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Chiroptera Universidade Federal de Pernambuco Centro de Biociências Ciências Biológicas C. Ambientais Biologia Animal 3 Aline Maria, Laísa Muniz, Marcella Guennes e Marcelle Recife, 28 de setembro de 2017 Chiroptera Reino: Animalia Filo: Chordata Classe: Mammalia Infraclasse: Placentalia Ordem: Chiroptera Subordem: Microchiroptera Megachiroptera (Meredith et al. 2011) - Os chiropteras estão mais aparentados com os carnivoros (cães e gatos) e com os perissodactyla (quadrupedes, como as zebras e cavalos). - Divide-se em morcegos propriamente ditos (subordem Microchiroptera) e raposas-voadoras (subordem Megachiroptera); null Microchiroptera Megachiroptera Chiroptera - Os megamorcegos (Megachiroptera)– mais conhecidos como raposas-voadoras – não ocorrem no Brasil e apresentam apenas uma familia (pteripodidae) com apenas 150 espécias distribuidas no velho mundo, têm uma excelente visão e se alimentam de frutas e néctar. - Os micromorcegos (Microchiroptera)- ocorrem no Brasil, têm como principal característica a ecolocalização e um apetite por insetos e sangue. Relacionamento filogenético: Morfologia → Polifilético Genética → Monofilético Chiroptera - Hipoteses dos relacionamentos filogeneticos: 1ª) considera os caracteres morfologicos e relaciona os Megachiroptera aos primatas; 2ª) informações genéticas, que demonstram um monofoletismo no grupo. 20 famílias 1 Megachiroptera 19 Microchiroptera No mundo: Regiões tropicais America central e do sul Chiroptera 1308 espécies → 22% das espécies de mamíferos Rodentia (roedores) 2.368 espécies (40% dos mamiferos) (Reis et al. 2007, ITIS, 2017) null Grutas ou caverna Minas Árvores e dentro de seus troncos Construções abandonadas ↑ úmidade ↓ luminnosidade Chiroptera - No geral os morcegos habitam lugares úmidos e com pouca luminosidade - Não ocupam geralmente o mesmo abrigo durante todo o ano, chegando a fazem migrações a centenas de km 9 famílias 64 gêneros 167 espécies Emballonuridae (15) Phyllostomodae (90) Mormoopidae (4) Noctilionidae (1) Furipteridae (1) Thyropteridae (4) Natalidae (1) Molossidae (26) Vespetilionidae (24) Amazônia Cerrado Mata Atlântica Pantanal Caatinga Pampas No Brasil: Chiroptera → Andirá, guandira ou guandiruçu (Reis et al. 2007; IUCN, 2017) - No brasil, são conhecidos como andirá, guandira ou guandiruçu na lingua tupi. null Chiroptera Pygoderma bilabiatum Platyrrhinus recifinus Peropteryx leucoptera Xeronycteris vieirai Micronycteris sanborni 1 - Folha nasal curta 2 - Dentes caninos afiados 3 - Orelha pontiaguda 4 - Propatágio 5 - Úropatágio Chiroptera - Propatágio é uma dobra triangular de pele o qual se estende do ombro ao carpo, formando a margem condutora da asa; - Úropatágio é uma membrana que liga as patas traseiras dos morcegos, normalmente aprisionando a cauda; - Endopatágioa é uma membrana que se estende até as laterais do corpo e as patas null → Únicos mamíferos verdadeiramente voadores Chiroptera cheir (mão) e pteron (asa) - Tem o nome de origem grega que quer dizer cheir (mão) e pteron (asa) null → Únicos mamíferos verdadeiramente voadores Animais noturnos (Ecolocalização) Chiroptera - Como animais noturnos, têm poucos cones na retina, que é uma estrutura relacionada a percepção de cores, porém não são completamente cegos. null → Únicos mamíferos verdadeiramente voadores Animais noturnos (Ecolocalização) Variedade de formas e tamanhos Morcego nariz-de-porco (Craseonycteris thonglongyai) 1,5 a 2 g/ 7,5 cm Raposa-voadora (Pteropus vampyrus) 1,5 a 2 m/ 1,5 kg Chiroptera - Morcego nariz de porco- quando adulto, pesa entre 1,5 e 2 gramas (o peso aproximado de uma moeda de 1 centavo de real). A cabeça e o corpo desse bicho medem em torno de 3 centímetros. Suas asas são proporcionalmente largas: abertas, o morcego mede 7,5 centímetros. Encontrado na Tailândia, foi descoberto nas cavernas do vale do Rio Kwaim, em 1974. Tem vida relativamente longa, em torno de 15 anos, e vive em grupos de até 20 indivíduos. Está ameaçado de extinção. null → Únicos mamíferos verdadeiramente voadores Animais noturnos (Ecolocalização) Variedade de formas e tamanhos Hábitos alimentares variados → frutos, sementes, folhas, néctar, pólen, artrópodes, pequenos vertebrados, peixes e sangue. Polinizadores Dispersores de sementes Predadores de insetos Fornecedores de nutrientes Vetores de doenças silvestres (raiva Chiroptera Os morcegos têm a dieta mais variada entre os mamíferos: frutos, sementes, folhas, néctar, pólen, artrópodes, pequenos vertebrados, peixes e sangue - 70% dos morcegos são insetívoros e a outra maioria são frugívoros - Somente três espécies se alimentam exclusivamente de sangue: são os chamados morcegos hematófagos ou vampiros, encontrados apenas na América Latina. Dessa maneira, contribuem para a estrutura e dinâmica dos ecossistemas, pois atuam como polinizadores, dispersores de sementes, predadores de insetos (incluindo pragas agrícolas), fornecedores de nutrientes em cavernas e vetores de doenças silvestres, dentre outras funções. null Chiroptera Ig Nobel - O que é o ig nobel: O Prêmio IgNobel é um prêmio dado para a descoberta científica mais estranha do ano. Os prémios são entregues a cada outono para honrar estudos e experiências que primeiro fazem as pessoas rir e depois pensar. - Das três espécies de morcegos-vampiros que conhecemos, sabíamos que apenas uma delas se alimentava de sangue humano mas o estudo mostrou agora que outra espécie, o morcego-vampiro-de-pernas-peludas, que só se alimentava do sangue de aves, também passou a consumir sangue humano. os novos hábitos alimentares da espécie "reforçam um cenário de escassez de presas" null Gestação Tática biológica → Controle da fertilização Nas espécies em que o acasalamento ocorre no outono, as fêmeas guardam o sêmen do macho em seu sistema reprodutor para que seus óvulos sejam fertilizados apenas na primavera. Garantir que o nascimento dos filhotes coincida com a maior oferta de frutas e insetos no ambiente em que vivem. Chiroptera Para garantir que as condições externas sejam ideais para receber seu filhote, as mamães-morcego têm táticas biológicas que permitem que elas controlem a fertilização, a implantação do óvulo e o desenvolvimento do feto. Nas espécies em que o acasalamento ocorre no outono, as fêmeas guardam o sêmen do macho em seu sistema reprodutor para que seus óvulos sejam fertilizados apenas na primavera. Em outros casos, o óvulo é fertilizado logo após a cópula, mas a implantação na parede uterina só acontece quando houver condições favoráveis. Em outro processo de adaptação, a fertilização e implantação ocorrem normalmente, mas o feto fica adormecido por um longo período. Em geral, as fêmeas se utilizam dessas táticas para garantir que o nascimento dos filhotes coincida com a maior oferta de frutas e insetos no ambiente em que vivem. null Chiroptera Status de Conservação → 2017 Extinto (1) - Pipistrellus murrayi Criticamente em risco (5) - Coleura seychellensis - Eudiscoderma thongareeae - Murina balaensis - Pteralopex flanneryi - Pteralopex pulchra Pipistrellus murrayi Coleura seychellensis Eudiscoderma thongareeae Murina balaensis Pteralopex flanneryi Pteralopex pulchra (IUCN, 2017) Em perigo (10) Vulnerável (8) EX - Extinto (1) CR - Criticamente em risco (5) EN - Em perigo (10) VU - Vulnerável (8) null Chiroptera (Machado et al. 2016) Lista das espécies de mamíferos ameaçadas de extinção no Brasil e respectivas categorias de ameaça - Ministério do Meio Ambiente, Instrução Normativa nº 3, de 27 de maio de 2003 e Machado et al. (2005) - CR: (Criticamente em Perigo); EN (Em Perigo); VU (Vulnerável). null Curiosidade- Chiroptera Por que os morcegos ficam de ponta- cabeça? Economizar energia na hora de decolar para um vôo Voar gasta muita energia e um dos momentos em que mais se despende energia é durante a decolagem. Estando de cabeça para baixo, alçar vôo torna-se muito mais fácil porque utiliza-se a força da gravidade como impulso. Se essa posição é tão vantajosa, por que os pássaros não ficam pendurados como os morcegos? ≠ na evolução de cada grupo Morcegos têm como ancestrais mais próximos os quadrúpedes, que desenvolveram os membros superiores, enquanto os inferiores foram regredindo. Aves são mais próximas de bípedes, no caso os dinossauros, e mantiveram os membros inferiores funcionais e firmes para correr quando fossem alçar vôo null Referências ITIS- Integrated Taxonomic Information System on-line database. Disponível em: <http://www.itis.gov>. Acesso em: 24 de setembro de 2017. ITO, Fernanda; BERNARD, Enrico; TORRES, Rodrigo A. What is for dinner? First report of human blood in the diet of the hairy-legged vampire bat Diphylla ecaudata. Acta Chiropterologica, v. 18, n. 2, p. 509-515, 2016. Disponivel em: <http://www.bioone.org/doi/abs/10.3161/15081109ACC2016.18.2.017>. Acesso em: 24 de setembro de 2017. IUCN Red List of Threatened Species. Version 2017-2. Disponivel em: <www.iucnredlist.org>. Acesso em: 24 de setembro de 2017. MACHADO, Angelo Barbosa Monteiro; DRUMMOND, Gláucia Moreira; PAGLIA, Adriano Pereira. Livro vermelho da fauna brasileira ameaçada de extinção. In: Livro vermelho da fauna brasileira ameaçada de extinção. MMA; Fundação Biodiversitas, 2016. Disponivel em: <http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/comunicacao/publicacoes/publicacoes-diversas/dcom_sumario_executivo_livro_vermelho_ed_2016.pdf>. Acesso em: 24 de setembro de 2017. MEREDITH, Robert W. et al. Impacts of the Cretaceous Terrestrial Revolution and KPg extinction on mammal diversification. Science, v. 334, n. 6055, p. 521-524, 2011. Disponivel em: <http://science.sciencemag.org/content/334/6055/521>. Acesso em: 24 de setembro de 2017. PERACCHI, Adriano Lúcio et al. Ordem chiroptera. Mamíferos do Brasil, v. 1, p. 153-230, 2006. REIS, Nelio R. et al. (Ed.). Morcegos do Brasil. Univesidade Estadual de Londrina, 2007. Disponivel em: <http://www.uel.br/pos/biologicas/pages/arquivos/pdf/Morcegos_do_Brasil.pdf>. Acesso em: 24 de setembro de 2017. null
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