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* DISTÚRBIOS DO CRESCIMENTO E DA DIFERENCIAÇÃO CELULAR Ponto de vista replicativo as células podem ser agrupadas em 3 tipos: lábeis, estáveis e perenes. Lábeis – alto índice mitótico (epitélio de revestimento e células sanguíneas) - Estáveis – baixo índice mitótico mas são capazes de proliferar quando estimuladas (endotélio, órgãos glandulares – fígado, rins). * Perenes – não se dividem mais após o nascimento (neurônios e células cardíacas). Regulação do crescimento e diferenciação: Várias substâncias – propriedade de controlar a taxa de divisão celular. Mais importantes – fatores de crescimento (FC) – polipeptídicos – capacidade de estimular a multiplicação celular. * Produzidos por várias células – fígado, cérebro, hipófise e placenta. FC agem nas células através de receptores de membrana (RM). Regulação do crescimento celular é dependente de vários genes que mantém a população celular dentro dos limites fisiológicos. Alterações nesses sistemas regulatórios – resultar em distúrbios do crescimento, da diferenciação ou dos dois ao mesmo tempo. * Classificação dos distúrbios: Alterações do volume celular Quando a célula sofre estímulo excessivo – aumento da síntese de seus constituintes básicos e de seu volume – hipertrofia. Aumento de volume – acompanhado do aumento das funções celulares. * Contrário – agressão que resulta em diminuição da nutrição ou do metabolismo – célula fica com volume menor (hipotrofia). Alterações da taxa de divisão celular Aumento da taxa de divisão celular (acompanhado de diferenciação normal) – hiperplasia. Diminuição da proliferação – hipoplasia. * Alterações da diferenciação celular Quando as células de um tecido modificam seu estado de diferenciação normal – metaplasia. Alterações de crescimento e diferenciação celular Proliferação celular e diferenciação – displasia Proliferação acompanhada de alterações de diferenciação - neoplasia * Outros distúrbios Agenesia – anomalia na qual um órgão ou parte dele não se formou Ectopia – presença de um tecido normal em local anormal Hamartias – crescimentos focais, excessivos de um tecido * Hipotrofia Consiste na redução dos constituintes e das funções celulares – resultando em redução do volume da célula e órgãos atingidos. Metabolismo básico do aparecimento da hipotrofia – redução do metabolismo celular – diminuição da renovação dos constituintes celulares. * Causas da hipotrofia: Deficiência nutricional Desuso (músculos esqueléticos) Compressão (pressão por lesão expansiva – tumores) Obstrução vascular (redução do fornecimento de O2 e nutrientes) Toxinas – bloqueio dos sistemas enzimáticos – redução da produção de energia pelas células Inervação – perda do estímulo nervoso (hipotrofia da musculatura) * Hormônios – redução do hormônio somatotrófico – hipotrofia generalizada. Baixa de gonadotrofinas – diminuição das gônadas. Consequências – muito variadas. Depender do local atingido e da intensidade da hipotrofia. Hipertrofia Aumento dos constituintes e das funções celulares. Resulta em aumento das células e órgãos. * * Hipertrofia pode ser fisiológica (gravidez – musculatura uterina) ou patológica (estímulos variados) É sempre uma forma de adaptação à maior exigência de trabalho. Patológicas: Hipertrofia do miocárdio (sobrecarga devido a estenose valvular) Músculo esquelético – grande esforço físico * Musculatura lisa de órgãos ocos - obstruções do tubo digestivo. * * Características macroscópicas: Órgãos ficam aumentados de tamanho e peso. Arquitetura básica se mantém inalterada com aumento do fluxo de sangue. Processo reversível – cessado o estímulo a célula volta ao normal. Se o estímulo persistir ou aumentar além da capacidade adaptativa do organismo, dois eventos podem ocorrer: Hiperplasia (multiplicação celular) Degenerações – podendo levar a morte celular * * Hipoplasia Diminuição da população celular de um órgão. Consequência – região afetada é menor e menos pesada que o normal (conserva o padrão normal). Resultado da baixa do ritmo de renovação celular e aumento da taxa de destruição celular. Hipoplasia pode ser fisiológica – perda de neurônios c/ o avançar da idade ou patológica. * Hipoplasias patológicas: Anemias hipoplásicas – toxinas ou infecções Órgãos linfóides – administração de corticóides * Podem ser reversíveis (menos as congênitas). * Hiperplasia Consiste no aumento do número de células de um órgão ou parte dele (aumento da taxa de reprodução celular sem acréscimo das perdas). Só ocorre em órgãos de células lábeis ou estáveis A hiperplasia (como ocorre na hipertrofia) – necessita de suprimento sanguíneo adequado e tb é forma de adaptação à sobrecarga de trabalho. * Por isso muitas vezes – órgão apresenta hipertrofia e hiperplasia (mesma causa). Também pode ser divida em fisiológica – mamas na lactação e patológica (secundárias a hiperestimulação hormonal). Por se acompanharem de aumento na taxa de reprodução celular – são consideradas lesões potencialmente neoplásicas (risco elevado de surgir um tumor). * * * Metaplasia Mudança de um tipo de tecido em outro de mesma linhagem. Termos genéticos – inativação de alguns genes e a desrepressão de outros. Ex: mudança do epitélio pseudo-estratificado ciliado em epitélio estratificado pavimentoso (metaplasia brônquica). Tecido metaplásico – mais resistente às agressões * É um processo adaptativo que surge em resposta a estímulos agressores. Resultado de irritações persistentes. * * Displasia Condição adquirida caracterizada por alterações do crescimento e diferenciação celular. Nem sempre uma displasia progride para o câncer – pode estacionar ou regredir. Lesões pré-cancerosas Condições patológicas associadas c/ maior risco de aparecimento de um câncer. Principais lesões – displasias. Certas hiperplasias tb. podem evoluir. *
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