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Mayara de Paula Moreira
		RA: 201330
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1º VARA CÍVEL DA COMARCA DE ARAÇATUBA SP
Processo nº. 1450/14
Autor: FREDY VIANA
Réu: VEICULAÇÃO RÁPIDA S/A
Ação: INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS
FREDY VIANA, já devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, que move em face de VEICULAÇÃO RÁPIDA S/A, em trâmite perante este juízo, por sua advogada que esta subscreve, ciente das conclusões da r. Sentença de fls., vem, respeitosa e tempestivamente, interpor o presente RECURSO ADESIVO, com fulcro no artigo 997 § 2º, I, do Código de Processo Civil, ao Recurso de Apelação interposto por VEICULAÇÃO RÁPIDA S/A, apresentando as razões anexas, cuja juntada requer.
Termos em que,
Pede e espera Deferimento
Araçatuba, 17 de Outubro de 2016.
Dra. Mayara de Paula Moreira
OAB/SP 201.330
Processo nº. : 1450/14
Recorrente: FREDY VIANA
Recorrido: VEICULAÇÃO RÁPIDA S/A
Origem: 1ª Vara Cível da comarca de Araçatuba
RAZÕES DO RECURSO ADESIVO
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
COLENDA CÂMARA,
ÍNCLITOS JULGADORES,
BREVE SÍNTESE DOS FATOS
	
	FREDY VIANA é autor nos autos do referido processo em epígrafe, que move em face de VEICULAÇÃO RÁPIDA S/A. No presente feito o autor ingressou com a referida ação de indenização por danos materiais e morais decorrentes de difamação por um artigo vinculado na edição de 26 de Janeiro de 2013 no jornal publicado pela empresa ré.
Na exordial o requerente comprovou através de documentos juntados que no dia 26 de Janeiro de 2013, o jornal publicado pela empresa Ré foi responsável por um artigo difamatório referente à sua pessoa aludindo o seguinte: “Que o senhor Fredy Viana, proprietário e diretor da escola Bom Ensino Meninos e Meninas, proferiu ofensas contra um aluno, perante vários colegas, chegando a ser responsável pelo constrangimento daquele quando o colocou de castigo ajoelhado no milho...”. 
Todavia, restou devidamente confirmado que o ocorrido de fato nunca existiu, tratando-se apenas de uma estória advinda de alguma criança da escola. Sentindo-se constrangido pela atitude do jornal o autor pleiteia uma indenização por danos materiais no importe de 700 salários mínimos decorrentes da queda de negócios do requerente, pois como proprietário e diretor de uma escola de ensino, ocasionou-lhe uma série de prejuízos, eis que vários pais transferiram seus filhos da referida escola, bem como restou comprovada a queda das matriculas escolares no início do ano letivo.
Pleiteia também danos morais no valor de 800 salários mínimos, pois os danos atingirem a esfera emocional intima do requerente, devendo ser reparado através de um valor pecuniário para minimizar a dor e o sofrimento causados, uma vez que o trouxeram problemas de saúde advindos após a notícia vinculada no jornal.
Feita a análise dos fatos o M.M Juiz acolheu parcialmente o pedido do autor, na qual julgou parcialmente procedente a Ação de Indenização por Danos Morais e Materiais, condenando a empresa Ré ao pagamento de 420 salários mínimos por danos morais e 300 salários mínimos por danos materiais, mais custas e honorários advocatícios fixados no valor de 20% sobre a soma dos valores das indenizações com base nos artigos 186 e 927 do CC, c.c art.49, I, 50 e 54 da lei nº. 5.250/67, c.c art. 5º X da CF.
Não satisfeito com a sentença, autor ainda deseja recorrer adesivamente da presente decisão para ver sua pretensão julgada como totalmente procedente.
II - DO DIREITO
DO DANO MATERIAL
Deve-se considerar que dano é "qualquer lesão injusta as componentes do complexo de valores protegidos pelo Direito".
Em nosso direito é certa e pacífica a tese de que quando alguém viola um interesse de outrem, juridicamente protegido, fica obrigado a reparar o dano daí decorrente. Basta adentrar na esfera jurídica alheia, para que venha certa a responsabilidade civil.
A Constituição Federal de 1988, em seu art. 5º, V e X, definem o direito relativo à reparação de danos materiais, in verbis:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além de INDENIZAÇÃO POR DANO MATERIAL, MORAL ou à imagem.
X - São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização por dano material ou moral decorrente de sua violação. (grifo nosso).
No caso em tela, o dano à imagem do autor ocasionaram-lhe sérios prejuízos financeiros, pois vários alunos foram transferidos para outras escolas por não confiarem mais no diretor de Ensino acarretando uma grande queda dos negócios do requerente, ocasionando também queda nas matriculas escolares no início do ano letivo, sendo a única forma justa e cabível com a reparação de numerário a título de dano material, o equivalente a 700 salários mínimos proporcionais aos prejuízos sofridos pelo requerente.
Nesse sentido, ensina Washington de Barros Monteiro que:
"Em face, pois, da nossa lei civil, a reparação do dano tem como pressuposto a prática de um ato ilícito. Todo ato ilícito gera para seu aturo a obrigação de ressarcir o prejuízo causado. É de preceito que ninguém deve causar lesão a outrem. A menor falta, a mínima desatenção, desde que danosa, obriga o agente a indenizar os prejuízos consequentes de seu ato." (Curso de Direito Civil, vol. 5, p. 538).
Assim, postos este acontecimentos, restam evidenciados que estão em decorrência do ato intencional praticado pelo requerido no qual resultaram prejuízos ao requerente, resultando desta forma, o dever de indenizar pelos danos cometidos, em virtude da comprovação de sua culpa.
DO DANO MORAL
Com o advento da Constituição Federal de 1988, em seu art.5º, incisos V e X, consolidou-se a indenização dos danos morais em nosso sistema jurídico. Isto porque a dignidade da pessoa humana (direito à honra, ao nome, à intimidade, à privacidade, à liberdade e a imagem) é um dos fundamentos do nosso estado democrático. Assim, em sentido estrito, dano moral é a violação do direito a dignidade, onde qualquer agressão à dignidade pessoal lesiona a honra e constitui dano moral.
Dessa forma em virtude da ocorrência da difamação do artigo publicado pela empresa Ré, atingiram a honra e a integridade física do requerente, em presença de um número indeterminado de pessoas, uma vez o jornal da empresa Ré é bastante circulado na cidade, ou seja, o ato lesivo praticado afetou a personalidade do indivíduo, sua honra, sua integridade psíquica, seu bem-estar íntimo, suas virtudes, enfim, causando-lhe mal-estar ou uma indisposição de natureza espiritual. 
Desta maneira, a reparação, em tais casos, reside no pagamento de uma soma pecuniária, que possibilite ao lesado uma satisfação compensatória da sua dor íntima, para compensar os dissabores sofridos pela vítima, em virtude da ação ilícita do agente causador. 
Assim, vaticina os artigos 186 e 927 do Código Civil, sobre ato ilícito: 
“Art. 186. Aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”. 
“Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (Arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo”.
Parágrafo único. “Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem”. (grifo nosso)
O ilustre Magistrado Clayton Reis, valendo-se das lições de Antônio Chaves, assim doutrina: 
"Dano moral é a dor resultante da violação de um bem juridicamente tutelado sem repercussão patrimonial. Seja a dor física -dor sensação como a denomina; Carpenter -nascida de uma lesão material;seja a dor moral -dor sentimento -de causa material". (Dano Moral, Ed. Forense, RJ, 1992, p. 5).
No mesmo entendimento, o ilustríssimo doutrinador SILVIO DE SALVO VENOSA, ensina em sua obra: 
“Dano Moral é toda e qualquer ofensa ou violação que não venha a ferir os bens patrimoniais, mas aos princípios de ordem moral, é o prejuízo que afeta o ânimo psíquico, moral e intelectual da vítima. Sua atuação é dentro dos direitos da personalidade. Nesse campo, o prejuízo transita pelo imponderável, daí por que aumentam as dificuldades de se estabelecer a justa recompensa pelo dano.”
 (VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil. Responsabilidade Civil. 8.ed. São Paulo, Atlas: 2008, p. 41).
Destarte, todo mal infligido ao estado ideal das pessoas, resultando mal-estar, desgostos, aflições, interrompendo seu equilíbrio psíquico, constitui causa suficiente para a obrigação de reparar o dano moral.
Dessa forma, a indenização pecuniária em razão de dano moral apresenta-se como um lenitivo que atenua, em parte, as consequências do prejuízo sofrido, superando o déficit acarretado pelo dano.
Corroborando com este entendimento, a respeito de questões semelhantes, tem-se o entendimento de nossos Egrégios Tribunais que segue:
RESPONSABILIDADE CIVIL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. USO INDEVIDO DA IMAGEM. FINS COMERCIAIS. AUSÊNCIA DE AUTORIZAÇÃO. DANO MORAL IN RE IPSA. MANUTENÇÃO DO VALOR ARBITRADO PELA SENTENÇA. O banco é parte legítima para a causa em face da aplicação da teoria da aparência. O autor autorizou a captação de suas imagens para programa de televisão mas não para fotografias. Uso indevido da imagem para fins comerciais. Dano moral in re ipsa. Art. 20 do CCB. Súmula 403 do STJ. O valor do dano moral deve ser estabelecido de maneira a compensar a lesão causada em direito da personalidade e com atenção aos princípios da proporcionalidade e da razoabilidade. Mantido o valor arbitrado na sentença. Agravo retido e apelações não providas. (Apelação Cível Nº 70040718629, Décima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Marcelo Cezar Muller, Julgado em 28/08/2014).
(TJ-RS - AC: 70040718629 RS, Relator: Marcelo Cezar Muller, Data de Julgamento: 28/08/2014, Décima Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 11/09/2014).
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. DANOS MORAIS. DIFAMAÇÃO E INJÚRIA. OFENSA À HONRA E À IMAGEM. REQUISITOS. COMPROVAÇÃO. QUANTUM INDENIZATÓRIO. MANUTENÇAO. Comprovados os requisitos ensejadores do dever indenizatório, impõe-se a obrigação, pois a conduta culposa do agente, pautada em comentários levianos e imorais, afrontou o direito à inviolabilidade da honra e da imagem da vítima. A repercussão psico-social do dano moral, decorrente de ofensa à honra e à imagem da pessoa, é presumível não necessitando de prova atinente a prejuízo material. A indenização deve ser arbitrada sempre com moderação, tendo em vista a dor moral, não podendo se constituir em enriquecimento do beneficiário ou ser causa da desestabilidade financeira do causador do dano (TJMG, AC n. 1.0024.04.383525-5/001, de Belo Horizonte, rel. Des. Domingos Coelho, j. em 12-7-2006).
Evidente, pois, que devem ser acolhidos os danos morais suportados, visto que, em razão de tal fato, decorrente da culpa única e exclusiva da empresa Ré, por ter sua moral afligida, por te sido exposto ao ridículo e sofrer constrangimentos de ordem moral, o que inegavelmente consiste em meio vexatório.
III - DO PEDIDO
Diante do exposto, requer aos Nobres Julgadores sejam apreciadas o presente Recurso Adesivo, para reformar a decisão prolatada pelo Nobre Juízo a quo, julgando totalmente procedente o pedido do requerente. Assim, essa colenda Câmara estará renovando seus propósitos de distribuir à tão almejada Justiça, uma vez que restaram comprovados os danos alegados e que a condenação no que tange ao quantum aplicado seja feita em sua integra a fim de garantir a efetiva ordem e aplicação jurisdicional.
Termos em que,
Pede e espera deferimento.
Araçatuba, 17 de Outubro de 2016.
Dra. Mayara de Paula Moreira
OAB/SP 201.330
Endereço: Rua Doutor Francisco Villela nº. 715, Bairro Umuarama – Araçatuba SP
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