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DESORDENS DO SISTEMA IMUNOLÓGICO PATOLOGIA GERAL 7

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PATOLOGIA GERAL 
 
DESORDENS DO SISTEMA IMUNOLÓGICO 
 
As respostas imunológicas que normalmente são 
protetoras também são capazes de causar lesões 
teciduais. 
A importância do sistema imunológico fica muito mais 
evidente quando ele se torna deficiente. 
O reconhecimento do patógeno pelo sistema 
imunológico é um dos pontos chave em muitas doenças 
da imunidade, por exemplo, nas doenças autoimunes, 
em que as células atacam o próprio organismo pois o 
reconhecem como estranho. 
 
Respostas imunológicas patológicas podem ser 
diagnosticadas contra diversos tipos de antígenos, por 
exemplo: 
- Proteínas do próprio indivíduo (auto-imunidade) 
- Antígenos microbianos: reação imunológica exagerada 
ou inadequada e antígeno persistente 
- Reações contra antígenos ambientais, geralmente 
inofensivos. 
 
Tipos de desordens do sistema imunológico 
- Hipersensibilidades 
- Doenças autoimunes 
- Deficiências imunológicas 
 
Hipersensibilidade 
Desordem do sistema imunológico em que o hospedeiro 
é sensível ao antígeno ao qual ele foi exposto, o que leva 
a ele responder de forma exagerada e/ou inapropriada 
ao agente agressor. 
 As reações que ocorrem na resposta imunológica 
normal e na hipersensibilidade são iguais. No entanto, se 
a reposta imunologica é benéfica, chama-se resposta 
imunológica e se é danosa, chama-se hipersensibilidade. 
 
Todas as hipersensibilidades contam com duas fases: 
- Sensibilização (exposição prévia ou prolongada ao 
antígeno) 
- Fase efetora (é a resposta, se manifesta como reação 
inflamatória e/ou lise celular). 
 
Tipos de hipersensibilidade 
- Hipersensibilidade tipo I 
- Hipersensibilidade tipo II 
- Hipersensibilidade tipo III 
- Hipersensibilidade tipo IV: mediada por células 
(macrófagos e linfócitos T) 
 
Hipersensibilidade tipo I ou imediata 
Causada por anticorpos IgE que se ligam a mastócitos, 
ativando-os e desencadeando uma reação inflamatória 
aguda imediata. 
- Produção de IgE em resposta a um antígeno ambiental 
(alérgeno) 
- Ocorre segundos após a exposição (imediata) e pode se 
estender por mais tempo (tardia) 
 
Resultado da produção de IgE: 
- Ativação de mastócitos (histamina, dilatar vasos, 
aumento permeabilidade) 
- Resposta inflamatória aguda 
- Se a resposta persiste, pode se tornar subaguda a 
crônica 
 
Subtipo Th2 de linfócitos T auxiliares CD4+ é ativado por 
antígenos ambientais  Estes estimulam plasmócitos a 
produzirem anticorpos IgE  Anticorpos IgE se ligam aos 
mastócitos  Quando isso acontece, os mastócitos são 
estimulados a liberar mediadores inflamatórios e 
provocam inflamação aguda. 
 
Exemplos: alergia em geral 
- Alergia alimentar em cães e gatos (ás vezes é tão grave 
que causa úlceras na pele; em gatos, mais comum 
prurido na cabeça e região cervical) 
- Dermatite alérgica à picada de pulga em cães (triangulo 
na região sacral com alopecia, prurido; não é dose-
dependente, basta 1 pulga para causar) 
- Alergia à picada de mosquito em cães e gatos (em 
gatos com frequência lesões pruriginosas e eritematosas 
no focinho) 
- Rinite alérgica em pessoas 
 
 
Dermatite atópica em cão: no início fica vermelha e à 
medida que vai agravando vai pigmentando a pele, 
reação da agressão crônica. 
 
Anafilaxia 
Reação de hipersensibilidade tipo I que envolve todos os 
mecanismos já discutidos. A diferença é que aqui a 
reação é sistêmica e envolve múltiplos órgãos e sistemas 
do organismo. A reação anafilática, se não tratada pode 
progredir para choque anafilático e morte. 
 
Sinais clínicos: 
- Prurido, hiperemia e edema de pele 
- Hipotensão, taquicardia 
- Dispneia (broncoespasmo) 
- Edema de laringe 
- Perda de consciência 
 
Causas de morte: choque 
- Insuficência respiratória (edema de glote) 
- Hipotensão (dilatação vascular sistêmica - histamina) 
- Hipóxia por broncoespasmos (se contrai e impede a 
respiração) 
 
A espécie mais sensível para o desenvolvimento de 
anafilaxia é o porquinho da índia. 
 
Causas (exemplos): 
- Medicamentosa (ex.: penicilina) 
- Vacinas (e adjuvantes) 
- Venenos de insetos 
- Soro heterólogo 
- Frutos do mar (pessoas) 
Reação não é necessariamente dose-dependente. 
 
 
Milhares de picadas de abelha; reação anafilactoide, pois 
imita uma anafilática. 
 
Hipersensibilidade tipo II 
Causada por anticorpos que se ligam a tecidos ou 
antígenos na superfície celular ou MEC, promovendo a 
fagocitose e a destruição das células cobertas por eles e 
desencadeiam inflamação nos tecidos. 
Também denominada citotóxica. 
Produção de IgG e IgM em resposta a uma proteína 
(antígeno) da superfície celular ou MEC ou a um 
antígeno externo fixado a uma célula própria. 
IgM e IgG se ligam à estrutura reconhecida como 
estranha e induzem sua destruição. 
Resultado: destruição da célula própria e/ou do tecido 
próprio. 
 
Situação I: célula própria é atacada. 
 
Situação II: antígeno exógeno na superfície de uma 
célula própria é atacado (lesiona o eritrócito - anemia) 
- Babesiose em animais domésticos (entra dentro do 
eritrócito e altera proteínas de membrana) – o que mata 
é uma hipersensibilidade – anemia acompanhada de 
icterícia 
 
 
 
Mycoplasma haemofelis: eritrócitos de gatos – anemia 
regenerativa 
- Esplenomegalia 
- se localiza na membrana do eritrócito – as células do 
corpo atacam esses eritrócitos 
 
 
 
Isoeritrólise neonatal: potros 
- Acontece em uma segunda gestação, em que a mãe 
desenvolveu anticorpos contra o sangue do primeiro 
feto – sensibilizado. Se o segundo feto tem o mesmo 
tipo sanguíneo do primeiro – a mãe possui anticorpos 
contra esse sangue, porém não passam para o feto. 
Anticorpos de éguas e vacas não passam pela placenta – 
neonatos dependentes exclusivamente do colostro. 
O problema vem na hora de mamar colostro – anemia 
hemolítica no potro. 
 
Tranfusões incompatíveis: cão que recebeu uma 
primeira transfusão sanguínea incompatível e cria 
anticorpos e memória contra esse tipo sanguíneo – 
hemólise. Anemia e icterícia e aumento do baço. 
Pênfigo: reação dos linfócitos contra os desmossomos. 
Forma-se uma vesícula e bolha, pois os queratinócitos 
ficam soltos com líquido. Com o tempo vira uma pústula, 
pois vem neutrófilos. Essas pústulas rompem e formam 
crostas. Não tem cura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lesões na pele: vesículas e bolhas, pústulas e crostas. 
Doença responsiva a corticosteróides e outras terapias 
imunossupressoras. 
 
 
 
Outros exemplos: 
- Anemias hemolíticas imunomediadas em geral 
- Parasitárias 
- Medicamentosas 
- Alimentos 
- Autoimunes 
- Miastenia gravis (ataque aos receptores da acetilcolina 
e redução de sua função) 
 
Hipersensibilidade tipo III 
Causada por anticorpos que se ligam a antígenos 
formando complexos antígeno-anticorpo que circulam e 
podem se depositar nos leitos vasculares e estimular a 
inflamação, que tipicamente é secundária à ativação do 
complemento. 
 
Também denominada hipersensibilidade por 
imunocomplexo. 
Formação de imunocomplexos ou complexos antígeno-
anticorpos insolúveis. 
Eles se depositam em tecidos (principamente vasos) 
Resultado: 
- Ativação do sistema complemento 
- Ativação da inflamação aguda 
- Inflamação do vaso em que há imunocomplexos 
depositados 
 
Glomerulonefrites imunomediadas: pode levar a 
insuficiência renal. Deposição de complexo antígeno-
anticorpo 
 
 
 
Leishmaniose, lesões de pele, atrofia muscular – morre 
por glomerulonefrite imunomediada. 
 
 
Periodontite: durante anos – induzindo a 
glomerulonefrite imunomediada. 
 
 
PIF: vasculite 
 
Outros exemplos: 
- Lúpus eritematoso sistêmico (imunocomplexo 
depositado em vasos) 
- Glomerulonefrites por outras doenças 
 
Hipersensibilidade tipos IV 
Causada por respostas imunolóicas celulares nas quais 
os linfócitos T produzem citocinas que induzem a 
inflamação e ativam neutrófilos e macrófagos,os quais 
são responsáveis pelos danos teciduais. 
 
Também denominada hipersensibilidade retardada ou 
tardia. 
Ativação de linfócitos T contra determinado antígeno. 
Linfócito T se ativa e pode ativar macrófagos. 
Resultado: resposta inflamatória mediada por células no 
tecido alvo. 
Mecanismo de lesão tecidual na h. tipo IV: 
- Recrutamento e ativação de leucócitos 
- Morte celular direta (LTCD8), inflamação mediada por 
citocinas (LTCD4). 
 
Rejeição de transplantes 
 
Tuberculose: granuloma resposta exagerada. Pulmão, 
linfonodo, fígado. 
 
 
Uveíte recorrente eqüina: cegueira. Leptospirose. 
 
Peritonite infecciosa felina: causa lesão granulomatosa. 
Própria inflamação causa a morte. 
 
Ervilhaca (vicia vilosa): certas vacas desenvolvem a 
doença e outras não. 
 
 
 
AUTOIMUNIDADE 
*Timo mostra todas as proteínas que tem no corpo. 
Perda da tolerância imunológica aos tecidos próprios. 
Pode ser localizada (específica de algum órgão) ou 
sistêmica. 
Pode ser mediada tanto por anticorpos quantos por 
células (linfócitos). 
Tolerância imunológica: desenvolvida nos linfócitos 
(medula óssea e timo) 
A patogênese de muitas doenças autoimunes se baseia 
em reações de hipersensibilidade tipo II. 
 
Trombocitopenia autoimune: alvo plaquetas 
 
 
 
Deficiências imunológicas 
Desordem do sistema imunológico em que o hospedeiro 
não consegue responder de forma adequada a 
microrganismos ou a transformações neoplásicas em 
seus próprios tecidos. 
 
Primária quando a deficiência é congênita e/ou genética. 
Secundária: induzida por agentes externos. Ex.: 
quimioterapia, medicamentos, senilidade, doenças 
infecciosas imunossupressoras, desnutrição. 
 
Consequências das deficiências imunológicas: 
- Infecções em diversos órgãos (principalmente 
bacterianas) 
- Neoplasmas (ex.: sarcoma de Kaposi) 
 
Linfoma em gato FIV positivo 
 
 
 
Pneumonia bacteriana (cão com cinomose): 
imunossupressão pois o vírus mata linfócitos (linfopenia 
no hemograma). Cão mais predisposto à pioderma, 
broncopneumonia, toxoplasmose. 
 
 
 
Meningite em potro que não ingeriu colostro. Poliartrite 
e pneumonia. Sepse em decorrência da não ingestão. 
 
 
Broncopneumonia em terneiro confinado: 
imunossupressão, estresse, baixa circulação de ar 
concentra os agentes presentes. Aspiração da bactéria, 
afeta região crânio-ventral do pulmão. 
 
 
Criptococose em gato tratado com glicocorticoides 
 
 
Toxoplasmose em cães e gatos: cães mais frequente com 
cinomose. Imunossupressão. Toxoplasmas dentro do 
citoplasma. 
 
 
 
Cisto no encéfalo do cão. Reação inflamatória ao redor 
do cisto parasitário. 
 
Equinos árabes ou appaloosa: deficiência de linfócitos T 
e B

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