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Fisioterapia Ortopédica Punho e mão Função: Punho- controlar os movimentos da mão. Mão- realização das atividades funcionais. Cinésiologia: Articulação biaxial, ou seja, em 2 eixos: sagital (que realiza os movimentos de flexão - até 80º, e extensão – até 70º, de punho) e coronal (que realiza os movimento de desvio radial ou abdução– até 15º e ulnar ou adução – até 45º) *Questão de concurso: “Grau de normalidade de flexão e extensão de punho” Anatomia: Radio e uma distal + 8 ossos do carpo (escafóide, semilunar, piramidal, pisiforme, trapézio, trapezoide, capitato e hamato) = PUNHO. 8 ossos do carpo + 5 metacarpos e 14 falanges = Mão. Complexo do punho é multiarticular. Articulação Radiocárpica Radio e ulna proximal não faz parte do complexo punho e mão. A ulna não se articula com os ossos do punho, somente com o radio através de um disco articular. Então o complexo do punho é formado pelo disco articular + rádio + carpo. Questão de concurso: “A ulna não se articula com os ossos do punho” - somente o disco articular. Há uma cápsula articular frouxa e forte, permitindo os movimentos de punho. Articulação Mediocárpica Entre os ossos do carpo. Convexa proximalmente ao rádio que se liga ao escafoide (maior osso do carpo-ligação funcional) e um pedaço do semilunar. O osso pisiforme é um osso sesamóide, ou seja, um nódulo ossificado onde ocorre a fixação de um tendão. No caso no sesamóide temos a fixação do tendão flexor ulnar do carpo. Assim como a patela. Convexidade posterior e concavidade anterior, onde encontramos uma aponeurose, que é o ligamento transversal do carpo, que tem a função de estabilizar os ossos do carpo e tem o túnel do carpo. Questão de concurso: “Articulação biconvexa, fileira proximal do carpo tem um posicionamento convexo.” *Túnel do carpo: ossos do carpo (formam o assoalho) + ligamento transverso (que forma o teto do túnel do carpo). São estruturas rígidas e inelásticas. As estruturas que passam dentro são: Nervo mediano, tendão flexor profundo do 2º, 3º, 4º e 5º dedo, tendão flexor superficial do 2º, 3º, 4º e 5º dedo e tendão flexor longo do polegar. Articulação Carpometacárpica Ossos do carpo, distal (trapézio, trapezóide, capitato e hamato) + 5 metacarpos. Do 2º ao 5º MTC, temos junturas sinoviais (cápsula comum entre os dedos e os ligamentos) já no 1º dedo temos uma cápsula e uma cavidade articular própria, devido ao polegar juntamente com o trapézio fazem uma conexão/juntura em sela dando uma maior mobilidade a esta articulação, permitindo o movimento de preensão e oposição do polegar. Articulação Metacarpofalângeanas Metacarpos + falanges proximais 1 dedo= Falange proximal e distal 2, 3, 4, 5= Falange proximal, média e distal. Interfalangeanas Entre as falanges. Articulações em gínglimo ou em dobradiça *Articulações sinoviais= Patologias Fratura de COLLES: fratura da extremidade distal do rádio onde o fragmento desloca-se posteriormente. Queda sobre a palma da mão. Fratura semelhante á um garfo. OBS: Quando ocorre uma fratura de Colles, associada a uma luxação do carpo = Fratura de Bathon. Questão de concurso: “O que é a fratura de Colles” Fratura de SMITH: Fratura distal do radio, no qual o fragmento desloca-se anteriormente. Queda sobre o dorso da mão. Fratura do ESCAFÓIDE: comum em quedas sobre a mão. É pouco vascularizado, irrigado por vasos dorsais da artéria radial. Quando fraturado pode desenvolver necrose avascular, por falta de suprimento sanguíneo, e uma pseudo artrose, ou seja, não consolidação da fratura podendo gerar uma artrose (DESGASTE ARTICULAR). Questão de concurso: “Qual a artéria que irriga o escafoide” Fratura do boxeador: fratura do colo do 5º metacarpo(distal), é considerada uma fratura compactada. Ocorre devido ao impacto durante uma pancada/soco. Fratura de Benett: fratura com luxação da 1º articulação carpometacarpiana (polegar). Ocorre em quedas. Fratura de Galeazzi: fratura de rádio associada à luxação da articulação radio ulnar distal. Fratura instável. Trauma de alta energia com hiperextensão de punho e pronação. Inervação Nervo Ulnar: vem de uma ramificação do fascículo medial do plexo braquial. Palpável sobre o epicôndilo medial, entre o epicôndilo medial e o olecrano da ulna, e passa entre o osso pisiforme e do osso hamato. É responsável pela inervação de metade do 4º dedo e do 5º dedo. Nervo Radial: entra na mão como nervo radial superficial, sensorial. Inervação sensitiva da mão e motora de braço e antebraço. Nervo Mediano: vem do plexo braquial, do fascículo lateral e medial, cursa profundamente a cavidade ulnar, medialmente ao tendão do bíceps e da artéria braquial, progredindo então, entre as cabeças ulnar e umeral do pronador redondo e mergulha sob o músculo flexor superficial dos dedos. Importante por ser uma das estruturas do túnel do carpo. Inerva o 1º, 2º, 3º e face interna do 4º, além da face cutânea da face palma. *O aumento no volume de qualquer estrutura pode gerar compressão do N mediano que pode gerar algumas sintomatologias, como a síndrome do túnel do carpo. Lembrando que os tendões que por ele passam são envolvidos por uma membrana sinovial que fabrica liquido sinovial para nutrir e lubrificar a articulação. Qualquer estimulo, como sobrecarga, esforços repetitivos e outros pode gerar um aumento da produção de liquido sinovial, comprimindo as estruturas. Síndrome do túnel do carpo: compressão do nervo mediano ao nível do punho. Sintomatologia: dor, parestesia dos dedos, diminuição da força no musculo abdutor curto do polegar, atrofia da eminencia tenar, incapacidade funcional, que pioram à noite. Causa: LER/DORT, traumáticas (quedas, fraturas), inflamatórias (artrite reumatóide), alterações hormonais, medicamentos, tumores e edemas generalizados. Testes diagnóstico: Phalen, phalen invertido e tinél. Teste de Allen: usado para verificar oclusão total ou parcial da artéria radial e da artéria ulnar. Consiste em: pedir para o paciente abrir e fechar a mão várias vezes, pedir para fechar e ficar, pressionar a artéria radial e ulnar na região distal do punho. Depois de 30s, pedir para o paciente abrir a mão, se a mão estiver pálida é o esperado, dai solta uma artéria e observar o retorno da coloração da mão. Teste de Finkelstein: verifica a tenossinovite estenosante em abdutor longo do polegar e extensor curto do polegar (conhecida como DeQuervain, ou torcedura da lavadeira), paciente relata dor ao torcer um pano. Pedir para o paciente com punho em neutro, polegar aduzido e mão fechada realizar o desvio ulnar, se gerar dor é indicativo de tendinite crônica dessas estruturas. Questão de concurso: “ Qual teste utilizado para avaliar se o paciente tem a síndrome de DeQuervain”.
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