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Questionário 1 - Direito Penal

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Questionário de Direito Penal. Parte Geral. 
 
 
1) Qual a função da norma penal incriminadora? 
Tem a função de definir infrações penais, proibindo (crimes 
comissivos) ou impondo (crimes omissivos) a pratica de 
condutas sob ameaça expressa e especifica de pena, e são 
consideradas normas penais em sentido estrito. 
 
2) As normas penais incriminadoras se compõem de 
quais preceitos? 
• Preceito primário: que encerra a norma proibitiva ou 
mandamental, ou, que descreve, com objetividade clareza 
e precisão a infração penal sendo comissiva ou omissiva. 
• Preceito secundário: que representa a cominação 
abstrata, mas individualizada, da respectiva sanção 
penal. 
 
3) Qual é o conceito de Direito Penal? 
Apresenta-se como um conjunto de normas jurídicas que 
tem por objeto a determinação das infrações penais e suas 
sanções correspondentes – penas e medidas de segurança. 
 
4) Como se dividem no Ordenamento Penal brasileiro as 
infrações penais? Qual é o critério relevante que usado 
para diferenciá-las? 
Se dividem em: 
a) Crimes ou Delitos. 
b) Contravenções. 
A diferença relevante é dada pelo artigo 1º da Lei de 
Introdução ao Código Penal: “Considera-se crime a infração 
penal que a Lei comina pena de reclusão ou detenção, quer 
isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com 
pena de multa; contravenção, a infração penal a que a lei 
comina, isoladamente, pena de prisão simples ou de multa, 
ou ambas, alternativa ou cumulativamente”. 
 
 
5) Explique o conceito de normas penais permissivas. 
São aquelas que preveem a licitude ou a impunidade de 
determinados comportamentos. 
 
6) O que são normas penais complementares ou 
explicativas? Forneça um exemplo. 
São aquelas que esclarecem o significado de outras normas 
ou limitam o âmbito de sua aplicação. 
 
7) Explique a classificação da interpretação da lei quanto 
ao modo. 
a) Gramaticas: que leva em conta o seu significado literal 
das palavras contidas na lei. 
b) Teleológica: que busca descobrir o seu significado 
através da análise dos fins a que a lei se destina. 
c) Histórica: que avalia os debates que envolveram sua 
aprovação e os motivos que levaram à apresentação 
do projeto de lei; inclui o anteprojeto, o original, 
modificações, etc. 
d) Sistemática: que busca o significado da norma através 
de sua integração com os demais dispositivos de uma 
mesma lei e com o sistema jurídico como um todo. 
 
8) Conceitue e explique os institutos da interpretação 
analógica e analogia. 
 
 
9) Conceitue e explique o Princípio da Legalidade (ou da 
Reserva Legal). 
A elaboração de normas incriminadores é função exclusiva 
da lei, isto é, nenhum fato pode ser considerado crime e 
nenhuma pena pode ser aplicada sem que antes da 
ocorrência deste fato exista uma lei definindo-o como crime 
o cominando-lhe a sanção correspondente. A lei deve definir 
com precisão e de forma cristalina a conduta proibida. 
 
 
10) Conceitue e explique o Princípio da 
Fragmentariedade. 
O significado do princípio da intervenção mínima ressalta o 
caráter fragmentário do Direito Penal. Este ramo protege 
somente valores imprescindíveis para a sociedade. Não se 
pode utilizar o Direito Penal como instrumento de tutela de 
todos os bens jurídicos. Neste âmbito, surge a necessidade 
de se encontrar limites ao legislador penal. 
 
11) Conceitue e explique o Princípio da 
Irretroatividade da Lei Penal. 
Vige somente em relação a lei mais severa. A lei nova que 
for mais favorável ao réu sempre retroage. As leis 
excepcionais e temporárias também são ultra ativas, ou seja, 
mesmo esgotando seu período de vigência, terão aplicação 
aos fatos ocorridos durante a vigência. 
 
12) Em regra, quem é sujeito ativo no Direito Penal? 
Pessoa Jurídica pode ser sujeito ativo de um crime? 
É a pessoa que comete o crime. Excepcionalmente, as 
pessoas jurídicas poderão cometer crimes, uma vez que CF 
estabelece que condutas e atividades lesivas ao meio 
ambiente sujeitarão os infratores a sanções penais. 
 
13) Quem é sujeito passivo de um crime? 
14) É a pessoa ou entidade que sofre os efeitos do 
delito, a vítima do crime. 
 
15) Conceitue objetividade jurídica de uma infração 
penal. 
É o bem ou interesse que a lei visa proteger quando 
incrimina determinada conduta. 
Ex: Crime de furto, o objeto jurídico é o patrimônio da vítima. 
No homicídio é a vida. 
 
16) O que é o objeto material de uma infração penal? 
É a coisa sobre a qual recai a conduta delituosa. 
Ex: No crime de furto, o objeto material é o bem que foi 
subtraído da vítima (carteira, celular, etc.). 
 
17) Conceitue e explique o que são os crimes 
instantâneos, permanentes, e, instantâneos de efeitos 
permanentes. 
a) Instantâneo: é aquele cuja consumação ocorre em um 
só momento, sem continuidade temporal. 
Ex: Crime de lesão corporal. 
b) Permanente: é aquele cujo momento consumativo se 
prolonga no tempo por vontade do agente. 
Ex: Crime de sequestro. 
c) Instantâneo de efeitos permanentes: é aquele cuja 
consumação se dá em determinado momento, mas 
seus efeitos são irreversíveis. 
Ex: Crime de homicídio. 
 
18) Conceitue e explique os crimes comissivos e 
omissivos. 
a) Comissivo: é aquele praticado através de uma ação. 
Ex: Matar alguém mediante disparos de arma de fogo. 
b) Omissivo: o agente comete o crime ao deixar de fazer 
alguma coisa. Podendo ser: 
• Omissivos próprios ou puros: que se perfazem 
pela simples abstenção, independente de um 
resultado posterior. Ex: omissão de socorro. 
• Omissivos impróprios: nos quais o agente, por 
uma omissão inicial, da causa a um resultado 
posterior, que ele tinha o dever jurídico de evitar. 
Ex: a mãe que tinha o dever de alimentar seu filho, 
que ao deixar de fazê-lo provoca a morte da 
criança. 
 
19) Conceitue e explique os crimes materiais, formais 
e de mera conduta. 
a) Materiais: são aquele sem relação ao qual a lei 
descreve uma ação e um resultado, e exige a 
ocorrência deste para que o crime esteja consumado. 
Ex: Estelionato. 
b) Formais: são aqueles em que a lei descreve uma ação 
e um resultado, mas a redação do dispositivo deixa 
claro que o crime se consuma no momento da ação, 
sendo o resultado mero exaurimento do delito. Ex: 
Crime de extorsão mediante sequestro. 
c) Mera conduta: são aqueles em que a lei descreve 
apenas uma conduta e, portanto, consuma-se no exato 
momento em que está sendo praticada. Ex: Crime de 
violação de domicilio. 
 
20) Qual é o conceito de “crime falho”? 
Ocorre quando o agente percorre todo o “iter criminis” 
(planejamento e ação do crime), mas não consegue 
consumar o crime. 
 
21) Qual é o conceito de crime de ação múltipla (ou 
conteúdo variado)? 
São aqueles em que a lei descreve várias condutas (possui 
vários verbos) separados pela conjugação alternativa “ou”. 
Ex: Crime de participação em suicídio: quando alguém 
induz, instiga OU auxilia outrem a cometer suicídio. 
 
22) Mencione e explique, brevemente, quais são os 
princípios aplicáveis ao Conflito Aparente de Normas. 
Configura-se o conflito aparente de normas quando existe 
uma pluralidade de normas aparentemente regulando um 
mesmo fato criminoso, sendo que, apenas uma delas é 
aplicável. 
a) Princípio da especialidade: se no caso concreto houver 
duas normas aparentemente aplicáveis, aplica-se a 
norma especial. 
b) Princípio da subsidiariedade: havendo duas normas 
aplicáveis, se uma delas puder ser considerada 
subsidiaria em relação a outra, aplica-se a norma 
principal, em detrimento da norma subsidiaria. 
c) Princípio da consunção: quando um fato definido como 
crime atua como fase de preparação ou de execução, 
ou ainda, como exaurimento de outro crime mais grave, 
ficando portando absorvido por este. 
 
 
23)Conceitue e explique o Princípio da Legalidade 
previsto no artigo 1º do Código Penal. 
Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem 
previa cominação legal. 
 
24) Conceitue e explique o Princípio da Retroatividade 
da Lei Penal Benéfica previsto no artigo 2º do Código 
Penal. 
Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de 
considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os 
efeitos penais da sentença condenatória. 
 
25) Com relação a norma penal em branco, como se 
aplica o Princípio da Retroatividade da Lei Penal 
benéfica? 
Quando o complemento da norma penal em branco também 
for lei, a sua alteração benéfica retroagirá. 
Ex: No crime de contrair matrimonio conhecendo a 
existência de impedimento que lhe cause nulidade absoluta, 
o complemento está no art. X do CC. Se houver alteração 
no Código Civil de forma que exclua uma das hipóteses de 
impedimento, aquele que se casou na vigência da lei anterior 
infringindo esse impedimento será beneficiado. 
 
 
26) Explique os conceitos de Lei Excepcional e Lei 
Temporária. 
a) Excepcional: É aquela feita para vigorar em épocas 
especiais. Perdura o período excepcional. Ex: guerra, 
calamidades. 
b) Temporária: é aquela criada para vigorar por 
determinado tempo, estabelecido previamente na 
própria lei. A lei traz no seu texto a data de cessação 
de sua vigência. 
O CP diz que embora cessadas as circunstancias que a 
determinaram ou decorrido o período, aplicam-se elas aos 
fatos praticados durante sua vigência. ULTRA ATIVAS. 
 
27) O Código Penal adotou qual teoria com relação ao 
tempo do crime? Explique a teoria adotada. 
Adotou a teoria da atividade, segundo a qual “considera-se 
praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda 
que outro seja o momento do resultado”. 
 
28) O Código Penal adotou qual teoria com relação ao 
lugar do crime? Explique a teoria adotada. 
Teoria da ubiquidade, que “considera-se praticado o crime 
no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em 
parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o 
resultado”. 
 
29) Explique o que se entende por Território Nacional. 
Todo o espaço que o Estado exerce sua soberania, o solo, 
rios, lagos, mares interiores, baías, faixa do mar ao longa da 
costa (12 milhas) e espaço aéreo (dimensão estatal de 
altitude/Lei 7.565/86). 
 
30) Explique os conceitos de extraterritorialidade 
incondicionada e condicionada. 
Ela é incondicionada quando a lei brasileira é aplicada a 
ocorridos no exterior, sem que sejam exigidas condições. E 
condicionada quando a aplicação da lei brasileira é aplicada 
a fatos ocorridos fora de nosso território dependendo de 
certos requisitos, nas hipóteses do art. 7, II e § 3º do CP. 
 
31) O que é necessário para que a sentença 
estrangeira tenha eficácia no Brasil e possa ser 
executada. 
É necessário o pedido da parte interessada, na hipótese de 
reparação de dano, e para outros efeitos, da existência de 
tratado de extradição com o país cuja autoridade judiciaria 
emanou a sentença, ou, na falta de tratado, de requisição do 
Ministro da Justiça. 
 
32) Explique como é contado o prazo penal e o prazo 
processual penal no ordenamento brasileiro. 
O prazo penal regulado pelo art. 10 do CP, determina que o 
dia do começo se inclui no cômputo do prazo e são 
improrrogáveis. Ex: se uma pena começa a ser cumprida as 
23:30hrs de determinado dia, os 30 minutos restantes serão 
contados como sendo o primeiro dia do cumprimento da 
pena. 
O processual exclui o primeiro dia da contagem e prorrogam-
se até o primeiro dia útil subsequente. Ex: se o réu é intimado 
no dia 10 de abril, o prazo para recorrer começa a ser 
contado apenas no dia 11 de abril, se for dia útil. 
 
33) Qual é o conceito material de crime? 
Pode ser definido como todo fato humano que, propositada 
ou descuidadamente, lesa ou expõe a perigo bens jurídicos 
considerados fundamentais para a existência da 
coletividade e da paz social. 
 
34) Explique o conceito analítico de crime? 
Conceituou-se o crime como a ação típica, antijurídica e 
culpável. 
 
35) Conceitue os elementos e as circunstâncias do 
crime. 
Os elementos são o verbo que descreve a conduta, o objeto 
material, os sujeitos ativos e passivos, inscritos na figura 
prevista na lei penal. Já as circunstancias são determinados 
dados que, agregados à figura típica, tem função de 
aumentar ou diminuir a pena. 
 
36) No dizer de Wezel o que é tipo penal. 
É a descrição concreta da conduta proibida, ou seja, do 
conteúdo da norma penal. 
37) Mencione e explique, brevemente, quais são os 
elementos do fato típico. 
a) Conduta (ação/omissão): 
b) Resultado: 
c) Relação de causalidade: 
d) Tipicidade. 
 
38) Para a Teoria Clássica qual é o conceito analítico 
de crime, e, onde se situa o dolo e a culpa? 
O dolo e a culpa integram a culpabilidade. O dolo é 
normativo, pois tem como requisito a consciência da ilicitude. 
A culpa é composta por imputabilidade e exigibilidade de 
conduta diversa. 
 
39) Para a Teoria Finalista da Ação, qual é o conceito 
analítico de crime, e, onde se situa o dolo e a culpa? 
O crime está relacionado a conduta, ou seja, o que levou a 
pessoa a pratica-lo. O dolo e a culpa fazem parte da 
conduta, e quando ausentes o fato é atípico. O dolo passou 
a ser interpretado sem a ilicitude, deixou de ser normativo e 
passou a ser natural. A culpa deixa de abarcar o dolo, passa 
a ser “pressuposto de aplicação da pena”. 
 
40) Em que hipóteses não ocorre a voluntariedade na 
conduta? 
Nas hipóteses: 
a) Na coação física irreversível, em que o sujeito pratica 
um movimento em decorrência de força corporal 
exercida sobre ele (forçar a assinar um doc., forçar um 
disparo). Nesse caso, só responde pelo crime o coator. 
No caso de coação moral irresistível existe conduta, 
mas se exclui a culpabilidade. 
b) No reflexo, decorrente de reação automática de um 
nervo sensitivo. 
c) Quando o sujeito está dormindo ou sob estado de 
hipnose. 
 
41) Conceitue e explique as formas em que a conduta 
pode exteriorizar-se. 
a) Ação: comportamento positivo: fazer, realizar algo. 
Nessa hipótese, a lei determina um não fazer e o 
agente comete o delito justamente por fazer o que a lei 
proíbe. 
b) Omissão: comportamento negativo: abstenção, um não 
fazer. A omissão pode dar origem a duas espécies de 
crimes (próprios, puros e impróprios e comissivos). 
 
42) Explique quando a omissão é penalmente 
relevante, e, conceitue cada uma das suas hipóteses 
legais (artigo 13§ 2º do CP). 
a) Tenha por lei obrigação de cuidado, proteção e 
vigilância. 
b) De outra forma assumiu a responsabilidade de impedir 
o resultado. 
c) Com seu comportamento anterior, criou o risco de 
ocorrência do resultado. 
 
43) O que é resultado? 
Segundo conceito naturalista, é a modificação do mundo 
exterior provocada pela conduta do agente. É a 
consequência da conduta humana, ou seja, aquilo produzido 
por uma conduta dolosa ou culposa do homem. 
 
44) O que é nexo causal? 
É a relação natural de causa e efeito existente entre a 
conduta do agente e o resultado dela decorrente. 
 
45) Explique qual é o conceito da Teoria da 
Equivalência dos Antecedentes, prevista no artigo 13 
do CP. 
Também chamada de “conditio sine qua non”. Para essa 
teoria, causa é toda circunstancia antecedente, sem a qual 
o resultado não teria acontecido. Toda e qualquer 
contribuição para o resultado é considerada sua causa. 
 
46) Conceitue as causas/concausas dependentes e 
as independentes. 
a) Dependentes: aquelas que se encontram dentro da 
linha de desdobramento normal da conduta. Essas 
causas jamais rompem o nexo causal. Ex: um facada 
provoca uma perfuração em um órgão vital da vítima, 
que provocahemorragia aguda, que provoca a morte. 
b) Independentes: são aqueles que, por si só, produzem 
o resultado, ou seja, que não se incluem no 
desdobramento normal da conduta. Rompe-se o nexo 
causal. 
 
47) Explique cada uma das causas/concausas 
absolutamente independentes, esclarecendo qual é a 
solução final no caso de sua ocorrência. 
a) Preexistente: quando anteriores a conduta. Ex: A que 
matar B e o esfaqueia. Anteriormente C já havia 
envenenado B, que morre em razão disso. A responde 
por tentativa de homicídio e C por homicídio 
consumado. 
b) Concomitantes: quando se verificam ao mesmo tempo 
que a conduta. Ex: uma pessoa está envenenando a 
vítima quando entram bandidos no local e matam a 
vítima com disparos de arma de fogo. 
c) Supervenientes: quando posteriores a conduta. Ex: 
após o envenenamento, cai um lustre na cabeça da 
vítima que morre por traumatismo craniano. 
 
48) Explique cada uma das causas/concausas 
relativamente independentes, e esclareça qual é a 
solução final no caso de sua ocorrência. 
a) Preexistentes: quando anteriores a conduta. Nessa 
hipótese o agente responde pelo crime, pois não rompe 
o nexo causal. Ex: alguém querendo matar a vítima, lhe 
desfere um golpe de faca, golpe que será insuficiente 
para provocar morte, mas por ser hemofílica a vitima 
acaba falecendo por perda de sangue. 
b) Concomitantes: quando se verificam ao mesmo tempo 
que a conduta do agente. Não rompe o nexo causal e 
o agente responde pelo crime. Ex: no exato instante em 
que o agente efetua um disparo contra a vítima, vem a 
sofrer um infarto (em decorrência do susto). 
c) Supervenientes: quando posteriores a conduta. Nesse 
caso, rompe-se o nexo causal e o réu não responde 
pelo resultado, mas somente pelos atos até então 
praticados. Ex: a vítima é alvejada e é colada em uma 
ambulância que se envolve em um acidente e a pessoa 
morre em razão dos novos ferimentos. A causa da 
morte foi o acidente, sendo assim a pessoa que efetuou 
o disparo só responde por tentativa. 
 
49) Explique o que se entende por Tipo Normal? 
É aquele que contém apenas uma descrição objetiva, 
puramente descritiva, como ocorre no homicídio. 
 
50) Explique o que se entende por Tipo Anormal? 
São as descrições legais de fatos que contem não só 
elementos objetivos ligados ao aspecto material do fato, mas 
alguns outros que exigem um julgamento de valor, quer por 
levarem a interpretação de termos jurídicos ou extrajudiciais, 
quer por exigirem a aferição da intenção do agente quando 
pratica a ação. 
 
51) O que são elementos normativos do tipo? 
Exigem, nas circunstancias do fato natural, um juízo de valor 
para que se possa afirmar ter ocorrido a tipicidade. Podem 
referir-se ao injusto, à antijuricidade, como nas expressões 
“indevidamente”, “sem justa causa”. Pode constituir-se em 
um termo jurídico ou extrajurídico.

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