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BIOMAS Mata de Araucárias e Pantanal Mata de Araucárias A Mata de Araucárias é uma formação vegetal que, como o próprio nome diz, é caracterizada pela presença da Araucaria angustifolia (pinheiro-do-paraná ou araucária). É um ecossistema da Mata Atlântica e ocorre no sul do Brasil, estendendo-se pelos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e em manchas esparsas em São Paulo e Minas Gerais. Mata de Araucárias Essa formação é também chamada de Floresta Ombrófila Mista, que se caracteriza pela mistura entre árvores angiospermas (produzem frutos) e gimnospermas, que é o caso da araucária (não produzem frutos). O clima dessa região é caracterizado pela ocorrência de chuvas o ano inteiro, oscilando entre períodos mais e menos chuvosos. O inverno normalmente é frio, com geadas frequentes e até neve. O verão é razoavelmente quente. Mata de Araucárias É um dos ecossistemas mais ricos em relação às espécies animais e plantas, uma vez que está localizado na Mata Atlântica, um dos biomas com maior biodiversidade do mundo. Importante notar que muitos animais sofrem o risco de extinção sendo alguns deles endêmicos da região (somente se desenvolvem nessa parte do planeta). Na lista dos animais que correm o risco de extinção estão: a onça-pintada, macaco-prego, mono-carvoeiro, mico-leão- dourado, jaguatirica, preguiça-de-coleira e o tamanduá. Fauna Onça Pintada Mico-Leão-Dourado Mata de Araucárias A araucária é uma árvore de tronco cilíndrico e reto, com altura entre 25 e 35 metros, podendo chegar a 50 metros. É heliófila (precisa de muita luz solar), mas é beneficiada pelo sombreamento na fase de germinação e crescimento até dois anos. Produz sementes comestíveis (pinhão). É exigente quanto às condições do solo, ocorrendo em solos muito férteis, profundos e bem drenados. Flora Araucárias Araucárias Flora Araucárias Araucárias Pantanal Um dos ecossistemas mais ricos do Brasil, o Pantanal, estende-se pelos territórios do Mato-Grosso (região sul), Mato-Grosso do Sul (noroeste), Paraguai (norte) e Bolívia (leste). Ao todo são aproximadamente 228 mil quilômetros quadrados. Em função de sua importância e diversidade ecológica, o Pantanal é considerado pela UNESCO como um Patrimônio Natural Mundial e Reserva da Biosfera. Pantanal O clima do Pantanal é predominantemente Tropical Continental marcado pelas altas temperaturas e grande índice pluviométrico, um verão quente e chuvoso e um inverno frio e seco. Dessa maneira, na época das chuvas, ou seja, no verão, o Pantanal fica praticamente intransitável por terra; enquanto no período da seca, no inverno, os rios secam e sobra o barro, daí seu nome "Pantanal". Pantanal As principais atividades econômicas são a pecuária, pesca e o turismo. As maiores ameaças ao Pantanal são o desmatamento e o manejo inadequado de terras para agropecuária, a construção de hidrelétricas e o crescimento urbano e populacional Pesca no Pantanal Pantanal O Pantanal é formado por uma planície e está situado na Bacia Hidrográfica do Alto Paraguai. Recebe uma grande influência do Rio Paraguai e seus afluentes, que alagam a região formando extensas áreas alagadiças (pântanos) e favorecendo a existência de uma rica biodiversidade. A época de chuvas e cheias dos rios ocorre durante os meses de novembro a abril. Pantanal O ecossistema do Pantanal é muito diversificado, abrigando uma grande quantidade de animais, que vivem em perfeito equilíbrio ecológico. Podemos encontrar, principalmente, as seguintes espécies: jacarés, capivaras, peixes (dourado, pintado, curimbatá, pacu), ariranhas, onça-pintada, macaco- prego,veado-campeiro, lobo-guará, cervo-do-pantanal, tatu, bicho-preguiça, tamanduá, lagartos, cágados, jabutis, cobras (jibóia e sucuri) e pássaros (tucanos, jaburus, garças, papagaios, araras, emas, gaviões). Além destes citados, que são os mais conhecidos, vivem no Pantanal muitas outras espécies de animais. Fauna Jacaré Capivara Pantanal Assim como ocorre com a vida animal, o Pantanal possui uma extensa variedade de árvores, plantas, ervas e outros tipos de vegetação. Nesta região, podemos encontrar espécies da Amazônia, do Cerrado e do Chaco Boliviano. Nas planícies (região que alaga na época das cheias) encontramos uma vegetação de gramíneas. Nas regiões intermediárias, desenvolvem-se pequenos arbustos e vegetação rasteira. Já nas regiões mais altas, podemos encontrar árvores de grande porte. As principais árvores do Pantanal são: aroeira, ipê, figueira, palmeira e angico. Flora Ipê Aroeira Pantanal - Curiosidades • Animais do Pantanal em risco de extinção: cervo-do-pantanal, tuiuiú e capivara. • Você sabia que a maior planície inundável do mundo é o pantanal matogrossense? Zona Costeira Mangues Restingas Mangues Podemos encontrar a vegetação de mangue nas regiões litorâneas do Brasil. Nestas áreas, a água do mar avança no solo, formando regiões alagadiças. Mangues Presença de caranguejos que buscam seus alimentos no mangue. A formação vegetal do mangue (plantas e arbustos) possui raízes externas (aéreas). Como o solo do mangue é pobre em oxigênio, este é obtido pelas plantas fora do solo. Em função da diversidade da região, podemos dividir os mangues em: mangue-branco, mangue-vermelho e mangue siriúba. As plantas possuem sementes compridas, finas e pontudas. Isto ocorre para facilitar a reprodução, pois quando caem no solo úmido, podem se fixar com mais facilidade. O cheiro do mangue é bem característico, em função da presença de áreas salobras (com presença de sal). Mangues A poluição de rios e mares em conjunto com a especulação imobiliária nas regiões litorâneas tem afetado, significativamente, os mangues. Esta área tem diminuído de tamanho e o ecossistema da região tem sido afetado nas últimas décadas. Trabalhadores locais, principalmente os que vivem da caça e comércio de caranguejos, tem sofrido com a diminuição destes animais nos manguezais. Mangues As principais espécies de animais encontradas em regiões de mangue são: lontra, sagui, peixe-boi marinho, cobra, crocodilo, lagarto, tartaruga, caranguejo, craca, aranha, mexilhão, minhoca, entre outros. Fauna Lontra Sagui Mangues • O mangue é o habitat de várias espécies marinhas e também de caranguejos. • É comemorado em 26 de julho o Dia Internacional de Defesa dos Manguezais Fauna Caranguejo Carijozinho Restingas Em ecologia, o termo Restinga é utilizado para definir diferentes formações vegetais que se estabelecem sobre solos arenosos na região da planície costeira. Esses ecossistemas são determinados fisicamente pelas condições edáficas (solo arenoso) e pela influência do mar e estão distribuídos ao longo do litoral brasileiro e por várias partes do mundo. Restingas As restingas começaram a se formar há milhares de anos pelo recuo do nível do mar, direcionando grande quantidade de areia das plataformas continentais em direção à praia, com isso houve formação das planícies arenosas. Durante o Quaternário as variações no nível do mar ocorreram no mínimo três vezes, expondo e cobrindo áreas litorâneas que hoje formam as restingas. Restingas A vegetação das restingas é influenciada por alguns fatores abióticos, entre os quais se destacam a topografia do terreno, que pode apresentar faixas de elevações (cordões arenosos) e faixas de depressões (entre-cordões) dependendo dos processos de deposição e remoção de materiais nessas regiões; a influência marinha, que diminui à medida que se avança para o interior e o solo, um importante condicionador e fator limitante da distribuição de formações florísticas. Essas condições ambientais determinam as diferentes fisionomias vegetaisda restinga. Restingas Vegetação herbácea ou subarbustiva – vegetação rasteira com alguns arbustos, atingindo cerca de 1 metro de altura. Ocorre próximo ao mar, em praias, dunas, lagunas, banhados e depressões. Essa vegetação é denominada halófila-psamófila (adaptada às condições salinas e arenosas). Vegetação arbustiva – localiza-se sobre cordões arenosos, formada por plantas arbustivas com até cinco metros de altura, que podem formar moitas separadas por áreas sem vegetação ou um adensamento contínuo. Possui poucas epífitas (liquens, samambaias, bromélias e orquídeas) e elevada quantidade de trepadeiras. É comum a presença de gramíneas no estrato herbáceo. Floresta baixa de restinga – Ocupa áreas interiores da planície costeira. Vegetação predominantemente arbustiva e arbórea com árvores que podem chegar a 15 metros de altura. Grande quantidade de epífitas e poucas trepadeiras. O dossel é aberto e a flora herbácea é rica. Floresta alta de restinga – ocorre mais distante do mar, dando sequência à floresta baixa de restinga, em solos bem drenados e com maior quantidade de nutrientes. O estrato é predominantemente arbóreo com dossel fechado e as árvores podem atingir 20 metros de altura. Restingas A fauna é bastante rica. Muitas aves migratórias utilizam as restingas como locais de alimentação e descanso. Destacam-se o papagaio-de-cara-roxa (Amazona brasiliensis), a coruja buraqueira (Spyotito cunicularia) e o formigueiro-do-litoral (Formicivora littoralis), ave endêmica de áreas restingas. Mamíferos como o mico-leão-caiçara (Leontopithecus caissara), queixada (Tayassu pecari) e lontra (Lontra longicaudis) também ocorrem. O maria-farinha é um caranguejo comum nas praias arenosas e cava suas tocas acima da área de maré. As tartarugas marinhas utilizam as restingas como locais de desova. Fauna Papagaio-de-Cara-Roxa Coruja-Buraqueira Quando a última arvore for derrubada; quando o último rio for envenenado; quando o último peixe for pescado, só então nos daremos conta de que dinheiro é coisa que não se come. Vamos cuidar do nosso Planeta! 05 de Junho Dia do Meio Ambiente
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