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A Execução contra a Fazenda Pública

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A Execução contra a Fazenda Pública
A execução contra a Fazenda Pública, prevista nos artigos 730 e 731 do Código de Processo Civil, principalmente após a reforma operada pela EC nº 62, de 9 de novembro de 2009, que alterou o artigo 100 da Constituição Federal e acrescentou o artigo 97 ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, instituindo regime especial de pagamento de precatórios pelos Estados, Distrito Federal e Municípios.
A Execução contra a Fazenda Pública tem previsão no artigo 100 da Carta Magna de 1988, no art. 97 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, cuja redação foi dada pela Emenda Constitucional n. 62/2009, e ainda, nos artigos 730 e 741 do Código de Processo Civil.Por execução contra a Fazenda Pública entende-se aquela em que no polo passivo figura pessoa jurídica de direito público, o que inclui as autarquias e fundações públicas, mas não as empresas públicas e sociedades de economia mista.
Por execução contra a Fazenda Pública entende-se aquela em que no polo passivo figura pessoa jurídica de direito público, o que inclui as autarquias e fundações públicas, mas não as empresas públicas e sociedades de economia mista.
Existe todo um procedimento diferenciado para a Fazenda Pública por uma série de razões, tais como a inalienabilidade dos bens públicos, a continuidade do serviço público e, ainda, a isonomia no pagamento que será feito, considerando que este se dará em grande parte por precatório.
Durante muito tempo, discutiu-se acerca da possibilidade desta execução estar fundada em título extrajudicial, o que foi pacificado na jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça quando da edição da Súmula 279, que definiu, é cabível a execução por título extrajudicial contra a Fazenda Pública.
Há que se ressaltar, conforme aponta Gonçalves (2011), que na execução por quantia contra a Fazenda Pública, fundada em título judicial ou extrajudicial, não há dualidade de procedimentos, este será sempre o mesmo. Não há dualidade de procedimentos em relação ao título que é exigido, o procedimento dessa execução vem regulado nos artigos 730 e 731 do CPC.
Da impenhorabilidade dos bens da Fazenda Pública na execução por quantia certa
Os bens públicos, ou seja, aqueles pertencentes à União, Estado e Município, são legalmente impenhoráveis. Desta forma, é impossível a execução contra a Fazenda Pública, pois esta se faz de forma diferente, não admite penhora e expropriação, conforme disposição do artigo 100 e seus parágrafos da Constituição Federal.
É a característica dos bens públicos que impedem que sejam eles oferecidos em garantia para cumprimento das obrigações contraídas pela Administração junto a terceiros.
A regra geral é que a execução contra a Fazenda não será feita mediante a constrição, penhora e expropriação de bens, mas sim através da expedição de precatório, que é o instrumento pelo qual o Poder Judiciário requisita, à Fazenda Pública, o pagamento a que esta tenha sido condenada em processo judicial.
DO PROCEDIMENTO
No Código de Processo Civil brasileiro a execução por quantia certa contra a Fazenda Pública é regida pelos artigos 730 e 731 do referido código.
Como se infere no artigo 730 do Código de Processo Civil, o processo executivo contra a Fazenda Pública se inicia com a sua citação, entretanto, não para apresentar contestação e sim para a oposição de embargos.
Devidamente citada, a Fazenda terá duas opções, qual seja: I – propor os embargos, devendo esta ser no prazo de 30 (trinta) dias, prazo este de acordo com a alteração realizada pelo artigo 1-B da Lei n. 9.494/1997 no artigo 730 do CPC; II – não embargar, devendo então ser expedido precatório para que seja realizado o pagamento da dívida.
Os embargos opostos pela Fazenda exigem petição autônoma, autuação em separado, bem como a distribuição por dependência.
De acordo com o artigo 740 do CPC, o embargado deverá ser ouvido no prazo de quinze dias, e da decisão que decidir os embargos será cabível apelação.
Pela razão dos bens da Fazenda Pública serem impenhoráveis, os pagamentos serão realizados por precatórios a serem requisitados por intermédio do presidente do tribunal competente. 
Na hipótese dos embargos debaterem parcialmente o objeto da execução, disciplina o artigo 739-A, 3º do CPC que será admissível a expedição do precatório da parte incontroversa.
O Precatório
A Lei n. 11.232/05 aboliu a ação de execução de sentença separada da ação condenatória e instituiu o sincretismo processual como regra no processo civil. Porém, o regime dualístico foi mantido para ações que busquem impor o adimplemento de prestações de quantia certa ao Poder Público, decorrentes de sentenças condenatórias. Ou seja, nova petição inicial terá de ser proposta em juízo, assim como ocorrerá nova citação e abertura de prazo para a interposição de embargos à execução A execução promovida contra a Fazenda Pública não adota o sistema de penhora e expropriação de bens do devedor nos moldes comuns, visto que o patrimônio público não é passível de penhora.
O Código de Processo Civil prevê um procedimento especial para as execuções por quantia certa em que a Fazenda Pública figure no polo passivo, o qual não tem natureza própria de execução forçada, uma vez que não há penhora e arrematação. Cumpre-se, portanto, a execução contra a Fazenda Pública, conforme artigos 730 e 731 do Código de Processo Civil, requisitando-se a inclusão da dívida no orçamento público para que o crédito seja satisfeito de maneira voluntária pela própria Fazenda Pública.
Cabe à parte interessada requerer ao juiz a requisição do pagamento por intermédio do presidente do tribunal competente. Esta requisição tem o nome de precatório judicial.
A Execução de Alimentos
Não há nada mais urgente do que o direito a alimentos, pelo simples fato de assegurar a vida e garantir a sobrevivência. Disto ninguém duvida. No entanto o novo Código de Processo Civil (13.105/2015), em vias de entrar em vigor, parece ter se olvidado da responsabilidade do Estado de garantir, do modo mais célere possível, tanto a busca dos alimentos como o seu adimplemento.
A lei processual toma para si tão só a execução dos alimentos, revogando os artigos 16 a 18 da lei de Alimentos (CPC 1.072 V). Dedica um capítulo ao cumprimento de sentença e de decisão interlocutória (CPC 528 a 533) e outro para a execução de título executivo extrajudicial (CPC 911 a 913).
Dispondo o credor de um título executivo – quer judicial, quer extrajudicial – pode buscar sua execução pelo rito da prisão (CPC 528 e 911) ou da expropriação (CPC 528 § 8º e 530), bem como pode pleitear o desconto na folha de pagamento do devedor (CPC 529 e 912).
Com o advento da Lei n° 11.232 de 22/12/05, a execução de sentença deixou de ser um processo autônomo e passou a ser apenas uma etapa do processo de conhecimento, denominada cumprimento de sentença. Essa mudança, apesar de acabar com o processo autônomo de execução de título judicial, não mencionou a execução da obrigação alimentar, disciplinada nos artigos 732 a 735 do Código de Processo Civil. Por isso, surgiu a dúvida sobre a aplicação ou não do cumprimento de sentença na execução das obrigações alimentares, que gerou divergência doutrinária, com teorias favoráveis e contrárias a utilização da Lei 11.232 de 2005 na execução de alimentos, e sua aplicação pelos tribunais, criando jurisprudência nesse sentido. Buscando avaliar a melhor solução para a questão foram analisados comparativamente, os argumentos favoráveis e contrários à aplicação da Lei n° 11.232 de 22/12/05 na execução de alimentos, na doutrina e na jurisprudência brasileira, a fim de verificar suas conseqüências. A partir desse estudo concluiu-se que os tribunais estão utilizando o cumprimento de sentença nas ações de execução de alimentos, sob o fundamento principal de que não haveria sentido não se valer da forma mais célere de execução justamente no caso dos alimentos,em que a urgência e relevância são indiscutíveis. Entretanto, a aplicação dessa legislação está gerando mais controvérsias e problemas do que realmente soluções, pelo fato de estar sendo aproveitada uma lei que, claramente, não foi criada com esse intuito, portanto, não oferece fundamentação legal para nortear sua utilização. A execução de alimentos, em razão de todas as suas particularidades, exige uma orientação específica, seja por intermédio da legislação já existente (Lei de Alimentos e arts. 732 a 745 do CPC), ou através da criação de uma lei com esta finalidade.
EXECUÇÃO FISCAL
Execução Fiscal é o termo que se aplica a procedimento especial em que a Fazenda Pública requer de contribuintes inadimplentes o crédito que lhe é devido, utilizando-se do Poder Judiciário, pois não lhe cabe responsabilizar o devedor.
Assim, por meio do Poder Judiciário, a Fazenda Pública busca, junto ao patrimônio do executado, bens suficientes para o pagamento do crédito que está sendo cobrado por meio da execução fiscal.
O processo de execução se baseia na existência de um título executivo extrajudicial, denominado de Certidão de Dívida Ativa (CDA), que servirá de fundamento para a cobrança da dívida que nela está representada, pois tal título goza de presunção de certeza e liquidez.
Em regra, após 90 (noventa) do prazo de cobrança, se o débito for superior a R$ 10.000,00 (dez mil reais), é gerada uma petição inicial pela Procuradoria da Fazenda Nacional, a qual é encaminhada para o judiciário.
O juiz determinará a citação do devedor nas execuções fiscais, o qual terá um prazo de 05 (cinco) dias para pagar o débito ou nomear bens para garanti-lo, sob pena de que seu patrimônio venha a ser penhorado.
No prazo de 05 (cinco) dias é permitido ao executado nomear bens à penhora, para garantir a execução, reservando-se a opção de aceite à Fazenda Pública. Passada essa fase, os bens serão avaliados, normalmente por intermédio de um Oficial de Justiça, e conferidos a um depositário, que terá o dever legal de guardar os bens.
Não indicados os bens, podem ocorrer penhoras de créditos on-line, a penhora de faturamento da empresa, a penhora de ações, de imóveis, de veículos, etc. Não pode ser penhorado o imóvel que serve de residência do indivíduo, por se tratar de um bem de família, nem aqueles bens que a lei considera impenhoráveis.
Caso deseje discutir o débito, o contribuinte pode, em paralelo, ajuizar outra ação denominada de embargos do devedor, desde que antes tenha havido penhora suficiente para garantir o valor do crédito que está sendo cobrado e discutido.
Conceito de Dívida Ativa
Constitui Dívida Ativa da Fazenda Pública aquela definida como tributária ou não tributária na Lei 4.320/1964, com as alterações posteriores, que estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.
Qualquer valor, cuja cobrança seja atribuída por lei à União, aos Estados, aos Municípios e ao Distrito Federal, será considerado Dívida Ativa da Fazenda Pública.
A Dívida Ativa da Fazenda Pública, compreendendo a tributária e a não tributária, abrange atualização monetária, juros e multa de mora e demais encargos previstos em lei ou contrato.
A inscrição, que se constitui no ato de controle administrativo da legalidade, será feita pelo órgão competente para apurar a liquidez e certeza do crédito e suspenderá a prescrição, para todos os efeitos de direito, por 180 dias, ou até a distribuição da execução fiscal, se esta ocorrer antes de findo aquele prazo.
A Dívida Ativa da União será apurada e inscrita na Procuradoria da Fazenda Nacional.
O Termo de Inscrição de Dívida Ativa deverá conter:
I - o nome do devedor, dos co-responsáveis e, sempre que conhecido, o domicílio ou residência de um e de outros;
II - o valor originário da dívida, bem como o termo inicial e a forma de calcular os juros de mora e demais encargos previstos em lei ou contrato;
III - a origem, a natureza e o fundamento legal ou contratual da dívida;
IV - a indicação, se for o caso, de estar a dívida sujeita à atualização monetária, bem como o respectivo fundamento legal e o termo inicial para o cálculo;
V - a data e o número da inscrição, no Registro de Dívida Ativa; e
VI - o número do processo administrativo ou do auto de infração, se neles estiver apurado o valor da dívida.
A Dívida Ativa regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez. A presunção é relativa e pode ser ilidida (contestada) por prova inequívoca, a cargo do executado ou de terceiro, a quem aproveite.
A execução fiscal poderá ser promovida contra:
I - o devedor;
II - o fiador;
III - o espólio;
IV - a massa;
V - o responsável, nos termos da lei, por dívidas, tributárias ou não, de pessoas físicas ou pessoas jurídicas de direito privado; e
VI - os sucessores a qualquer título.
O síndico, o comissário, o liquidante, o inventariante e o administrador, nos casos de falência, concordata, liquidação, inventário, insolvência ou concurso de credores, se, antes de garantidos os créditos da Fazenda Pública, alienarem ou derem em garantia quaisquer dos bens administrados, respondem, solidariamente, pelo valor desses bens.
Nota: a solidariedade não se aplicará quando, nos processos de falência, recuperação judicial, liquidação, inventário, arrolamento ou concurso de credores, a alienação seja realizada sem autorização judicial e sem a prova de quitação da Dívida Ativa ou a concordância da Fazenda Pública.
Os responsáveis poderão nomear bens livres e desembaraçados do devedor, tantos quantos bastem para pagar a dívida.
Os bens dos responsáveis ficarão, porém, sujeitos à execução, se os do devedor forem insuficientes à satisfação da dívida.
A petição inicial indicará apenas:
I - o Juízo a quem é dirigida;
II - o pedido; e
III - o requerimento para a citação.
A petição inicial será instruída com a Certidão da Dívida Ativa, que dela fará parte integrante, como se estivesse transcrita.
A petição inicial e a Certidão de Dívida Ativa poderão constituir um único documento, preparado inclusive por processo eletrônico.
A produção de provas pela Fazenda Pública independe de requerimento na petição inicial.
Garantias da execução
Em garantia da execução, pelo valor da dívida, juros e multa de mora e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, o executado poderá:
I - efetuar depósito em dinheiro, à ordem do Juízo em estabelecimento oficial de crédito, que assegure atualização monetária;
II - oferecer fiança bancária ou seguro garantia;
III - nomear bens à penhora, observada a ordem preferencial prevista; ou
IV - indicar à penhora bens oferecidos por terceiros e aceitos pela Fazenda Pública.
O executado só poderá indicar e o terceiro oferecer bem imóvel à penhora com o consentimento expresso do respectivo cônjuge.
Juntar-se-á aos autos a prova do depósito, da fiança bancária, do seguro garantia ou da penhora dos bens do executado ou de terceiros.
A garantia da execução, por meio de depósito em dinheiro, fiança bancária ou seguro garantia, produz os mesmos efeitos da penhora.
Somente o depósito em dinheiro, na forma estabelecida, faz cessar a responsabilidade pela atualização monetária e juros de mora.
A fiança bancária prevista obedecerá às condições pré-estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional.
O executado poderá pagar parcela da dívida, que julgar incontroversa, e garantir a execução do saldo devedor.

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