Art. 287 Apologia de crime ou criminoso

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DIREITO PENAL IV: PARTE ESPECIAL
Prof. MsC. Eduardo Ferraz
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Apologia de crime ou criminoso
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Legislação
Apologia de crime ou criminoso
Art. 287. Fazer, publicamente, apologia de fato criminoso ou de autor de crime:
Pena - detenção, de três a seis meses, ou multa.
Bem jurídico
A paz pública.
Sujeito ativo
Qualquer pessoa (crime comum).
Sujeito passivo
A coletividade.
Tipo objetivo
O tipo objetivo pune a conduta daquele que:
Fazer (verbo núcleo, significando realizar)
Publicamente (o agente deve dirigir seus elogios a um número indeterminado de pessoas)
Apologia (elogio, exaltação, que pode ser feita de forma livre) (não é típica a apologia de crime culposo)
Tipo objetivo (cont.)
De fato criminoso (para parcela da doutrina, o delito elogiado deve ser passado, se futuro, haverá incitação (art. 286) (Fragoso); em sentido contrário, compreendendo também fato criminoso futuro (Hungria) ou de autor de crime (para parte da doutrina (Delmanto) autor de crime é unicamente aquele cuja sentença condenatória transitou em julgado, sendo atípica a apologia de pessoa que não tenha sido definitivamente condenada; para outra parte (Hungria e Fragoso), tal circunstância não deve ser exigida) (não se configura o crime quando o elogio se dirige ao autor do crime pelas suas qualidades pessoais, alheias a prática da ação criminosa) (afastado estará o crime caso o agente se refira à contravenção ou ao contraventor).
Este delito diferencia-se do anterior pela forma de instigação, que no art. 286 é explícita e no 287 é implícita, feita através de elogios, exaltação a fatos criminosos ou a seus autores.
Tipo subjetivo
O dolo (vontade e consciência) de realizar o tipo penal (fazer, publicamente, apologia de fato criminoso ou de autor de crime, sabendo que se dirige a número indeterminado de pessoas).
Consumação
Com a apologia, independentemente da efetiva perturbação da ordem pública (delito de perigo abstrato).
Tentativa
Não se tratando de apologia oral, é admissível.
Ação penal
Pública incondicionada.