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Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona - regula a pressão sanguínea a longo prazo. - envolve vários órgãos, Sistema Nervoso Central (encéfalo e medula espinal) Rins Fígado Sistema circulatório pulmonar Córtex das adrenais Papel do Rim e do SNC na ativação do sistema - a diminuição no volume sanguíneo e pressão é sentida por sensores presentes ao redor das arteríolas aferentes dos néfrons- barorreceptores, formados por células musculares lisas alteradas. Esse grupo de células tem o nome de células de Polkissen. Quando estas células percebem essa diferença de pressão, começam a liberar a enzima renina. Portanto, este grupo de células possui duas funções: perceber a diferença de pressão na perfusão renal e caso ela esteja abaixo do normal, liberar renina. - quimiorreceptores de sódio no rim, que o tempo inteiro estão ‘’medindo’’ a quantidade de sódio no túbulo contorcido distal (60-70% do sódio é reabsorvido no túbulo proximal e 20-25% no túbulo distal). Este conjunto de células quimioreceptoras é denominado Mácula Densa e está em contato direto com células mesangiais de suporte. Estas, por sua vez estão em contato direto com as células de Polkissen, citadas acima. O conjunto Células de Polkissen das arteríolas aferentes + células mesangiais de suporte + Mácula Densa no túbulo contorcido distal receberam o nome de APARATO JUSTAGLOMERULAR. - A diminuição causa também uma diminuição na velocidade do fluxo sanguíneo no glomérulo e nos túbulos, então as células quimiorecptoras conseguem captar mais sódio, aumentando a porcentagem de absorção (acima dos 60-70% normais). O filtrado continua pela alça de Henle e quando chega nos túbulos distais, onde nossos sensores de sódio estão presentes (mácula densa), estes percebem que a quantidade de sódio ‘’medida’’ está abaixo dos 20-25% normais. Este fato faz com que os quimiorreceptores sejam ativados e enviem sinais (liberação de prostaglandinas, entre outros) para as células de Polkissen, que respondem liberando mais renina para a arteríola aferente. - Sistema Nervoso Central e renina: Na bifurcação da carótida comum que gera as carótidas interna e externa, encontramos o seio carotídeo que é um barorreceptor. As carótidas obviamente estão mais próximas do coração do que os rins e portanto, o seio carotídeo sentirá a diferença de pressão bem antes. Assim neurônios especializados levarão o sinal ao sistema nervoso central, avisando que a PA não está num valor regular. Há estimulação simpática e neurônios saindo da medula e que estão em contato direto com aparato justaglomerular estimulam este sistema (por norepinefrina e receptores beta1 nas células de Polkissen) a produzir mais renina Papel da Renina, do Fígado e dos Pulmões na regulação da PA - Fígado: produz o angiotensinogênio, que é uma proteína importante onde a enzima renina atuará, e que é produzida o tempo todo. A renina converte o angiotensinogênio em Angiotensina I. - Pulmões: nas células endoteliais dos capilares pulmonares há a produção de uma enzima importantíssima chamada enzima conversora de angiotensina (ECA). Esta enzima tem como função primária a conversão da Angiotensina I em Angiotensina II e tem grande importância clínica devido ao número de medicamentos que agem nela (captopril, enalapril, lisinopril – inibidores da ECA). A função da Angiotensina II é de vasoconstrição e sua função secundária, a ECA tem capacidade de quebrar a bradicinina, um vasodilatador endógeno circulante no organismo, inativando-a. Tal função leva a vasoconstrição e consequentemente aumento da pressão sanguínea. Portanto, duas funções da ECA: converte angiotensina I em angiotensina II e quebra a bradicinina. Ações da Angiotensina II na regulação da PA -Veias: contêm 70% de todo o sangue do corpo e as células musculares lisas presentes no sistema venoso possuem receptores para a Angiotensina II. Sabendo que a função da Angiotensina II é de vasoconstrição, conclui-se facilmente que as veias sofrerão constrição, aumentando a pressão dentro do sistema. Assim, mais sangue chega ao coração direito. Depois de passar pela circulação pulmonar, esse aumento de volume e pressão chega ao coração esquerdo fazendo as células do miocárdio distenderem-se. De acordo com a lei de Frank Starling, quanto mais as células miocárdicas são distendidas, maior será a sua força de contração. Dessa maneira, há aumento do débito cardíaco e aumento da pressão sistólica. - Arteríolas: essa ação ocorre ao mesmo tempo em que a constrição das veias, com o objetivo de não deixar o sangue retornar facilmente as vênulas. Ao mesmo tempo em que as veias sofrem constrição, as arteríolas também sofrem para que o sangue fique retido nas artérias. Dessa maneira, junto ao aumento da pressão sistólica há também um aumento da pressão diastólica. - SNC: a angiotensina II tem dois importantes papeis: o primeiro é na estimulação simpática total, a mesma que ocorre durante uma situação de estresse ou fuga. Aumento da FC, liberação de adrenalina entre outros. A segunda é na estimulação no centro da sede do hipotálamo, que faz com que o indivíduo deseje ingerir líquidos. - Córtex das adrenais: na Zona Glomerulosa encontramos células que também possuem receptores para a Angiotensina II, que ao serem ativadas, liberam um hormônio chamado Aldosterona. *três funções da Angiotensina II são: constrição das veias, constrição das arteríolas e liberação de aldosterona. Aldosterona - depois de produzida na zona glomerulosa das adrenais entra na circulação. - Uma de suas ações ocorrerá nas Células Principais do rim, presentes na metade final do túbulo contorcido distal e nos dutos coletores. A aldosterona liga-se a receptores destas células que iniciam a transcrição de dois genes. Um deles leverá a produção de Na+/K+-ATPases (bombas de sódio potássio) na superfície de toda a membrana das células principais, exceto na parte luminal (em contato com o túbulo e o ducto). Isso faz com que praticamente todo o sódio seja devolvido ao sangue, deixando a célula rica em potássio. Já o segundo gene, leverá a produção de canais de sódio apenas na parte luminal da célula. Devido a diferença de concentração, o pouco de sódio restante (maioria absorvida no túbulo proximal) passa facilmente pelos canais de sódios induzidos pela aldosterona e imediatamente é jogado para o sangue pelas bombas de sódio potássio também induzidas pela aldosterona. Essas ações permitem a reabsorção de quase 100% do sódio filtrado e praticamente 0% é perdido na urina. O sódio volta para o sangue e junto dele leva água, que também é reabsorvida. Assim, há aumento do volume sanguíneo e consequentemente aumento da PA. Há ainda um terceiro gene ativado pela aldosterona nas células Principais que induzem a produção de canais de K+, que por diferença de concentração saem das células e vão para o túbulo distal e o ducto coletor, sendo eliminado pela urina. - O hormônio aldosterona também atuará no SNC, mais especificamente em receptores no hipotálamo, aumentando a produção da vasopressina (ADH) pelo núcleo supra-óptico. O ADH atua diretamente no ducto coletor, aumentando sua permeabilidade a água e portanto a reabsorção.
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