
A abstração é a não necessidade de verificação do negócio jurídico que
originou o título. Ou seja, não possui vínculo com a causa concreta motivadora
do nascimento desse título. 
Circulabilidade é descrita pela maior rapidez na circulação de valores.
Tal atributo representa a movimentação do título, por endosso ou simples
tradição, que é a transferência física do título. Desta forma, se transmite todos os
direitos inerentes ao título de crédito. 
As características dos títulos de crédito 
A coobrigação é o atributo que tem por finalidade dar maior proteção ao portador do título. a pessoa que colocar sua assinatura em determinado título fica responsável por seu pagamento tanto quanto o devedor principal.
Executividade são considerados
títulos executivos extrajudiciais a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata,a debênture e o cheque. Assim, havendo a necessidade de intervenção do Judiciário na cobrança de um título, o credor
poderá ingressar diretamente com a ação executiva.
CONCEITOS IMPORTANTES LIGADOS AOS TÍTULOS
DE CRÉDITO 
O endosso de título de crédito transfere o direito de recepção do valor nominal do respectivo título do endossante para o endossatário. Normalmente o endosso é utilizado como garantia de crédito em operações bancárias.
 características importantes do endosso são:
O endosso deve ser lançado pelo endossante no verso ou anverso do próprio título.
A transferência por endosso completa-se com a tradição (entrega) do título.
• Considera-se não escrito o endosso cancelado, total ou parcialmente. 
AVAL 
O aval corresponde a uma garantia pessoal dada por um terceiro, em
título de crédito, no qual se obriga, ao lado do emitente do título, a satisfazer o crédito. Em outras palavras, fica responsável a pagar a dívida descrita literalmente na cártula, caso o devedor não o faça, assumindo obrigações cambiais iguais às do mesmo.
Aval Garantia Pessoal: Nessa modalidade, o avalista é escolhido e aceito pelo credor de acordo com suas qualidades, como: histórico de bom pagador, capacidade de pagamento e possuir patrimônio disponível em possível execução.
Aval Garantia Real: O que garante a quitação da dívida é um bem móvel
ou imóvel específico. Esse bem é minuciosamente descrito na garantia, e pode
ser executado para adimplir a dívida mesmo que, ao tempo da execução judicial,
não mais integrar o patrimônio do devedor. Essa característica é conhecida como
direito de sequela em favor do credor.
PROTESTO 
O protesto representa o ato formal extrajudicial que objetiva conservar e ressalvar direitos do credor na cobrança de sua dívida. Pode ser caraterizado como uma providência em que o credor torna público que o título foi apresentado para aceite ou para pagamento, sem que o devedor ou o aceitante tenham tomado esta providência. 
O cancelamento do protesto somente acontecerá mediante pagamento, com entrega do título em cartório, ou com a concessão, pelo credor, de um documento formal, chamado carta de anuência. Outra maneira de cancelamento do protesto se dá mediante decisão judicial. 
PRESCRIÇÃO 
O título cambial vincula o devedor e seus obrigados à obrigação nele
representada. Não obstante, tal vinculação não poderá ser eterna, e não havendo o adimplemento, o credor deverá ir a juízo para receber o valor constante do título. O meio legal posto à sua disposição se chama ação executiva. Porém, caso o credor fica inerte, não tomando as providências necessárias ao recebimento do crédito, tem seu direito prescrito.
NOTA PROMISSÓRIA 
A nota promissória é uma promessa de pagamento e deve conter estes requisitos essenciais, lançados por extenso no contexto: I. a denominaçãode “Nota Promissória” ou termo correspondente, na língua em que for emitida; II. a soma de dinheiro a pagar; III. o nome da pessoa a quem deve ser paga; IV. a assinatura do próprio punho da emitente ou do mandatário especial. 
Os requisitos acima são indispensáveis para a validade do título, porém a doutrina aponta outros requisitos tidos como não essenciais:
a) a data e o lugar da emissão;
b) a época do vencimento;
c) o lugar do pagamento.
Caso a nota promissória não seja paga em seu vencimento, poderá ser
protestada. Também é possível que o beneficiário efetue a cobrança judicial,
a qual ocorre por meio da ação cambial.
a prescrição da Nota Promissória ocorre nos seguintes prazos:
3 anos: do portador contra o emitente ou avalista.
 1 ano: do portador contra o(s) endossante(s).
6 meses: dos endossantes, um contra os outros.
CHEQUES 
O cheque corresponde a um “título revestido de determinadas formalidades legais contendo uma ordem de pagamento à vista, passada em favor próprio ou de terceiros”. Este pressupõe a existência de fundos em um banco denominado sacado, que cumprirá a ordem do emitente. Ou seja, o banco pagará a quantia representada no cheque, ao beneficiário. Desde 1990, o cheque não pode ser ao portador, ou seja, deverá ser nominal. 
Quanto às espécies de cheque, têm-se:
a) Cheque Visado; É aquele em que há uma confirmação da existência de fundos para compensá-lo através de um “visto, certificado ou declaração equivalente”
b) Cheque Administrativo; É aquele emitido pelo próprio banco, contra si mesmo. 
c) Cheque Cruzado; Neste título de crédito determina que o cheque só poderá ser depositado, não sendo assim possível seu saque em dinheiro.
d) Cheque para ser Creditado em Conta. o emitente identifica a conta do credor para depósito, não sendo possível seu pagamento em dinheiro. 
Após o prazo de seis meses, não será mais possível receber o cheque. Após
este prazo, o cheque perde sua força executiva, cabendo apenas ao beneficiário
cobrá-lo judicialmente, através de ação monitória ou de cobrança. 
O ato de sustar um cheque representa uma maneira de tirar a validade do
documento emitido como forma de pagamento. Esta ação é adotada pelo cliente
por razões de roubo ou furto de folha ou talão de cheques. Também é efetuada
quando se tem uma suspeita de fraude, desacordo comercial ou oposição ao
pagamento. 
DUPLICATA 
A duplicata é um título de crédito emitido em razão de uma compra e
venda mercantil, representada em uma fatura. A fatura é uma nota do vendedor, descrevendo a mercadoria, discriminando a sua qualidade, quantidade e lhe fixando o preço. É, portanto, uma prova do contrato de compra e venda mercantil. Se isso não acontecer, estaremos diante do que se conhece como duplicata fria. A duplicata fria, tecnicamente, é chamada de duplicata simulada, que caracteriza crime. A duplicata se transmite por endosso e seu pagamento pode ser garantido por aval. 
A duplicata deverá, segundo a lei, ser enviada para aceite do sacado, o que corresponde ao reconhecimento da existência da dívida. A sua falta poderá ser motivo de protesto, assim como, a falta de devolução do título e a falta de pagamento. Para a cobrança judicial através de ação executiva, a duplicata sem aceite deverá ser acompanhada do comprovante de entrega de mercadoria e do protesto.
A ação ajuizada nos prazos máximos previstos na Lei nº 5.474/68.
I- Em 3 anos, contados da data do vencimento do título, contra o
sacado e respectivos avalistas;
II- Em 1 ano, contando da data do protesto, contra os endossantes e respectivos avalistas;
III- Em 1 ano, contando da data em que haja sido efetuado o pagamento
do título, de qualquer dos coobrigados, uns contra os outros.
DA RECUPERAÇÃO DA EMPRESA EXTRAJUDICIAL 
 
A recuperação extrajudicial é um acordo privado, entre devedor e credor. Uma proposta de recuperação apresentada para um ou mais credores, fora da esfera judicial. 
O devedor, ao requerer o pedido de recuperação extrajudicial, deverá
estar exercendo regularmente as suas atividades há mais de dois anos.
Não se aplica a recuperação extrajudicial aos titulares de créditos de
natureza tributária: derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidente de trabalho. Também não se aplica a recuperação extrajudicial aos titulares da posição de proprietário fiduciário de bens móveis ou imóveis, de arrendador mercantil, de proprietário ou promitente vendedor de imóvel, e provenientes de restituição. 
Para a homologação do plano de recuperação extrajudicial, o devedor
deve apresentar a sua justificativa e o documento que contenha seus termos e
condições, com as assinaturas dos credores que a ele aderiram 
O devedor deve comprovar o envio de carta a todos os credores sujeitos
ao plano, domiciliados ou sediados no país. Deve informá-los da distribuição
do pedido, as condições do plano e prazo para impugnação.
DA RECUPERAÇÃO DA EMPRESA JUDICIAL
A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação de
crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa. Nesta modalidade, o empresário negocia plano de recuperação com todos os seus credores, inclusive trabalhadores e fisco, visando, principalmente, à concessão de prazos e condições especiais para pagamento das obrigações vencidas ou vincendas. Se em 180 dias não houver acordo, o Judiciário poderá decretar a falência. 
A empresa devedora peticionará ao juiz, requerendo a recuperação,
expondo as causas concretas de sua situação patrimonial e as razões da crise
econômico-financeira que atravessa. Após esta decisão sendo favorável, o devedor deverá apresentar o plano de recuperação em juízo, no prazo improrrogável de 60 dias, a contar da data da concessão do processamento, sob pena de decretação da falência.
FALÊNCIA 
corresponde ao processo judicial pelo qual o empresário é
obrigado a liquidar o seu patrimônio em benefício dos credores. Nesta situação, se arrecada o patrimônio do falido e verifica-se os créditos da empresa. Apura se o ativo empresarial e busca-se solver o passivo. É importante lembrar que a situação de insolvência é irreversível. Quando este capital não é suficiente para saldar as dívidas assumidas, é dedutível que a empresa tenderia a pagar primeiramente os credores que já têm os títulos vencidos ou prestes a vencer. 
Normalmente, a falência é requerida por um dos credores quirografários,
que exibe títulos da dívida vencida (nota promissória, duplicata, cheque etc.)
e a prova de caracterização da impontualidade do devedor, para o que junta
a certidão de protesto. É feito, então, um requerimento que diz o motivo da
falência. O pedido de falência, seja qual for a sua fundamentação, deverá ser
convenientemente instruído para servir de base à decisão do juiz.

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