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Direito penal

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Principio da legalidade ( CF art. 5º XXXlX. e CPB art. 1º )
Não há crime sem lei anterior que o defina e nem pena sem previa cominação legal. Exceções ao Principio: Países de sistema Comum Law, pois o foco não é na lei escrita em sim nos costumes e precedentes.
Reação
1º 1907 – Rússia reação
2º Alemanha de Hitler 
Aspecto Político 
Serve como garantia do cidadão, para frear as atividades do Estado.
Subprincípios
Principio da reserva legal: a lei reserva algumas condutas, somente a lei pode definir crimes e cominar penalidades
Principio da Anterioridade: a lei tem que ser anterior ao fato, ou seja tem que ser vigente no momento do crime. “Tempus regit actum” O tempo rege o ato
Lei Penal no Tempo
“Tempus regit actum” - O tempo rege o ato.
Tempo quer dizer vigência.
Fases de criação das leis 
Iniciativa- Apresentação do projeto de lei. 
Discussão- Sobre os meios de aplicação do projeto como, orçamento, comissões, obras etc.
Deliberação – É a decisão do poder legislativo.
Sanciona ou Veta – O Presidente aprova ou não. 
Promulgação- É o atestado de existência, ordena-se o cumprimento da lei.
Publicação- A lei ganha vigor e capacidade de vincular, nesse caso pode haver “Vacation Legis”.
A vigência dura da publicação até a revogação 
Conflito de Leis no tempo
Irretroatividade (art. 5º, XL, da CF)
	
A lei penal é irretroativa regendo apenas fatos futuros, de forma que a ação praticada antes da lei não é considerada pelo Direito Penal. Exceção ao Principio da Irretroatividade: (art. 2º) – Lei penal mais benéfica 
A lei penal retroagirá para beneficiar o acusado. A lei nova retroage em qualquer momento da persecução penal, e também depois de proferida sentença condenatória definitiva, já na fase de execução. Tanto que o artigo 2º diz: “cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória”.
Para que seja encontrada a Lei mais benigna, em principio, basta fazer comparação entre os dispositivos que interessam ao caso. A Lei mais benéfica poderá ser aquela que comina pena de menor duração; a que comina pena de detenção em vez de reclusão; aquela que contenha circunstancias atenuantes; aquela que dá ao fato definição de contravenção e não de crime etc. 
Ultra-atividade da Lei Penal (art. 3º)
Ultra-atividade é a característica das leis denominadas excepcionais ou temporárias, que permite a estas serem aplicadas aos fatos praticados durante a sua vigência, mesmo depois de estarem revogadas.
Leis temporárias são as de vigência prefixada, identificada na lei pela expressão: “decorrido o período de sua duração”. 
Leis excepcionais são aquelas cuja vigência perdura enquanto persistirem as circunstâncias que a determinaram, identificada na lei permanecem validos mesmo se cessado a circunstancias que determinaram. 
 A característica da ultra-atividade é adotada para evitar o retardamento do desfecho do processo, expediente que teria por finalidade frustrar a aplicação da lei penal. 
Abolitio criminis
Art. 2º:
 Caput:
“Ninguém pode ser punido pelo fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.”.
 “Abolitio criminis”.
- 1º Parte – Conceito: Ninguém pode ser punido por uma lei anterior que deixou de considerar uma conduta criminosa.
- 2º Parte – Consequências: 
~ Execução: significa cessar a pena. 
* Só tem pena quando não cabe mais recurso (transitada em julgado).
~ Efeitos penais da sentença: Existem vários, porém o principal é a pena. 
* Também existem os efeitos secundários, por exemplo, a reincidência.
Novatio legis in Mellius
Código Penal artigo 2º, § Único.
“A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.” 
- 1º Parte – Conceito: Nova lei posterior benéfica de qualquer modo. 
-2º Parte – Consequência: Aplica-se mesmo em fatos anteriores, mesmo tendo transitado em julgado. 
Tempo do Crime
Código Penal artigo 4º
Algumas teorias procuram fundamentar o chamado “tempo do crime”:
Teoria da atividade: tempo do crime é o momento da ação ou da omissão
Teoria do resultado: tempo do crime acontece quando gera o resultado lesivo por ele causado.
Teoria ubiqüidade ou mista: tanto o tempo da ação quanto do resultado.***
Para o Código Penal, prevalece a teoria da atividade (tempo do crime é o momento da ação ou da omissão). 
Lei Penal no Espaço
Território, qual lei se aplica dentro de um território ou fora dele.
Princípios
Territorialidade – Aplica-se a lei penal brasileiro dentro do território nacional art. 5º do CP
Absoluta – aplicação da lei brasileira sempre, sem exceção
*Tempera- aplica as leis penais brasileiras, com exceções – Adota-se esta teoria
Extraterritorialidade – Aplicação da lei penal brasileira a crimes ocorridos fora de território nacional. Art. 7º do CP 
Subprincipios - Motivo 
Nacionalidade – ativa ou passiva – ou o réu é brasileiro ou a vitima 
Real/defesa – Interesse nacional
Justiça universal/ Jurisdição cosmopolita – crimes reconhecidos por toda nacionalidade – se obrigou a reprimir por tratados internacionais
Representação ou bandeira - Dentro de embarcações os aeronaves privadas e o crime não foi punido em outro país. 
Aplicação 
Crimes ocorridos em outra jurisdição art. 7º, I e II
Incondicionada - é aquela que não se condiciona a nenhuma condição (nas hipóteses do inciso I, parágrafo 1º) nada absolutamente nada impede a aplicação na lei penal brasileira.
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; 
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil
Condicionada- condiciona a condições (parágrafos 2º e 3º)
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir
b) praticados por brasileiro
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados
Art. 8º Nom bis in idem – não pode ser condenado duas vezes
Território 
Geográfico – natural ou físico – limites de solo, água e ar (mar territorial 12 milhas marítimas, 12 a 24 mil/mar fiscalização, 200 mil/mar zona de exploração econômica) 
Jurídico – Político – extensão do território nacional – navios ou aeronaves públicas ou que estejam a serviço do Brasil 
 Embaixadas- Imunidades diplomáticas – chefes de missões diplomáticas e suas comitivas especiais, entre outros.
O Brasil adota a territorialidade tempera, pois aplica também o direito internacional, ou seja, não é absoluta. 
Lugar do Crime (art. 6 º, CP)
Teoria da atividade: lugar do crime é o local da ação ou da omissão
Teoria do resultado: lugar do crime acontece o resultado lesivo por ele causado.
Teoria ubiqüidade ou mista: tanto o lugar da ação quanto do resultado.
No Brasil adota-se a Teoria ubiqüidade ou mista, aplica-se o principio da territorialidade.
Crime
Fato Típico:
É formado por quatro elementos:
- Conduta;
- Resultado;
- Nexo de Causalidade;
- Tipicidade.
* É um fato social que advêm de uma conduta e causa um resultado que possui nexo de causalidade que é considerado um crime.
Conduta
A CONDUTA É IMPRESCINDÍVEL PARA O FATO TÍPICO, OU SEJA, NÃO EXISTE CRIME SEM CONDUTA.
- Teoria Clássica/Natural/Mecânica/Causal: Conduta é uma mera movimentação corporal, ou seja, simplesmente é o movimento do corpo. 
- Teoria da Relevância Social: Só haverá conduta se ela for socialmente relevante. 
* Relevância social: conceito jurídico indeterminado. 
- Teoria Finalista: A conduta é a ação ou omissão humana (proveniente da pessoa) consciente, voluntáriae dirigida para uma determinada finalidade.
Essa teoria é muito rígida, então criaram outra teoria para amenizar a rigidez da teoria finalista, é chamada de Delito de Bagatela ou Princípio da Insignificância. 
Ou seja, esse princípio é usado para condutas insignificantes, como um roubo de uma caixinha de fósforo em um mercado. 
** Essa teoria é adotada pelo Código Penal.
Características da Conduta Finalística:
- Advém de uma pessoa: 
* Física: homem;
* Jurídica: Empresa.
Crimes contra a ordem econômica financeira, econômica popular: art.173, parag. 5º, CF. (Não foi regulamentado).
Crimes ambientais: art. 225, parag. 3º, CF, Lei n.9.605, 12/12/98 (art. 3º: requisitor, art.21 a 24: penas).
- Consciente:
Os atos devem ser conscientes. Álcool/drogas/doença mental, não afastam a consciência. Mas o sono afasta a consciência.
- Voluntária:
A conduta deve ser querida. O que afasta a voluntariedade é a coação, que só pode ser física (violência) e não moral (ameaça). 
Formas de Conduta Finalística:
- Ação: 
Fazer/realização de um ato positivo.
* Crimes comissivos: crimes praticados pela ação. 
- Omissão:
O agente deixa de fazer algo. 
(A omissão natural não tem relevância, o que tem relevância é a omissão normativa).
* Crime omissivo próprio/puro: a própria lei descreve a omissão. (art.134, CP).
Qualquer pessoa pode cometer esse crime, desde que esteja previsto na lei.
Ex.: omissão de socorro. 
* Crime comissivo impróprio/impuro/ comissivo por omissão: a lei prevê a ação, mas o resultado é previsto pela omissão. 
Ex.: Mãe quer matar o próprio filho e deixa de alimenta-lo, sendo que ela tem obrigação de cuidado (obrigação legal: cuidado).
Apenas pessoas previstas no art.13, parag. 2º, CP (obrigação legal, obrigação contratual e garantidor/garante) podem cometer esse crime.
* Crime omissivo de conduta mista: aquele que a lei descreve tanto a ação quanto a omissão. 
Ex.: art. 169, inc. II, CP. 
 
Resultado
O RESULTADO NÃO É IMPRESCINDÍVEL PARA O FATO TÍPICO, OU SEJA, EXISTE CRIME SEM RESULTADO.
- Teoria Jurídica / Normativa:
Resultado é a lesão (ofensa) ou perigo de lesão (ameaça) ao bem jurídico (o que a lei busca proteger, ex.: o bem jurídico do homicídio é a vida) protegido. 
- Teoria Natural:
Resultado é a modificação no mundo exterior (o que é esperado de um crime).
* Nem toda conduta possui um resultado. Ex.: atirar e não matar o sujeito.
Classificação de Crimes por Resultado:
- Crimes materiais/Crime de resultado: aqueles em que a lei prevê e exige o resultado para a consumação.
Ex.: Homicídio. 
- Crime formal/ Consumação Antecipada: é aquele em que a lei prevê o resultado, mas não o exige para a consumação.
Ex.: Art. 316, CP: “Exigir para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora ou antes de consumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.”.
O resultado previsto é a vantagem indesejada, porém não a exige para consumação.
- Crime de mera conduta/Crime sem resultado: é aquele em que a lei sequer faz menção de resultado. 
Ex.: Art.150, CP: Violação de Domicílio. 
Não possui previsão de resultado. 
Nexo de causalidade
O NEXO DE CAUSALIDADE NÃO É INDISPENSÁVEL PARA O FATO TÍPICO, OU SEJA, MESMO SEM NEXO DE CAUSALIDADE HÁ CRIME. 
- É a relação entre a conduta e o resultado, só existe nexo de causalidade se tem resultado;
- Identificação se o resultado poderá ser atribuído à conduta;
Causa
- Ação ou omissão;
- Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido (Art.13);
- Quem der causa será responsável pelo resultado;
- O resultado deve ser atribuído à conduta.
TEORIA DA EQUIVALÊNCIA DOS ANTECEDENTES CAUSAIS “CONDITIO SINE QUA NON”
- Todas as causa anteriores ao delito são iguais;
- Tudo o que contribuir para o resultado é considerado causa para aquele resultado.
O que é causa – PROCESSO HIPOTÉTICO.
 Exemplo: Um homem mata uma mulher. 
*Analisar o que foi feito antes do resultado: 
Critica:
 “regressus ad infinitum.”.
As causas são infinitas, porque se pararmos para analisar cada causa, elas terão outros antecedentes que também vão contribuir para o crime. 
Ex.: Comprar a arma: 
Compra da arma – Vendedor – Fabricador – Matéria Prima –... Infinito.
Então o fabricador e o vendedor também devem ser punidos pelo crime?
Não. Apesar da “contribuição” para o crime eles não são punidos, pois o nexo de causalidade não vai se importar com esse ciclo natural, ele vai se preocupar com o normativo (dolo e culpa).
Eles não possuíam a intenção de matar. Se não há dolo ou culpa, não há crime. 
Superveniência causal 
Concausa – causa paralela ao evento principal. São aquelas causas distintas da conduta principal, que atuam ao seu lado, contribuindo para o resultado. Podem ser anteriores, concomitantes ou posteriores a ação.
Espécies de causas
Dependentes: originando-se da conduta, insere-se na linha normal de desdobramento causal da conduta. Ex: na conduta de atirar em direção a vitima são conseqüências normais da causa a perfuração do corpo 
Independentes: é aquela que refoge ao desdobramento causal da conduta, produzindo por si só, o resultado. Ex: simples susto a morte de para cardíaca. 
Absolutamente independente – não a relação de causalidade – há imputação do resultado – não se origina da conduta
Preexistente – existe antes da conduta ser praticada Ex: um ladrão atira em uma pessoa mas ela morre por causa de um envenenamento provocado por alguém em seu café da manha.
Concomitante – existe junto mas são independentes. Ex a pessoa esta sendo envenenada no café da manha então ao mesmo tempo entram ladrões em sua casa e atiram matando-a. 
Superveniente – veio depois do fato principal, conduta. Ex: após o envenenamento, e antes do veneno fazer efeito, um maníaco mata a pessoa a facadas. 
 
Relativamente independente – relação com a causalidade – não a imputação do resultado – origina-se da conduta.
Preexistente – atuam antes da conduta. Ex: Fulano da um golpe de faca na vitima que é hemofílica e vem a morrer em face da conduta. A hemofilia atuou de forma independente, produzindo por si só o resultado. Mas sem a conduta a hemofilia não teria reagido. 
Concomitante – existe junto. Ex: Fulano atira na vitima, que assustada sofre um ataque cardíaco e morre. O tiro provocou o susto, indiretamente a morte.
Superveniente – veio depois do fato principal. Ex: a vitima de um atentado é levada ao hospital e sofre acidente no trajeto, vindo por este motivo a falecer. 
Tipicidade
A TIPICIDADE É INSISPENSÁVEL PARA O FATO TÍPICO, OU SEJA, SEM A TIPICIDADE NÃO HÁ CRIME. 
- Chamado também de adequação típica; 
- É uma adequação/enquadramento entre o fato e a existência de uma norma que define algo como crime.
Formas de Tipicidade
- Tipicidade direta ou subordinação imediata: Não há necessidade de nenhum elemento para ser norma. 
Ex.: Art. 121
Caput: Homicídio Simples;
Parag. 1º: Homicídio Privilegiado;
Parag. 2º: Homicídio Qualificado;
Parag. 3º: Homicídio Culposo;
Parag. 4º: Aumento da pena;
Parag. 5º: Perdão Judicial;
Parag. 6º: Aumento da pena;
Parag. 7º: Aumento da pena no feminicídio. 
- Tipicidade indireta ou subordinação mediata: Precisa-se de uma norma de reenvio ou de extensão.
Ex.: João quer matar Gabriel, então João fala com Rodrigo sobre seu desejo de matar Gabriel e Rodrigo o induz a matar e ainda lhe da à arma. João mata Gabriel: 
João é preso por homicídio (tipicidade direta);
Aplica-se a norma de reenvio ou extensão para Rodrigo (tipicidade indireta).
TIPO
- Tipicidade não pode ser confundida com tipo;
- Tipo é um dado imprescindível para a caracterização de um crime;
- Tipo é o conjunto dos elementos que descrevem o crime.
Ex.: Art. 121: “Matar alguém.”.
Existem dois elementos nesse artigo (Elemento um: “matar”; Elemento dois: “alguém”).
Ou seja, tipo é a quantidade de palavras que descrevem o crime. 
*Atipicidade: ausência de um elemento que descreve um crime. 
Elementos do Tipo
- Objetivo: Possui caráter descritivo.Descreve o fato de forma objetiva.
Pode descrever: conduta (o que descreve é o verbo), pessoa, lugar, tempo.
- Subjetivo:
* Finalidade especial do agente;
Ex.: Art. 307. Dica: No artigo terá expressões como: “com a finalidade de...”, “com o objetivo de...”, “afim de...”.
* Estado de consciência.
Ex.: Art. 130. Dica: No artigo terá expressões como: “sabe...”, “deveria saber...”.
- Normativo: Juízo de valor (educação, etc.).
* Jurídica: lei (ex.: art. 327, CP).
* Extra- Jurídica.
TIPO NORMAL: Quando só possui o elemento objetivo.
TIPO ANORMAL OU INCONGRUENTE: Quando só possui elementos objetivos e/ou subjetivo e normativo.
TIPO DOLOSO 
- Dolo;
- Art. 18, inc. I;
- Vontade de cometer o crime e assume o risco do resultado;
- O dolo é regra do Código Penal;
- Os crimes previstos no Código Penal são dolosos. 
* Teoria Subjetiva/Vontade: Dolo é a vontade de cometer um crime. Essa teoria é adotada pelo Código Penal;
* Teoria da Representação: Dolo é a mera representação mental do resultado, independentemente da vontade. Essa teoria não é adotada pelo Código Penal;
* Teoria do Consentimento/Ascendimento: O sujeito não quer o resultado, mas ele assume o resultado. Para essa teoria o resultado é indiferente (pode ou não acontecer). O Código adota essa teoria também.
Existem duas espécies de dolo:
- Direto: é aquele em que o sujeito direciona sua conduta de forma direta para uma finalidade (Teoria Subjetiva/Vontade);
- Indireto: não direciona sua conduta para uma finalidade certa;
* Eventual: Não quer o resultado, mas o assume (Teoria do Consentimento/Ascendimento) – É adotada pelo Código Penal;
* Alternativo: Indica uma opção. Isso ou aquilo. – Não é adotada pelo Código Penal. 
TIPO CULPOSO
- Art. 18, inc. II;
- A culpa é a ausência de dolo;
- O crime culposo: o sujeito não quer pratica-lo e não assume o risco do resultado.
Elementos da Culpa 
* Conduta;
* Resultado;
* Nexo de Causalidade;
* Tipicidade;
* Inobservância de cuidado;
* Previsibilidade. 
- Conduta Culposa: A conduta é a ação ou omissão, proveniente da pessoa (física ou jurídica) consciente, voluntária e dirigida para uma determinada finalidade. Porém, no crime culposo a conduta por si só é lícita penalmente;
Ex.: Limpar a arma.
- Resultado Culposo: Não existe crime sem resultado culposo, ou seja, ele é obrigatório. O resultado é involuntário e não é assumido (aconteceu acidentalmente);
- Nexo de causalidade: relação entre conduta voluntária e resultado involuntário;
- Tipicidade: É a adequação de um fato a uma norma. A tipicidade culposa é uma exceção, portanto ela é expressa (tem que estar escrita na lei) – Parágrafo Único, art. 18. 
- Inobservância do Cuidado Objetivo: 
* Toda conduta que fazemos na vida é pensando no cuidado;
* Inobservância do Cuidado: não observar os cuidados;
* Cuidado objetivo: é o cuidado padrão que toda pessoa tem (homem médio).
Modalidades da Culpa (Deixa-se de tomar cuidado objetivo através de):
* Imprudência: realização de um fato perigoso, que não deveria ser feito;
* Negligência: ausência de precaução; deixar de fazer uma coisa que deveria ser feita;
* Imperícia: inaptidão para o exercício de uma arte (não é legitimada) ou profissão (é legitimada).
- O tipo culposo é aberto, ou seja, precisa de elementos exteriores para caracterizá-lo. Ele se fecha com a descrição da modalidade da culpa, assim o réu pode se defender. 
- É possível ter uma conduta negligente e imprudente ao mesmo tempo, porém a imperícia só pode ocorrer sozinha.
- Em matéria civil é possível à compensação da culpa (cada um arca com o seu próprio prejuízo). Já em matéria penal, isso não é possível, só é possível a concorrência da culpa (os dois respondem pelo crime, tendo cada um uma pena).
- Previsibilidade: Ao praticar uma conduta deixando de observar o cuidado objetivo, é previsível a ocorrência de um resultado. Ela também deve ser objetiva (padrão).
Espécies de Culpa
- Culpa própria: é a culpa comum, decorrente de negligência, imprudência ou imperícia;
- Culpa imprópria: é aquela que decorre de um erro evitável, ou seja, um erro que poderia ser evitado se tivesse tomado o devido cuidado;
- Culpa Inconsciente: também é a culpa comum, decorrente de negligência, imprudência ou imperícia;
- Culpa Consciente: é aquela onde o resultado é mais do que previsível, é quase certo, porém o sujeito acredita em uma habilidade própria.
Ex.: Atirador de facas em um circo. 
CRIME PRETERDOLOSO/ PRETERINTENCIONAL
- Crime além do dolo;
- É uma espécie de um crime qualificado pelo resultado, onde se tem a conduta inicial dolosa e a final culposa.
Inter Criminis
- Caminho do crime;
- Caminho lógico e necessário.
Caminho do crime:
* Cogitação;
* Preparação;
* Execução;
* Consumação (nem sempre ocorre).
- Cogitação: Fase mental do agente, não há conduta e nem punição;
- Preparação: É uma fase exterior, ou seja, sai do intelecto do agente. Não há ataque ao bem jurídico. Exteriorização da conduta. 
Em regra a preparação é impunível. Só irá puni-la quando a lei determinar (exceção).
Ex.: Portar instrumentos destinados à falsificação de moedas. O agente vai ser punido para evitar que o crime aconteça;
- Execução: Ataque ao bem jurídico. É punível;
- Consumação: Crime acabado/ pronto, ou seja, reunir todos os elementos do crime (art. 14, inc. I). 
Modalidades/ Momentos Consumativos
Crime material: se consuma com o resultado;
Crime formal: se consuma com a conduta;
Crime de mera conduta: se consuma com a conduta;
Crime doloso: se consuma com o resultado;
Crime preterdoloso: se consuma com o resultado qualificador/final;
Crime omissivo próprio: se consuma com a omissão;
Crime comissivo impróprio: se consuma com o resultado;
Crime omissivo de conduta mista: se consuma com a omissão;
Crime habitual: se consuma com a constância de habitualidade;
* É um crime que depende da habitualidade e constância. Ex.: manter uma casa de prostituição;
Crime Permanente: se consuma com a constância de permanência. 
Ex.: sequestro. 
Tentativa
- Art. 14, inc. II;
- Tipicidade;
- A tentativa é uma norma de extensão ou reenvio;
Ex.: TIROS NA VITIMA (não morreu) –> Norma de Extensão (art. 14, II: tentativa) –> Art. 121 (matar alguém).
- Não é possível fazer a adequação direta.
Elementos da Tentativa:
- Inicio da Execução: ataque ao bem jurídico;
- Não consumação: o crime não pode estar acabado/ pronto, ou seja, não há a junção de todos os elementos;
- Circunstâncias alheias à vontade do agente: são circunstâncias que fogem do controle do agente. 
Espécies de Tentativa:
- Imperfeita: é aquela onde o agente não consegue desenvolver todos os atos que ele queria (circunstância alheia);
- Perfeita/Crime Falho: é aquela onde o agente consegue realizar todos os atos que ele tinha a sua disposição;
- Branca/ Incruenta: é aquele onde o agente não atinge o bem jurídico, porém realiza o ato de execução.
Ex.: Errar o tiro.
Punição da Tentativa:
Teoria da Vontade: 
- Leva em consideração a vontade;
- As penas seriam iguais tanto em crimes tentados quanto em crimes consumados;
- NÃO É ADOTADA. 
Teoria Sintomática:
- Leva em consideração a periculosidade do agente (o quanto ele é perigoso na sociedade);
- As penas seriam iguais tanto em crimes tentados quanto em consumados;
- NÃO É ADOTADA.
Teoria Objetiva:
- Leva em consideração o grau de exposição do bem jurídico;
- As penas são diferentes entre crimes tentados e consumados;
- É ADOTADA; 
- Punição: art. 14, paragrafo único: “Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao consumado, diminuída de um a dois terços.”.
Punição:
- Não existe uma pena certa;
- Pena diminuída;
- Quando a lei quiser, em caso de crimes extremamente graves, ela pode punir a tentativa com a mesma pena da consumação (Ex.: crime de atentado). 
Crimes que não cabem à tentativa:
- Crime culposo, porque não há vontade;
- Crime preterdoloso;
- Crime habitual, porque há constância;
- Crime de atentado, porquedepois que esse crime for cometido, a punição não fará diferença. 
Tentativa Abandonada
- Art. 15, CP;
- Tipicidade. 
Elementos da Tentativa abandonada
- Inicio da execução: ataque ao bem jurídico;
- Não consumação: o crime não pode estar acabado/ pronto, ou seja, não há a junção de todos os elementos;
- Circunstâncias próprias: o agente não quer mais cometer o crime, ou seja, ele abandona a tentativa do crime (diferente da tentativa “normal”).
Espécies:
Desistência Voluntária:
- Deixar de prosseguir;
- Art. 15: “O agente que, voluntariamente desiste de prosseguir na execução...”;
- Diferença: a desistência é um ato negativo, ou seja, o agente deixa de fazer algo;
- Só é cabível quando o agente não realiza todos os atos de execução (imperfeita).
Arrependimento Eficaz:
- Art. 15: “... impede que o resultado se produza...”;
- Diferença: o arrependimento é um ato positivo, ou seja, o agente faz algo que deve ser na contra mão da consumação do delito;
- Só é cabível quando o agente realiza ou não todos os atos de execução, desde que ele promova uma atitude contrária a consumação.
* Às vezes um ato de execução já é necessário para a consumação do crime. 
Características em comum entre as espécies:
- Voluntariedade (diferente de espontaneidade): pode ser orientado/ pedido/suplicado. Não há obrigação.
- Eficácia: não consumação;
Art. 65. 
- Consequências: art. 15, CP. 
Crime Impossível/ Inadequada/ Inidônea
- Art. 17;
- Não se pune a tentativa, porque é impossível a consumação. 
Motivos/Hipóteses:
- Ineficácia do meio: o meio empregado pelo agente é ineficaz;
- Impropriedade do objeto:
* Jurídico: bem jurídico que a lei tenta proteger.
* Material: pessoa ou coisa que o crime ataca/ afeta.
-> Nem todo crime tem objeto material
Ex.: Falso testemunho ou ato obsceno. 
-> Podem ser relativa (ex: tiro falhar) ou absoluta (arma quebrada).
- Hipótese do Flagrante Preparado (Súmula 145 STF):
Ex.: Impedir o crime de aborto.
* Flagrante Esperado: a polícia está esperando/ é valido. 
Punição:
- Teoria Objetiva Absoluta: qualquer ineficácia ou qualquer impropriedade serve para crime impossível e, portanto para a não punição (NÃO É ADOTADA);
- Teoria Objetiva Temperada: somente a ineficácia ou impropriedade absoluta serve para crime impossível e, portanto para a não punição (É ADOTADA).
Aula 13: Erro de Tipo
- A essência do erro é a culpa;
- Erro não se confunde com ignorância;
- Ignorância: É a completa ausência de conhecimento. Ela não pode ser alegada no Direito.
Dispositivos de Proibição do Alegamento de Ignorância:
* Art. 3º, LICC - Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece.
* Art. 21, CP - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço.
- O que se pode alegar é a existência de um erro;
- Erro: É a falsa percepção da realidade.
Tipo: 
* Conjunto de elementos (caput) – dados imprescindíveis – ausência de um elemento: atipicidade.
* Formado por circunstâncias (está ao redor): depois do caput
Finalidade das Circunstâncias (Erro incide no...)
- Dados secundários: irrelevantes.
Ex: sujeito quer roubar o celular da Maria, mas se confunde e rouba o de Ana. 
- Aumento da pena
Ex.: Se o furto for durante o repouso norturno
- Diminuição da pena 
Ex.: Furto Privilegiado
ERRO ESSENCIAL: 
Quando um erro inicial incide sobre o elemento. 
- Erro invencível: é aquele que todas as pessoas na situação do réu cometeriam esse erro (perdoável). Exclui dolo e a culpa, ou seja, o sujeito não responde pelo crime. 
Ex.: Em uma área de caça o sujeito mata uma pessoa vestida de animal achando que ela era um animal.
- Erro vencível: é aquele que se a pessoa tivesse tomado precauções, ele não incidiria sobre o erro (imperdoável). Exclui dolo, mas permite a punição pela culpa se for previsto em lei. 
Ex. 1: Um sujeito chega a um bar de bicicleta e a deixa do lado de fora. Horas depois, esse individuo, sai do bar bêbado e pega a primeira bicicleta que viu na sua frente, porém esta não era a sua (ele não sabia). Dias depois, a policia bate na porta de sua casa querendo prende-lo por furto. Porém o sujeito não responde pelo crime, pois não existe furto culposo, ou seja, não está expresso em lei.
Ex. 2: Na área de caça existem lugares de transição. Sujeito atira em um vulto achando que era um animal, porém era uma pessoa e ela morre. O individuo irá responder por homicídio culposo.
ERRO ACIDENTAL: 
Quando um erro incide sobre dados secundários.
Espécies:
- Incide sob OBJETO (material)
* coisa: subtrair farinha no lugar de açúcar (nenhuma consequência para o réu, pois não faz diferença);
* pessoa: matar João pensando que era José (nenhuma consequência para o réu, pois não faz diferença).
Obs.: O erro sob a pessoa não isenta o agente do erro, entretanto, devem ser consideradas as características ou qualidades da vitima virtual e não da vitima real.
Ex.: O sujeito quer matar seu irmão, porém mata o vizinho achando que era seu irmão. Ele será julgado como se tivesse matado seu irmão.
Art. 20, § 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime. 
ERROS DE EXECUÇÃO
Aberratio ictus/ Desvio de Golpe/ Erro de Pontaria: 
Espécie de erro de execução ente pessoas. 
Art. 73: Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado o crime contra aquela, atendendo-se ao disposto no § 3º do art. 20 deste Código. No caso de ser também atingida a pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-se a regra do art. 70 deste Código.
Ex.: Atirar contra o João, porém por erro de pontaria matar José.
Espécies:
- Unidade Simples: atingir apenas quem não se quer;
Consequência – Art. 20, § 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime.
- Unidade Complexa: atingir tanto a vitima querida, quanto a não querida.
Consequência – Art. 70 (concurso formal): Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior.
Parágrafo único - Não poderá a pena exceder a que seria cabível pela regra do art. 69 deste Código.
Concurso de Crimes: 
- Aplicação das penas;
- Concurso material: cada conduta um crime, ou seja, somam as penas de cada crime (art. 69: Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de detenção, executa-se primeiro aquela.);
- Concurso formal: uma conduta resulta em dois ou mais crimes, ou seja, não há a soma das penas, prevalece a mais grave. 
ART. 70:
Regra: mais grave das penas aumentada de 1/6 e ½
Exceções: 
1) Dolo: somatória (art. 69);
2) Concurso material benéfico. 
Aberratio criminis:
- Erro de execução entre pessoa e coisa;
- Ex.: Um sujeito quer atingir uma janela, ele atira uma pedra e atinge uma pessoa (unidade simples). Ou ele atinge o vidro e a pessoa (unidade complexa).
Unidade Simples: Consequência – Art. 70 (responder por culpa se previsto em lei);
Unidade Complexa: Consequência – Art. 70. 
* Diferença ente Aberratioictus e Erro sob a pessoa: 
Erro sob a pessoa: existe a falsa percepção mental;
Aberratioictus: vocêsabe que é a pessoa, mas por erro de pontaria atira em outra.
Aula 14: Antijuridicidade
- Contrariedade
 à norma/ lei;
- Presumida;
Ex.: Art. 23: Não há crime quando o agente pratica o fato: 
I - em estado de necessidade;
II - em legítima defesa;
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. Excesso punível
ESTADO DE NECESSIDADE 
- Previsão Legal:
Art. 24, CP: Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio cujo o sacrifício não era exigido. 
Ex.: Ocorre um acidente de trânsito onde duas vitimas são levadas para o hospital em estado grave. Só tem um médico no hospital e este deve escolher qual das vitimas vai salvar.
- Requisitos do Estado de Necessidade (deve-se atender todos)
* Deve existir um perigo atual advindo de comportamento humano, fatos da natureza ou de comportamento animal;
Ex.: Um sujeito está andando pela rua e um cachorro o ataca e ele por sua vez mata o cachorro para se proteger. 
Ex.: Ocorre uma enchente e dois sujeitos estão prestes a ser levados por ela. Um individuo tem uma corda e irá ter que escolher qual dos dois sujeitos irá salvar.
* Situação de perigo não causada voluntariamente pelo agente;
* Agir para salvar direito próprio ou alheio;
Quando se salva o direito do alheio tem-se o estado de necessidade de terceiro e quando se salva o direito próprio tem-se o estado de necessidade próprio
* Obs.: Algumas carreiras que lidam com situação de perigo (policiais, bombeiros, etc.) não agem em estado de necessidade, mas escrito cumprimento do dever legal.
Art. 24, § 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo
Ex.: Um bombeiro para salvar uma vitima dentro de uma casa pegando fogo quebra uma janela pra entrar na casa, ele não irá responder por isso. 
* Inevitabilidade do comportamento lesivo;
Ex.: Ocorre um acidente de trânsito onde duas vitimas são levadas para o hospital em estado grave. Só tem um médico no hospital e este deve escolher qual das vitimas vai salvar.
* Inexigibilidade do sacrifício do direito ameaçado;
Tem que haver uma proporcionalidade entre o direito salvo e o direito sacrificado 
Ex.: Você tem a opção de salvar uma pessoa ou o gato e você escolhe salvar o gato.
* Requisito subjetivo que é o conhecimento ou ciência de que o sujeito está diante de um perigo atual.
Ex.: Um sujeito vê uma casa pegando fogo e quebra uma das janelas para salvar a pessoa que está lá dentro. 
- Uma causa de estado de natureza muito famosa é o furto famélico, que nada mais é do que furtar um alimento para satisfazer a fome.
LEGITIMA DEFESA
- Previsão legal:
Art. 25, CP: Entende-se em legitima defesa quem, usando moderadamente os meios necessários repele em justa agressão, atual ou iminente a direito seu ou de outrem. 
Diferenças entre Legitima Defesa e Estado de Necessidade:
* Estado de Necessidade:
- É o conflito de dois ou mais bens/ direitos diante de uma situação;
- O perigo decorre de comportamento humano, animal ou fato da natureza;
- O perigo não tem destinatário certo.
* Legitima Defesa:
- Ataque ou ameaça a um bem jurídico;
- O perigo decorre de uma agressão humana;
- O perigo tem destinatário certo.
Requisitos da Legitima Defesa:
* Agressão Injusta;
É o comportamento humano no contrário ao direito que coloca em risco o bem jurídico.
Ex.: Um sujeito agride um individuo e ele por sua vez o agride também para se defender.
* Perigo atual ou iminente;
Atual: presente/ está acontecendo
Iminente: futuro próximo/ está prestes a acontecer
* Uso moderado dos meios necessários;
O meio necessário é o meio menos lesivo que esteja a disposição do agente, porém capaz de repelir injusta agressão
Ex.: Um sujeito rouba o celular de um individuo e este para detê-lo atira em seu pé. Ou seja, não há necessidade de matar o assaltante por causa do celular.
* Para salvar direito próprio ou alheio. 
ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL:
- Sujeito deve estar cumprindo um dever legal;
- Relação de Direito Público;
- Relação de hierarquia, ou seja, de mando;
Obs.: A ausência do estrito cumprimento gera excesso.
Art. 23, parágrafo único (Excesso Punível) - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo.
*Excesso é a falta de moderação.
EXERCÍCIO REGULAR DE UM DIREITO: 
- Basicamente usada nas hipóteses do direito esportivo e profissional.
Ex.: MMA ou quando um médico precisa cortar uma pessoa.
Obs.: A ausência do exercício regular gera excesso. 
Ofendículo: mecanismos pré-dispostos tendentes a proteção do patrimônio
Ex.: cerca elétrica, caco de vidro, cachorros, arame farpado, pregos, etc.
Concurso de Agentes/ Concurso de Pessoas
- Art. 29: Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade;
- Adequação típica indireta;
- Praticado por duas ou mais pessoas.
Concurso necessário: necessariamente mais de uma pessoa comete um determinado crime;
Concurso eventual: aquele em que o sujeito pode praticar o crime sozinho, só que eventualmente há o concurso de pessoas. 
Teorias
- Monista: todos os participantes (autor e participe) respondem pelo mesmo crime (ADOTADA PELO CP);
- Dualista: o autor responde por um crime e o participe responde por outro crime;
- Pluralista: cada participante, independentemente de ser autor ou participe, responde por um crime próprio dependendo da natureza de sua contribuição para o crime. 
* Em casos de exceção é aplicada a teoria pluralista (adequação direta).
Ex.: Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque.
Art. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento da gestante.
Requisitos:
Pluralidade de condutas (ação ou omissão);
Relevância causal de cada conduta: conditio sine quanon;
Liame subjetivo: aderência de vontade, porém não se exige um prévio acordo;
Identidade de infração para todos os participantes: todos respondem pelo mesmo crime. 
Espécies:
AUTORIA
Teorias:
Teoria Restritiva: autor é apenas aquele que exercita o verbo do tipo;
Espécies:
Autor propriamente dito – executa sozinho;
Coautor – realiza o verbo do tipo junto com outra pessoa.
Teoria Ampliativa: todos são autores (CP NÃO ADOTA);
Teoria do Domínio do Fato: autor é aquele que tem controle sob o fato delituoso, mesmo que seja parcial (Ex.: crime organizado).
Espécies:
Autor propriamente dito;
Coautor;
Autor intelectual: é o organizador/mandante;
Autor mediato/ indireto: utiliza de 3º pessoa para cometer o crime (Ex.: laranja/ olheiro).
PARTICIPAÇÃO
- Quem não é autor é participe.
Espécies:
Participe Material: constitui uma auxilio material ao delito;
Ex.: Emprestar arma ou veiculo/ campana.
Participe Moral: 
- Incitação: cria no agente uma vontade que não existia;
- Instigação: reforça uma vontade que já existia.
ART. 29, § 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço. 
* Participação de menor importância é a não incitação e não instigação;
* A pena PODE ser diminuída, ou seja, é uma faculdade.
PARTICIPAÇÃO DOLOSAMENTE DISTINTA:
Art. 29, § 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave.
Ex.: Três sujeitos vão furtar uma casa. Dois deles entram na casa e um deles fica do lado de fora apenas cuidando para que ninguém os pegue. Porém, dentro da casa, uma das vitimas reage e um dos sujeitos que esteva dentro da casa atira nessa vitima. Esse agente irá responder por roubo e os outros agentes por furto, já que a intenção dos outros sujeitos era apenas furtar a casa.
Comunicam-se aos demais agentes?
Art. 312: Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo,em proveito próprio ou alheio.
Art. 123: Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após:
Funcionário público – Condição Pessoal.
Estado Puerperal – Condição Pessoal.
REGRA: Não se comunicam, exceção salvo se elementares.
Art. 30:Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime.
Culpabilidade
- Se refere ao sujeito;
- Pressuposto de aplicação de pena.
Elementos:
1º: Imputabilidade: Capacidade que tem o agente de entender o crime e de suportar a pena. Não existe definição legal.
Quem não é Imputável – 3 Fatores:
- Biológico: leva em consideração apenas a causa (ex.: doença mental/ menoridade);
- Psicológico: efeito/ consequência, independentemente da causa (ex.: fanatismo);
- Biopsicológico: uma causa leva a consequência que é a ausência de capacidade (CP ADOTA).
Art. 26: É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Excludentes de Imputabilidade (Cinco causas):
- Doença mental;
- Desenvolvimento mental incompleto;
- Desenvolvimento mental retardado;
- Embriaguez acidental completa. (Caso fortuito ou força maior)
2º: Potencial Consciência da Ilicitude
Art 3 lei de introdução
Capacidade mediana relativa de todas as pessoas de conhecerem a ilicitude do fato, exige uma capacidade potencial de conhecer a ilicitude do fato. 
Art 21 CP
O desconhecimento da lei é inexcusável
Não se prova o desconhecimento, isso é presumido
Causas que excludentes da consciência da ilicitude:
Erro de proibição: causa que vai excluir a culpabilidade, já tem o crime. Falsa percepção da realidade que vai incidir sobre a proibição da conduta. 
Erro de proibição inevitável: aquele em que todas as pessoas na mesma condição do agente incidiriam no erro, ele se torna invencível e desculpável. Haverá exclusão da pena.
Evitável/vencível: se a pessoa tivesse tomado determinado cautela não incidiria no erro. Não é desculpável, indesculpável. Quando se tratar de erro vencível a pena sera reduzida de 1/6 a 1/3. 
Descriminante putativa: é a hipótese em que o sujjeitoo imagina estar numa situação permitida da norma, quando na verdade não. Se for inevitável, haverá diminuição da pena.
3º: Exigibilidade de Conduta Diversa
Não se prova. É presumido.
Prova hipótese em que não haverá conduta diversa, não tinha condições de praticar o bem.
2 circunstâncias em que não haverá aplicação da pena:
Art 22 CP: “...”
1. Coação moral: exclui a culpabilidade. 
2. Coação física: exclui a conduta
Coação irresistível: toda pessoa na mesma condição do agente não suportaria aquela situação, é desculpável. Só irá responder o autor do crime. Exclusão da pena.
Atenuante genérica: art 65 incisco 3 letra C primeira parte do código penal. Se for resistível, diminuição de pena.
Excludente: Obediência hierárquica: 3 requisitos
Existência de um superior e um subordinado
Relação de direito publico
Ordem não manifestamente ilegal: não respondera pelo crime, apenas o autor do crime.

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