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trabalho de forragem

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Há conhecidamente três tipos distintos de fixação do carbono: C3, C4 e CAM. A seguir veremos a descrição de cada tipo:
* C3: a fixação C3 recebe este nome porque o produto originado da reação fotossintética é uma molécula com três carbonos, o ácido 3-fosfoglicérico. Neste processo há uma molécula aceptora denominada ribulose 1,5 bifosfato ou simplesmente RUBP (formada por cinco carbonos e dois átomos de que sofre a adição de moléculas de CO2 através da reação de carboxilação. Essa adição só é possível porque há a presença de uma enzima conhecida como RUBISCO (ribulose 1,5 bifosfato carboxilase-oxigenase). Esse tipo de fixação é largamente utilizada pelas espécies vegetais habitantes de zonas tropicais úmidas.
* C4: a fixação C4 recebe este nome porque o produto originado da reação fotossintética é uma molécula com quatro carbonos, o ácido oxalacético. Porém logo esse ácido é reduzido após sua formação há dois outros ácidos: o e o ácido aspártico. Esse tipo de fixação é característico de plantas resistentes à exposição excessiva à luz solar, pois essas moléculas de quatro carbonos minimizam a perda de água que aconteceria naturalmente devido ao intenso calor, isso graças ao fechamento por mais tempo dos desse vegetal influenciado pela presença do ácido oxalacético.
* CAM: este tipo de fixação está diretamente ligado à economia potencial de água por plantas habitantes de regiões desertificadas ou intensamente secas. Neste tipo ocorre o fechamento dos estômatos do vegetal durante todo o dia, que é quando ocorre a exposição em excesso da planta ao sol, para evitar a perda de água. Os estômatos apenas se abrirão durante a noite para absorver o dióxido de carbono que será utilizado no dia seguinte pela planta.
Gênero Brachiaria. Teve um papel importante no País, pois viabilizou a pecuária de corte nos solos ácidos e de baixa fertilidade, predominantes na região dos Cerrados, e constitui ainda hoje a base das pastagens cultivadas brasileiras.
Brachiaria decumbens - Esta espécie tem dois ecotipos reconhecidos no Brasil: a cultivar Ipean e a cultivar Basilisk. A cultivar Ipean, com baixa produção de sementes, praticamente não é mais encontrada em áreas comerciais; apresenta de 30 a 60 cm de altura, hábito de crescimento prostrado, folhas com 10 a 15 cm de comprimento, 1,5 cm de largura, macias e densamente pilosas (Seiffert, 1980). A cultivar Basilisk, ou “australiana”, é a mais difundida; apresenta de 60 a 100 cm de altura, hábito de crescimento subereto e folhas com 15 a 15 cm de comprimento, 2 cm de largura, rígidas e esparsamente pilosas (Seiffert, 1980). Cultivar Basilisk 
Brachiaria humidicola -É uma planta de hábito estolífero, que forma relvado denso, o que dificulta o estabelecimento de invasoras e protege o solo contra erosão. No Brasil, o ecotipo mais comum não recebeu denominação de cultivar. 
Brachiaria brizantha -É uma das forrageiras mais plantadas no Brasil nos últimos 15 anos e destaca-se principalmente pelo seu maior porte em relação às outras espécies de braquiária. É uma planta cespitosa, com colmos iniciais prostados, mas produzindo perfilhos predominantemente eretos; apresenta pêlos na porção apical dos entre-nós, bainhas pilosas e lâminas largas e longas com pubescência apenas na face inferior e com margens não cortantes (Seiffert, 1980).
A síndrome da morte do capim-marandu ou capim-braquiarão (Brachiaria brizantha cv. Marandu) tem afetado pastagens no Acre, Amazonas, Pará, Rondônia, Mato Grosso, Tocantins e Maranhão. O problema tem sido particularmente grave no Acre, onde já é uma das principais causas de degradação de pastagens naquele estado. No nordeste e sul do Pará e norte do Tocantins, a síndrome da morte do capim-marandu, também, atinge proporções preocupantes.
Essa síndrome manifesta-se durante a época chuvosa, principalmente em áreas que apresentam solos com drenagem deficiente, situadas em regiões com períodos chuvosos intensos e com altas temperaturas e níveis de umidade do ar. Inicialmente, aparece em áreas isoladas (manchas ou reboleiras), expandindo-se, posteriormente, para o restante da pastagem. As plantas atingidas por esse problema, normalmente morrem, adquirindo aspecto de "fenadas".
Resultados de estudos indicam que síndrome da morte do capim-marandu teria a sua origem a partir de alterações fisiológicas e morfológicas sofridas por esse capim, quando exposto a períodos de excesso de água no solo. Essas alterações, afetariam o metabolismo do capim-marandu, tornando-o mais suscetível a ataques oportunistas de fungos patogênicos, os quais, em condições normais, não seriam capazes de causar danos sérios à planta.
Assim, a exposição do capim-marandu ao excesso de água no solo, mesmo que por curtos períodos de tempo, poderia aumentar a sua predisposição para infecções, ou mesmo causar regeneração insuficiente das raízes já infectadas por patógenos, ou outros agentes bióticos. Ademais, seria possível supor que estresses adicionais, como o superpastejo e os baixos níveis de determinados nutrientes no solo, como o fósforo e o potássio, devido à influência que teriam no comportamento morfofisiológico da planta e particularmente das raízes, poderiam agir sinergicamente para potencializar os efeitos causados pela síndrome da morte do capim-marandu.
No momento, a alternativa recomendada para lidar com o problema é a substituição do capim-marandu, nas áreas já afetadas e áreas de risco, por capins relativamente mais tolerantes a solos com drenagem deficiente, evitando, assim, a monocultura dessa gramínea. 
A síndrome da morte do capim-marandu, além de ser um desafio agronômico para pesquisadores, técnicos e pecuaristas, constitui-se, também, em um alerta para o perigo da monocultura
Devido suas características morfológicas que proporcionam uma elevada produção de massa seca (MS) e ampla adaptabilidade ás diversas condições edafoclimáticas, a espécie Panicum maximum (Jaqc.) sempre despertou muito interesse entre pesquisadores e produtores. Entretanto, produzem melhor em solos de média à alta fertilidade e são menos flexíveis que as gramíneas do gênero Brachiaria por apresentarem limitações e/ou dificuldades para serem manejadas sob lotação contínua, prevalecendo, de modo geral, o seu uso na forma de pastejo rotacionado.
É uma planta ereta e cespitosa, com altura média de 1,60 a 1,65 m, possui alta porcentagem de folhas quebradiças (cerca de 80%) com 3,0 cm de largura, apresenta de 10 a 40% da produção anual durante a seca e proporciona cobertura no solo entre 60 e 80%. Os teores de proteína bruta nas folhas e colmos giram em torno de 13 a 10% respectivamente.
Híbrido de Panicum maximum X Pancum infestum A cv. Massai é uma planta cespitosa, tem porte mais baixo que as outras cv - a produção de matéria seca foliar também é menor. Apresenta concentração de PB nas folhas (12,5%) e colmos (8,5%) semelhante à cv. Tanzânia-1. Ótima alternativa para utilização em sistemas agrosilvipastoris. Recomendado para pastejo e fenação.
Silagens marrons e pretas normalmente indicam danos por aquecimento e umidade, fermentação em temperatura elevada, favorecendo o pareceminto de mofos. A atividade dos fungos é influenciada pela disponibilidade de açúcares e oxigênio e pelo pH da massa ensilada. Silagens mal compactadas (retenção de ar) prémurchadas (pouca fermentação e pH elevado) favorecem a ação dos fungos os quais causam elevadas perdas de material ensilado por aquecimento. Os fungos podem ainda produzir toxinas.
Recomendaç6es gerais para obtenção de uma boa silagem são necessárias, tais como: I) Utilize uma forrageira de bom valor nutritivo. 2) Colha no estágio vegetativo adequado, buscando maior concentração de nutri entes/ha e menores perdas a campo. 3) Fazer pré-murchamento e/ou adição de produto seco quando necessário. 4) Construir o(s) silo(s) corretamente, com inclinação que impeça a entrada de água ou ar e permitam boa compactação de material. 5) Para material pré-murchado picar em partículas de 0,5 a 1,5 cm, para material com umidade elevada o tamanho indicadoé de I a 3 cm de comprimento. 6) Encha o silo rapidamente, compacte bem e cubra com lona plástica. 7) Deixe o silo “quieto” por pejo menos 21 dias pois é muito tarde pois é muito tarde para fazer algo, caso tenha saído algumas das técnicas erradas.
Preparo do solo
Quanto ao plantio e preparo do solo, a produção de silagem não difere em nada da de grãos. “Boa fertilidade reflete em produtividade e o mais recomendado é realizar o plantio direto”, afirma Carvalho. Uma análise do solo indica se é necessária a aplicação de gesso ou calcário. A correção da área também pode ser feita em paralelo para facilitar o trânsito das colheitadeiras. Com adubação e correção do solo em dia, é hora de escolher as sementes.
Sementes
Pensando em oferecer maior grau de digestibilidade para o animal, as empresas produtoras de sementes destinam à produção de silagem os grãos com textura mais macia. Gerente da Embrapa Produtos e Mercados, Reginaldo Resende, pontua que a avaliação de cultivares de milho e de sorgo apropriadas para a produção de silagem teve início na safra passada. Hoje, as cultivares de milho distribuídas pela Embrapa são as variedades BRS 4103 e BRS Caimbé, os híbridos BRS 3040, BRS 2022 e HTMV1. Já de sorgo foram disponibilizados a variedade BRS Ponta Negra e o híbrido BRS 655 – este último foi destaque por sua alta qualidade, com produção de 17.404 quilos de leite por hectare e 944 quilos de leite por tonelada de matéria seca ingerida.
Picagem
Em relação ao tamanho das partículas, o especialista recomenda que tenham entre 0,5 e um centímetro. Além de ajudar com a compactação, isso aumenta o aproveitamento dos nutrientes pelo gado. “Hoje, com os sistemas corn-cracker, você aumenta a probabilidade de o grão ser digerido pelo animal porque, dependendo do tamanho da partícula, ele passa direto pelo trato digestivo.” Conferir a distância entre a faca e contra-faca das picadoras é outro cuidado que deve ser tomado pelo menos duas vezes ao dia durante o processo. A recomendação é de que ela não passe de cinco milímetros para garantir o tamanho mínimo das partículas.
Compactação
Talvez a parte mais importante do processo de produção da silagem, a compactação é a etapa em que se confirma a qualidade do alimento que será destinado ao gado. Seu objetivo é eliminar todo o oxigênio entremeado no volumoso para aumentar a eficiência da fermentação que produz o ácido lático responsável por conservar a matéria orgânica. “O milho e o sorgo, naturalmente, apresentam bactérias que dão conta desse processo, mas não raro os produtores colocam na mistura aditivos que são nada mais do que concentrados desses microorganismos.”
Segundo Diego, o baixo custo dos aditivos faz com que essa prática se perpetue, embora já tenha se provado dispensável. A compactação recomendada tanto para o milho quanto para o sorgo é de 600 kg/m³.
A escolha pela ensilagem em trincheiras também facilita o procedimento, uma vez que as paredes feitas de alvenaria ajudam a impedir a entrada do ar. Nesse casos, sucessivas camadas de 20 centímetros de volumoso podem ser compactadas pelo vaivém de tratores.
A ensilagem superficial é mais econômica e para sua cobertura o mais indicado é usar lonas plásticas que tenham uma face branca e outra preta. Embora grossas e resistentes, elas devem ser cobertas ainda por uma camada de terra de 10 a 15 centímetros para evitar a formação de bolsões de ar. Pedras podem ser colocadas nas bordaduras para segurar melhor a lona e uma cerca é sempre bem-vinda para evitar a aproximação de animais.
Conservação
Feito tudo dentro dos parâmetros indicados, o silo ganha vida longa, podendo alimentar o rebanho por anos consecutivos. O sinal de que tudo correu bem é sentido na temperatura do volumoso. “Colocando a mão na silagem o produtor deve reparar que a mistura não é nem fria nem quente, acompanhando a temperatura ao redor.”
repercutindo sobre a performance animal. 
É necessário colocar em ação todas as armas possíveis para evitar a penetração de ar no silo durante a conservação e reduzir os efeitos negativos que o oxigênio tem durante o descarregamento. Portanto, os pontos chaves que serão tratados são: 
1) enchimento e compactação: Quanto mais a massa ensilada é porosa, maior será a facilidade para o ar penetrar no seu interior. A prerrogativa essencial para conter o deterioramento aerobio é portanto a redução da porosidade da silagem, ou seja, aumentar a quantidade de forragem por unidade de volume (elevar a densidade)
2) vedação: A contribuição mais expressiva da etapa de vedação do silo está em evitar a penetração de ar do ambiente externo para o interior. Ex.: filmes de polietileno e lona.
3) avançamento diário no painel: Durante a abertura do silo, a parte que não é fornecida rapidamente aos animais, permanece exposta ao ambiente e consequentemente à presença de oxigênio. Uma vez que isto acontece, perde-se a condição de anaerobiose (principal fator que determina a estabilidade aeróbia da silagem) e então a massa se torna potencialmente instável. As zonas periféricas do silo, em contato com a lona de cobertura, são aquelas com maiores riscos de penetração de ar, porque, como foi exposto anteriormente, esta região da silagem é menos compacta e, então é mais porosa. O painel do silo deve, portanto avançar rapidamente e desse modo, o fornecimento da silagem se torna uma batalha entre os microrganismos aeróbios que utilizam fontes energéticas da massa e o produtor rural que necessita manter a qualidade do seu produto.
O feno nada mais é do que a gramíneas ou leguminosas cortadas, secas e estocadas para posterior consumo dos animais.
O processo de fenação envolve retirada de grande quantidade de água da planta (O feno tem cerca de apenas 15% de umidade), portanto para se obter a produção de um feno de qualidade há pelo menos 2 condições necessárias: a forragem ser de boa qualidade (elevado valor nutritivo) e a secagem deve ser feita de forma que se perca o mínimo de nutrientes (geralmente quanto mais rápida for feita a secagem, melhor).
As etapas de produção do feno são as seguintes:
Ceifa: é o corte da forragem, que pode ser feito de forma mecanizada ou manual, depende da quantidade e dos recursos do produtor, deve ser realizada logo pela manhã;
Viragem: consiste do manuseio do material para que a maior parte possível seja exposto ao ambiente, de forma a expor a maior área possível da forragem para a secagem;
Enleiramento: consiste do “aglomeramento” do material que está secando para caso haja uma possível chuva ela não leve a forragem cortada;
Por fim pode ser feito o enfardamento para a posterior estocagem do feno.
Equipamentos utilizados na fenação:
Ceifadeira: é  um implemento agrícola que tem como função cortar através de suas facas a gramínea, são acoplados no trator;
Ancinho: outro implemento como função de formar as leiras;
Enfardadeira: existem diversos modelos no mercado e forma os fardos que é a forma que é estocado o feno.

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