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ESTRADAS Prof. David Dantas dacd@ctec.ufal.br Delmiro Gouveia-AL UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CAMPUS DO SERTÃO ENGENHARIA CIVIL PROJETO DE TERRAPLENAGEM SUMÁRIO DA AULA PRINCIPAIS ESTUDOS PARA MOVIMENTAÇÃO DE TERRAS TABELAS DE VOLUMES ACUMULADOS DIAGRAMA DE MASSAS (DIAGRAMA DE BRÜCKNER) DISTÂNCIA ECONÔMICA DE TRANSPORTES (DET) Apresentar os subsídios necessários à compreensão dos princípios gerais que orientam as operações de terraplenagem aplicáveis a obras viárias terrestres. OBJETIVO PRINCIPAIS ESTUDOS PARA MOVIMENTAÇÃO DE TERRA PRINCIPAIS ESTUDOS PARA MOVIMENTAÇÃO DE TERRA: DEFINIÇÃO O terreno como se encontra na natureza não é adequado ao tráfego de veículos por vários motivos: � É irregular, não permitindo velocidade aceitável; � Pode apresentar inclinação longitudinal excessiva para um bom desempenho dos veículos que sobem e para a segurança dos que descem; � Pode apresentar curvatura que torne a visibilidade insuficiente; � Não apresenta condições de escoamento de águas pluviais sem danificar a superfície de rolamento; � Falta de capacidade para suportar a carga do tráfego, etc. PRINCIPAIS ESTUDOS PARA MOVIMENTAÇÃO DE TERRA: DEFINIÇÃO Para o planejamento da movimentação de terras, dois tipos de estudos são fundamentais: PRINCIPAIS ESTUDOS PARA MOVIMENTAÇÃO DE TERRA: ÁREAS DAS SEÇÕES TRANSVERSAIS Para obtenção dos volumes a movimentar, o primeiro passo é a realização dos cálculos das áreas das seções transversais correspondentes a área em estudo. Para a determinação dos volumes de terraplenagem, pressupõe a necessidade de se dispor das configurações geométricas das seções transversais do terreno e das seções transversais da rodovia ao longo das estacas do projeto, referenciadas ao eixo da rodovia. COTA VERMELHA: É a distância vertical entre o eixo da estrada e o nível do terreno. SEÇÃO DE CORTE: quando toda a plataforma da estrada resulta abaixo do terreno natural. SEÇÃO DE ATERRO: quando toda a plataforma da estrada resulta acima do terreno natural. SEÇÃO MISTA: ocorre quando, na mesma seção, a plataforma da estrada resulta de um lado, abaixo do terreno natural, e do outro, acima do terreno natural. PRINCIPAIS ESTUDOS PARA MOVIMENTAÇÃO DE TERRA: ÁREAS DAS SEÇÕES TRANSVERSAIS Para obtenção dos volumes a movimentar, o primeiro passo é a realização dos cálculos das áreas das seções transversais correspondentes a área em estudo. Lançamento da Plataforma em situação que estabeleça uma seção plena de corte Seção plena de corte αc = inclinação do talude de corte PRINCIPAIS ESTUDOS PARA MOVIMENTAÇÃO DE TERRA: ÁREAS DAS SEÇÕES TRANSVERSAIS Para obtenção dos volumes a movimentar, o primeiro passo é a realização dos cálculos das áreas das seções transversais correspondentes a área em estudo. Lançamento da Plataforma em situação que estabeleça uma seção plena de aterro Seção plena de aterro αa = inclinação do talude de aterro PRINCIPAIS ESTUDOS PARA MOVIMENTAÇÃO DE TERRA: ÁREAS DAS SEÇÕES TRANSVERSAIS Para obtenção dos volumes a movimentar, o primeiro passo é a realização dos cálculos das áreas das seções transversais correspondentes a área em estudo. Lançamento da Plataforma em situação que estabeleça uma Seção Mista Seção Mista αc = inclinação do talude de corte αa = inclinação do talude de aterro PRINCIPAIS ESTUDOS PARA MOVIMENTAÇÃO DE TERRA: ÁREAS DAS SEÇÕES TRANSVERSAIS Para o cálculo das áreas das seções transversais é possível a utilização de um dos métodos mostrados a seguir: 1. Método Geométrico; 2. Método Mecânico; 3. Método Analítico; 4. Método Analítico Simplificado. 5. Método Computacional PRINCIPAIS ESTUDOS PARA MOVIMENTAÇÃO DE TERRA: ÁREAS DAS SEÇÕES TRANSVERSAIS – MÉTODO GEOMÉTRICO Consiste em dividir a seção transversal em figuras geométricas conhecidas e calcular suas áreas. PRINCIPAIS ESTUDOS PARA MOVIMENTAÇÃO DE TERRA: ÁREAS DAS SEÇÕES TRANSVERSAIS – MÉTODO MECÂNICO Consiste no emprego de planímetros, que são equipamentos que permitem a medição de áreas de quaisquer figuras planas, delimitadas por linhas fechadas, desenhadas em diferentes escalas gráficas. PRINCIPAIS ESTUDOS PARA MOVIMENTAÇÃO DE TERRA: ÁREAS DAS SEÇÕES TRANSVERSAIS – MÉTODO ANALÍTICO O processo analítico de cálculo da área de uma seção transversal do projeto de uma estrada consiste em calcular a área dessa seção sem desenhá-la. Para isso, são feitas algumas hipóteses simplificadoras e calcula-se a área da seção transversal (S) em função: pa = semiplataforma de aterro (m); pc = semiplataforma de corte (m); H = Cota Vermelha (m); i = declividade transversal do terreno natural (m/m); αa = talude da saia do aterro (m/m); αc = talude da rampa do corte (m/m); S = área da seção transversal (m2). PRINCIPAIS ESTUDOS PARA MOVIMENTAÇÃO DE TERRA: ÁREAS DAS SEÇÕES TRANSVERSAIS – MÉTODO ANALÍTICO a) FÓRMULA PARA A SEÇÃO PLENA (EM CORTE OU ATERRO): Não se considera, nesta fórmula, a SUPERLARGURA e a SUPERELEVAÇÃO. Além disso, a declividade do terreno (i) é considerada constante. A equação anterior é valida para: Seções transversais de aterro. Seções transversais de corte. PRINCIPAIS ESTUDOS PARA MOVIMENTAÇÃO DE TERRA: ÁREAS DAS SEÇÕES TRANSVERSAIS – MÉTODO ANALÍTICO b) FÓRMULA PARA SEÇÃOMISTA )(.2 2 ),( ici ca Hi c pc cS − +⋅ = α α )(.2 2 ),(. iai ca Hi a p aSa − − = α α Nas fórmulas anteriores as cotas vermelhas devem ser consideradas algebricamente. Tais fórmulas são válidas para: Seções transversais com cota vermelha de aterro. Seções transversais com cota vermelha de corte. PRINCIPAIS ESTUDOS PARA MOVIMENTAÇÃO DE TERRA: ÁREAS DAS SEÇÕES TRANSVERSAIS – MÉTODO COMPUTACIONAL Neste método, é usado um programa que calcula a área de polígonos quaisquer. Deve-se fornecer as coordenadas “x” e “y” de todos os vértices da figura. Essas coordenadas devem ser digitadas em ordem de ocorrência sucessiva dos vértices. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )[ ] 2 ... 1132322121 yyxxyyxxyyxxS nn −⋅+++−⋅++−⋅+= S = Área calculada; n = número de vértices considerados. PRINCIPAIS ESTUDOS PARA MOVIMENTAÇÃO DE TERRA: ÁREAS DAS SEÇÕES TRANSVERSAIS – MÉTODO COMPUTACIONAL Exemplo de uso do Método Computacional: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )[ ] 2 ... 1132322121 yyxxyyxxyyxxS nn −⋅+++−⋅++−⋅+= S = 40,5 m2 PRINCIPAIS ESTUDOS PARA MOVIMENTAÇÃO DE TERRA: CÁLCULO DOS VOLUMES A MOVIMENTAR Para o cálculo do volume de terra a mover numa estrada, é necessário supor que existe um determinado sólido geométrico, cujo volume será facilmente calculado. O método usual consiste em considerar o volume como proveniente de uma série de prismóides. )4( 6 21 AAALV m +⋅+⋅= onde: A1 e A2 = áreas das seções transversais extremas; Am = área da seção transversal no ponto médio entre A1 e A2; L = distância entre as seções A1 e A2. Os volumes geométricos totais dos cortes e/ou aterros podem ser obtidos pela somatória dos valores calculados entre as suas diversas seções. CONVENÇÃO PARA MEDIDAS DE VOLUMES: PRINCIPAIS ESTUDOS PARA MOVIMENTAÇÃO DE TERRA: CÁLCULO DOS VOLUMES A MOVIMENTAR Para o cálculo do volume de terra a mover numa estrada, é necessário supor que existe um determinado sólido geométrico, cujo volume será facilmente calculado. O método usual consiste em considerar o volume como proveniente de uma série de prismóides. onde: A1 e A2 = áreas das seções transversais extremas; L/2 = semidistância entre as seções A1 e A2. Uma fórmula aproximada comumente utilizada para o cálculo dos volumes dos prismóides é a chamada fórmula das áreas médias. A fórmula é a seguinte: )( 2 21 AALVm +⋅= PRINCIPAIS ESTUDOS PARA MOVIMENTAÇÃODE TERRA: FATOR DE EMPOLAMENTO DE VOLUMES VOLUME DE ATERRO CORRIGIDO: O volume de aterro corrigido equivale ao volume geométrico de escavação (do corte) necessário para a obtenção do aterro compactado. AAcorr VfV ⋅= Onde: Vcorr = volume corrigido de aterro; fA = fator de empolamento; VA = volume de aterro compactado. � O fator de empolamento é aplicado sobre os volumes de aterro, como um multiplicador; � Na fase de anteprojeto este fator é em geral estimado (fA: entre 1,05 e 1,4); � No exemplo acima indica que será necessário escavar cerca de 1,4 m³ no corte para se obter 1 m³ de aterro compactado. TABELA DE VOLUMES ACUMULADOS TABELA DE VOLUMES ACUMULADOS A seguir, apresenta-se exemplo de planilha para cálculo de volumes acumulados de terraplenagem dentro de uma obra rodoviária. � COLUNA 1: estacas dos pontos onde foram levantadas as seções transversais. Normalmente são as estacas inteiras do traçado. Estacas fracionárias são utilizadas nos pontos de passagem (PP). � COLUNA 2: áreas de corte, medidas nas seções. � COLUNA 3: áreas de aterro, medidas nas seções. � COLUNA 4: produto da coluna 3 pelo fator de empolamento (fa). � COLUNA 5: soma das áreas de corte de duas seções consecutivas na coluna 2. � COLUNA 6: soma das áreas de aterro de duas seções consecutivas na coluna 4. ESTACAS ÁREAS (m2) SOMA DAS ÁREAS (m2) SEMI- DISTÂNCIA (m) VOLUME (m3) COMPENS. LATERAL (m3) VOLUMES ACUM. (m3)CORTE ATERRO AT. COR. CORTE ATERRO CORTE ATERRO (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10) (11) TABELA DE VOLUMES ACUMULADOS A seguir, apresenta-se exemplo de planilha para cálculo de volumes acumulados de terraplenagem dentro de uma obra rodoviária. � COLUNA 7: semidistância entre seções consecutivas. � COLUNA 8: volumes de corte entre seções consecutivas. � COLUNA 9: volumes de aterro entre seções consecutivas. � COLUNA 10: volumes compensados lateralmente (não sujeitos a transporte longitudinal). � COLUNA 11: volumes acumulados, obtidos pela soma algébrica acumulada dos volumes obtidos nas colunas 8 e 9. Os volumes acumulados são colocados como ordenadas ao final da estaca. ESTACAS ÁREAS (m2) SOMA DAS ÁREAS (m2) SEMI- DISTÂNCIA (m) VOLUME (m3) COMPENS. LATERAL (m3) VOLUMES ACUM. (m3)CORTE ATERRO AT. COR. CORTE ATERRO CORTE ATERRO (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10) (11) DIAGRAMA DE MASSAS (DIAGRAMA DE BRÜCKNER) DIAGRAMA DE MASSAS (DIAGRAMA DE BRÜCKNER) Existem várias maneiras de se executar a distribuição de terras numa terraplenagem. O método mais utilizado para a estimativa das distâncias médias de transporte entre trechos compensados é o método do DIAGRAMA DE BRÜCKNER; No caso de seções mistas, primeiramente é feita a compensação lateral dos cortes e aterros em cada seção; após é considerado o acréscimo ou decréscimo nas ordenadas a partir da diferença entre os dois volumes considerados. Após calcular as áreas das seções transversais e os volumes dos prismóides, pode-se preparar uma tabela de volumes acumulados (tabela anterior), que serve como base para a construção do diagrama Calculam-se inicialmente as Ordenadas de Brückner. Estas ordenadas correspondem aos volumes de cortes (considerados positivos) e aterros (considerados negativos) acumulados sucessivamente. A somatória dos volumes é feita a partir de uma ordenada inicial arbitrária, buscando evitar o aparecimento de ordenadas negativas. DIAGRAMA DE MASSAS (DIAGRAMA DE BRÜCKNER): CONSTRUÇÃO DO DIAGRAMA 1. Calculam-se ordenadas de Brückner, as quais correspondem aos volumes de cortes (+) e aterros (-), acumulados sucessivamente, sendo o somatório dos volumes feito a partir de uma ordenada inicial arbitrária. 2. As ordenadas calculadas são plotadas, de preferência, sobre uma cópia do perfil longitudinal do projeto. 3. No eixo das abscissas é colocado o estaqueamento e no eixo das ordenadas, numa escala adequada, os valores acumulados para as ordenadas de Brückner (volumes + ou -), seção a seção. 4. Assim, os pontos marcados, unidos por uma linha curva, formam o Diagrama de Brückner. DIAGRAMA DE MASSAS (DIAGRAMA DE BRÜCKNER): CONSTRUÇÃO DO DIAGRAMA 1. Dada a seguinte tabela de volumes acumulados (correspondente à planta em perfil apresentada), calcular os volumes de corte e aterro, bem como construir o Diagrama de Brückner. Considere o Fator de Empolamento como sendo igual a 1,4. DIAGRAMA DE MASSAS (DIAGRAMA DE BRÜCKNER): CONSTRUÇÃO DO DIAGRAMA Estacas Áreas (m2) Soma das áreas (m2) Semi- distância (m) Volumes (m3) Comp. Lateral (m3) Volumes Acum. (m3)Corte Aterro At. Corr. Corte Aterro Corte Aterro 100 4,74 101 3,12 101+5,00 0,48 0,72 102 5,01 103 6,92 104 1,63 0,58 104+17,00 0,28 0,52 105 1,82 106 5,16 107 6,08 108 1,00 6,52 109 2,00 5,26 109+9,00 2,60 1,62 10006,64 4,37 1,01 11,01 10,00 110,10 889,90 5,38 2,50 13,45 876,45 5,49 7,50 41,18 917,63 0,81 0,73 2,55 7,22 8,51 9,13 7,36 2,27 11,93 8,55 1,91 3,00 4,60 1,54 3,28 9,77 15,73 17,64 16,49 9,63 10,00 10,00 8,50 1,50 10,00 10,00 10,00 10,00 4,50 119,30 85,50 16,23 30,00 20,70 13,09 4,92 97,70 157,30 176,40 164,90 43,34 1036,93 1122,43 1125,57 1120,65 1022,95 865,65 689,25 554,35 531,71 13,09 30,00 20,70 DIAGRAMA DE MASSAS (DIAGRAMA DE BRÜCKNER): CONSTRUÇÃO DO DIAGRAMA Estacas Áreas (m2) Soma das áreas (m2) Semi- distância (m) Volumes (m3) Comp. Lateral (m3) Volumes Acum. (m3)Corte Aterro At. Corr. Corte Aterro Corte Aterro 110 4,46 111 6,03 112 6,42 113 8,64 114 9,66 115 8,02 0,62 116 5,07 1,20 117 2,40 2,42 118 3,30 119 5,80 120 7,70 0,87 1,68 3,39 4,62 8,12 10,78 7,06 10,49 12,45 15,06 18,30 17,68 13,09 7,47 2,55 5,07 8,01 12,74 18,90 5,50 10,00 10,00 10,00 10,00 10,00 10,00 10,00 10,00 10,00 10,00 38,83 104,90 124,50 150,60 183,00 176,80 130,90 74,70 25,50 50,70 80,10 127,40 189,00 25,50 50,70 570,54 675,44 799,94 950,54 1133,54 1310,34 1415,74 1439,74 1359,64 1232,24 1043,24 DIAGRAMA DE MASSAS (DIAGRAMA DE BRÜCKNER): CONSTRUÇÃO DO DIAGRAMA DIAGRAMA DE MASSAS (DIAGRAMA DE BRÜCKNER): PROPRIEDADES DO DIAGRAMA 1. O diagrama de massas não é um perfil. A forma do diagrama de massas não tem nenhuma relação com a topografia do terreno. DIAGRAMA DE MASSAS (DIAGRAMA DE BRÜCKNER): PROPRIEDADES DO DIAGRAMA 2. Inclinações muito elevadas das linhas do diagrama indicam grandes movimentos de terras. DIAGRAMA DE MASSAS (DIAGRAMA DE BRÜCKNER): PROPRIEDADES DO DIAGRAMA 3. Todo trecho ascendente do diagrama corresponde a um trecho de corte (ou predominância de cortes em seções mistas). DIAGRAMA DE MASSAS (DIAGRAMA DE BRÜCKNER): PROPRIEDADES DO DIAGRAMA 4. Todo trecho descendente do diagrama corresponde a um trecho de aterro (ou predominância de aterros em seções mistas). DIAGRAMA DE MASSAS (DIAGRAMA DE BRÜCKNER): PROPRIEDADES DO DIAGRAMA 5. A diferença de ordenadas entre dois pontos do diagrama mede o volume de terra entre esses pontos. V DIAGRAMA DE MASSAS (DIAGRAMA DE BRÜCKNER): PROPRIEDADES DO DIAGRAMA 6. Os pontos extremos do diagrama correspondem aos pontos de passagem (PP). DIAGRAMA DE MASSAS (DIAGRAMA DE BRÜCKNER): PROPRIEDADES DO DIAGRAMA 7. Pontos de máximo correspondem à passagem de corte para aterro. DIAGRAMA DE MASSAS (DIAGRAMA DE BRÜCKNER): PROPRIEDADES DO DIAGRAMA 8. Pontos de mínimo correspondem à passagemde aterro para corte. DIAGRAMA DE MASSAS (DIAGRAMA DE BRÜCKNER): PROPRIEDADES DO DIAGRAMA 9. Qualquer horizontal traçada sobre o diagrama determina trechos de volumes compensados (volume de corte = volume de aterro corrigido). Esta horizontal, por conseguinte, é chamada de linha de compensação (ou linha de terra). A medida do volume é dada pela diferença de ordenadas entre o ponto máximo ou mínimo do trecho compensado e a linha horizontal de compensação. DIAGRAMA DE MASSAS (DIAGRAMA DE BRÜCKNER): PROPRIEDADES DO DIAGRAMA 10. A posição da onda do diagrama em relação à linha de compensação indica a direção do movimento de terra. Ondas positivas (linha do diagrama acima da linha de compensação), indicam transporte de terra no sentido do estaqueamento da estrada. Ondas negativas indicam transporte no sentido contrário ao estaqueamento da estrada. DIAGRAMA DE MASSAS (DIAGRAMA DE BRÜCKNER): PROPRIEDADES DO DIAGRAMA 11. A área compreendida entre a curva de Brückner e a linha de compensação mede o Momento de Transporte da distribuição considerada. Define-se Momento de Transporte como o produto dos volumes transportados pelas distâncias médias de transporte: mt dVM ⋅= onde: Mt = momento de transporte, em m3.km; V = volume natural do solo, em m3; dm = distância média de transporte, em km. Quando é executado um transporte de solo de um corte para um aterro, as distâncias de transporte se alteram a cada viagem sendo necessária, portanto, a determinação de uma distância média de transporte, que deverá ser igual à distância entre os centros de gravidade dos trechos de corte e aterros compensados. DIAGRAMA DE MASSAS (DIAGRAMA DE BRÜCKNER): PROPRIEDADES DO DIAGRAMA 12. A distância média de transporte de cada distribuição pode ser considerada como a base de um retângulo de área equivalente à do segmento compensado e de altura igual à máxima ordenada deste segmento. DIAGRAMA DE MASSAS (DIAGRAMA DE BRÜCKNER): PROPRIEDADES DO DIAGRAMA O cálculo de dm pode ser feito da seguinte maneira: toma-se a metade da altura da onda e traça-se uma horizontal nesta altura. A distância média de transporte é a distância entre os pontos de interseção desta reta com o diagrama, medida na escala horizontal do desenho. O momento de transporte é igual à área da onda de Brückner, que pode ser estimada pelo produto da altura da onda (V) pela distância média de transporte (dm). DIAGRAMA DE MASSAS (DIAGRAMA DE BRÜCKNER): PROPRIEDADES DO DIAGRAMA 13. Quando duas Linhas de Terra sucessivas fazem um degrau para baixo, temos necessidade de um EMPRÉSTIMO. Quando o degrau é para cima, temos um BOTA-FORA. Existem várias maneiras de se executar uma distribuição de terras na terraplenagem. A cada uma das alternativas corresponderá uma distância média de transporte global e, por conseguinte, um determinado custo de terraplenagem. Logo, um projeto racional de terraplenagem deverá indicar a melhor distribuição de terras, de maneira que a distância média de transporte e o custo das operações de terraplenagem sejam reduzidos a valores mínimos. A figura apresenta uma outra distribuição de terras feita para o mesmo exemplo. DISTÂNCIA ECONÔMICA DE TRANSPORTE (DET) DISTÂNCIA ECONÔMICA DE TRANSPORTES (DET) É a distância crítica para a qual o custo da compensação longitudinal é igual ao custo do bota-fora mais o custo do empréstimo Para distâncias menores que det É mais econômico transportar a terra dos cortes para os aterros (compensação longitudinal). Para distâncias maiores que det É mais econômico fazer bota-fora do material do corte e nova escavação para construção do aterro. Vamos chamar: C1 = custo para compensação longitudinal; C2 = custo para bota-fora e empréstimo. DISTÂNCIA ECONÔMICA DE TRANSPORTES (DET) Custo da escavação Custo do transporte DISTÂNCIA ECONÔMICA DE TRANSPORTES (DET) Considerando que: V = volume transportado (m3); dm = distância média de transporte (km); dbf = distância média para bota-fora (km); demp = distância média para empréstimo (km); Cesc = custo da escavação ($ / m3); Ct = Custo do transporte ($ / m3.km). Então: DISTÂNCIA ECONÔMICA DE TRANSPORTES (DET) Igualando os custos: EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO: TERRAPLENAGEM Para execução do movimento de terra de um trecho de estrada foi escolhida a Linha de Terra (LT) apresentada na figura. Sabendo-se que os eventuais bota-foras e/ou empréstimos terão uma distância de transporte de 10 m, calcular: a) Quantos m3 serão transportados do corte C1 para o aterro A2; b) volume total de Bota-fora do trecho; c) volume total de Empréstimo do trecho; d) volume total a ser escavado para a execução dos serviços; e) Momento de Transporte total, em m3.km EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO: TERRAPLENAGEM V = 4000 m3a) Quantos m3 serão transportados do corte C1 para o aterro A2: EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO: TERRAPLENAGEM Vbf = Zerob) Volume total de Bota-fora do trecho: EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO: TERRAPLENAGEM c) Volume total de Empréstimo do trecho: VEmp = 2000 m3 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO: TERRAPLENAGEM d) Volume total a ser escavado para a execução dos serviços: Vaterro = (8+8+2) x 103 = 18000 m3 Vcorte = (10+6) x 103 = 16000 m3 Então o volume total a ser escavado é 18000 m3 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO: TERRAPLENAGEM EST 3 + 5,00m EST 9 d = EST 9 – (EST 3 + 5,00m) d = 6 Estacas – 5,00m d = 120m – 5,00m d = 115m = 0,115 km Mt1 = 6000 m3 x 0,115 km Mt1 = 690 m3 . km e) Momento de Transporte total, em m3.km: EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO: TERRAPLENAGEM EST 12 EST 16 d = EST 16 – EST 12 d = 4 estacas d = 80m = 0,08 km Mt2 = 4000 m3 x 0,08 km Mt2 = 320 m3 . km e) Momento de Transporte total, em m3.km: EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO: TERRAPLENAGEM EST 22EST 18 d = EST 22 – EST 18 d = 4 estacas d = 80m = 0,08 km Mt3 = 4000 m3 x 0,08 km Mt3 = 320 m3 . km e) Momento de Transporte total, em m3.km: EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO: TERRAPLENAGEM EST 24 EST 26 d = EST 26 – EST 24 d = 2 estacas d = 40m = 0,04 km Mt4 = 2000 m3 x 0,04 km Mt4 = 80 m3 . km e) Momento de Transporte total, em m3.km: EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO: TERRAPLENAGEM e) Momento de Transporte total, em m3.km: MtEmp = 2000 m3 x 0,10 km = 200 m3 . km MtTotal = (690 + 320 + 320 + 80 + 200) = 1610 m3 . km SUMÁRIO DA AULA Foram apresentados os princípios gerais que orientam as operações de terraplenagem aplicáveis a obras viárias terrestres. CONCLUSÃO PRINCIPAIS ESTUDOS PARA MOVIMENTAÇÃO DE TERRAS TABELAS DE VOLUMES ACUMULADOS DIAGRAMA DE MASSAS (DIAGRAMA DE BRÜCKNER) DISTÂNCIA ECONÔMICA DE TRANSPORTES (DET)
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