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Instalações de Água Quente Referências • ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (1993). NBR 7198 – Projeto e execução de instalações prediais de água quente. Rio de Janeiro: ABNT, 1993. • MACINTYRE, A. (1996). Instalações Hidráulicas - Prediais e Industriais. 3. Ed. Rio de Janeiro: LTC, 1996. 760p. • As instalações prediais de água quente apresentam uma peculiaridade importante, que normalmente passa despercebida pelo profissional desse campo de trabalho: elas são executadas à temperatura ambiente, mas destinam-se a trabalhar a temperaturas bem mais elevadas, que podem aproximar-se dos cem graus centígrados.Por este motivo, alguns detalhes passam a apresentar importância, tais como: – a dilatação sofrida pelas canalizações (ver, neste capítulo, Tabela 5.6, dedicada à construção de loops que absorvem dilatações); – os diâmetros e velocidades a serem observados nos projetos (diâmetros muito pequenos perdem muita carga; diâmetros muito grandes possibilitam a ocorrência de circulações internas, por convecção); – a perda de calor, vale dizer, perda de energia, cuja conservação vem motivando estudos cada vez mais cuidadosos em todos os campos do conhecimento humano. • As instalações prediais de água quente vêm sendo cada vez mais encaradas como sistema, englobando desde a geração de calor, a armazenagem de água quente até o sistema distribuidor. • A escolha da concepção a ser adotada, envolve a fonte de calor (elétrica, gás e solar são as mais comuns), os materiais dos aquecedores, reservatórios e rede distribuidora, os diâmetros, os volumes e a localização dos diversos componentes no prédio. • As instalações de água quente se classificam em: – Industriais: são instalações específicas e relacionadas com os equipamentos a que se destinam, por meio dos quais se estabelecem as características técnicas quanto ao consumo, pressão e temperatura. – Prediais: englobam a alimentação das peças de utilização e devem ser desenvolvidas com base nas prescrições constantes da NBR 7198:1993 - Instalações prediais de água quente. • O abastecimento de água se faz através de tubulações independentes das de água fria, e pode ser realizado pelos sistemas: – Aquecimento central coletivo: alimentando conjuntos de aparelhos de várias unidades, por exemplo, prédios, hospitais, hotéis, escolas, quartéis e outros; – Aquecimento central privado: alimentando vários aparelhos de uma só unidade, por exemplo, residências e apartamentos; – Aquecimento individual: alimentando um só aparelho, por exemplo, chuveiro elétrico. Dimensionamento dos Aquecedores • A Tabela 5.3 relaciona o consumo diário a 70ºC com a capacidade do aquecedor. • A estimativa de consumo de água quente depende do clima e também do tipo da edificação a que se destina. • Com base nas condições climáticas e nos padrões usuais de higiene do Brasil, tem sido usual prever, para o dimensionamento dos aquecedores, os consumos de água quente constantes da Tabela 5.2. • No entanto, para uso pessoal nas instalações prediais, a água não é utilizada a 70ºC, mas sim misturada com água fria. É para tal condição que o aquecedor deverá ser dimensionado. A Tabela 5.4 mostra um balanço da mistura para um prédio de apartamentos. Dimensionamento das canalizações Vazões das peças de utilização Para o dimensionamento das canalizações é necessário o conhecimento das vazões e pesos relativos de cada peça de utilização. Critério adotado pelo autor, tendo em vista que eventualmente o sistema de água quente poderá funcionar como sistema de água fria. A NBR 7198:1993 não estabelece pesos relativos para as peças de utilização. Segundo a NBR 7198:1993, excetuando-se os casos especiais, deve-se admitir para o dimensionamento das canalizações o funcionamento não simultâneo de todas as peças de utilização por elas alimentadas. Para a estimativa das vazões recomenda-se a aplicação da expressão: onde: Q = Vazão [l/s] C = Coeficiente de descarga = 0,30 l/s P = soma dos pesos correspondentes de todas as peças, ligadas à canalização, suscetíveis de utilização simultânea. PCQ Pressões • No que diz respeito às pressões mínimas de serviço, recomenda- se atender ao descrito para as instalações de água fria. Velocidade máxima • A velocidade nas canalizações não deve ultrapassar o limite superior de 3 m/s estabelecido pela NBR 7198:1993. Perda de carga • Conforme foi visto no Item 2.5.2 do Capítulo 2, existem várias fórmulas empíricas para se calcular a perda de carga. • Embora essa perda seja menor ao se escoar a água quente, alguns projetistas utilizam, para esse fim, as mesmas fórmulas destinadas à água fria. • Os resultados obtidos deixam o cálculo a favor da segurança. Tipos de tubulações Cobre • excelente resistência à corrosão interna e externa (*); • boas características de fluxo à água; • baixos custos de manutenção; • boa ductilidade e durabilidade; • facilidade de emendas e soldas; • baixo peso comparado com outros materiais. (*) Isto não significa que sejam imunes à corrosão; observe a qualidade da água a ser transportada em cada caso. Aço-carbono galvanizado • disponibilidade no mercado; • resistência à corrosão questionável em instalações de água quente; • fácil manejo. CPVC (*) • resistência à corrosão e à oxidação; • boas características de fluxo à água; • grande durabilidade e leveza; • dispensa o uso de isolamento térmico; • facilidade de instalação; • soldagem a frio; • baixos custos de aplicação. (*)Limites de aplicação, quanto à temperatura: 60 m H2O conduzindo água a 80o C; 240 m H2O conduzindo água a 20 o C. Referência: linha Aquatherm Tigre • Outros materiais vêm surgindo no mercado brasileiro, mas sua utilização ainda não se generalizou, ficando restrita a empreendimentos especiais, tais como o polietileno de alta densidade (PAD), o polietileno reticulado (PEX), o polipropileno (PP) e sua variação, denominada PPR. O leitor deve se inteirar a respeito desses materiais. Do ponto de vista dos cálculos hidráulicos, o formulário e os procedimentos apresentados neste livro são suficientes para sua utilização. • PPR: Trata-se do denominado Polipropileno Copolímero Random Tipo 3, produzido por um fabricante nacional. Suas juntas são efetuadas por termofusão. • Os fatores que devem ser considerados no estudo econômico são: – Preço dos tubos – Preço de instalação e montagem – Continuidade do fornecimento na obra – Mão de obra disponível – Transporte – Perda de calor – Facilidade de execução de reparos. Dilatação As instalações de água quente, em função das tensões internas, provocam empuxos nas tubulações que, mesmo para as variações usuais de temperatura, podem atingir valores consideráveis e causar danos às instalações. Para quantificar a ordem das grandezas envolvidas, considere uma tubulação de 30 m de comprimento e D = 1 ½”, submetida a uma variação de temperatura de 55ºC. A dilatação resultante conforme seja o material empregado, por exemplo de cobre e de aço galvanizado, será respectivamente: Coeficiente de dilatação do cobre: 1,7 x 10-5/(m.ºC) Dilatação do cobre: 1,7 x 10-5 x 30 x 55 = 0,03 m Coeficiente de dilatação do aço 1,2 x 10-5/(m.ºC) Dilatação do aço 1,2 x 10-5 x 30 x 55 = 0,02 m Portanto, cuidados especiais devem ser observados para permitir que as dilatações ocorram livremente. Um desses recursos, denominado loop, consiste em introduzir na tubulação um tipo de traçado que absorvao seu efeito. A Tabela 5.6 mostra o arranjo e dimensão para a sua implantação. Ilustrando a especificação de um loop para as tubulações recém consideradas, teremos, ao admiti-las com o diâmetro externo de 1 5/8”: Dilatação com cobre 0,03 m = 1,5 polegada Loop com cobre pela Tabela 5.6 L = 33 in = 84 cm Dilatação com aço 0,02 m = 1 polegada Loop com aço pela Tabela 5.6 L = 18 in = 46 cm Dilatação com cobre 0,03 m = 1,5 polegada Loop com cobre pela Tabela 5.6 L = 33 in = 84 cm Dilatação com aço 0,02 m = 1 polegada Loop com aço pela Tabela 5.6 L = 18 in = 46 cm Isolamento Térmico • A utilização do isolamento se mostra importante porque propicia: – economia de energia: se as perdas térmicas são minimizadas, a necessidade de geração de calor é reduzida. – conforto: mantém a temperatura desejável desde o coletor solar até o ponto de uso da instalação. – estabilidade das estruturas: a redução do fluxo de calor para o reboco impede a ocorrência de trincas, descolamento de pastilhas e outros revestimentos. • Bons isolantes possuem: – Baixos valores de condutibilidade térmica – Baixa densidade – Higroscopia nula – Estabilidade química – Resistência mecânica compatível com a sua utilização – Imunidade a altas diferenças de temperatura – Além disto, devem ser inodoros, imputrescíveis e com alto ponto de fusão • As mais novas tecnologias em isolamento de tubulações em instalações prediais referemse ao uso de espumas flexíveis elastoméricas de células fechadas, especificamente desenvolvidas para instalações de aquecimento e sanitárias. • Para tubulações que ainda não foram instaladas, o isolamento pode ser feito através do uso de coquilhas que são embutidas previamente na tubulação, exigindo um rigoroso controle dimensional no processo de produção. • Representados pela fibra de vidro e pela lã de rocha, tem como características básicas a leveza e a resiliência, isto é, admitem compressão sem deformação permanente e não atacam as superfícies com as quais estão em contato. São incombustíveis e oferecem boa resistência a aplicações e ao manuseio. Para o uso em instalações prediais são conformados em tubos bi-partidos tipo calha. • A utilização de isolantes fibrosos requer proteção contra choques mecânicos e agentes externos. Os revestimentos mais utilizados são alumínio corrugado, chapa de alumínio liso, chapa de aço galvanizado ou galvanizado pré-pintado • Basicamente esses materiais são representados pela vermiculita expandida, que pode utilizada como flocos ou como concreto leve preparado na proporção de cinco partes vermiculita para uma parte de cimento. • A vermiculita, como concreto leve, destaca-se pela facilidade de aplicação no isolamento térmico de tubos embutidos em paredes, bastando apenas executar um rasgo para colocação do tubo, com uma folga perimetral de 2cm, e preencher todo o vazio com vermiculita. Após esse procedimento, executa-se o acabamento convencional. Exercício Resolvido 01 Dimensionar a instalação de água quente para um banheiro situado no último pavimento de um prédio de 10 andares, como mostrado na Figura 5.1. São dados: • número de usuários em cada pavimento: 4 • material das tubulações: Aço carbono galvanizado • altura do pé direito: 3 m Resolução: Aquecedor elétrico Pela Tabela 5.4, o consumo diário por pessoa de água quente a 70ºC, necessária para ser obtida uma mistura na temperatura média de 43ºC, é de 29 litros. Logo, o consumo total de água quente para cada apartamento será: 4 pessoas x 29 litros /(pessoa . dia) = = 116 litros/dia • Pela Tabela 5.3 o consumo diário acima mais próximo é o de 130 litros e corresponde a um aquecedor de 100 litros de capacidade. A título de exemplo, considere-se que dado fabricante de aquecedores elétricos de acumulação produza equipamentos desse tipo com os seguintes limites de aplicação, quanto às pressões que podem suportar: Aquecedor de baixa pressão: Pressão limite = 2 kgf/cm2, equivalente a 20 m H2O Aquecedor de alta pressão: Pressão limite = 4 kgf/cm2, equivalente a 40 m H2O Sendo 6 m o desnível entre a saída da caixa d’água e o 10º pavimento, o posicionamento do aquecedor acima do piso de aproximadamente 2,6 m e o pé direito de 3 m, a coluna estática corresponde ao 5º pavimento será: (6 m – 2,6 m) + (5 andares x 3 m) = 18,40 m Assim sendo, será possível utilizar aquecedores de baixa pressão desse pavimento para cima. Observe que no 4º pavimento a pressão estática já corresponderá a: 18,40 m + 3 m = 21,40 m Serão utilizados, portanto: 1º ao 4º pavimento: aquecedor de alta pressão 5º ao 10º pavimento: aquecedor de baixa pressão Diâmetros das Canalizações Organizando os cálculos em forma de tabelas, teremos: Calculo das perdas de carga Será utilizada a Fórmula Universal (Darcy- Weisbach), em sua forma simplificada, ver Item 2.5.2 do Capítulo 2. As perdas de carga localizadas serão calculadas pelo método dos comprimentos virtuais, vide Item 2.5.3 do mesmo capítulo. Como toda a canalização e conexões são de aço carbono galvanizado, o coeficiente da fórmula, pela Tabela 2.1 no seu valor máximo, será: = 0,0023 Trecho 9-8 Para o diâmetro (1 1/4" = 0,0315 m), o comprimento equivalente será: 1 entrada de Borda 0,90 1 registro de gaveta aberto 0,20 2 cotovelos 90º 2,34 1 tê saída lateral 1,71 tubos = (36 – 33) + 10 + (33 – 32,33) 13,67 L [m] 18,82 Então, para a vazão (0,85 l/s = 0,00085 m3/s), o trecho apresentará a seguinte perda de carga: mhf 01,182,18 0315,0 00085,0 0023,0 5 2 8,9 Calculo das perdas de carga Será utilizada a Fórmula Universal (Darcy- Weisbach), em sua forma simplificada, ver Item 2.5.2 do Capítulo 2. As perdas de carga localizadas serão calculadas pelo método dos comprimentos virtuais, vide Item 2.5.3 do mesmo capítulo. Como toda a canalização e conexões são de aço carbono galvanizado, o coeficiente da fórmula, pela Tabela 2.1 no seu valor máximo, será: = 0,0023 Trecho 8-7 Para o diâmetro (3/4” = 0,0191 m): 1 registro de gaveta aberto 0,10 1 tê de passagem direta 0,12 1 saída de canalização 0,50 tubos conforme mostrado 0,60 L [m] 1,32 Então, para a vazão (0,27 l/s = 0,00027 m3/s) o trecho apresentará a seguinte perda de carga: mhf 09,032,1 0191,0 00027,0 0023,0 5 2 7,8 Calculo das perdas de carga Será utilizada a Fórmula Universal (Darcy- Weisbach), em sua forma simplificada, ver Item 2.5.2 do Capítulo 2. As perdas de carga localizadas serão calculadas pelo método dos comprimentos virtuais, vide Item 2.5.3 do mesmo capítulo. Como toda a canalização e conexões são de aço carbono galvanizado, o coeficiente da fórmula, pela Tabela 2.1 no seu valor máximo, será: = 0,0023 Ramal 6-5 Para o diâmetro (3/4” = 0,0191 m): 1 entrada normal 0,20 1 tê passagem direta 0,12 2 cotovelos 90º 1,40 tubos = 0,60 + (32,60 – 30,60) + 0,60 3,20 L [m] 4,92 Então, para a vazão (0,27 l/s = 0,00027 m3/s), o trecho apresentará a seguinte perda de carga: mhf 32,092,4 0191,0 00027,0 0023,0 5 2 5,6 Calculo das perdas de carga Será utilizada a Fórmula Universal (Darcy- Weisbach), em sua forma simplificada, ver Item 2.5.2 do Capítulo 2. As perdas de carga localizadas serão calculadas pelo método dos comprimentos virtuais, vide Item 2.5.3 do mesmo capítulo. Como toda a canalização e conexões são de aço carbono galvanizado, o coeficiente da fórmula, pela Tabela 2.1 no seuvalor máximo, será: = 0,0023 Ramal 5-3 Para o diâmetro (3/4” = 0,0191 m): 1 tê passagem direta 0,12 tubos conforme mostrado 0,70 L [m] 0,82 Então, para a vazão (0,21 l/s = 0,00021 m3/s), o trecho apresentará a seguinte perda de carga: mhf 03,082,0 0191,0 00021,0 0023,0 5 2 3,5 Calculo das perdas de carga Será utilizada a Fórmula Universal (Darcy- Weisbach), em sua forma simplificada, ver Item 2.5.2 do Capítulo 2. As perdas de carga localizadas serão calculadas pelo método dos comprimentos virtuais, vide Item 2.5.3 do mesmo capítulo. Como toda a canalização e conexões são de aço carbono galvanizado, o coeficiente da fórmula, pela Tabela 2.1 no seu valor máximo, será: = 0,0023 Ramal 3-1 Para o diâmetro (1/2” = 0,0127 m): 1 tê passagem direta 0,08 2 cotovelos 90º 0,94 1 registro globo aberto 4,90 tubos = 1,00 + (32,10 – 30,60) 2,50 L [m] 8,42 Então, para a vazão (0,19 l/s = 0,00019 m3/s), o trecho apresentará a seguinte perda de carga: mhf 12,242,8 0127,0 00019,0 0023,0 5 2 1,3 Perda de Carga Total: Ramal 9-8 ( 1 1/4”) 1,01 Ramal 8-7 ( 3/4”) 0,09 Ramal 6-5 ( 3/4”) 0,32 Ramal 5-3 ( 3/4”) 0,03 Ramal 3-1 ( 1/2”) 2,12 hf [m] 3,57 Verificação das Pressões Disponíveis Será feita para o chuveiro e, evidentemente, o ponto mais desfavorável. Conforme vimos (vide item 3.8.2 do Capítulo 3): Em qualquer caso, a pressão não deve ser inferior a 10 kPa, com exceção do ponto da caixa de descarga onde a pressão pode ser menor que esse valor, até um mínimo de 5 kPa, e do ponto da válvula de descarga para bacia sanitária onde a pressão não deve ser inferior a 15 kPa. Portanto: pressão mínima no chuveiro 10 kPa = 1,0 mH2O pressão mínima no chuveiro: 10 kPa = 1,0 mH2O O seu desnível geométrico até a saída da caixa d’água totaliza: 36,00 – 32,10 = 3,90 m Para ser disponível a pressão mínima requisitada, as perdas não deverão ultrapassar: total admissível de perda: 3,90 – 1,00 = 2,90 m Como a perda de carga existente é maior que a admissível, ou seja: 3,57 m > 2,90 m não haverá pressão para o seu funcionamento. A solução será revisar o diâmetro de algum(ns) sub ramal(is). Iniciando essa revisão pelo ponto conectado diretamente ao crivo do chuveiro, vem: Revisão ramal 3-1 Aumentando o seu diâmetro para (3/4” = 0,019 m), o comprimento equivalente será: 1 tê passagem direta 0,12 2 cotovelos 90º 1,40 1 registro globo aberto 6,70 tubos (sem alteração) 2,50 L [m] 10,72 Então, para a vazão (0,20 l/s = 0,00019 m3/s), o trecho apresentará, agora, a seguinte perda de carga: mhf 35,072,10 0191,0 00019,0 0023,0 5 2 8,9 Revisão da Perda de Carga Total 3,57 – 2,12 + 0,35 = 1,72 m Essa perda de carga é inferior à máxima a admissível (2,90 m). Portanto, os diâmetros anteriores serão os adotados no projeto. Ao ser desenvolvido o restante do cálculo, se no 9º pavimento os diâmetros inicialmente calculados se mostrarem adequados para os ramais revisados, também o serão para os demais andares Termosifão A Figura 5.2 mostra um sistema supridor de água quente, que utiliza uma fonte de calor ligada a um reservatório de água quente, através de tubulação adequada. A fonte de calor pode ser, por exemplo, um coletor solar ou uma serpentina de fogão a lenha, ou um aquecedor a óleo ou a gás. O reservatório de água quente é pressurizado, sendo abastecido a partir de um reservatório de água fria, não pressurizado. Observe a existência do suspiro na saída de água quente, que evita o acúmulo de vapores no reservatório de água quente. Sempre que possível, especialmente em sistemas de aquecimento solar destinados a residências, projetamos as instalações de modo a propiciar a ocorrência do termossifão. Entretanto, muitas vezes isto não é possível, devido às vazões e distâncias a serem vencidas. Em tais casos, a movimentação da água deve ser forçada, utilizando bombas de recirculação, ver Figura 5.3. Aquecimento Solar •O desnível mínimo entre o fundo do reservatório de água quente e o topo dos coletores (A) deve ser de 30 centímetros. •O desnível entre o topo do reservatório de água fria e o fundo do reservatório de água quente (B) não poderá ultrapassar a pressão máxima admissível do equipamento. Verifique este valor com o fabricante do equipamento. •A distância horizontal entre o reservatório de água quente e os coletores solares (C) deverá ser no máximo 5 metros (caso contrário, o termossifão ficará prejudicado e poderá ser necessário utilizar a recirculação através de bombeamento). •O suspiro (D) deverá ser ultrapassar o nível d’água máximo no interior do reservatório de água fria em 1 metro. Aquecedor a gás, do tipo de passagem Aquecedor a gás, do tipo de acumulação
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