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PRÓTESE

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PRÓTESE
Prótese total (PT) é uma prótese onde substitui todas as porções perdidas, paciente totalmente edento na qual substitui tanto dente quanto gengiva, uma prótese total de todas as unidades dentarias seja ela superior ou inferior, não tem onde fixar e para isso é preciso reconstruir uma porção da gengiva e palato em acrílico para que tenha adesão e coesão é dessa forma que a prótese fica presa, então se o paciente não tem rebordo e altura óssea para essa prótese se prender, essa prótese vai ficar presa somente pelo palato.
Prótese parcial removível (PPR) é uma prótese para pacientes parcialmente edentos, se há uma grande quantidade de unidades dentarias perdidas, é uma prótese de estrutura metálica na qual essa estrutura se prende aos dentes através de grampos e prende os dentes artificiais de acrílicos pré-fabricados, devolvendo altura dos dentes, estética, biologia, função, através de acrílico prensado ativado termicamente. 
MOLDAGEM
Para moldar existem vários materiais neles devem ser observados o custo, vida útil, facilidade de manipulação, molhamento, não ser toxico e tempo de trabalho e de presa razoável. Com relação a facilidade de manipulação porque tem que ser um material fácil de trabalhar, que tenha um gosto e cheiro não desagradável, para a moldagem não ser torturante ao paciente, com relação ao molhamento ele precisa escoar na superfície e reentrâncias para moldar todos os detalhes, tem que ter um tempo de trabalho e presa razoável, não pode ser rápido demais pois dificulta a manipulação e nem lento demais para secar senão vai ser desconfortante ao paciente no ato da moldagem. Em uma boa moldagem conseguimos obter a cópia de freios, gengivas, pregas palatinas, e não devem ter bolhas.
O tempo de presa corresponde ao momento em que o material fica firme, mas, não rígido. O tempo de mistura corresponde ao tempo de manipulação, até levar em boca e ajustar a moldeira se tem o tempo de trabalho e a partir do tempo de trabalho não retira mais o material, se não vai distorcer, então, insere em boca e aguarda em posição estática sem mexer para não deformar, este é o tempo de presa.
Pontos essenciais: Bom molhamento e escoamento, fácil de remover, resistente ao rasgamento, estabilidade dimensional, material que possa desinfeccionar e compatibilidade com os materiais. São classificados em: Termoplásticos e químioplásticos. Termoplásticos são materiais que quando estão tomando presa geram calor, só vai se plastificar através do calor. E os químioplásticos são aqueles que um é base e o outro é catalisador e quando se unem forma uma reação. Os materiais anaelásticos e elásticos. Anaelásticos são aqueles que não tem flexibilidade, a godiva é um material de presa termoplástica, mas que quando toma presa ela fica rígida. 
Quais são os dois tipos de materiais de moldagem?
Materiais anaelásticos: Godiva, gesso (para modelagem e não moldagem), pasta de óxido de zinco e eugenol
Materiais elásticos são divididos em: Hidrocolóides e elastômeros.
Os hidrocolóides podem ser reversíveis ou irreversíveis. Irreversíveis são aqueles que não voltam a forma original, após tomar presa não se muda mais, fez uma vez e joga fora. Os reversíveis são utilizados para modelo de estudo, modelos antagonistas, para planejar o caso do paciente.
Hidrocolóides irreversíveis: alginato
Hidrocolóide reversível: 
Alginato é um hidrocolóide irreversível que está caracterizado como um material elástico, de baixo custo, fácil de manipular, confortável para o paciente, baixa precisão de detalhes, baixa estabilidade dimensional (se ficar no local errado por ex: próximo ao ar condicionado, ele resseca, se deixar em local muito úmido ou em contato direto com agua, ele absorve a agua e ela expande, se expande já não possui mais o formato original, se não está no formato original não tem valor, precisa ser descartado) 
Elastômero é uma subclasse dos materiais elásticos.
Rígido= anaelástico 
Passos: moldar, lavar em agua corrente para tirar os excessos, colocar hipoclorito e deixar por 10 minutos para matar todas as bactérias, depois lava novamente seca, e utiliza o gesso. Distancia da moldeira para o dente deve ser de 3mm para que tenha resistência ao rasgamento.
Possíveis problemas: Tomar presa antes se isso ocorrer provavelmente foi utilizado mais pó do que deveria/ temperatura da agua, ou ar condicionado em cima, coisa fria atrasa o processo de presa/ após manipular tem o tempo para se levar em boca, se demorar, não vai conseguir moldar direito, se demorar para tomar presa provavelmente colocou pó na agua, deveria colocar agua e jogar o pó em cima/ deve-se esfregar o alginato na parede da cuba e ficar bem liso, não deve ter bolhas/ se a superfície a ser moldada tem sulcos muito profundos, é indicado secar o local, pegar um pouco de alginato com os dedos e colocar naquela superfície e em seguida colocar a moldeira, para garantir que o alginato vai moldar as superfícies desses sulcos.
Deste modo, temos: Anaelásticos, elásticos. Os elásticos se subdividem em hidrocolóides e elastômeros, e nos elastômeros nós temos: polissulfeto ou mercaptana, silicona de condensação, poliéter, silicona de adição. Nesses produtos temos que levar em consideração que se forma subproduto de forma exacerbada vai alterar a construção de modelos, as reações podem ser por condensação ou por adição. No caso da condensação vai formar subprodutos e por adição não forma subprodutos, tem um maior peso molecular, vai conseguir um produto mais denso, que ao empurrar na boca do paciente ele vai afastar melhor os tecidos para moldar por exemplo preparo subgengival, é uma moldagem de forma mais fiel, e o poliéter que é muito parecido com a silicone de adição, ele distorce, ou seja, ele tem que capacidade de resiliência.
Propriedades silicona de adição e condensação, poliéter e polissulfeto: Material com hidrofilia=afinidade com agua, ótima tixotropia é quando consegue tem um escoamento adequado e ter fidelidade de detalhes, resistência ao rasgamento, facilidade de manipulação até que a cor fique homogênea, facilidade de desinfecção, sabor e odor não são desagradáveis com exceção do polissulfeto.
O polissulfeto ou mercaptana: não são tão utilizados, tem um odor desagradável mancha a roupa, demora cerca de 10 minutos para tomar presa, em compensação é um excelente material de moldagem, suas vantagens são: seu custo é baixo quando comparada a um silicone de adição, condensação e poliéter, resistência ao rasgamento, reprodução de detalhes. Desvantagens: difícil remoção, difícil de limpar o paciente, baixa estabilidade dimensional, mancha a roupa com facilidade, recuperação elástica baixa, tempo de presa grande. 
Silicona de condensação: consistência pesada é uma pasta que é misturada com o catalisador, que expande nos tecidos, mas não tem fidelidade de detalhes, por isso que tem que ser associada com a pasta leve mais catalisador, tem liberação de subprodutos com o álcool. Ou seja: molda primeiro com a pesada e depois reembasa com a leve, o ambiente de trabalho tem que ser totalmente hidrofóbico, se não secar a cavidade, não vai conseguir ser moldado. Baixa resistência ao rasgamento, alta estabilidade dimensional após a evaporação do álcool, com o tempo vai evaporando álcool e o produto vai contrair. 
Polieter: consistência leve, regular, pesada, pode ser manual ou automática, a manual é aquela que coloca duas pastas semelhante a silicona e manupula, a auto mistura é através de um aparelho que ele mesmo mistura. Não libera subprodutos. Hidrofílico, boa reprodução de detalhes, sabor desagradável, rígido, ou seja, depois de tomar presa não tem tanta elasticidade.
Silicona de adição: Catalisador+ base, a moldagem pesada não tem boa reprodução de detalhes, injetar na moldeira o leve, para fazer a moldagem dos detalhes. Vantagens: excelente estabilidade dimensional, tem mais resiliência, boa resistência ao rasgamento, facilidade de manipulação, pequeno tempo de presa. Luva e látex não pode tocar no produto senão não toma presa, não pode usar fio retratorcom hemostático, que retarda a presa, libera hidrogênio mesmo após moldar, tem que esperar uma hora para poder vazar.
Gesso: Composto em especial por gipsita, é uma pedra bem resistente, quanto mais sua quantidade e menor os grânulos, melhor a qualidade do gesso. Os grânulos muito finos tem a molhabilidade melhor e menos porosidade.
Gesso tipo 1: com expansão térmica alta, ou seja, quando ele está tomando presa ele esquenta, não deve ser usado para moldagens funcionais, só é utilizado para finalizações de trabalho, cobrir áreas. 
Gesso tipo 2: mesma coisa do tipo um, porém, com um pouco menos de expansão térmica.
Gesso tipo 3: Menos expansão térmica, para modelo de estudo, para prender os modelos nos articuladores, para vazamento, solta muito pó.
Gesso tipo 4 ou 5: são os gessos indicados para trabalho, sua expansão térmica é mínima, alguns possuem zero de expansão térmica, ou seja, se moldar, o modelo obtido vai ser fiel. 
Moldagem de prótese total
A primeira moldagem que se chama moldagem anatômica na qual busca copiar anatomia do paciente, anatomia do rebordo, pregas palatinas, bridas e freio. Qual o primeiro passo de uma prótese Total quando o paciente chega no consultório? Anamnese, exame clínico, radiográfico, exames complementares e em seguida realizar a primeira moldagem que é a moldagem anatômica, é a moldagem de estudo. Essa moldagem é feita com uma moldeira de estoque que possui vários tamanhos, se for utilizada uma moldeira muito estreita não vai haver a interface de 3 mm, há também diferença na  moldeira de  dentados para edentos, a moldeira para dentado é mais alta que vai copiar tanto os dentes quanto o  rebordo para que a prótese fique  fixa,  além do rebordo é necessário que tenha osso para que essa prótese não se movimente são os princípios de coesão e adesão, se a paciente tem uma quantidade de osso muito pequena a prótese não vai ficar muito bem  aderida  com relação a coesão e adesão, significa dizer que quando for colocar prótese aquela película de saliva entre a mucosa e a prótese faz um vácuo que faz a prótese ficar presa. A prótese é justaposta, mas é necessário levar em consideração algumas características: é necessário aliviar a compressão, ou seja, passar uma cera no local dos forames e pregas palatinas, para que a pressão não fique em cima, e sim nas laterais. 
Materiais de moldagem devem ser: fluido para adaptar os tecidos, mas, tem que ter uma tixotropia adequada, que é a capacidade de fluidez, ou seja, o material tem que ser fluido para preencher espaços, mas ao mesmo tempo tem que ser resistente ao remover, não deve passar muito tempo na boca, que não tenha cheiro forte, boa resistência, excelente cópia e que tome presa em um tempo adequado, não pode distorcer após a remoção, para molda com fidelidade é necessário puxar as inserções, e a partir daí personaliza uma moldeira para o paciente. O material utilizado na moldagem anatômica/inicial é o Alginato. O alginato precisa ser manipulado na proporção correta, uma medida de pó para uma de água, temperatura ambiente, pó na água, e para moldar desdentados a godiva é mais indicado. Não usar godiva placa para moldagem inicial pela necessidade de materiais complementares, em todas as moldagens o paciente deve estar sentado, na moldagem superior o dentista deve estar atrás do paciente para observar a linha média e posicionar a moldeira baseando-se nela. O tipo de moldeira que se utiliza para fazer a moldagem de estudo é a moldeira de estoque tanto faz se perfurada ou lisa, seja ela de metal, alumínio ou plástico.
Passo a passo do atendimento
Anamnese, exames clínicos, radiográficos, complementares se necessário e moldagem anatômica. 
Lab. 1: confecção de moldeira individual
Consulta 2: usar moldeira para fazer moldagem individual ou funcional, obtendo assim o modelo de trabalho ou individual
Lab. 2: Base de prova e plano de cera, a base é para ser construída a futura prótese
Obs.: a diferença entre a base de prova e a moldeira individual é que a base de prova se estende e recobre toda área da mucosa ou área chapeavel até o fim do sulco e não tem cabo, já a moldeira individual tem um comprimento de 2 a 3mm aquém da área chapeavel e possui um cabo biangulado
Consulta 3: está com a base de prova e o plano de cera ou rolete de cera e faz ajuste do plano de cera, escolha dos dentes e montagem em articulador;
Lab. 3: pegar o plano ajustado e substituir a cera pelo dente, ou seja, fazer a montagem dos dentes
Consulta 4: prova dos dentes e fazer ajustes se precisar, escolher com de gengiva
Lab. 4: acrilisar a prótese, transformar tudo que for cera em acrílico
Consulta 5: recebe a prótese pronta, prova, ajusta e instala
Duas semanas depois acontece a consulta de preservação
Moldagem funcional: Vai moldar somente área chapeavel, somente o local onde queremos que fique a prótese, as zonas de suporte principal são as zonas destinadas a suportar carga mastigatória, ou seja, o lugar onde tinha os dentes, este lugar é a zona de suporte principal, como a prótese é móvel deve-se aliviar os pontos de contatos posteriores, porque recebem forças axiais no sentido vertical, já, os anteriores recebem forças obliquas, a zona de suporte que vai ajudar na absorção, se a força ficar somente em cima do rebordo vai machucar o rebordo, este rebordo é osso, se a prótese fica o tempo todo em cima desse osso, machuca, sendo necessário distribuir as forças em zonas secundarias(palato), vai evitar que a prótese se movimento de um lado para o outro, a parte vestibular dos dentes também é uma zona segundaria, as áreas palatinas e vestibular do rebordo são áreas secundarias, tem também a zona de selamento periférico, deve haver cuidado para que não ocorra entrada de ar na adaptação da prótese e perca a adesão da mesma.
Diferença entre a moldeira funcional e a base de prova? Dois a três mm aquém da área chapeavel (área que vai encaixar a prótese) ou área de trabalho. 
Zona de selamento posterior: linha limite onde tem que está com a prótese, mas o material rígido não copia toda delimitação de palato duro e mole, por isso usa godiva. Por isso que a prótese deve chegar apenas até a área chapeavel porque a tensão labial e movimentos funcionais vão fazer com que a prótese caia, a prótese não pode ser substentida na região posterior, porque ao falar e respirar e vibrar o palato mole vai entrar ar e se entrar ar, cai. Deste modo, no momento no selamento periférico com godiva e silicona, vai ter uma correção de detalhes.
Zonas de alivio: região de espicula óssea, rebordo, forames paliativos, locais de rugosidade palatina, se coloca uma prótese naquele local, as áreas mais altas serão pressionadas, deste modo, precisa colocar cera para preencher as reentrâncias e quando a prótese for colocada vai haver uma área levemente aliviada. 
Moldeira individual: confeccionada de resina acrílica termo ativada ou quimioativada. 
Fases da mistura: Primeira fase da resina acrílica: Fase arenosa: quando mistura o pó no liquido, quando as moléculas ainda estão se misturando, reagindo.
Segunda fase: fibrosa ou fibrilar: aspecto de fios, gruda, pegajoso
Terceira fase: fase de trabalho: fase plástica, fase na qual tem que manipular, da arenosa até a plástica tem que ficar em descanso, na plástica já não gruda e pode manipular. 
Quarta fase: borrachoide, não modela, não pode manipular, tudo que fizer nesta fase, está apenas distorcendo o material, após passar por essa fase, vai liberar calor, esquentar.
Quinta fase: rígida, que é a fase na qual a resina tomou presa
A resina é fácil de manusear, tem resistência a tração, tem certa flexibilidade compatível com o dente, baixo custo, tempo de trabalho suficiente, estética agradável, passível de reembasamento, é biocompativel não irrita tecido.
Desvantagens: baixa resistência a reflexão ou seja, se cair pode quebrar, não pode esticar lateralmente, eleva a temperatura na polimerização e causa desconforto ao paciente.

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