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ATIVIDADE 4: SEGURANÇA DO PACIENTE: PASSOS PARA A CIRURGIA SEGURA
 
 INTRODUÇÃO
A humanidade conheceu um enorme desenvolvimento. A Cirurgia é um excelente exemplo deste contexto. Com uma história de pouco mais de 500 anos, passou por um grande progresso já nos últimos 50 anos.
No ano de 2008 dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam que foram realizadas 234 milhões de operações no mundo, uma para 25 pessoas vivas. Porém, 75% destas nos países desenvolvidos que contam com apenas 30% da população mundial. Morreram dois milhões de pacientes nesses procedimentos e cerca de sete milhões apresentaram complicações, sendo que 50% das mesmas foram consideradas evitáveis. Mais ainda, de cada 300 pacientes admitidos nos Hospitais morre um paciente. Mais de 50% destes pacientes são cirúrgicos e preveníveis.
 TAREFA
Serão expostas as questões sobre “Segurança do paciente: passos para a cirurgia segura”, onde vocês deverão pesquisar sobre o assunto.
Apresente a meta do desafio “Cirurgia segura salva vidas”
 E melhorar a segurança da assistência cirúrgica no mundo por meio da definição de um conjunto central de padrões de segurança que possam ser aplicados em todos os países e cenários. Grupos de trabalho de especialistas internacionais foram criados para revisar a literatura e as experiências de médicos em todo mundo e para chegar a um consenso sobre práticas de segurança em quatro áreas: trabalho de equipe, anestesiologia, prevenção de infecção do sítio cirúrgico e mensurações dos serviços de saúde. Colaboradores com experiência em cirurgia, anestesiologia, enfermagem, doenças infecciosas, epidemiologia, engenharia biomédica, sistemas de saúde, melhoria de qualidade e outros campos relacionados, assim como pacientes e grupos de segurança do paciente foram recrutados de cada região da OMS; eles próprios solicitaram a participação de médicos e de outras partes interessadas em todo o mundo. 
Descreva como o programa a “Cirurgia segura salva vidas” pretende atingir sua meta? 
A OMS estabeleceu uma meta até o ano de 2020 de redução das taxas de infecção do sitio cirúrgico em 25% o que implicaria em uma significativa queda da morbidade (complicações) e da mortalidade. A infecção hospitalar continua a ser um flagelo particularmente nos países em desenvolvimento. Dentre elas, a infecção urinaria é a mais frequente, porém a infecção cirúrgica (incluindo a do sitio cirúrgico) é a que produz maior mortalidade, complicações e elevação do custo do tratamento. O impacto clinico desse fato implica em elevação da permanência hospitalar em 10 a 15 dias, aumento do risco de re-hospitalizaçao (cinco vezes) de necessidade de Terapia Intensiva (1,6%), duplica a mortalidade e tem um custo estimado nos Estados Unidos de 10 bilhões de dólares por ano. Como meta prioritária para a segurança do paciente de 2006 a 2009 estabeleceu a OMS a melhoria da segurança e a prevenção do erro humano e do efeito adverso.
- A meta do programa é aproveitar o comprometimento político e a vontade médica para resolver importantes temas sobre segurança, incluindo práticas de segurança inadequadas em anestesiologia, infecções cirúrgicas preveníveis e comunicação deficiente entre membros de equipes. Provou-se que estes problemas são comuns, letais e evitáveis em todos os países e cenários.
3. Cite os dez objetivos essenciais para a cirurgia segura, e discorra cada objetivo:
A equipe operará o paciente certo e o local cirúrgico certo.
Embora a cirurgia em local errado ou no paciente errado seja rara, mesmo um incidente isolado pode resultar em dano considerável ao paciente. Há relatos recorrentes e persistentes de cirurgias em locais errados, como nos pulmões e cérebro e de pacientes que tiveram o rim, a glândula adrenal, a mama ou outro órgão removido de forma errada. A atenção que tais eventos invariavelmente atraem na mídia mina a confiança do público nos sistemas de assistência à saúde e nos médicos que proporcionam a assistência.
 A equipe usará métodos conhecidos para impedir danos na administração de anestésicos, enquanto protege o paciente da dor. 
 - Em países desenvolvidos, a anestesiologia está associada a um baixo risco de morbidade séria ou mortalidade. Há, entretanto, poucas informações confiáveis para determinar à verdadeira taxa a mortalidade associada à anestesiologia.
-A mortalidade associada à anestesiologia, particularmente em países em desenvolvimento, é primariamente relacionada a duas causas: problemas nas vias aéreas e anestesiologia na presença de hipovolêmica.
- Estudos também indicam que a técnica deficiente e a falta de treinamento, supervisão e monitorização contribuem para a alta mortalidade. O potencial para que os profissionais aprendam lições sobre mortes preveníveis é limitado em muitos hospitais, pois tais eventos são pouco registrados ou formalmente discutidos. 
3. A equipe reconhecerá e estará efetivamente preparada para perda de via aérea ou de função respiratória que ameacem a vida. 
-A asseguração das vias aéreas de um paciente submetido à anestesiologia geral é o evento isolado mais crítico durante a indução anestésica.
-A mortalidade originada de procedimentos relacionados à anestesiologia freqüentemente pode-se dever à falha para reconhecer e resolver os problemas das vias aéreas e da ventilação que comprometem a oxigenação do paciente.
-Dificuldades com as vias aéreas durante a intubação de emergência podem ocorrer em até 20% dos casos de emergência.
-A incidência de intubação e ventilação fracassada é dez vezes mais alta em anestesiologias obstétricas do que em outros contextos.
-Estas crises relacionadas às vias aéreas resultaram em morte em 58% e em danos cerebrais em 100% dos casos.
- As tentativas persistentes de intubação foram associadas a uma probabilidade maior de morte ou de dano cerebral.
-Um estudo sobre mortalidade associada à anestesiologia nos Países Baixos mostrou uma taxa de mortalidade de 1,4 por 10.000 anestesiologias; das 119 mortes relacionadas à anestesiologia, 12 (10%) estavam associadas ao manejo da ventilação.
4. A equipe reconhecerá e estará efetivamente preparada para o risco de grandes perdas sanguíneas. 
-A perda de um grande volume de sangue, especialmente quando associada à instabilidade hemodinâmica, tem sido claramente associada a resultados cirúrgicos deficientes.
-Alguns procedimentos, tais como, a cesariana ou a cirurgia vascular de grande porte, inevitavelmente envolvem perda sanguínea maciça. Outras circunstâncias também podem predispor um paciente a sangramento extraordinariamente maciço durante uma cirurgia, tais como reoperação ou dissecções sabidamente difíceis. O primeiro passo na atenuação de perda sanguínea durante uma cirurgia é a prevenção.
-A hipovolemia pode ter consequências desastrosas para pacientes cirúrgicos e foi reconhecida como a principal colaboradora na morbidade e mortalidade preveníveis.
-A identificação de hipovolemia potencial ou em curso e a instituição de um plano de ressuscitação são essenciais na redução da morbidade e mortalidade cirúrgicas.
5. A equipe evitará a indução de reação adversa a drogas ou reação alérgica sabidamente de risco ao paciente. 
-Os erros de medicação são problemas importantes em todo sistema de saúde e em todo país e têm aparecido de maneira proeminente em estudos sobre danos iatrogênicos conduzidos nos Estados Unidos e em muitos outros países.
-Em um Projeto da Sociedade Americana de Anestesiologistas, notou-se que os erros na administração de drogas resultaram em sérios problemas, incluindo a morte em 24% e morbidade importante em 34% dos casos revisados.
-As infusões de drogas envolvem outra área de risco potencial, na medida em que os erros podem ocorrer durante a mistura de soluções, no cálculo da concentração e das taxas de infusão e na co-administração de drogas incompatíveis por meio da mesma cânula endovenosa.
6. A equipe usará de maneira sistemática,métodos conhecidos para minimizar o risco de infecção no sítio cirúrgico. 
-As infecções do sítio cirúrgico contribuem para cerca de 15% de todas as infecções relacionadas à assistência à saúde e para cerca de 37% das infecções de pacientes cirúrgicos adquiridas em hospital.
-As infecções de sítio cirúrgico levam a um aumento médio da duração da internação hospitalar em 4-7 dias. Os pacientes infectados têm duas vezes mais chance de ir à óbito, duas vezes mais chance de passar algum tempo na unidade de tratamento intensivo e cinco vezes mais chance de ser readmitidos após a alta.
-Os custos da assistência à saúde aumentam substancialmente para pacientes com infecções do sítio cirúrgico. No Reino Unido, o excesso de custo foi calculado em cerca de ₤ 1.594 por infecção.
7. A equipe impedirá a retenção inadvertida de instrumentais ou compressas nas feridas cirúrgicas. 
- Compressas e instrumentais esquecidos na cavidade cirúrgica tendem a resultar em eventos adversos graves, incluindo infecção, reoperação para remoção, perfuração intestinal, fístula ou obstrução e até mesmo óbito.
-Devido à sua raridade, é difícil estimar a frequência com a qual ocorre; as melhores estimativas variam entre 1 em 5.000 a 1 em 19.000 cirurgias em pacientes internados, mas a probabilidade foi estimada tão alta quanto 1 em 1.000.
-Vários fatores contribuem para que a equipe esqueça matérias na cavidade cirúrgica, mas as evidências apontam para três fatores de risco claros: cirurgia de emergência, alto índice de massa corpórea e uma mudança não planejada na cirurgia.
8. A equipe manterá seguros e identificará precisamente todos os espécimes cirúrgicos. 
-Uma análise dos acionamentos médico-legais por erros em patologia cirúrgica revelou que 8% se deveram a erros “operacionais”. Tais incidentes são acompanhados por atrasos no tratamento, repetição dos procedimentos e cirurgia na parte errada do corpo.
-Em um estudo sobre identificação de erros em espécimes de laboratório de 417 instituições dos Estados Unidos, cerca de 50% se deveram a erros de identificação/ etiquetagem.
-A cada 18 erros de identificação, um resulta em efeitos adversos e, nos Estados unidos, estimou-se que cerca de 160.000 efeitos adversos ocorram anualmente devido a erros de identificação.
9. A equipe se comunicará efetivamente e trocará informações críticas para a condução segura da operação. 
-As falhas humanas mais do que as falhas técnicas são a maior ameaça a sistemas complexos. Embora a falha humana possa ser moderada, não pode ser eliminada.
Os fatores responsáveis por estes erros caem em sete categorias amplas: alta carga de trabalho; conhecimento, habilidade ou experiência inadequada; estrutura deficiente das relações do fator humano; supervisão ou instrução inadequada; ambiente estressante; fadiga mental ou tédio; e mudanças rápidas.
-A Comissão Conjunta relatou que nos Estados Unidos a comunicação era uma causa primordial de cerca de 70% dos milhares de eventos adversos relatados à organização entre 1995 e 2005.
10. Os hospitais e os sistemas de saúde pública estabelecerão vigilância de rotina sobre a capacidade, volume e resultados cirúrgicos. 
-A ausência de dados sobre cirurgia pelas medidas de avaliação da OMS provavelmente contribuiu para falhas no reconhecimento do enorme volume de cirurgias que são realizadas pelo mundo e sua contribuição para incapacidades preveníveis e óbitos.
-A avaliação sobre o sucesso, as falhas e o progresso na prestação e sobre a segurança da assistência cirúrgica depende da informação sobre o estado da assistência. Os médicos, hospitais e sistemas de saúde pública requerem informações sobre a capacidade, volume e resultados cirúrgicos, até o limite viável. Já foi demonstrado que os êxitos em outros campos da saúde pública, como a segurança do parto, redução da transmissão do HIV e a erradicação da poliomielite, dependem da vigilância. A melhora da segurança e do acesso à cirurgia não é diferente.
4- Desde julho de 2004 a Comissão Americana de Acreditação de Organizações de Saúde exige que as organizações acreditadas estejam comprometidas com a aplicação do Protocolo Universal. Qual a relevância deste protocolo e relate, explicando cada passo fundamental: 
E um processo de três etapas no qual cada uma deve complementar a pratica de confirmar o paciente o local da cirurgia e procedimentos corretos.
Etapa Ⅰ- verificação do paciente, local e procedimentos corretos em todas as etapas desde o momento de decisão de opera ate o momento em que o paciente e submetido a cirurgia.
Etapa ⅠⅠ-demarcação de lateralidade .o protocolo estabelece que o local ou locais a serem operados devem ser demarcados.
Etapa ⅠⅠⅠ-pausar a cirurgia e um breve pausa antes da incisão para confirmar o paciente, o procedimento eo local da cirurgia.
5- Construa e apresente um roteiro de Check list cirúrgico, fundamentado na lista de verificação / Check list da OMS.
A equipe operara o paciente certo eo local certo;
A equipe usara métodos conhecidos para impedir danos na administração de anestésico ,enquanto protege o paciente da dor;
A equipe reconhecera e estará efetivamente preparada para o risco de perda de via aérea ou função respiratória que ameaçou a vida.
A equipe, evitara a indicação de reação adversa a droga ou reação alérgica sabiamente de risco do paciente;
A equipe reconhecera e estará efetivamente preparada para o risco de grandes perdas sanguíneas;
A equipe manterá seguros e identificadas precisamente todos os espécimes cirúrgicas;
A equipe se comunicara e trocara informações criticas para a comunicação segura da cirurgia;
A equipe usara de forma sistemática,métodos conhecidos para minimizar o risco de infecção no sitio cirúrgico;
Os hospitais e os sistemas de saúde publica estabeleceram vigilância de rotina sobre a capacidade volume e resultados cirúrgicos;
Referencias 
 Cirurgias Seguras Salvam Vidas Manual Aliança Mundial para a Segurança do Paciente - Segundo Desafio Global para a Segurança do Paciente. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/seguranca_paciente_cirurgias_seguras_salvam_vidas.pdf 
Artigo científico: Segurança dos pacientes, profissionais e organizações: um novo padrão de assistência à saúde. Disponível em: http://www.cqh.org.br/files/RAS33_seguranca.pdf 
Artigo científico: A cirurgia segura. Uma exigência do século XXI. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/rcbc/v36n4/a01v36n4.pdf

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