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Seminario Belo Monte

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Belo Monte
Conflitos de território entre natureza e ocupação
Anúncio de uma Guerra
O grupo pretende fazer uma viagem através dos impactos causados pela construção de grandes construções.
De uma maneira específica, a usina hidrelétrica de Belo Monte. Onde serão observados os impactos trazidos a população e seu território local.
Esta usina foi inaugurada no dia 5 de Maio de 2016 e está localizada no estado do Pará no Brasil. Mais precisamente na bacia do Rio Xingu. Sendo considerada a terceira maior hidrelétrica do mundo.
Informações e dados básicos sobre o assunto
A hidrelétrica se encontra localizada perto ao município de Altamira. Sendo o consórcio Norte Energia S.A. o responsável pela construção do empreendimento.
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Apesar de já ter sido inaugurada, apenas uma turbina está funcionando ativamente. Sendo que o prazo de término foi estipulado para o ano de 2019.
A usina terá um reservatório de área alagada com 516 km² no total. Tal que o seu custo de construção foi estimado em R$ 26 bilhões, contudo esse valor já ultrapassou de R$ 30 bilhões.
Desenvolvimento e construção do projeto
Serão duas casas de força. A principal no Sítio de Belo Monte terá dezoito turbinas hidroelétricas do tipo Francis com potência total instalada de 11 000 MW.
E a casa complementar será construída na barragem principal no Sítio Pimentel, contendo seis turbinas de bulbo gerando um total de 233, 1 MW.
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Legitimidade: Aprovado pelo Estudo de Impacto Ambiental (EIA);
Recursos e doações: Utilizadas para a implementação de projetos sociais, escolas, rodovias, entre outros.
Visão dos Defensores
Visão dos Críticos
A 2ª maior hidrelétrica do país, forneceria energia para 17 estados e aproximadamente 60 milhões de pessoas;
Estação de tratamento de água de Altamira seria uma das mais modernas do mundo, “padrão Inglaterra e Suécia.
Governo federal e consórcio Norte Energia S.A.
Ambientalistas, população ribeirinha, dentre outros
A instalação de uma usina hidrelétrica com certeza desviaria o curso de rios e afetaria o ecossistema como um todo;
O impacto ambiental só é possível de ser medido ao longo de anos, durante e após o processo de deslocamento da população ribeirinha;
A população ribeirinha seria deixada de lado (ou o insumo governamental não seria o suficiente para cobrir as necessidades da população local).
Com o advento das obras, a população de Altamira passou de 100 mil pessoas para 140 mil segundo o Censo de 2010.
Para continuar a construção, foi posto que a Norte Energia deveria investir em ações sociais e ambientais na região. Algo em torno de R$ 5 bilhões em infraestrutura.
Anteriormente a construção da nova rede de saneamento, a cidade de Altamira era conhecida como a cidade dos urubus devido aos seus enormes lixões.
Imigração de mão de obra para a construção da usina
Apesar do rápido crescimento da cidade, o desenvolvimento de novas redes de transporte não se fez presente. Causando enormes congestionamentos na região.
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Com a construção da usina houve um aumento no consumo de energia. Com as cidades envolta contendo fios e transformadores da década de 70 e 80 a constate queda de energia se tornaram rotineiras.
A construção consome cerca de 54 mil residências pagando uma conta de luz mensal. O problema maior se dá pela má distribuição do ISS. Onde Altamira, a cidade mais afetada, recebeu apenas 12,7 milhões. Ao contrário do vizinho menos afetado como Vitória com R$ 121 milhões.
Impactos causados nas cidades perto da usina
Outro ponto foi o aumento de criminalidade no local. Bem como tráfego de drogas intensificado. Com apenas uma única delegacia contendo 17 funcionário, a cidade de Altamira passa por problemas.
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Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável (PRDS);
Mutirão para diminuição dos impactos ambientais na região onde está sendo implementada a hidrelétrica;
Área de inundação reduzida em 60% em comparação ao projeto inicial.
O que foi prometido?
Falta saneamento básico em 90% das moradias;
Altas taxas de homicídios: 5ª cidade com maior taxa de homicídios no país;
Diminuição dos peixes e alagamentos em diversos pontos próximos às barragens.
O que ainda falta ser feito?
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Para os índios o território não é utilizado para uso material de apropriação. Mas como um princípio cultural de identificação.
Construindo e atuando no território para usufruir de recursos naturais para manter a sua subsistência no dado local.
Os povos indígenas vivem da caça do peixe do rio para alimentar sua família. Eles querem viver em paz com a natureza. 
Não conseguindo-se adaptar aos costumes da cidade, eles não conseguem comer arroz e feijão todo dia. Querem que seus direitos a terra sejam preservados e não tomados ou adaptados para algo que não os representa.
Território na dimensão dos indígenas
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“É uma experiência sentir junto com os indígenas e ribeirinhos as consequências da instalação da usina, as belezas e as dores da região. Quem participa da canoada e ouve as populações afetadas, sente as picadas de carapanã, vê os peixes e árvores morrendo, volta convencido de que o modelo de desenvolvimento sustentável para o país não pode ser o de construção de barragens como Belo Monte”
Marcelo Salazar
Impactos sociais nos grupos indígenas
“Sem peixe nós não sobreviveremos. O nosso povo sempre viveu do peixe nesta região. Eu fico triste quando ouço que o peixe vai acabar. Nós vivemos do peixe, do rio, por isso somos os Yudja [outro nome para designar Juruna], que quer dizer “os donos do rio”, e nós sempre sobrevivemos do rio, que pra nós é tudo. Enquanto existir o Xingu nós estamos lutando. Vamos até o fim. Quando ele morrer a gente morre junto”. 
Gilliard
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2013
2014
2015
2016
“O ribeirinho sobrevive daquilo que a natureza nos dá. Da caça, da pesca, do rio. O rio, ele é a vida do ribeirinho… O ribeirinho volta para a área porque ele véve do pedaço de terra. É de lá que ele tira tudo.” (Conselheiro Gilmar)
“O rio é a nossa vida. Ribeirinho é aquele que ama e preserva. É a preservação. É a área que nós morava que tá lá. Castanheira, açaizal. O ribeirinho tem amor… quando o ribeirinho vê uma situação de um peixinho médio daquele. Isso corta a gente. Daí a pessoa que não é ribeirinha diz que é o peixe que tá dando. Nós ribeirinhos nós não faz isso, porque nós preserva. E nós preserva porque é nosso futuro. Acabar a mata com pasto. Não faz isso. É preservação. É esse o ribeirinho que eu considero, que tem respeito pela natureza” (Conselheiro Aranô)
Relatório de Reconhecimento dos Ribeirinhos
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“O que está sendo experimentado é qual é a vazão mínima para manter a vida no local. E que vida essa vazão mínima consegue manter? É um grande experimento humano e com a natureza, de testar a vida da natureza e do homem que vive naquela região pra ver se vai dar certo. É um laboratório macabro que tá sendo feito com essas pessoas que vivem na região”. 
Marcelo Salazar
Aspecto antropológico de exploração
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Com a construção das obras, muito moradores tiveram que ser realocados. Foi calculado pelo consórcio a aquisição de 1.100 propriedade em área rural contabilizando 2.000 famílias seguindo a defensoria pública.
Dentre as áreas alagadas, cerca de 7.790 famílias foram cadastradas. Muita delas vivendo em moradias de palafita. Tendo deixado suas casas em Julho de 2013. Onde deste montante cerca de 4.100 resolveram morar no reassentamento produzido pelo consórcio, e o restante serão indenizadas.
Deslocamento das populações ribeirinhas
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Para gerar energia a obra precisou desviar o rio. Fazendo com que o leito original com mais de 100 km teve sua vazão reduzida.
Populações ribeirinhas também foram prejudicadas. Bem como a morte de milhares de peixes e espécies nativas da região devido aos alagamentos.
Houve um desrespeito com relação ao artigo 176 da constituição que prevê a criação de leis de regulamentação para preservação do local e a projeção de infraestrutura necessária a construção de hidroelétricas e outras fontes extratoras
de recursos.
Impactos ambientais causados pela usina
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Com o advento das obras, a população de Altamira passou de 100 mil pessoas para 140 mil segundo o Censo de 2010.
Apesar do rápido crescimento da cidade, o desenvolvimento de novas redes de transporte não se fez presente. Causando enormes congestionamentos na região.
Impactos causados nas cidades perto da usina
Outro ponto foi o aumento de criminalidade no local. Bem como tráfico de drogas intensificado, a prostituição infantil, homicídios e latrocínios. Com apenas uma única delegacia contendo 17 funcionários, a cidade de Altamira passa por problemas.
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Apesar do rápido crescimento da cidade, o desenvolvimento de novas redes de transporte não se fez presente. Causando enormes congestionamentos na região.
O maior projeto de mineração de ouro do país, vizinho da hidrelétrica de Belo Monte. A mina tem o estudo de viabilidade ambiental assinado pelo mesmo engenheiro indiciado por homicídio pelo rompimento da barragem de Mariana(MG).
A empresa Belo Sun pretende instalar uma barragem de rejeitos similar a que rompeu e causou a tragédia de Mariana(MG). Apesar de qualificar como alto o risco de ruptura da represa, a mineradora não informa as possíveis consequências de uma possível ruptura aos índios e ribeirinhos que vivem na região. Em 12 anos, a estimativa é que serão extraídas 600 toneladas de ouro. Ao final da exploração, a iniciativa prevê deixar duas pilhas gigantes de resíduos de produção(output), que somadas terão área de 346 hectares, com altura média de 205 metros e 504 milhões de toneladas de rochas. Uma montanha duas vezes maior do que o Pão de Açúcar, recheada de material quimicamente ativo, à beira do Rio Xingu
Impactos continuados na região
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Deste modo podemos ver que a construção da hidrelétrica de Belo Monte e seus avanços é um ponto que ainda gera muitas polêmicas.
A grande questão ligada seria que se realmente a construção da usina não poderia ser trocada pelo uso de outras fontes de obtenção de energia realmente mais sustentáveis, como a solar e eólica ambas renováveis e limpas.
Informações e dados finais sobre o assunto
Um dos principais pontos mostra que a hidrelétrica teria foi construída para beneficiar indústrias siderúrgicas e mineradoras que se instalaram no local. Gerando benefícios mais privados do que públicos.
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Referências e Bibliografias
Principais fontes que foram utilizadas na produção e na apresentação deste trabalho.
Belo Monte, Anúncio de uma guerra. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=091GM9g2jGk>. Acesso em: 24 Out. 2017
LIGA OPERÁRIA. Belo Monte, um ano depois: ribeirinhos e indígenas refletem sobre as nefastas consequências da barragem no Xingu. Disponível em: <http://www.ligaoperaria.org.br/1/?p=9489>. Acesso em: 24 Out. 2017.
MEDIUM. Belo Monte, o que fizeram de nós? Disponível em: <https://medium.com/@socioambiental/belo-monte-o-que-fizeram-de-n%C3%B3s-37c4c90b4805>. Acesso em: 24 Out. 2017.
COHN, Clarice. Belo Monte e processos de licenciamento ambiental:
As percepções e as atuações dos Xikrin e dos seus antropólogos.
Revista de Antropologia Social dos Alunos do PPGAS-UFSCar, v.2, n.2, jul.-dez., p.224-251, 2010
Finalização
Fim da apresentação
Obrigado por terem participado conosco
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