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MÁQUINAS SÍNCRONAS Prof. Silverio Penin y Santos CAPÍTULO II: POTÊNCIA EM MÁQUINAS SÍNCRONAS: PÓLOS LISOS E SALIENTES ESTUDO DE MÁQUINAS SÍNCRONAS: EM PARALELO 1-POTÊNCIA EM MÁQUINAS SÍNCRONAS: 1.1- PÓLOS LISOS 1)Introdução: Como se sabe a potencia em uma maquina elétrica é : P=q*V*Ia*cosf(1) Figura 1: Diagrama fasorial de um gerador síncrono em trabalho individual Calculo da potência com os parâmetros internos Deseja-se eliminar fatores externos na fórmula (1 )acima e colocar apenas fatores da própria máquina. Assim tem-se: a)AB: jxsIa projetado na perpendicular a V. Portanto AB= jxsIa *cosf b)Mas também AB=Ef*send c)Portanto :AB = jxsIa *cosf=Ef*send d)Assim teremos : Ia cosf = Ef*send/xs e)Substituindo na equação 1 teremos P=q*V*Ef send/xs Esta fórmula é expressa exclusivamente em função de parâmetros internos da máquina. Observe-se que depende do ângulo d cujo limite é de 90º . -1,5 -1 -0,5 0 0,5 1 1,5 0 0,01 0,02 0,030 0 Figura 2: Curva de estabilidade de gerador EXERCÍCIO 1 GERADOR SÍNCRONO DE 15 KVA PÓLOS SALIENTES 6 POLOS 60 HZ TRIFÁSICO CONECTADO EM Y ,220 V . 90 180 180 δ Figura 3: Determinação de Poitier e de FA A REATÂNCIA DE DISPERSÃO É= A 0,90HMS Xq=0,6Xd Xs=127/41=3,09 OHMS CÁLCULO DE Ef PELO METODO DA REATÂNCIA SATURADA SEM CONSIDERAR A DUPLA REAÇÃO. Ef=V|0+jXsIa|-36,8=222,43|25,99 CÁLCULO DA POTÊNCIA Calculando a potência que o gerador entrega a carga : P=qVfase*Ia* cosf =3*127*39,4*0,8=12000W Calculando a potência que o gerador desenvolve em função dos seus parâmetros : P=q*Vfase*Ef/Xs=3*127*222,43*sen25,99/3,09=12018 W CÁLCULO DE Ef PELO MÉTODO GERAL SEM CONSIDERAR A DUPLA REAÇÃO CALCULE xl E FA PELO MÉTODO DE POITIER PELO GRAFICO Xp=36/39,4=0,91(É DADO 0,9 OHMS.ADOTAREMOS 0,9) Fa/Nc=2,9A(O EXERCICIO ESTABELECE VALOR DE 2,96A. ADOTAREMOS2,96 A) ER=V|0 +j0,9*39,4|-36,8 =150,9|10,84 NO GRÁFICO FR/Nc=5,8A|100,84 Ff=5,8A|100,84 –2,96|-36,8 Ff=8,23|114,86 Ef=175|24,86V REGULAÇÃO 38% CÁLCULO DA POTÊNCIA P=qVfase*Ia* cosf =3*127*39,4*0,8=12000W P=q*Vfase*Ef/Xs=3*127*175*sen24,86/3,09 O resultado será evidentemente menor 1.2-POTÊNCIA EM MÁQUINAS SÍNCRONAS: PÓLOS SALIENTES Como se sabe a potência em uma maquina elétrica é: P=q*V*Ia*cosf Desejamos eliminar fatores externos na fórmula acima e colocar apenas fatores da própria máquina. Assim teremos: Ia*cosf= Iq*cosd+ Id*send Figura 4: decomposição de Id e Iq P=q*V*Ia*cosf=q(V* Iq*cosd+V* Id*send) Ef=V*cosd+xd* Id Id=(Ef- V*cosd)/xd Iq=V send/xq P=q(V* V send/xq*cosd+V*((Ef- V*cosd)/xd)* send) = q(Ef*Vsend)/xd+V* V*cosd*send)/xq -V* V*cosd*send)/xd) mas 2cosd*send)= sen2d portanto : P=q(Ef*Vsend)/xd+ q*V* V*( xd-xq)*sen2d)/(2(xd*xq)) Figura 5: Diagrama Fasorial do gerador síncrono de pólos salientes EXERCÍCIO 2 GERADOR SÍNCRONO DE 15 KVA PÓLOS SALIENTES 6 POLOS 60 HZ TRIFÁSICO CONECTADO EM Y, 220 V. A REATÂNCIA DE DISPERSÃO É= A 0,90HMS Xq=0,6Xd Xd=Xs=127/41=3,09 OHMS Xq=0,6*3,09=1,854 CÁLCULO DE Ef PELO MÉTODO DA REATÂNCIA SATURADA CONSIDERANDO AGORA A DUPLA REAÇÃO. O primeiro passo é decompor a corrente nos eixos direto e quadratura. Para conhecer o ângulo Ψ recorramos a figura acima tang Ψ=(Vsenf+XqIa)/Vcosf=(127*0,6+1,854*39,4)/127*0,8=1,4635 Ψ=55,65 d=55,65-36,9=18,75 portanto Id=39,4*sen 55,65=32,53 Iq=39,4*cos55,65=22,23 Ef=127|0+j3,09|90*32,53|-71,25+j1,854|90*22,23|18,75 =220,78|18,85 Calculo da potencia P=3*127*220,78 sen18,75/3,09+3*127*127*(3,09- 1,854)/(2*3,09*1,854)=8750+3177,57=11927,92 W EXERCÍCIO 3 GERADOR SÍNCRONO DE 15 KVA PÓLOS SALIENTES 6 POLOS 60 HZ TRIFÁSICO CONECTADO EM Y, 220 V . A REATÂNCIA DE DISPERSÃO É= A 0,90HMS Xq=0,6Xd Xs=127/41=3,09 OHMS Xq=0,6*3,09=1,854 CÁLCULO DE Ef PELO MÉTODO GERAL. EXERCICIO 4 Seja um gerador de 750 Kva em 440/254V ligação em Y. Da tabela do fabricante retiramos Xd=2,92 e Xq=2,33 -valores em pu Para manter o gerador em carga com fator de potencia 0,8 indutiva calcular qual a tensão em vazio necessária? EXERCICIO 5 Repetir o exercício 3 porém agora a carga é capacitiva com fp=0,8 EXERCICIO 6 Repetir o exercício 3 porém agora a carga é resistiva. UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA FACULDADE DE ENGENHARIA DEPTO DE ENG ELÉTRICA PROF SILVÉRIO PENIN Y SANTOS 3- MÁQUINAS SÍNCRONAS: ESTUDO DE MÁQUINAS EM PARALELO Os pré-requisitos para colocar um gerador síncrono em paralelo com uma barra infinita ou com outros geradores são: 1)sequência de fases do gerador igual à da barra 2)tensão do gerador igual à tensão da barra 3)freqüência do gerador igual à freqüência da barra 4)ângulo entre tensões do gerador e da barra próximo a zero. A análise da sequência da figura 1(primeira no alto à esquerda) mostra um gerador G que deve ser conectado na barra b que já esta alimentada por n geradores e por isso pode ser considerada infinita para G e permite mostrar as etapas de transferência de carga da barra para o gerador recém colocado na referida barra Figura 1 (0): Admitindo-se que os pré-requisitos foram atendidos e que a chave de paralelismo foi fechada e, portanto que G está sincronizado com a barra. Quando isto é feito não ocorre qualquer transferência de potência e a corrente é zero. Figura 1 (1): Aumenta-se a excitação sem alterar o combustível Não haverá aumento de potência que continuará zero, porém ocorre aumento de Ef já que ocorreu aumento de If (excitação). Evidentemente como a tensão interna do gerador Ef aumenta e a tensão dos terminais permanece inalterada já que o gerador esta paralelado cão a barra prevalecendo a tensão Vb surgira corrente de circulação Ic=(Ef-Vb)/xs sendo xs a reatância de sincronismo Figura 1 (2): Aumenta-se o combustível sem alterar a excitação Não haverá aumento de Ef já que não ocorreu aumento de If (excitação). A potência aumenta pois já ocorreu aumento de combustível Figura 1 (3): Aumenta-se ainda mais o combustível sem alterar a excitação Não haverá aumento de Ef já que não ocorreu aumento de If (excitação). A potência aumenta pois já ocorreu novo aumento de combustível Figura 1 (4): Aumenta-se ainda mais o combustível sem alterar a excitação Não haverá aumento de Ef já que não ocorreu aumento de If (excitação). A potência aumenta, pois já ocorreu novo aumento de combustível, porém é limitada pelo ângulo d: a partir de 90º o gerador perde o sincronismo. Figura 1 (5): Aumenta-se a excitação Haverá aumento de Ef já que ocorreu aumento de If (excitação). O limite de aumento de potência aumenta, pois ocorreu aumento de Ef A análise da equação P=3.V.Ef.send/xs permite mostrar que o limite de potência aumenta. Figura 6 Exercício 1 Através do exercício abaixo vamos aprofundar nossos conhecimentos de maq síncrona em paralelo com uma barra infinita Figura 7 Coloque um gerador de 3000kva 1730 volts em Y com xs=3 pu em paralelo com uma barra infinita. 1.1)Se Vg=Vb Fg=Fb e o ângulo entre as tensões do gerador e da barra é zero, qual será a contribuição no instante inicial antes de ajustar a injeção de combustível? 1.2)Agora ajuste o combustível para que PG=0,5pu, porém sem alterar a excitação. Qual a corrente Ia| ,fator de potência, Ef| e jxs Ia|.. em pu? Observe que se não ocorreu alteração na excitação, a fem ef não pode mudar isto significa que o lugar geométrico da fem Ef é um circulocom centro na origem do diagrama fasorial ou seja Ef=1 pu. Portanto se Ef=1,0pu e P=3* V*Ef send/xs=1500 KW e como xs=3 pu e xbase=1000/(3000/1,73*1730)=1 ohm e V=Ef=1000 tem-se send=1,5 o que é evidentemente absurdo Conclusão: não é possível o gerador trabalhar nessa região. O limite evidentemente é send=1 ou seja d=90º 1.3)Qual é, portanto a máxima potência que o alternador poderá fornecer sem ajustar a excitação? P=3*1000*1000*1/3=1000KW. Teoricamente seria possível atingir este ponto com incrementos muito pequenos, porém em termos práticos isto é impossível Por outro lado se o aumento do combustível ocorreu para proporcionar 1000kw de potência ativa significa que 1730*1,73* Icosf =1000000= Icosf=333 A Onde f=45, ou seja, cos f=0,707. Portanto I=471A 3,0MVA 1730V,Y xs=3,0 pu Figura 8 1.4)Que faremos agora para restabelecer o fator de potência unitário? Aumentaremos a corrente de excitação para Ef Figura 9 A corrente agora será 1,0pu e o fp será = a 1,0 Exercício 2) Um altern. trif. de pólos lisos G com potência de 100 MVA, 13.8KV Y 60 hz 4 pólos . ARMADURA: possui fator de enrolamento Ke=0,828 devido ao encurtamento e a distribuição. Possui 6 bobinas por pólo e por fase (01 espira por bobina). Nos testes em carga com fp=0 determinou-se a reatância de dispersão pelo método de Pottier xl=0,08pu. As curvas em vazio e em curto são dadas. 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 5000 5500 6000 6500 7000 7500 8000 8500 9000 9500 10000 10500 11000 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000 1050 1100 1150 1200 1250 1300 Vf Icc Figura 10 O gerador deve ser conectado (paralelado) a um barramento que já está alimentado por outros geradores G1, G2, G3...Gn e no qual existe uma carga de 200MVA com fp=0,7071 Ind. Figura 11 Deseja-se reduzir a potência aparente fornecida pelos G1, G2, G3.....Gn, passando-a para G de tal forma que G1, G2, G3.....Gn ‘’enxerguem’’ fp=0,9 Ind. 1.1) Qual a tensão em vazio (Ef) que deve ser ajustada em G para atender essa situação. figura 12 1.2) Qual a tensão em vazio (Ef) que deve ser ajustada em G para além de atender essa situação, G também proporcione 30MW a carga? figura 13 Solução: 2.1)O gerador G deve fornecer (141,42-68,5)=72.92 MVAR à carga. Desta forma os geradores G1,G2....Gn fornecerão apenas 68,5 MVAR. A potência aparente será 157,13 MVA (não há alteração na potência ativa, pois G não recebe combustível para proporcionar potencia ativa as cargas). A corrente do gerador G será 3053 A com fp=0 figura 14 a)Solução pelo método da reatância A reatância xs =1,92 ohms foi obtida na curva em vazio e em curto do gerador A tensão em vazio Ef=V|0+jxsIa sendo Ia=3053|0 Ef=7986|0+j1,92.3053|0=13847|0 b)Solução pelo método geral Primeiramente será necessário determinar o valor de FRA para o que é necessário calcular ER. Para tal é necessário calcular xl=0,08pu.8000/4176=0,153ohms. ER=V+jxlIn=8640V(valores por fase). Este valor determina A’ do triângulo de Pottier. A vertical por A’ determina o ponto B’ do triângulo. Uma paralela a reta do entreferro passando por A’ determina O’ Colocando OC a partir de O’ determina-se C’. B’C’ fornece o valor de FRA para corrente nominal. Como a corrente agora será 3053A FRA(3053)=347,3A ER=V|0+jxl.Ia sendo Ia=3053|0 ER=8000|0+j0,08.3053|0=8230|0 na curva FR=520|90º FRA(3053)=347,3|0 Ff=520|90-347,3|0=625|123.7º Ef=9100 V Figura 16 2.2) Ação Sincronizadora na Máquina Síncrona A carga proporcionada por um gerador síncrono paralelado com uma barra infinita depende da quantidade de combustível fornecido ao motor primário(acionador) que o mesmo transforma em potencia mecânica no seu eixo. O raciocínio até aqui desenvolvido baseia-se em sistema estável. Na prática ocorre uma situação de regime semi-permanente, ou seja, o regulador de rotação frequentemente injeta quantidades excessivas de combustível durante períodos muito curtos que provocam aumentos momentâneos de potência. Quando isso ocorre haverá um aumento do ângulo d. Como no momento seguinte haverá redução do combustível já que o incremento foi momentâneo o ângulo delta será reduzido Figura 5
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