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A CRISE NOS PARTIDOS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO GRANDE DO NORTE
CAMPUS NATAL 
BACHARELADO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
HISTÓRIA DO BRASIL COMTEMPORÂNEO 
 
JOICE BEATRIZ CARLOS DE MEDEIROS 
A CRISE NOS PARTIDOS: ÁNALISE DE CONJUNTURA
NATAL
NOVEMBRO/2017
A CRISE NOS PARTIDOS: ÁNALISE DE CONJUNTURA
Para muitos, junho de 2013 marca o início de uma reviravolta na conjuntura política do país, para outros, aquele momento foi resultado de um processo histórico de anos de insatisfação política acumulada, acontece, que de uma forma ou de outra, as então intituladas "Jornadas de junho de 2013" marcam um divisor de águas na história contemporânea da política brasileira.  
Durante e após esse período, cresceu um forte sentimento de antipartidarismo em meio a sociedade brasileira, isso se deu após uma percepção do distanciamento dos partidos com a sociedade, com a sensação de representatividade quase nula, a sociedade não enxerga mais nos partidos uma saída para os problemas sociais e econômicos.
Os 13 anos de governo do Partido dos Trabalhadores no executivo muito influenciou nesse processo, o PT nascido como partido de base popular e de massa, eleito por essa base com uma promessa de mudança na história republicana do Brasil de resgatar a justiça e conferir dignidade à política, se corrompeu tornando-se mais um partido de gabinete, isto é distante dos movimentos sociais e da juventude, burocratizado e engessado no que se diz respeito as práticas da direção. 
De certa forma, a grande mídia influenciou diretamente a imagem pública desgastada de partido corrupto que o pt hoje carrega, com vários escândalos atrelados, como o do mensalão e o da Petrobras por exemplo, além de outros que ganharam repercussão na opinião pública. 
Os meio de comunicação, e aí as redes sociais se somam as grandes corporações, contribuíram bastante para um fenômeno de polarização política que vem ganhando mais e mais força desde as eleições de 2014 até então, a rivalidade direita x esquerda, as disputas nas redes entre “petralhas” e “coxinhas”, criaram um cenário que alimentou ainda mais o sentimento da sociedade de não pertencimento a nenhum dos lados. 
Mesmo com a construção da narrativa do antipetismo e do empenho da grande mídia de vincular o nome do partido somente a grandes escândalos e desgastar o governo não podemos isentar o pt dos seus erros, tanto os erros na condução da política econômica no primeiro mandato, quanto nas práticas condenáveis de financiamento de campanha de alguns integrantes.
O PT cresceu e se fortaleceu com o discurso de defesa da ética na política, sendo o partido que lutava por direitos e se colocava nas ruas lado a lado dos movimentos sociais, pode-se dizer que o poder provocou uma corrupção de princípios no partido. Reconhecendo sim os avanços na política social integradora, mas que foi insuficiente para uma transformação paradigmática do país.
 Durante esse período as bases do PT passaram por um processo de acomodação, deixando de cobrar do partido uma postura condizente com seu projeto político inicial e de reivindicar as pautas antes comprometidas como a taxação das grandes fortunas, a reforma tributária equitativa e a reforma política, O poder enfraqueceu a disposição para a luta, resultado disso foi o afastamento das ruas, dos movimentos sociais e estagnação do debate interno. 
Por esses motivos muita gente se sentiu traída pelo partido e consequentemente desacreditada dessa lógica de democracia representativa, o exemplo do partido com um projeto popular que quando se consolida no poder perde o seu sentido coletivo e se institucionaliza numa estrutura burocrática fez uma sociedade sem confiança política nos seus representantes, e sem esperança de transformação por um viés eleitoreiro e partidário. 
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