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AULA 5 GERAÇÃO VIAGENS

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14/09/2016
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Centro Universitário do Vale do Ipojuca
transportes2016unifavip@gmail.com (SENHA: Transportes)
PROCESSO DE PLANEJAMENTO DE TRANSPORTES
Objetivos e Metas
▼
Coleta de dados (Pesquisa)
▼
Demanda futura (modelos)
▼
Definir as alternativas que melhor se adaptam a área 
estudada
▼
Implementação do Plano escolhido
INTRODUÇÃO
Para se trabalhar de forma planejada é necessário 
prever demanda;
 ADMINISTRADOR: precisa prever para ter volume de
compras que atenda para o futuro;
 ECONOMISTA: a microeconomia procura o equilíbrio
entre a oferta e demanda;
PREVISÃO DE DEMANDA
Conceitos
 Tempos de Previsão
 Técnicas de Previsão
Prever é a arte e a ciência de predizer,
antecipar eventos futuros, utilizando-se
de dados históricos para uma projeção
futura.
PREVISÃO DE DEMANDA
Conceitos
Tempos de Previsão
 Técnicas de Previsão
Curto Prazo
(Nível Operacional)
Programação de 
semáforos, espaçamento e 
localização de paradas de 
ônibus, freqüência de um 
serviço de ônibus
Médio Prazo
(Nível Tático -nível de projeto)
Elaboração de projeto das 
vias, sinalização e de 
controle eletrônico do 
tráfego.
Desenvolver programas 
para que o sistema 
integrado de transportes 
possa ser desenvolvido 
(rede viárias,infraestrutura
de terminais)
Longo Prazo
(Nível Estratégico)
PREVISÃO DE DEMANDA
 A técnica de previsão “clássica” utilizada para
planejamento de Transportes para uma região é o modelo
sequencial de demanda (modelo 4 etapas).
Conceitos
Tempos de Previsão
Técnicas de Previsão
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MODELO SEGUE UMA SEQUENCIA
1) Determinam a quantidade de viagens
geradas em cada zona de tráfego para
ano de projeto;
2) Determinam a partir do total de viagens
geradas em cada zona, a distribuição das
mesmas entre as demais zonas de tráfego;
3) Definem a distribuição das viagens nos
vários modos de Transporte;
4) Fazem a alocação do fluxo de viagens às
rotas do sistema viário de transportes.
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2
3
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1ª ETAPA:
GERAÇÃO DE VIAGENS
MODELOS DE GERAÇÃO DE VIAGENS
Objetivo
 Prever o número total de viagens que são produzidas
e/ou atraídas por diferentes motivos para cada zona de
tráfego da área de estudo.
Importância do método
 Os seus resultados são o ponto de partida de todo o
procedimento, assim deve-se cuidar para que o
resultado desta etapa seja a mais precisa possível.
TERMOS USADOS
GERAÇÃO = PRODUÇÃO + ATRAÇÃO (de viagens)
 Viagem: É qualquer movimento de um ponto de origem a
um ponto de destino.
 Produção: viagens que se iniciam numa determinada zona
de tráfego;
 Atração: viagens que chegam numa determinada zona de
tráfego;
EXEMPLO
PRODUZIDAS
A
T
R
A
Í
D
A
S
O QUE GERA UMA VIAGEM
Os motivos são extremamente variados refletindo as
diversas atividades das pessoas:
 Trabalho
 Educação
 Saúde
 Compras
 Recreação
 Outros
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FATORES QUE AFETAM NA GERAÇÃO DE VIAGENS
A geração de viagens pode ser diretamente afetada pelo
uso do solo e pelas características socioeconômica da
população na região em estudo.
1. USO DO SOLO
 Os diferentes tipos de uso do solo produzem características
diferentes na geração de viagens.
A. Fins Residenciais
B. Fins Comerciais
C. Fins Educacionais e Recreação
FATORES QUE AFETAM NA GERAÇÃO DE VIAGENS
Fins Residenciais
 área residencial densamente povoada certamente
produzirá mais movimentos de pessoas do que uma
área residencial pouco povoada.
 Maior poder aquisitivo produz maior número de
viagens em veículos particulares
FATORES QUE AFETAM NA GERAÇÃO DE VIAGENS
Fins Comercial e indústria
 Centros geradores de empregos - atrai viagens
 Diferentes tipos de atividades produzem volumes diferentes
de viagens.
Fins educacionais ou de recreação
 Estabelecimentos educacionais - geram grande quantidade
de movimento.
FATORES QUE AFETAM NA GERAÇÃO DE VIAGENS
2. CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICA DAS
RESIDÊNCIAS
 Tamanho das famílias : aumenta a frequência média
de viagens.
 Propriedade de veículos: geram mais viagens
 Renda familiar: possibilidade financeira de poder
pagar por uma viagem.
PRINCIPAIS MODELOS DE PREVISÃO DE GERAÇÃO
DE VIAGENS
1. Fator de Crescimento
2. Taxas de Viagem
3. Classificação Cruzada ou Análise de
Categoria
4. Regressão Linear
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FATOR DE CRESCIMENTO
 Primeiro modelo de geração de viagens utilizado, o valor futuro
do número de viagens para uma determinada zona é estimado
aplicando um fator de crescimento resultando numa equação do
tipo:
Fórmula Geral: Ti = Fi . ti
Onde: 
 Ti = num. de viagens futuras produzidas na zona de tráfego i;
 Fi = fator de crescimento
 ti = num de viagens do ano base (atual).
FATOR DE CRESCIMENTO
 A estimativa do fator de crescimento leva em consideração
a dimensão da população, o nível de renda e o número de
veículos motorizados particulares:
 Pi = população da zona i;
 Ri = renda da zona i;
 Ci = propriedade de veículos na zona i;
 a, f = indicam valores atuais e futuros respectivamente.
FATOR DE CRESCIMENTO
 Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas 
de Pernambuco - CONDEPE/FIDEM
 Prover o estado de Pernambuco de base de dados,
informações e estudos, necessários à produção do
conhecimento e ao acompanhamento da sua realidade
física, territorial, ambiental, socioeconômica,
demográfica, histórica e cultural.
EXERCÍCIO
 Qual o número de viagens para o horizonte planejado,
sabendo-se que para o ano base a população é de 800
pessoas e um total de 1500 viagens/dia.
 População horizonte planejado (1600) - pesquisa
 Fator de crescimento: 1600/800 = 2 
 Fórmula: Ti = Fi * ti
Ti = 2 * 1500
Ti = 3000 viagens/dia
FATOR DE CRESCIMENTO
OBSERVAÇÕES
 É um modelo que trabalha dados agregados
 Utilizado quando não posso utilizar outro método por não
haver pesquisa mais aprofundada dos seus dados
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MÉTODO DAS TAXAS DE VIAGENS
 Este método determina o número de viagens pelo tipo
de ocupação do solo.
 Para cada tipo de atividade define-se uma taxa de
produção e/ou atração de viagens.
 Esta taxa na maioria das vezes relaciona o número de
viagens por unidade de área construída.
MÉTODO DAS TAXAS DE VIAGENS
EXEMPLO
 Considerando uma cidade que tenha aproximadamente
1.115.000 m² de residência, 2.870.000 m² de lojas
comerciais, 1.500.000 m² de prestação de serviços , 870.000
m² de serviço público e 900.000 m² de transporte, estima-
se que a quantidade de viagens geradas será :
 T = 1.115 x 2,4 + 2.870 x 8,1 + 1.500 x 5,2 + 870 x 3,4 + 900 x
4,0 = 40. 281 viagem./dia
MODELO DE USO DO SOLO
Residência
1.115.000
10%
Comercio 
2.870.000
30%
Transporte
900.000
Serviços
1.5000.000
15%
Para 10 anos se prever esse crescimento
As taxas de viagens são as mesmas, as viagens geradas mudam porque a área de 
uso do solo aumentou. 
HIPÓTESES BÁSICAS 
 1. A residência é a unidade básica no processo de
geração de viagens;
 2. A quantidade de viagens realizadas pelos indivíduos
de uma dada residência depende das características
(estrutura familiar / condições econômicas)
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TIPOS DE CATEGORIAS 
1. . Propriedade de veículos:
 Não possui carro / possui 1 carro / possui mais de 1
carro;
2. Renda familiar:
 Dependendo da variação entre o menor e o maior
salário, pode-se ter até 6 classes de salários;
3. Tamanho da familiar:
 Refere-se ao número de adultos empregados ou não na
residência considerada.
ANÁLISE DE CATEGORIAS E CLASSIFICAÇÃO CRUZADA 
Nº de Carros
1 Hab 2 a 3 Hab 4 Hab mais de 5 Hab
(0) Carro H11 H12 H13H14
(1) Carro H21 H22 H23 H24
(2 ou mais) Carros H31 H32 H33 H34
Nº de Habitantes
O total de viagens para cada categoria é dado por :
T = tij x Hij
T = total de viagens produzida na zona i
tij = taxa de produção de viagens por domicílio na categoria “ij”
Hij = Nº de Domicílio da categoria “ij”
Hij = número de unidades por categoria
ETAPAS 
 As taxas de geração de viagens por categoria são
obtidas na fase de coleta de dados.
 Projeta-se o número de domicílios em cada categoria
para o ano horizonte (Di);
 Multiplicando-se a taxa de geração de viagens (t) pelo
número de domicílios previstos para cada categoria.
 Fazer o somatório destes produtos, para todas as
categorias, obtém-se o número de viagens geradas para
cada zona no futuro.
EXEMPLO 1
 Estime a quantidade de viagens produzidas na zona “X”.
Dados:
 Categoria 1: domicílio com três pessoas que possuem um carro
(total de 200)
Taxa diária de produção de viagem: 8,2 viagem/dia.
 Categoria 2: domicílio com duas pessoas que não possuem
carro (total de 40)
Taxa diária de produção de viagem: 1,05 viagem/dia
EXEMPLO 1
 Total de viagens produzida na Zona “x” ?
T = tij x Hij
 T categoria 1 = 8,2 x 200 (residências com 3 pessoas e com 1 
carro)
 T categoria 1 = 1640 viagens
 T categoria 2 = 1,05 x 40 (residências com 2 pessoas e sem 
carro)
 T zona categoria 2 = 42 viagens
 Total de viagens da zona “X” = 1682 viagens
EXEMPLO 2
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VANTAGENS DA ANÁLISE DE CATEGORIA 
 O uso de dados desagregados (modelos baseados nas
pessoas residentes e suas características
sócioeconômicas)
 Pode representar mais realisticamente o
comportamento humano do que os valores zonais;
BOA NOITE!
OBRIGADA!
Centro Universitário do Vale do Ipojuca
transportes2016unifavip@gmail.com (SENHA: Transportes)
REVISÃO
 Fator de Crescimento: estima-se o crescimento das
viagens para uma determinada zona aplicando-se um fator
de crescimento;
 Taxas de Viagens: determina-se o número de viagens pelo
tipo de ocupação do solo, cada tipo de atividade define-se
uma taxa de viagens;
 Análise de Categoria: determina-se o número de viagens
por separando diferentes categorias de residência e
características socioeconômicas , posteriormente, aplica-
se uma taxas de viagens por categoria;
MÉTODO DE REGRESSÃO
 É o modelo matemático mais usados pelos estatísticos para
investigar a relação entre duas ou mais variáveis.
OBJETIVO
 Obter uma equação que tenta estimar a condicional (valor
esperado) de uma variável y, dados os valores de algumas
outras variáveis x.
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TIPOS DE ANÁLISE DE REGRESSÃO
Regressão simples
 Consiste na determinação de uma função envolvendo
apenas duas variáveis:
y = a + bx
 y: variável dependente
 x: variável independente
 a – coeficiente, é o valor de y para x=0
 b – coeficiente, mede o acréscimo que y sofrerá
para uma unidade em x
TIPOS DE ANÁLISE DE REGRESSÃO
Regressão Múltipla
 Consiste na determinação de uma função envolvendo mais
de duas variáveis, sendo uma dependente e as demais
independentes.
y = a0 + a1 x1 + a2 x2... + anxn
 y: variável dependente
 x: variável independente
 a0 – coeficiente linear, é o valor de y para x=0
 a1...an – coeficiente angular, mede o acréscimo que y
sofrerá para uma unidade em x
VARIÁVEIS CONSIDERADAS NA PRODUÇÃO
DE VIAGENS
 Renda
 Propriedade de veículos
 Núm. de residência (População)
 Núm. de pessoas empregadas
 Núm. de pessoas em idade escolar
VARIÁVEIS CONSIDERADAS NA ATRAÇÃO DE
VIAGENS:
Área destinada à industria, comércio e outros
 Núm. de empregos
 Matrículas escolares
DIAGRAMA DE DISPERSÃO
O diagrama de dispersão é um gráfico onde pontos no espaço cartesiano XY
são usados para representar simultaneamente os valores de duas variáveis.
O eixo horizontal do gráfico representa a variável X e o eixo vertical
representa a variável Y.
Procura-se ajustar a melhor função que expresse o relacionamento
entre as variáveis x e y através do Método dos Mínimos Quadrados
(MMQ).
MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS
 É o método de computação matemática pelo qual se
define a curva de regressão.
 Os pontos plotados no gráfico são regredidos a uma reta
que corresponde a menor distância possível entre cada
ponto e a reta.
 Pelo método calcula-se os coeficientes “a” e ‘b” da reta.
y = a + bx
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1. A reta de regressão (obtida pelo MMQ) é uma aproximação da
realidade, ela é um modo útil para indicar a tendência dos dados.
2. A reta obtida é útil (válida) para explicar a relação entre as
variáveis?
3. coeficiente de correlação, indica a força e a direção!
Reta definida pelo
método mínimos
quadrados perfeitos
EQUAÇÃO DA RETA DE REGRESSÃO COEFICIENTE DE CORRELAÇÃO
É a medida do grau de relação entre duas variáveis através de r
(coeficiente de correlação de pearson)
O coeficiente de correlação deve ser usado como uma medida de
força da relação entre as variáveis
O valor de r pode varia entre -1 ≤ r ≤ +1 . Se for zero é nula
0 0,35 0,65 0,95 1,0
Fraca Média Forte
Muito
Forte
-1 -0,95 -0,65 -0,35
Muito
Forte Forte FracaMédia
INTERPRETANDO DO VALOR DE r
r > 0 (Correlação direta) r = 0 (Correlação nula) r < 0 (Correlação inversa)
Como achar o “r”
OU
INTERPRETANDO DO VALOR DE r
 Se R > 0, então as duas variáveis tendem a variar no mesmo
sentido, um aumento da variável x provoca um aumento da
variável y;
 Se R < 0, então as duas variáveis tendem a variar em sentido
negativo, um aumento da variável x provoca uma
diminuição da variável y;
 Se R = 1 ou R = -1, indicam a existência de uma relação
linear perfeita entre x e y, positiva ou negativa,
respectivamente;
 Se R = 0 indica a inexistência de uma relação linear entre x
e y.
COEFICIENTE DE DETERMINAÇÃO/EXPLICAÇÃO
 O coeficiente de determinação é igual ao quadrado do
coeficiente de correlação.
 Mostra o percentual da variação de y que é explicada
pela variação de x.
 r² = 0,91 (91% da variação de y (nº viagens) é explicada
pela variação de x (aumento de renda)).
ETAPAS DO MODELO
1. Coletar dados;
2. Obter o número de geração de viagens atual (ano
base);
3. Correlação de dados socioeconômicos (variáveis
independentes) com as viagens realizadas (variáveis
dependentes);
4. Determinação da função (equações) através de
software estatístico, planilha eletrônica (mínimos
quadrados), que relacionem os dados obtidos das
viagens geradas (ordenadas) no ano base, com as
características socioeconômicas (abscissa) para todas
as zonas de tráfego da área em estudo;
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ETAPAS DO MODELO
5. Verificação do modelo: coeficiente de correlação “r”
indicará o grau de relação entre duas variáveis (teste
de validade estatística);
6. Projeção dos dados socioeconômicos para o ano
horizonte com base em índices de projeção
resultantes de tendências observadas nos censos
populacionais e em apostas de crescimento
econômico;
7. Aplicação dos dados socioeconômicos, projetados
para o ano horizonte, aos modelos de simulação da
demanda de viagens;
EXERCÍCIO
CONCLUSÃO - QUAL USAR????
 A que for possível:
 Orçamento
 Dados disponíveis
 Tempo

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