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Principio da legalidade ( CF art. 5º XXXlX. e CPB art. 1º ) Não há crime sem lei anterior que o defina e nem pena sem previa cominação legal. Exceções ao Principio: Países de sistema Comum Law, pois o foco não é na lei escrita em sim nos costumes e precedentes. Reação 1º 1907 – Rússia reação 2º Alemanha de Hitler Aspecto Político Serve como garantia do cidadão, para frear as atividades do Estado. Subprincípios Principio da reserva legal: a lei reserva algumas condutas, somente a lei pode definir crimes e cominar penalidades Principio da Anterioridade: a lei tem que ser anterior ao fato, ou seja tem que ser vigente no momento do crime. “Tempus regit actum” O tempo rege o ato Lei Penal no Tempo “Tempus regit actum” - O tempo rege o ato. Tempo quer dizer vigência. Fases de criação das leis Iniciativa- Apresentação do projeto de lei. Discussão- Sobre os meios de aplicação do projeto como, orçamento, comissões, obras etc. Deliberação – É a decisão do poder legislativo. Sanciona ou Veta – O Presidente aprova ou não. Promulgação- É o atestado de existência, ordena-se o cumprimento da lei. Publicação- A lei ganha vigor e capacidade de vincular, nesse caso pode haver “Vacation Legis”. A vigência dura da publicação até a revogação Conflito de Leis no tempo Irretroatividade (art. 5º, XL, da CF) A lei penal é irretroativa regendo apenas fatos futuros, de forma que a ação praticada antes da lei não é considerada pelo Direito Penal. Exceção ao Principio da Irretroatividade: (art. 2º) – Lei penal mais benéfica A lei penal retroagirá para beneficiar o acusado. A lei nova retroage em qualquer momento da persecução penal, e também depois de proferida sentença condenatória definitiva, já na fase de execução. Tanto que o artigo 2º diz: “cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória”. Para que seja encontrada a Lei mais benigna, em principio, basta fazer comparação entre os dispositivos que interessam ao caso. A Lei mais benéfica poderá ser aquela que comina pena de menor duração; a que comina pena de detenção em vez de reclusão; aquela que contenha circunstancias atenuantes; aquela que dá ao fato definição de contravenção e não de crime etc. Ultra-atividade da Lei Penal (art. 3º) Ultra-atividade é a característica das leis denominadas excepcionais ou temporárias, que permite a estas serem aplicadas aos fatos praticados durante a sua vigência, mesmo depois de estarem revogadas. Leis temporárias são as de vigência prefixada, identificada na lei pela expressão: “decorrido o período de sua duração”. Leis excepcionais são aquelas cuja vigência perdura enquanto persistirem as circunstâncias que a determinaram, identificada na lei permanecem validos mesmo se cessado a circunstancias que determinaram. A característica da ultra-atividade é adotada para evitar o retardamento do desfecho do processo, expediente que teria por finalidade frustrar a aplicação da lei penal. Abolitio criminis Art. 2º: Caput: “Ninguém pode ser punido pelo fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.”. “Abolitio criminis”. - 1º Parte – Conceito: Ninguém pode ser punido por uma lei anterior que deixou de considerar uma conduta criminosa. - 2º Parte – Consequências: ~ Execução: significa cessar a pena. * Só tem pena quando não cabe mais recurso (transitada em julgado). ~ Efeitos penais da sentença: Existem vários, porém o principal é a pena. * Também existem os efeitos secundários, por exemplo, a reincidência. Novatio legis in Mellius Código Penal artigo 2º, § Único. “A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.” - 1º Parte – Conceito: Nova lei posterior benéfica de qualquer modo. -2º Parte – Consequência: Aplica-se mesmo em fatos anteriores, mesmo tendo transitado em julgado. Tempo do Crime Código Penal artigo 4º Algumas teorias procuram fundamentar o chamado “tempo do crime”: Teoria da atividade: tempo do crime é o momento da ação ou da omissão Teoria do resultado: tempo do crime acontece quando gera o resultado lesivo por ele causado. Teoria ubiqüidade ou mista: tanto o tempo da ação quanto do resultado.*** Para o Código Penal, prevalece a teoria da atividade (tempo do crime é o momento da ação ou da omissão). Lei Penal no Espaço Território, qual lei se aplica dentro de um território ou fora dele. Princípios Territorialidade – Aplica-se a lei penal brasileiro dentro do território nacional art. 5º do CP Absoluta – aplicação da lei brasileira sempre, sem exceção *Tempera- aplica as leis penais brasileiras, com exceções – Adota-se esta teoria Extraterritorialidade – Aplicação da lei penal brasileira a crimes ocorridos fora de território nacional. Art. 7º do CP Subprincipios - Motivo Nacionalidade – ativa ou passiva – ou o réu é brasileiro ou a vitima Real/defesa – Interesse nacional Justiça universal/ Jurisdição cosmopolita – crimes reconhecidos por toda nacionalidade – se obrigou a reprimir por tratados internacionais Representação ou bandeira - Dentro de embarcações os aeronaves privadas e o crime não foi punido em outro país. Aplicação Crimes ocorridos em outra jurisdição art. 7º, I e II Incondicionada - é aquela que não se condiciona a nenhuma condição (nas hipóteses do inciso I, parágrafo 1º) nada absolutamente nada impede a aplicação na lei penal brasileira. a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil Condicionada- condiciona a condições (parágrafos 2º e 3º) a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir b) praticados por brasileiro c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados Art. 8º Nom bis in idem – não pode ser condenado duas vezes Território Geográfico – natural ou físico – limites de solo, água e ar (mar territorial 12 milhas marítimas, 12 a 24 mil/mar fiscalização, 200 mil/mar zona de exploração econômica) Jurídico – Político – extensão do território nacional – navios ou aeronaves públicas ou que estejam a serviço do Brasil Embaixadas- Imunidades diplomáticas – chefes de missões diplomáticas e suas comitivas especiais, entre outros. O Brasil adota a territorialidade tempera, pois aplica também o direito internacional, ou seja, não é absoluta. Lugar do Crime (art. 6 º, CP) Teoria da atividade: lugar do crime é o local da ação ou da omissão Teoria do resultado: lugar do crime acontece o resultado lesivo por ele causado. Teoria ubiqüidade ou mista: tanto o lugar da ação quanto do resultado. No Brasil adota-se a Teoria ubiqüidade ou mista, aplica-se o principio da territorialidade. Crime Fato Típico: É formado por quatro elementos: - Conduta; - Resultado; - Nexo de Causalidade; - Tipicidade. * É um fato social que advêm de uma conduta e causa um resultado que possui nexo de causalidade que é considerado um crime. Conduta A CONDUTA É IMPRESCINDÍVEL PARA O FATO TÍPICO, OU SEJA, NÃO EXISTE CRIME SEM CONDUTA. - Teoria Clássica/Natural/Mecânica/Causal: Conduta é uma mera movimentação corporal, ou seja, simplesmente é o movimento do corpo. - Teoria da Relevância Social: Só haverá conduta se ela for socialmente relevante. * Relevância social: conceito jurídico indeterminado. - Teoria Finalista: A conduta é a ação ou omissão humana (proveniente da pessoa) consciente, voluntáriae dirigida para uma determinada finalidade. Essa teoria é muito rígida, então criaram outra teoria para amenizar a rigidez da teoria finalista, é chamada de Delito de Bagatela ou Princípio da Insignificância. Ou seja, esse princípio é usado para condutas insignificantes, como um roubo de uma caixinha de fósforo em um mercado. ** Essa teoria é adotada pelo Código Penal. Características da Conduta Finalística: - Advém de uma pessoa: * Física: homem; * Jurídica: Empresa. Crimes contra a ordem econômica financeira, econômica popular: art.173, parag. 5º, CF. (Não foi regulamentado). Crimes ambientais: art. 225, parag. 3º, CF, Lei n.9.605, 12/12/98 (art. 3º: requisitor, art.21 a 24: penas). - Consciente: Os atos devem ser conscientes. Álcool/drogas/doença mental, não afastam a consciência. Mas o sono afasta a consciência. - Voluntária: A conduta deve ser querida. O que afasta a voluntariedade é a coação, que só pode ser física (violência) e não moral (ameaça). Formas de Conduta Finalística: - Ação: Fazer/realização de um ato positivo. * Crimes comissivos: crimes praticados pela ação. - Omissão: O agente deixa de fazer algo. (A omissão natural não tem relevância, o que tem relevância é a omissão normativa). * Crime omissivo próprio/puro: a própria lei descreve a omissão. (art.134, CP). Qualquer pessoa pode cometer esse crime, desde que esteja previsto na lei. Ex.: omissão de socorro. * Crime comissivo impróprio/impuro/ comissivo por omissão: a lei prevê a ação, mas o resultado é previsto pela omissão. Ex.: Mãe quer matar o próprio filho e deixa de alimenta-lo, sendo que ela tem obrigação de cuidado (obrigação legal: cuidado). Apenas pessoas previstas no art.13, parag. 2º, CP (obrigação legal, obrigação contratual e garantidor/garante) podem cometer esse crime. * Crime omissivo de conduta mista: aquele que a lei descreve tanto a ação quanto a omissão. Ex.: art. 169, inc. II, CP. Resultado O RESULTADO NÃO É IMPRESCINDÍVEL PARA O FATO TÍPICO, OU SEJA, EXISTE CRIME SEM RESULTADO. - Teoria Jurídica / Normativa: Resultado é a lesão (ofensa) ou perigo de lesão (ameaça) ao bem jurídico (o que a lei busca proteger, ex.: o bem jurídico do homicídio é a vida) protegido. - Teoria Natural: Resultado é a modificação no mundo exterior (o que é esperado de um crime). * Nem toda conduta possui um resultado. Ex.: atirar e não matar o sujeito. Classificação de Crimes por Resultado: - Crimes materiais/Crime de resultado: aqueles em que a lei prevê e exige o resultado para a consumação. Ex.: Homicídio. - Crime formal/ Consumação Antecipada: é aquele em que a lei prevê o resultado, mas não o exige para a consumação. Ex.: Art. 316, CP: “Exigir para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora ou antes de consumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.”. O resultado previsto é a vantagem indesejada, porém não a exige para consumação. - Crime de mera conduta/Crime sem resultado: é aquele em que a lei sequer faz menção de resultado. Ex.: Art.150, CP: Violação de Domicílio. Não possui previsão de resultado. Nexo de causalidade O NEXO DE CAUSALIDADE NÃO É INDISPENSÁVEL PARA O FATO TÍPICO, OU SEJA, MESMO SEM NEXO DE CAUSALIDADE HÁ CRIME. - É a relação entre a conduta e o resultado, só existe nexo de causalidade se tem resultado; - Identificação se o resultado poderá ser atribuído à conduta; Causa - Ação ou omissão; - Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido (Art.13); - Quem der causa será responsável pelo resultado; - O resultado deve ser atribuído à conduta. TEORIA DA EQUIVALÊNCIA DOS ANTECEDENTES CAUSAIS “CONDITIO SINE QUA NON” - Todas as causa anteriores ao delito são iguais; - Tudo o que contribuir para o resultado é considerado causa para aquele resultado. O que é causa – PROCESSO HIPOTÉTICO. Exemplo: Um homem mata uma mulher. *Analisar o que foi feito antes do resultado: Critica: “regressus ad infinitum.”. As causas são infinitas, porque se pararmos para analisar cada causa, elas terão outros antecedentes que também vão contribuir para o crime. Ex.: Comprar a arma: Compra da arma – Vendedor – Fabricador – Matéria Prima –... Infinito. Então o fabricador e o vendedor também devem ser punidos pelo crime? Não. Apesar da “contribuição” para o crime eles não são punidos, pois o nexo de causalidade não vai se importar com esse ciclo natural, ele vai se preocupar com o normativo (dolo e culpa). Eles não possuíam a intenção de matar. Se não há dolo ou culpa, não há crime. Superveniência causal Concausa – causa paralela ao evento principal. São aquelas causas distintas da conduta principal, que atuam ao seu lado, contribuindo para o resultado. Podem ser anteriores, concomitantes ou posteriores a ação. Espécies de causas Dependentes: originando-se da conduta, insere-se na linha normal de desdobramento causal da conduta. Ex: na conduta de atirar em direção a vitima são conseqüências normais da causa a perfuração do corpo Independentes: é aquela que refoge ao desdobramento causal da conduta, produzindo por si só, o resultado. Ex: simples susto a morte de para cardíaca. Absolutamente independente – não a relação de causalidade – há imputação do resultado – não se origina da conduta Preexistente – existe antes da conduta ser praticada Ex: um ladrão atira em uma pessoa mas ela morre por causa de um envenenamento provocado por alguém em seu café da manha. Concomitante – existe junto mas são independentes. Ex a pessoa esta sendo envenenada no café da manha então ao mesmo tempo entram ladrões em sua casa e atiram matando-a. Superveniente – veio depois do fato principal, conduta. Ex: após o envenenamento, e antes do veneno fazer efeito, um maníaco mata a pessoa a facadas. Relativamente independente – relação com a causalidade – não a imputação do resultado – origina-se da conduta. Preexistente – atuam antes da conduta. Ex: Fulano da um golpe de faca na vitima que é hemofílica e vem a morrer em face da conduta. A hemofilia atuou de forma independente, produzindo por si só o resultado. Mas sem a conduta a hemofilia não teria reagido. Concomitante – existe junto. Ex: Fulano atira na vitima, que assustada sofre um ataque cardíaco e morre. O tiro provocou o susto, indiretamente a morte. Superveniente – veio depois do fato principal. Ex: a vitima de um atentado é levada ao hospital e sofre acidente no trajeto, vindo por este motivo a falecer. Tipicidade A TIPICIDADE É INSISPENSÁVEL PARA O FATO TÍPICO, OU SEJA, SEM A TIPICIDADE NÃO HÁ CRIME. - Chamado também de adequação típica; - É uma adequação/enquadramento entre o fato e a existência de uma norma que define algo como crime. Formas de Tipicidade - Tipicidade direta ou subordinação imediata: Não há necessidade de nenhum elemento para ser norma. Ex.: Art. 121 Caput: Homicídio Simples; Parag. 1º: Homicídio Privilegiado; Parag. 2º: Homicídio Qualificado; Parag. 3º: Homicídio Culposo; Parag. 4º: Aumento da pena; Parag. 5º: Perdão Judicial; Parag. 6º: Aumento da pena; Parag. 7º: Aumento da pena no feminicídio. - Tipicidade indireta ou subordinação mediata: Precisa-se de uma norma de reenvio ou de extensão. Ex.: João quer matar Gabriel, então João fala com Rodrigo sobre seu desejo de matar Gabriel e Rodrigo o induz a matar e ainda lhe da à arma. João mata Gabriel: João é preso por homicídio (tipicidade direta); Aplica-se a norma de reenvio ou extensão para Rodrigo (tipicidade indireta). TIPO - Tipicidade não pode ser confundida com tipo; - Tipo é um dado imprescindível para a caracterização de um crime; - Tipo é o conjunto dos elementos que descrevem o crime. Ex.: Art. 121: “Matar alguém.”. Existem dois elementos nesse artigo (Elemento um: “matar”; Elemento dois: “alguém”). Ou seja, tipo é a quantidade de palavras que descrevem o crime. *Atipicidade: ausência de um elemento que descreve um crime. Elementos do Tipo - Objetivo: Possui caráter descritivo.Descreve o fato de forma objetiva. Pode descrever: conduta (o que descreve é o verbo), pessoa, lugar, tempo. - Subjetivo: * Finalidade especial do agente; Ex.: Art. 307. Dica: No artigo terá expressões como: “com a finalidade de...”, “com o objetivo de...”, “afim de...”. * Estado de consciência. Ex.: Art. 130. Dica: No artigo terá expressões como: “sabe...”, “deveria saber...”. - Normativo: Juízo de valor (educação, etc.). * Jurídica: lei (ex.: art. 327, CP). * Extra- Jurídica. TIPO NORMAL: Quando só possui o elemento objetivo. TIPO ANORMAL OU INCONGRUENTE: Quando só possui elementos objetivos e/ou subjetivo e normativo. TIPO DOLOSO - Dolo; - Art. 18, inc. I; - Vontade de cometer o crime e assume o risco do resultado; - O dolo é regra do Código Penal; - Os crimes previstos no Código Penal são dolosos. * Teoria Subjetiva/Vontade: Dolo é a vontade de cometer um crime. Essa teoria é adotada pelo Código Penal; * Teoria da Representação: Dolo é a mera representação mental do resultado, independentemente da vontade. Essa teoria não é adotada pelo Código Penal; * Teoria do Consentimento/Ascendimento: O sujeito não quer o resultado, mas ele assume o resultado. Para essa teoria o resultado é indiferente (pode ou não acontecer). O Código adota essa teoria também. Existem duas espécies de dolo: - Direto: é aquele em que o sujeito direciona sua conduta de forma direta para uma finalidade (Teoria Subjetiva/Vontade); - Indireto: não direciona sua conduta para uma finalidade certa; * Eventual: Não quer o resultado, mas o assume (Teoria do Consentimento/Ascendimento) – É adotada pelo Código Penal; * Alternativo: Indica uma opção. Isso ou aquilo. – Não é adotada pelo Código Penal. TIPO CULPOSO - Art. 18, inc. II; - A culpa é a ausência de dolo; - O crime culposo: o sujeito não quer pratica-lo e não assume o risco do resultado. Elementos da Culpa * Conduta; * Resultado; * Nexo de Causalidade; * Tipicidade; * Inobservância de cuidado; * Previsibilidade. - Conduta Culposa: A conduta é a ação ou omissão, proveniente da pessoa (física ou jurídica) consciente, voluntária e dirigida para uma determinada finalidade. Porém, no crime culposo a conduta por si só é lícita penalmente; Ex.: Limpar a arma. - Resultado Culposo: Não existe crime sem resultado culposo, ou seja, ele é obrigatório. O resultado é involuntário e não é assumido (aconteceu acidentalmente); - Nexo de causalidade: relação entre conduta voluntária e resultado involuntário; - Tipicidade: É a adequação de um fato a uma norma. A tipicidade culposa é uma exceção, portanto ela é expressa (tem que estar escrita na lei) – Parágrafo Único, art. 18. - Inobservância do Cuidado Objetivo: * Toda conduta que fazemos na vida é pensando no cuidado; * Inobservância do Cuidado: não observar os cuidados; * Cuidado objetivo: é o cuidado padrão que toda pessoa tem (homem médio). Modalidades da Culpa (Deixa-se de tomar cuidado objetivo através de): * Imprudência: realização de um fato perigoso, que não deveria ser feito; * Negligência: ausência de precaução; deixar de fazer uma coisa que deveria ser feita; * Imperícia: inaptidão para o exercício de uma arte (não é legitimada) ou profissão (é legitimada). - O tipo culposo é aberto, ou seja, precisa de elementos exteriores para caracterizá-lo. Ele se fecha com a descrição da modalidade da culpa, assim o réu pode se defender. - É possível ter uma conduta negligente e imprudente ao mesmo tempo, porém a imperícia só pode ocorrer sozinha. - Em matéria civil é possível à compensação da culpa (cada um arca com o seu próprio prejuízo). Já em matéria penal, isso não é possível, só é possível a concorrência da culpa (os dois respondem pelo crime, tendo cada um uma pena). - Previsibilidade: Ao praticar uma conduta deixando de observar o cuidado objetivo, é previsível a ocorrência de um resultado. Ela também deve ser objetiva (padrão). Espécies de Culpa - Culpa própria: é a culpa comum, decorrente de negligência, imprudência ou imperícia; - Culpa imprópria: é aquela que decorre de um erro evitável, ou seja, um erro que poderia ser evitado se tivesse tomado o devido cuidado; - Culpa Inconsciente: também é a culpa comum, decorrente de negligência, imprudência ou imperícia; - Culpa Consciente: é aquela onde o resultado é mais do que previsível, é quase certo, porém o sujeito acredita em uma habilidade própria. Ex.: Atirador de facas em um circo. CRIME PRETERDOLOSO/ PRETERINTENCIONAL - Crime além do dolo; - É uma espécie de um crime qualificado pelo resultado, onde se tem a conduta inicial dolosa e a final culposa. Inter Criminis - Caminho do crime; - Caminho lógico e necessário. Caminho do crime: * Cogitação; * Preparação; * Execução; * Consumação (nem sempre ocorre). - Cogitação: Fase mental do agente, não há conduta e nem punição; - Preparação: É uma fase exterior, ou seja, sai do intelecto do agente. Não há ataque ao bem jurídico. Exteriorização da conduta. Em regra a preparação é impunível. Só irá puni-la quando a lei determinar (exceção). Ex.: Portar instrumentos destinados à falsificação de moedas. O agente vai ser punido para evitar que o crime aconteça; - Execução: Ataque ao bem jurídico. É punível; - Consumação: Crime acabado/ pronto, ou seja, reunir todos os elementos do crime (art. 14, inc. I). Modalidades/ Momentos Consumativos Crime material: se consuma com o resultado; Crime formal: se consuma com a conduta; Crime de mera conduta: se consuma com a conduta; Crime doloso: se consuma com o resultado; Crime preterdoloso: se consuma com o resultado qualificador/final; Crime omissivo próprio: se consuma com a omissão; Crime comissivo impróprio: se consuma com o resultado; Crime omissivo de conduta mista: se consuma com a omissão; Crime habitual: se consuma com a constância de habitualidade; * É um crime que depende da habitualidade e constância. Ex.: manter uma casa de prostituição; Crime Permanente: se consuma com a constância de permanência. Ex.: sequestro. Tentativa - Art. 14, inc. II; - Tipicidade; - A tentativa é uma norma de extensão ou reenvio; Ex.: TIROS NA VITIMA (não morreu) –> Norma de Extensão (art. 14, II: tentativa) –> Art. 121 (matar alguém). - Não é possível fazer a adequação direta. Elementos da Tentativa: - Inicio da Execução: ataque ao bem jurídico; - Não consumação: o crime não pode estar acabado/ pronto, ou seja, não há a junção de todos os elementos; - Circunstâncias alheias à vontade do agente: são circunstâncias que fogem do controle do agente. Espécies de Tentativa: - Imperfeita: é aquela onde o agente não consegue desenvolver todos os atos que ele queria (circunstância alheia); - Perfeita/Crime Falho: é aquela onde o agente consegue realizar todos os atos que ele tinha a sua disposição; - Branca/ Incruenta: é aquele onde o agente não atinge o bem jurídico, porém realiza o ato de execução. Ex.: Errar o tiro. Punição da Tentativa: Teoria da Vontade: - Leva em consideração a vontade; - As penas seriam iguais tanto em crimes tentados quanto em crimes consumados; - NÃO É ADOTADA. Teoria Sintomática: - Leva em consideração a periculosidade do agente (o quanto ele é perigoso na sociedade); - As penas seriam iguais tanto em crimes tentados quanto em consumados; - NÃO É ADOTADA. Teoria Objetiva: - Leva em consideração o grau de exposição do bem jurídico; - As penas são diferentes entre crimes tentados e consumados; - É ADOTADA; - Punição: art. 14, paragrafo único: “Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao consumado, diminuída de um a dois terços.”. Punição: - Não existe uma pena certa; - Pena diminuída; - Quando a lei quiser, em caso de crimes extremamente graves, ela pode punir a tentativa com a mesma pena da consumação (Ex.: crime de atentado). Crimes que não cabem à tentativa: - Crime culposo, porque não há vontade; - Crime preterdoloso; - Crime habitual, porque há constância; - Crime de atentado, porquedepois que esse crime for cometido, a punição não fará diferença. Tentativa Abandonada - Art. 15, CP; - Tipicidade. Elementos da Tentativa abandonada - Inicio da execução: ataque ao bem jurídico; - Não consumação: o crime não pode estar acabado/ pronto, ou seja, não há a junção de todos os elementos; - Circunstâncias próprias: o agente não quer mais cometer o crime, ou seja, ele abandona a tentativa do crime (diferente da tentativa “normal”). Espécies: Desistência Voluntária: - Deixar de prosseguir; - Art. 15: “O agente que, voluntariamente desiste de prosseguir na execução...”; - Diferença: a desistência é um ato negativo, ou seja, o agente deixa de fazer algo; - Só é cabível quando o agente não realiza todos os atos de execução (imperfeita). Arrependimento Eficaz: - Art. 15: “... impede que o resultado se produza...”; - Diferença: o arrependimento é um ato positivo, ou seja, o agente faz algo que deve ser na contra mão da consumação do delito; - Só é cabível quando o agente realiza ou não todos os atos de execução, desde que ele promova uma atitude contrária a consumação. * Às vezes um ato de execução já é necessário para a consumação do crime. Características em comum entre as espécies: - Voluntariedade (diferente de espontaneidade): pode ser orientado/ pedido/suplicado. Não há obrigação. - Eficácia: não consumação; Art. 65. - Consequências: art. 15, CP. Crime Impossível/ Inadequada/ Inidônea - Art. 17; - Não se pune a tentativa, porque é impossível a consumação. Motivos/Hipóteses: - Ineficácia do meio: o meio empregado pelo agente é ineficaz; - Impropriedade do objeto: * Jurídico: bem jurídico que a lei tenta proteger. * Material: pessoa ou coisa que o crime ataca/ afeta. -> Nem todo crime tem objeto material Ex.: Falso testemunho ou ato obsceno. -> Podem ser relativa (ex: tiro falhar) ou absoluta (arma quebrada). - Hipótese do Flagrante Preparado (Súmula 145 STF): Ex.: Impedir o crime de aborto. * Flagrante Esperado: a polícia está esperando/ é valido. Punição: - Teoria Objetiva Absoluta: qualquer ineficácia ou qualquer impropriedade serve para crime impossível e, portanto para a não punição (NÃO É ADOTADA); - Teoria Objetiva Temperada: somente a ineficácia ou impropriedade absoluta serve para crime impossível e, portanto para a não punição (É ADOTADA). Aula 13: Erro de Tipo - A essência do erro é a culpa; - Erro não se confunde com ignorância; - Ignorância: É a completa ausência de conhecimento. Ela não pode ser alegada no Direito. Dispositivos de Proibição do Alegamento de Ignorância: * Art. 3º, LICC - Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece. * Art. 21, CP - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço. - O que se pode alegar é a existência de um erro; - Erro: É a falsa percepção da realidade. Tipo: * Conjunto de elementos (caput) – dados imprescindíveis – ausência de um elemento: atipicidade. * Formado por circunstâncias (está ao redor): depois do caput Finalidade das Circunstâncias (Erro incide no...) - Dados secundários: irrelevantes. Ex: sujeito quer roubar o celular da Maria, mas se confunde e rouba o de Ana. - Aumento da pena Ex.: Se o furto for durante o repouso norturno - Diminuição da pena Ex.: Furto Privilegiado ERRO ESSENCIAL: Quando um erro inicial incide sobre o elemento. - Erro invencível: é aquele que todas as pessoas na situação do réu cometeriam esse erro (perdoável). Exclui dolo e a culpa, ou seja, o sujeito não responde pelo crime. Ex.: Em uma área de caça o sujeito mata uma pessoa vestida de animal achando que ela era um animal. - Erro vencível: é aquele que se a pessoa tivesse tomado precauções, ele não incidiria sobre o erro (imperdoável). Exclui dolo, mas permite a punição pela culpa se for previsto em lei. Ex. 1: Um sujeito chega a um bar de bicicleta e a deixa do lado de fora. Horas depois, esse individuo, sai do bar bêbado e pega a primeira bicicleta que viu na sua frente, porém esta não era a sua (ele não sabia). Dias depois, a policia bate na porta de sua casa querendo prende-lo por furto. Porém o sujeito não responde pelo crime, pois não existe furto culposo, ou seja, não está expresso em lei. Ex. 2: Na área de caça existem lugares de transição. Sujeito atira em um vulto achando que era um animal, porém era uma pessoa e ela morre. O individuo irá responder por homicídio culposo. ERRO ACIDENTAL: Quando um erro incide sobre dados secundários. Espécies: - Incide sob OBJETO (material) * coisa: subtrair farinha no lugar de açúcar (nenhuma consequência para o réu, pois não faz diferença); * pessoa: matar João pensando que era José (nenhuma consequência para o réu, pois não faz diferença). Obs.: O erro sob a pessoa não isenta o agente do erro, entretanto, devem ser consideradas as características ou qualidades da vitima virtual e não da vitima real. Ex.: O sujeito quer matar seu irmão, porém mata o vizinho achando que era seu irmão. Ele será julgado como se tivesse matado seu irmão. Art. 20, § 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime. ERROS DE EXECUÇÃO Aberratio ictus/ Desvio de Golpe/ Erro de Pontaria: Espécie de erro de execução ente pessoas. Art. 73: Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado o crime contra aquela, atendendo-se ao disposto no § 3º do art. 20 deste Código. No caso de ser também atingida a pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-se a regra do art. 70 deste Código. Ex.: Atirar contra o João, porém por erro de pontaria matar José. Espécies: - Unidade Simples: atingir apenas quem não se quer; Consequência – Art. 20, § 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime. - Unidade Complexa: atingir tanto a vitima querida, quanto a não querida. Consequência – Art. 70 (concurso formal): Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior. Parágrafo único - Não poderá a pena exceder a que seria cabível pela regra do art. 69 deste Código. Concurso de Crimes: - Aplicação das penas; - Concurso material: cada conduta um crime, ou seja, somam as penas de cada crime (art. 69: Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de detenção, executa-se primeiro aquela.); - Concurso formal: uma conduta resulta em dois ou mais crimes, ou seja, não há a soma das penas, prevalece a mais grave. ART. 70: Regra: mais grave das penas aumentada de 1/6 e ½ Exceções: 1) Dolo: somatória (art. 69); 2) Concurso material benéfico. Aberratio criminis: - Erro de execução entre pessoa e coisa; - Ex.: Um sujeito quer atingir uma janela, ele atira uma pedra e atinge uma pessoa (unidade simples). Ou ele atinge o vidro e a pessoa (unidade complexa). Unidade Simples: Consequência – Art. 70 (responder por culpa se previsto em lei); Unidade Complexa: Consequência – Art. 70. * Diferença ente Aberratioictus e Erro sob a pessoa: Erro sob a pessoa: existe a falsa percepção mental; Aberratioictus: vocêsabe que é a pessoa, mas por erro de pontaria atira em outra. Aula 14: Antijuridicidade - Contrariedade à norma/ lei; - Presumida; Ex.: Art. 23: Não há crime quando o agente pratica o fato: I - em estado de necessidade; II - em legítima defesa; III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. Excesso punível ESTADO DE NECESSIDADE - Previsão Legal: Art. 24, CP: Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio cujo o sacrifício não era exigido. Ex.: Ocorre um acidente de trânsito onde duas vitimas são levadas para o hospital em estado grave. Só tem um médico no hospital e este deve escolher qual das vitimas vai salvar. - Requisitos do Estado de Necessidade (deve-se atender todos) * Deve existir um perigo atual advindo de comportamento humano, fatos da natureza ou de comportamento animal; Ex.: Um sujeito está andando pela rua e um cachorro o ataca e ele por sua vez mata o cachorro para se proteger. Ex.: Ocorre uma enchente e dois sujeitos estão prestes a ser levados por ela. Um individuo tem uma corda e irá ter que escolher qual dos dois sujeitos irá salvar. * Situação de perigo não causada voluntariamente pelo agente; * Agir para salvar direito próprio ou alheio; Quando se salva o direito do alheio tem-se o estado de necessidade de terceiro e quando se salva o direito próprio tem-se o estado de necessidade próprio * Obs.: Algumas carreiras que lidam com situação de perigo (policiais, bombeiros, etc.) não agem em estado de necessidade, mas escrito cumprimento do dever legal. Art. 24, § 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo Ex.: Um bombeiro para salvar uma vitima dentro de uma casa pegando fogo quebra uma janela pra entrar na casa, ele não irá responder por isso. * Inevitabilidade do comportamento lesivo; Ex.: Ocorre um acidente de trânsito onde duas vitimas são levadas para o hospital em estado grave. Só tem um médico no hospital e este deve escolher qual das vitimas vai salvar. * Inexigibilidade do sacrifício do direito ameaçado; Tem que haver uma proporcionalidade entre o direito salvo e o direito sacrificado Ex.: Você tem a opção de salvar uma pessoa ou o gato e você escolhe salvar o gato. * Requisito subjetivo que é o conhecimento ou ciência de que o sujeito está diante de um perigo atual. Ex.: Um sujeito vê uma casa pegando fogo e quebra uma das janelas para salvar a pessoa que está lá dentro. - Uma causa de estado de natureza muito famosa é o furto famélico, que nada mais é do que furtar um alimento para satisfazer a fome. LEGITIMA DEFESA - Previsão legal: Art. 25, CP: Entende-se em legitima defesa quem, usando moderadamente os meios necessários repele em justa agressão, atual ou iminente a direito seu ou de outrem. Diferenças entre Legitima Defesa e Estado de Necessidade: * Estado de Necessidade: - É o conflito de dois ou mais bens/ direitos diante de uma situação; - O perigo decorre de comportamento humano, animal ou fato da natureza; - O perigo não tem destinatário certo. * Legitima Defesa: - Ataque ou ameaça a um bem jurídico; - O perigo decorre de uma agressão humana; - O perigo tem destinatário certo. Requisitos da Legitima Defesa: * Agressão Injusta; É o comportamento humano no contrário ao direito que coloca em risco o bem jurídico. Ex.: Um sujeito agride um individuo e ele por sua vez o agride também para se defender. * Perigo atual ou iminente; Atual: presente/ está acontecendo Iminente: futuro próximo/ está prestes a acontecer * Uso moderado dos meios necessários; O meio necessário é o meio menos lesivo que esteja a disposição do agente, porém capaz de repelir injusta agressão Ex.: Um sujeito rouba o celular de um individuo e este para detê-lo atira em seu pé. Ou seja, não há necessidade de matar o assaltante por causa do celular. * Para salvar direito próprio ou alheio. ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL: - Sujeito deve estar cumprindo um dever legal; - Relação de Direito Público; - Relação de hierarquia, ou seja, de mando; Obs.: A ausência do estrito cumprimento gera excesso. Art. 23, parágrafo único (Excesso Punível) - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo. *Excesso é a falta de moderação. EXERCÍCIO REGULAR DE UM DIREITO: - Basicamente usada nas hipóteses do direito esportivo e profissional. Ex.: MMA ou quando um médico precisa cortar uma pessoa. Obs.: A ausência do exercício regular gera excesso. Ofendículo: mecanismos pré-dispostos tendentes a proteção do patrimônio Ex.: cerca elétrica, caco de vidro, cachorros, arame farpado, pregos, etc. Concurso de Agentes/ Concurso de Pessoas - Art. 29: Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade; - Adequação típica indireta; - Praticado por duas ou mais pessoas. Concurso necessário: necessariamente mais de uma pessoa comete um determinado crime; Concurso eventual: aquele em que o sujeito pode praticar o crime sozinho, só que eventualmente há o concurso de pessoas. Teorias - Monista: todos os participantes (autor e participe) respondem pelo mesmo crime (ADOTADA PELO CP); - Dualista: o autor responde por um crime e o participe responde por outro crime; - Pluralista: cada participante, independentemente de ser autor ou participe, responde por um crime próprio dependendo da natureza de sua contribuição para o crime. * Em casos de exceção é aplicada a teoria pluralista (adequação direta). Ex.: Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque. Art. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento da gestante. Requisitos: Pluralidade de condutas (ação ou omissão); Relevância causal de cada conduta: conditio sine quanon; Liame subjetivo: aderência de vontade, porém não se exige um prévio acordo; Identidade de infração para todos os participantes: todos respondem pelo mesmo crime. Espécies: AUTORIA Teorias: Teoria Restritiva: autor é apenas aquele que exercita o verbo do tipo; Espécies: Autor propriamente dito – executa sozinho; Coautor – realiza o verbo do tipo junto com outra pessoa. Teoria Ampliativa: todos são autores (CP NÃO ADOTA); Teoria do Domínio do Fato: autor é aquele que tem controle sob o fato delituoso, mesmo que seja parcial (Ex.: crime organizado). Espécies: Autor propriamente dito; Coautor; Autor intelectual: é o organizador/mandante; Autor mediato/ indireto: utiliza de 3º pessoa para cometer o crime (Ex.: laranja/ olheiro). PARTICIPAÇÃO - Quem não é autor é participe. Espécies: Participe Material: constitui uma auxilio material ao delito; Ex.: Emprestar arma ou veiculo/ campana. Participe Moral: - Incitação: cria no agente uma vontade que não existia; - Instigação: reforça uma vontade que já existia. ART. 29, § 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço. * Participação de menor importância é a não incitação e não instigação; * A pena PODE ser diminuída, ou seja, é uma faculdade. PARTICIPAÇÃO DOLOSAMENTE DISTINTA: Art. 29, § 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. Ex.: Três sujeitos vão furtar uma casa. Dois deles entram na casa e um deles fica do lado de fora apenas cuidando para que ninguém os pegue. Porém, dentro da casa, uma das vitimas reage e um dos sujeitos que esteva dentro da casa atira nessa vitima. Esse agente irá responder por roubo e os outros agentes por furto, já que a intenção dos outros sujeitos era apenas furtar a casa. Comunicam-se aos demais agentes? Art. 312: Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo,em proveito próprio ou alheio. Art. 123: Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após: Funcionário público – Condição Pessoal. Estado Puerperal – Condição Pessoal. REGRA: Não se comunicam, exceção salvo se elementares. Art. 30:Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime. Culpabilidade - Se refere ao sujeito; - Pressuposto de aplicação de pena. Elementos: 1º: Imputabilidade: Capacidade que tem o agente de entender o crime e de suportar a pena. Não existe definição legal. Quem não é Imputável – 3 Fatores: - Biológico: leva em consideração apenas a causa (ex.: doença mental/ menoridade); - Psicológico: efeito/ consequência, independentemente da causa (ex.: fanatismo); - Biopsicológico: uma causa leva a consequência que é a ausência de capacidade (CP ADOTA). Art. 26: É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Excludentes de Imputabilidade (Cinco causas): - Doença mental; - Desenvolvimento mental incompleto; - Desenvolvimento mental retardado; - Embriaguez acidental completa. (Caso fortuito ou força maior) 2º: Potencial Consciência da Ilicitude Art 3 lei de introdução Capacidade mediana relativa de todas as pessoas de conhecerem a ilicitude do fato, exige uma capacidade potencial de conhecer a ilicitude do fato. Art 21 CP O desconhecimento da lei é inexcusável Não se prova o desconhecimento, isso é presumido Causas que excludentes da consciência da ilicitude: Erro de proibição: causa que vai excluir a culpabilidade, já tem o crime. Falsa percepção da realidade que vai incidir sobre a proibição da conduta. Erro de proibição inevitável: aquele em que todas as pessoas na mesma condição do agente incidiriam no erro, ele se torna invencível e desculpável. Haverá exclusão da pena. Evitável/vencível: se a pessoa tivesse tomado determinado cautela não incidiria no erro. Não é desculpável, indesculpável. Quando se tratar de erro vencível a pena sera reduzida de 1/6 a 1/3. Descriminante putativa: é a hipótese em que o sujjeitoo imagina estar numa situação permitida da norma, quando na verdade não. Se for inevitável, haverá diminuição da pena. 3º: Exigibilidade de Conduta Diversa Não se prova. É presumido. Prova hipótese em que não haverá conduta diversa, não tinha condições de praticar o bem. 2 circunstâncias em que não haverá aplicação da pena: Art 22 CP: “...” 1. Coação moral: exclui a culpabilidade. 2. Coação física: exclui a conduta Coação irresistível: toda pessoa na mesma condição do agente não suportaria aquela situação, é desculpável. Só irá responder o autor do crime. Exclusão da pena. Atenuante genérica: art 65 incisco 3 letra C primeira parte do código penal. Se for resistível, diminuição de pena. Excludente: Obediência hierárquica: 3 requisitos Existência de um superior e um subordinado Relação de direito publico Ordem não manifestamente ilegal: não respondera pelo crime, apenas o autor do crime.
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