GEOLOGIA AMBIENTAL

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA, 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM GEOLOGIA,
GEOLOGIA AMBIENTAL
FRANCISCO ALVES	
 FERNANDO FERNANDES
RELATÓRIO DE CAMPO
VISITA TÉCNICA A EMPRESA DAGOBERTO BARCELLOS S/A
	
Caçapava do Sul – RS,
Abril de 2017
FRANCISCO ALVES
FERNANDO FERNANDES
	
Relatório realizado na disciplina de Geologia Ambienta no curso de graduação em geologia pela Universidade Federal do Pampa com o intuito de ser praticado a verificação dos impactos ambientais e soluções para os mesmos na empresa Dagoberto Barcellos S/A
VISITA TÉCNICA A EMPRESA DAGOBERTO BARCELLOS S/A
CAÇAPAVA DO SUL
2017
RESUMO
O presente trabalho tem o intuito de mostrar os métodos de exploração e funcionamento na empresa Dagoberto Barcellos S/A enfatizando os impactos ambientais e sociais.
O trabalho mostra os métodos de segurança e de preucações ultilizados pela empresa, assim como métodos preventivos atestados por nós demonstrados através de tabelas.
 É abordado no trabalho os metédos de explosão de bancadas de minérios, zonas de beneficiamento, bacias de decantação, rejeito e material estéril, maleficios causados pela exploração das minas e pelo transporte de cargas.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO _______________________________________________5
2. MAPA DE LOCALIZÃO ________________________________________6
3. MAPA GEOLÓGICO LOCAL ____________________________________7
4 . GEOLOGIA REGIONAL _______________________________________8
5. GEOLOGIA LOCAL____________________________________________9
6. LOCALIZAÇÃO_______________________________________________9
7. A EMPRESA DAGOBERTO BARCELLOS_________________________10
8. CLASSIFICAÇÃO DOS CALCÁRIOS_____________________________11
9. IMPACTOS AMBIENTAIS E PREVENÇÕES DA EMPRESA___________12
10. TABELA DE AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL______________13
11. CONCLUSÃO ______________________________________________14
12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS_____________________________15
1. INTRODUÇÃO
A empresa Dagoberto Barcellos S/A volta seu trabalho a exploração de rochas cálcarias, os materiais extraidos são voltados para as mais diversas áreas, tanto o uso na agricultura, britagem, argamassa, construção civil entre outros, no entanto, essa exploração causa impactos ambientais e sociais que são monitorados e controlados pela empresa. 
A visita técnica foi feita no dia 31 de março de 2017, e teve o intuito de nos mostrar o funcionamento prático da empresa inter-relacionado a área ambiental começando por uma apresentação geral da emprea feita pelos funcionários Fernando e Evandro mostrando em teoria as formas de exploração, reconstituição e os métodos de segurança ultilizados na empresa, o que era o objetivo de nossa visita. 
Hoje em dia as tecnologias voltadas para exploração evoluiram muito, no entanto, junto a elas os impactos ao ambiente também, delimitando a qualquer empresa ter várias lincenças para seu funcionamento, a burocracia é ampla para que não haja exploração indevida em locais que danifiquem o ambiente, as empresa que não cumprem as normas exigidas pelos orgãos fiscalizadores, em tese, serão punidas devidamente.
A rocha é extarída através de explosões que desmambram a bancada fragmentando a rocha em grandes blocos que são transportados por máquinas e caminhões para a zona de beneficiamento, onde esses grandes blocos passam pelo processo de britagem e/ou moagem de acordo com o direcionamento do material.
2. MAPA DE LOCALIZAÇÃO
 Mapa de localização da área de estudo (fonte: Dorneles, 2013)  
3. MAPA GEOLÓGICO LOCAL
Mapa geológico simplificado (fonte: Dorneles, 2013)
4. GEOLOGIA REGIONAL
O contexto geológico regional compreende rochas do Complexo Metamórfico 
Vacacaí, que ocorre a oeste do Escudo Sul-rio-grandense, constituído por uma unidade metavulcânica e uma unidade metavulcanossedimentar.A unidade metavulcânica é composta por rochas como metandesito, metatufo, metavulcanoclástica e níveis de sedimentos metamorfizados nas fácies xisto verde e anfibolito.
A unidade metavulcanossedimentar é constituída por lentes de mármore e xistos provenientes de metapelito, grafita xisto, quartzitos, anfibolito e níveis de metavulcânicas intermediárias, todo o conjunto metamorfizado nas fácies (PORCHER & LOPES, 2000). O contexto geológico do Complexo Metamórfico Vacacaí, constituído por uma unidade vulcânica e uma unidade vulcanossedimentar (Wildneret al., 2008), sendo responsável pelas unidades vulcanossedimentar e unidade metavulcânica, constitui o embasamento da bacia sedimentar. O metamorfismo regional que afetou as rochas desta associação é de baixo grau, com rochas de grau metamórfico mais elevado apenas nas proximidades das intrusões graníticas (Ribeiro, 1970). 
A Suíte Granítica Caçapava do Sul (SGCS), com idadeaproximada de 540 Ma, 
possui um formato de um corpo elíptico com o eixo maior orientado na direção N-S com cerca de 30 km de extensão. A SGCS compreende dois corpos graníticos intrusivos no Complexo Metamórfico Vacacaí, sendo que este complexo forma um cinturão metamórfico no entorno da SGCS (PORCHER & LOPES, 2000). Por sua vez, Bitencourt (1983) caracterizou dois eventos metamórficos regionais, dos quais o mais antigo é representado por paragêneses compatíveis com a fácies anfibolito; o segundo evento é essencialmente retrogressivo e apresenta associações mineralógicas compatíveis com a fácies xisto verde, relacionado à fase de deformação responsável pela xistosidade regional. 
5. GEOLOGIA LOCAL
A área de estudo fica localizada na zona de contatoentre o complexo metamórfico 
Vacacai e a suíte granítica Caçapava, O complexo metamórfico Vacacai é composto, segundo Ribeiro et al. (1966) apudAlano (1977), de filitos, muscovita-xistos, metagrauvacas, metatufitos e metabasitos com seus derivados de variável grau de metamorfismo, como: clorita-actinolita-xistos, anfibolitos, quartzitos, quartzitos carbonosos, mármores, metarcoseos, metariolitos e meta-conglomerados. 
A suíte granítica Caçapava do Sul compreende dois corpos graníticos intrusivos no Complexo Metamórfico Vacacaí. O corpo maior possui uma forma ovalada cujo eixo de maior extensão, cerca de 30 km, está orientado segundo uma direção N-S e denomina a suíte. Esta suíte é constituída predominantemente de monzo e sienogranitos com participação subordinada de rochas de composição granodiorítica a tonalítica (CPRM, 2000). 
Na área de estudo as litologias encontradas são: quartzito feldspático, xistos, mármore dolomítico, diabásio e apófises graníticas, sendo esta a composição básica do material estéril proveniente do decapeamento. Entretanto, vale ressaltar a presença isolada de mineralizações associadas a intrusões ácidas e intermediárias (como dioritos e andesitos) ao longo de zonas de falha, tendo o cobre como principal elemento. É uma mineralização típica de filões, onde o cobre ocorre associado a elementos como: chumbo, zinco, ferro, ouro e, eventualmente, prata (Alano, 1977). 
6. LOCALIZAÇÃO
A empresa Dagoberto Barcellos S/A está localizada a aproximadamente 8 km da área urbana do município de Caçapava do Sul, no distrito de Caieras, às margens da BR 392 . Atualmente, em operação há duas cavas, Mangueirão e Corticeira, de onde é extraído o material utilizado para correção de solos e fabricação de cal e argamassa. O parque industrial da empresa abriga duas fábricas com capacidade de produção de 900.000 t/ano de calcário, uma moderna fábrica de cal para construção com capacidade de produção de 144.000 t/ano e uma fábrica de argamassa com capacidade de produção anual de 40.000 t.
7. A EMPRESA DAGOBERTO BARCELLOS
No ano de 1918 chegava a Caçapava do Sul Dagoberto Fontoura de Barcellos, cheio de idéias e com muita vontade de trabalhar dando início as pessquisas nos 823 hectáres de terras adiquiridas na região.
Em 1952 surgi então a marca DB,já em 1958 duas instalações industriais e é montado primeiro sistema de moagem de calcário.
1977 inicia-se a implantação da fábrica de cal virgem e hidratada substituindo a cal virgem em pedra. Em 1982 amplia-se o setor de calcinação e beneficiamento. No ano de 1988 começou-se a produção de cal hidraulica e a instalação de uma estacadeira de última geração. Em 1997 começa a produção de argamassa industrializada.
No ano de 2003 a empresa conquistou a certificação ISSO 9001. Hoje a Dagoberto Barcellos tem capacidade para produzir 1 milhão de toneladas por ano de calcário moido, 120 mil toneladas de argamassa e 120 mil toneladas de cal.
Operadas a céu aberto as minas Mato grande, Corticeira e Mangueirão, superaam o volume de 1 milhão e 300 mil toneladas ao ano, que são processadas em 4 unidades fabris, e, em breve mais duas unidades estarão em operação em Caçapava do Sul.
Com o processo de classificação de matéria-prima nas minas, seleção mecânca e manual, moagem e peneiramento em fina granulometria, o calcário DB tem quaalidade diferenciada com um alto nível de PRNT(poder relativo de neutralização total)..
Todos processos que influenciam a qualidade dos produtos DB são determinados pelo sistema de gestão de qualidade ISSO 9001. O controle começa nas jazidas de pedra calcária, com o uso da matéria-prima selecionada, e passa por um rígido controle de ánalise em laboratório próprio, fazendo com que os produtos que chegam ao consumidor tenham a qualidade desejada.
O calcário DB aos consumidores de maneira direta ou em pontos de vendas através das coorporativas e revendedores.
A empresa oportuniza cursos de capacitação e incentiva o aprendizado e conhecimento, proporcionando oportunidades motivadoras, para manter a froça de trabalho qualificada.
No contexto ambiental a DB ultiliza técnicas de mineração que contemplam a sua demanda de produção e de recuperação das áreas mineradas, um exmplo claro é a mina Rio Grande, onde 200 hectáres de floresta nativa com rica fauna e flora que convivém e harmonia com a extração sustentável do calcário.
Em 2014 a empresa recebeu o certificado de estabilidade ambiental estabelecido pelo conselho naciona do meio ambiente (CONAMA), como a empresa de mineraçção que atende todos requisitos legais e seu programa de gestão ambiental segue os padrões estabelecidos pela ISSO 14001 identificando e controlando os aspectos ambientais associados as suas atividades.
8. CLASSIFICAÇÃO DOS CALCÁRIOS
 Mg0
Calcário calcítico 0,00 – 1,1%
Calcário Magnesiano 1,10 – 4,30%
Calcário dolomítico 4,30 – 10,5%
Dolomito calcítico 10.5 - 19,1%
Dolomito 19,1 - 22%
 8.1 Classificação do calcário de Caçapva do Sul
Complexo metamórfico Vacacaí
Estrutura: forma de lente irregular
Embasamento: Complexo metamórfico Cambaí
 8.2 Calcário Dagoberto Barcellos
Nessa imagem podemos ver claramente a fácie da bancada que está sendo extraída. É visivel a diferença de coloração em determinados locais da fácie. Observamos no topo da bancada uma fina camada orgânica com vegetação, ainda no topo vemos a área de decapeamento feita para estabilizar a bancada.
Logo abaixo da área de decapeamento vemos uma camada de estéril, rocha com baixo teor de qualidade com cor amarronzada que provaavelmente será decantado como rejeito, ou será ultilizados no processo de blendagem.
Já mais próximo a base da bancada, observa-se um marmore de maior qualidade com maior concentração de Mg, com uma coloração mais acinzentada.
9. IMPACTOS AMBIENTAIS E PREVENÇÕES DA EMPRESA
Na visita feita a empresa Dagoberto Barcellos S/A, foi observado aspectos relacionados a impactos ambientais. 
A empresa, como foi visto no campo, realiza um excelente trabalho na questão ambiental e social, sempre de acordo com as normas dos orgãos fiscalizadores.
A extração de calcário gera alguns impactos que necessitam e são controlados por diversos métos de mitigação.
No caso dos ruídos gerados pelas explosões, são ultilizados equipamentos que realizam uma série de explosões quase simultâneas, porém seus ruídos não se somam, diminuindo assim a poluição sonora, além dos equipamentos exigidos pela empresa como os protetores de ouvidos.
No caso da poeira gerada na extração, principalmente na moagem, são ultilizados filtros que absorvem parte dessa poeira gerada na moagem. A empresa também se preucupa em fazer barreiras vegetais , como florestas de eucaliptos para evitar que a poeira se espalhe para os arredores da empresa. 
Os funcionários da empresa estão frequentemente “aguando” (molhando) a praça e as vias por onde as máquinas e caminhões transitam para diminuir o levantamento da poeira. É exigido pela empresa a ultilizaçãoo de máscaras de proteção
O impacto visual também é trabalhado na empresa, as cavas que não são mais ultilizadas, são preenchidas com rejeitos, e logo após revegetados, assim como as pilhas de rejeitos que também são estabilizadas e vegetadas.
Um outro impacto controlado pela empresa é a alcalinização das águas que percolam pela empresa e são drenadas para os arroios próximos, são ultilizadas bacias de decantação que fazem com que o PH da água permaneça dentro dos limites exigidos.
10. TABELA DE AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL
	
ATIVIDADES
	
IMAPCTOS
	
GRAU DE IMPORTÂNCIA
	
MEDIDAS MITIGADORAS
	
EXPLOSÕES
	
EMISSÃO DE POEIRA, GERAÇAO DE RUÍDOS,CAUSANDO POLUIÇAO SONORA
	
ALTO
	
SÃO UTILIZADO APARELHOS QUE DIMINUEM OS RUIDOS CAUSADO PELAS EXPLOSÕES
	
MOAGEM
	
GRANDE EMISSÃO DE POEIRA GERADA PELO PROCESSO DE MOAGEM
	
MÉDIO
	
SÃO UTILIZADOS FILTROS INDUSTRIAIS QUE CAPTAM PARTE DA POEIRA,ALÉM DE MASCARAS OBRIGATORIAS
	
DEPOSIÇÃO DE ESTERIL E REJEITO
	
ALEM DO IMPACTO VISUAL, A PILHA DE REJEITO TEM QUE SER ESTAVEL PARA NÃO HAVER DESLIZAMENTOS
	 
MÉDIO
	
ESTABILIZAR A PILHA DE REJEITOS FAZENDO TALUDES E VEGETANDO A AREA. UTILIZAR CAVAS QUE NÃO SÃO UTILIZADAS PARA DEPOSIÇAO DESSES REJEITOS
	
DRENAGEM
	
DEVIDO A MINERALOGIA DA ROCHA, A AGUA DRENADA CARREGA CARBONATOS QUE DEIXAM A AGUA ALCALINA
	
ALTO
	]
SÃO FEITAS BACIAS DE DECANTAÇAO PARA QUE A AGUA DRENADA FIQUE COM Ph DENTRO DE EXIGIDO
11. CONCLUSÃO 
12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BITENCOURT, M. F. Metamórficos da região de Caçapava do Sul, RS: geologia e relações com o corpo granítico. SIMPÓSIO SUL-BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 1. Porto Alegre. Anais... Porto Alegre: Sociedade Brasileira de Geologia, pp.37- 48 (1983)
PORCHER, C. A.; LOPES, R. C. Ministério de Minas e Energia. Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais - CPRM. Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil. Cachoeira do Sul, Folha SH.22-Y-A.,. Estado do Rio de Grande do Sul. CPRM, (2000).
WILDNER, W.; RAMGRAB, G. E.; LOPES, R. C.. Ministério de Minas e Energia. Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais - CPRM. Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil. Mapa geológico do Estado do Rio Grande do Sul, CPRM, (2008).
http://www.grupodb.com.br/sobre.php, acessado em 18 de abril, ás 19:00 horas. 
OLIVEIRA,Dartanhan - METODOLOGIA DE ANÁLISE QUANTITATIVA DE VOLUME DE ROCHA DESMONTADO UTILIZANDO SOFTWARE ESPECÍFICO DE MINERAÇÃO, Caçapava do Sul. Trabalho do curso Tecnologo em Mineração.