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TCC DANIELA modelo de acordo com a prof Dulce projeto final

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DANIELA DE SOUZA SOARES
TERCEIRIZAÇÃO: PL 4302/1998 X PL 4330/2004
Projeto de Monografia apresentada como requisito para conclusão do curso de bacharelado em Direito da Faculdade Processus. 
Orientador: Prof. Dulce Moraes
BRASÍLIA - DF
2017
SUMÁRIO 
1. TEMA E DELIMITAÇÃO DO TEMA...............................................................3
2. JUATIFICATIVA...................................................................................................4
3. PROBLEMA............................................................................................................5
4. HIPÓTESES.............................................................................................................6
5. BJETIVOS................................................................................................................7
 5.1 GERAL...........................................................................................7
 5.2 ESPECIFÍCO.................................................................................7
6. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA............................................................................8
7. METODOLOGIA.....................................................................................................13
8. CRONOGRAMA......................................................................................................14
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................15
10. SUMÁRIO PROVISÓRIO....................................................................................16
�
1. TEMA E DELIMITAÇÃO DO TEMA
Este projeto tem como objetivo traçar um paralelo entre as PLs com mais foco que tramitam sobre o assunto no congresso. Terceirização é o processo pelo qual uma empresa deixa de executar uma ou mais atividades realizadas por trabalhadores diretamente contratados e as transfere para outra empresa.
Nesse sentido, há diversos aspectos a se considerar, como por exemplo, do ponto de vista gerencial, que torna superior autonomia na gestão pública, mas dificulta e muito o sistema de Gestão de Pessoas, pois as regras são diferentes na gestão de quadro próprio e terceirizados. 	
Com clareza, a terceirização de todas as atividades torna menos burocrático o processo de contratação, podendo ser feita com maior rapidez, porém atropela o princípio da isonomia, afetando a meritocracia e atingindo a profissionalização da gestão. Olhando socialmente para o tema, pode-se dizer ser imediatista, gerando empregos, bem como subempregos, com desvalorização e exploração da mão-de-obra e com maior ganho aos empresários e não aso contratados, criando também um sério risco a essa classe que será explorada sem receber o devido valor pelos serviços prestados.
A terceirização de atividades não essenciais pode até dar certo, mas terceirizar atividade fim irá gerar disparidades difíceis de serem reparadas futuramente, principalmente com relação ao piso salarial entre empregados efetivos e terceirizados, que exerçam atividades de mesmo grau de complexidade. 
O PL 4302/98, um dos assuntos a se abordar, virou lei, e consequentemente alterará significativamente alguns pontos dessa pesquisa. Porém, esse projeto irá destacar a história da terceirização desde os primórdios, estudar-se-á o paralelo entre os dois principais projetos PL 4.302/98 e PL4.330/2004, e os principais pontos do projeto de lei que foi sancionado pelo Presidente da República no ano de 2017. 
2. JUSTIFICATIVA
Esse trabalho é importante, pois, irá analisar as Pls. Mais relevantes sobre o tema Terceirização que tramitam no congresso e traçar as consequências positivas e negativas caso uma delas venha a ser aprovada. Versa o presente, tratar sobre a terceirização como contratação, não só de atividade meio, mas também de atividade fim nas empresas em geral, bem como na administração pública. Muito se fala até mesmo de forma errônea sobre a terceirização, porém a principal ideia defendida é que com a terceirização criar-se-á mais oportunidades de empregos, diminuindo assim o percentual de desemprego no país, assim é imprescindível analisar de que forma essa mudança na terceirização pode afetar uns e beneficiar outros.
Desse modo, não basta que se altere ou crie uma lei para que se resolva problemas já existentes, como por exemplo a fiscalização dessas empresas tomadoras de serviço, ou até mesmo o fato de quem é o responsável pelos contratados ou se essa responsabilidade será solidária, é necessário que tenha um controle por parte dos fiscais do trabalho, para assim evitar abusos por parte dos contratantes.
3. PROBLEMA
Com a aprovação de uma das PLs, 4.302/1998 ou 4.330/2004, gerará precarização do trabalho ou resolverá o problema de desemprego e da economia do país?
4. HIPÓTESES
4.1. Sim a aprovação da lei resolveria o problema de desemprego do país, criando novas empresas e consequentemente novas oportunidades de emprego em diversas áreas, e consequentemente aumentando a economia brasileira. Assim essa atividade seria praticada com contratados por empresas prestadoras de serviço em geral para atuar nas diversas atividades, incluindo a Administração Pública, e não mais, apenas, como os elencados na súmula 331 do TST de 11 de setembro de 2000.
4.2. Não, pois a aprovação dessa lei é considerada como um duro golpe aos direitos dos trabalhadores, um retrocesso que foi garantido há anos com a aprovação do Decreto Lei de 1º de maio de 1943 (CLT). Terceirização não limitada equivale a precarização do trabalho; ameaça ao emprego formal; redução dos custos com mão de obra; redução de direitos conquistados; exigência de jornadas em excesso, sem contar nos inúmeros casos de acidente de trabalho sofrido por contratados/terceirizados em que muitos deles levam a morte. A terceirização de todas as atividades pode vir a gerar até mesmo a demissão em massa desses trabalhadores, diminuindo assim, os gastos com salários e impostos passando apenas a contratar através de empresas tomadoras de serviços.
5. OBJETIVOS
5.1 GERAL
Traçar um paralelo entre o projeto de lei 4.302/1998 versos o projeto de lei 4.330/2004 e destacar seus benefícios e malefícios para a massa trabalhadora do país.
5.2 ESPECÍFICO 
5.2.1. Estudar a história da terceirização ao longo dos tempos, bem como suas alterações formais.
5.3. Analisar os pontos contra e a favor do projeto de lei 4.302/1998.
5.4. Comparar os pontos contra e a favor do projeto de lei 4.330/2004.
5.5. Demonstrar as consequências que esse projeto sendo aprovado poderá trazer para a economia do país.
6. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Falar sobre terceirização no mundo globalizado em que estamos é um assunto um tanto incomodo pra muitos. Terceirizar quer dizer: contratar serviços por uma empresa a uma pessoa física ou jurídica que os prestará por meio de seus empregados, de quem receberão as ordens e o pagamento dos salários.
De acordo com Sergio Pinto Martins¹, a classificação das áreas de terceirização são as seguintes:
atividades acessórias: limpeza, alimentação, transporte de funcionários, vigilância;
atividades meio: departamento de pessoal, manutenção de máquinas, contabilidade;
atividades fim: produção, vendas, transporte de produtos
MARTINS, Sérgio Pinto. Terceirização e o Direito do Trabalho. 2ª ed. São Paulo:
Malheiros, 1996
Assim, se uma empresa procura terceirizar algum serviço, ela atualmente só poderá fazê-lo nas atividades acessórias com fulcro na Súmula 331, do TST.
Hoje temos vários projetos em tramitação para regularizar a terceirização, contudo esse problema está longe de ser resolvido, por um lado Empresários que só visam ao lucro, e por outro, trabalhadores em busca de uma oportunidade, mas que são explorados consideravelmente e sem nenhum amparo legal.
Dentre esses projetos destacam-se, o PL 4302/1998de Autoria de Fernando Henrique Cardoso, na época Presidente da República, e o PL 4330/2004 de Autoria do, na época Deputado Federal. No PL 4302/98 teremos alteração da Lei do trabalho temporário e a regularização no setor público e privado, bem como em todos os seguimentos produtivos. No PL 4330/2004, teremos a terceirização de atividade-fim e de atividade meio, responsabilidade da empresa tomadora e consequentemente o controle do período de cumprimento das obrigações trabalhistas da contratada.
Há defesas sobre a responsabilidade solidária por parte do tomador de serviços no âmbito da terceirização, assim como há contrariedade acerca de terceirizar atividade-fim, pois esse não irá criar empregos diretos e sim substituir trabalhadores empregos direto, de qualidade, que gozam de direitos adquiridos há décadas, por contratos terceirizados que geralmente são precários e sem nenhum amparo legal.
 
Nesse sentido, define Luís Antônio Camargo de Melo², 
A regulamentação da matéria, entendo, será um divisor importante entre 
o quadro de incertezas que hoje sustenta as relações de terceirização 
(precariamente estabelecidas) e a garantia de um patamar mínimo de 
direitos assegurados pelo Estado à categorias. As normas aprovadas, 
entretanto, jamais poderão se afastar de princípios basilares como 
a preservação da dignidade humana e o valor social do trabalho.
MELO, Luís Antônio Camargo de. Terceirização. In: Trabalho e Justiça Social: Um Tributo a Mauricio Godinho Delgado/ Daniela Murada Reis; Roberta Dantas de Mello; Solange Barbosa de Castro Coura, Coordenadoras – São Paulo: LTr, 2013. Parte VI, Capitúlo 2, p.166.
A falta de segurança enfrentada nos locais de trabalho desses terceirizados, é sem dúvida a maior preocupação da aprovação do projeto de lei. Fiscalizar o local onde esses trabalhadores laboram é um desafio para o Ministério Público do Trabalho, pois nem sempre as empresas apoiam com medo de serem responsabilizadas unicamente. No setor público a pratica de terceirização é ainda pior, com o intuito de ludibriar as exigências constitucionais para concurso público elencadas no artigo 37, inciso II da Constituição Federal de 1988, Municípios e entidades Públicas, praticam o famoso “apadrinhamento” , contratando por vias terceirizadas, contrariando pelo menos dois dos princípios da Administração Pública, o qual seja, moralidade e impessoalidade.
O projeto de lei 4.302/1998, prevê a legalidade da terceirização de modo que ocorra sem restrições, e isso incluí a administração pública, para contratação de atividades- meios e atividades-fim. Já a responsabilidade no texto prevê que seja solidária, ou seja, o trabalhador vai poder acionar tanto o contratante como a empresa terceirizada em caso de indenização em causas trabalhistas e em caso de penhora de bens, ocorre simultaneamente contratante e terceirizada. Desse modo, a empresa que contratou os serviços não mais poderá se esquivar de obrigações para com esses trabalhadores. 
Atualmente a Súmula 331 do TST, que regula a terceirização, estabelece a responsabilidade como subsidiária, ou seja, os bens da empresa contratante somente poderão ser penhorados pela Justiça se não houver mais bens da fornecedora de terceirizados para o pagamento da condenação relativa a direitos não pagos. 
De acordo com Diogo Palau Flores dos Santos responsabilidade solidária é:
Espécie de obrigação múltipla. 
A obrigação múltipla se configura 
quando há mais de um indivíduo em
um ou em ambos os polos da relação obrigacional,
 ou seja, vários credores, devedores ou ambos.
SANTOS, Diogo Palau Flores dos. Terceirização de serviços pela administração pública: Estudo da
responsabilidade subsidiária. São Paulo: Saraiva, 2010, p. 58.
Assim, como no artigo 264 do Código Civil, “Há solidariedade, quando na mesma obrigação ocorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, a dívida toda. ”
Já na responsabilidade Subsidiária, onde só existe um devedor principal, em caso de falta desse, a empresa que contratou responde pelas obrigações não cumpridas pela contratada, e a justificativa para essa responsabilidade da empresa que contratou é a de que ela utiliza da mão de obra do trabalhador, tendo assim que arcar com os riscos de suas atividades. 
Na PL 4330/2004, assim como na anterior, prevê a contratação de terceirizados em todas as áreas de atividade. Inclui nesse rol mais benefícios ao trabalhador terceirizado como por exemplo, o acesso a restaurantes, transportes, e atendimento ambulatorial que são apenas oferecidos aos trabalhadores formalizados da empresa tomadora do serviço. 
Já no quesito responsabilidade, segundo o projeto, se o contratante fiscalizar os pagamentos será subsidiária, porém se não houver por parte dela a fiscalização adequada, essa responsabilidade passa a ser solidária podendo as duas serem acionadas juridicamente para responder pelo terceirizada.
Como vantagens a terceirização pode gerar novas empresas, que gerarão novos empregos e que com isso o aumento de arrecadação de impostos nas áreas de serviços diversos. Como desvantagem, pode ser prejudicial ao trabalhador, pois as empresas deixariam de contratar formalmente, devido a mão de obra barata em virtude da concorrência de empresas que prestam serviço com terceirizados. Está longe de gerar emprego, visto que, com a terceirização de todas as atividades ao invés de contratar mais pessoas e diminuir o desemprego do país, as empresas começarão a substituir seus empregados pelos terceirizados em virtude da redução de custos que irá ter no final do mês, além de não ter despesas mais onerosas com imposto e benefícios. Outra desvantagem da terceirização é que a qualidade dos serviços pode diminuir, trabalhadores desmotivados não tem rendimento tanto quanto o esperado, assim, a qualidade do serviço e o ritmo com que se pratica determinado ato tende a prejudicar o rendimento e crescimento da empresa.
7. METODOLOGIA
Esse projeto será fundamentado em uma pesquisa bibliográfica com revisão norteada no tema terceirização focando nas PLs 4.302/98 e 4.330/04, visando esclarecer os aspectos que são positivos e negativos para mudanças nos diversos setores a serem objeto de contratos terceirizados.
Utilizará o método qualitativo, baseando-se em doutrinadores, jurisprudência, e legislação relevante que abrange os aspectos do tema.
Será feito pesquisas em diversos livros de distintos autores, em bibliotecas e acervo eletrônico, com relevante cuidado aos meios eletrônicos usados para tal. E como principal fonte desse projeto será utilizado a Doutrina, Jurisprudência e legislação especifica que aborde o tema.
 8. CRONOGRAMA
	ETAPA I
	DATAS
	
	FEV
2017
	MAR
2017
	ABR
2017
	MAI
2017
	JUN
2017
	TCC 1: Elaboração do Projeto: Tema/Delimitação do tema e Importância/Justificativa
	
	X
	
	
	
	Elaboração do Projeto: Problema (s), Hipótese (s), Objetivos, Revisão Bibliográfica.
	
	X
	
	
	
	Elaboração do Projeto: Metodologia; Cronograma.
	
	
	X
	
	
	Elaboração de fichamentos.
	
	
	X
	
	
	Elaboração de Projeto: Referências Bibliográficas, Sumário Provisório.
	
	
	
	X
	
	Elaboração do Projeto: Aperfeiçoamentos, revisões e depósito.
	
	
	
	
	X
	ETAPA II
	AGO
2017
	SET
2017
	OUT
2017
	NOV
2017
	DEZ
2017
	TCC 2: Elaboração da monografia: Introdução e 2 capítulos iniciais. (70% da monografia)
	X
	X
	
	
	
	Elaboração de fichamentos.
	
	
	X
	
	
	Elaboração da monografia: Aperfeiçoamentos, revisões e depósito.
	
	
	
	X
	X
	ETAPA III
	FEV
2018
	MAR
2018
	ABR
2018
	MAI
2018
	JUN
2018
	TCC 3: Conclusão da monografia: 3º capítulo e seguintes, conclusões (30% da monografia).
	X
	X
	
	
	
	Elaboração da Monografia: Aperfeiçoamentos, revisões e depósito.
	
	
	X
	X
	
	Apresentação.
	
	
	
	
	X
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS10. SUMÁRIO PROVISÓRIO
 INTRODUÇÃO .........................................................................................................XX
1 CAPÍTULO I: DA TERCEIRIZAÇÃO.................................................................XX
1.1 História....................................................................................................................XX
1.2. Conceito..............................................................................................................XX
1.3. Natureza Jurídica...................................................................................................XX
1.4. Aspectos Jurídicos da Terceirização.....................................................................XX
1.5. Direito Internacional...............................................................................................XX
1.6. A Terceirização e o Direito do Trabalho................................................................XX
1.7. Modalidades de Terceirização...............................................................................XX
1.8. Terceirização Lícita e Ilícita...................................................................................XX
1.8.1. Requisitos..........................................................................................XX
1.8.2. Distinção ............................................................................................................XX
1.8.3. Distinção entre Terceirização, Empreitada e Locação de Serviços................XX
1.9. Responsabilidade das Empresas.............................................................................XX
1.9.1. Da Responsabilidade Solidária e Subsidiária no Direito do Trabalho................XX
CAPÍTULO II: DOS PROJETOS DE LEI...........................................................XX
2.1. O projeto de lei 4.302/1998................................................................................XX
2.2. O projeto de lei 4.330/2004 ...............................................................................XX
2.3. Comparativo entre os dois projetos.....................................................................XX
CAPITULO III: ANALISE DA SÚMULA 331 do TST, de 11/9/2000...............XX
3.1. Conceito..............................................................................................................XX
3.2. Natureza Jurídica..................................................................................................XX
3.3 Relação do uso as Súmula nos julgados.................................................................XX
CONCLUSÃO..........................................................................................................XX
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................XX

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