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Paola

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
IDENTIFICAÇÃO:
Nome: Paola Rodrigues de Freitas
RU: 1163698
1-TEMA: 
Educação infantil, os desafios entre educar e cuidar.
1.1- Delimitação do tema 	Comment by pc: Procure especificar sua linha de pesquisa
 O educar e o cuidar juntos são essenciais no desenvolvimento cognitivo, afetivo, físico e linguístico da criança de 0 aos 3 anos. Procurou-se através deste trabalho compreender e perceber, a melhor maneira para desenvolver as potencialidades que cada criança possui sempre utilizando a ludicidade como ferramenta importante no processo de ensino aprendizado.
2- PROBLEMA:
De que forma devemos trabalhar o ato de educar e cuidar numa creche de educação infantil?
3- JUSTIFICATIVA 
É muito importante a educação infantil, para auxiliar no desenvolvimento da criança, pois é nesse período que começa a desenvolver os primeiros contatos com o meio onde está inserida e o educador deve mediar esse processo.
A associação entre o cuidar e o educar é essencial para a formação das crianças já nos primeiros anos de vida, pois é um período em que a criança está apta a desenvolver seu leque de inteligências facilitando a absorção do conteúdo que lhe é compartilhado. Friedman afirma que “Os primeiros anos de vida são determinantes de todo o processo físico, emocional, social e moral que cada um irá traçar no decorrer de sua história de vida” (FRIEDMANN, p. 23, 2008).
A proposta para esse trabalho tem o objetivo de compreender e analisar a discussão entre cuidar de crianças de 0 aos 3 anos de idade de berçário. Cuidar e educar define na compreensão no espaço em que a criança convive, e nesse espaço promovemos a colaboração em grupo, o bem viver e o conviver no espaço social.	Comment by Scheila Soares: Paola verifica isso pq berçário é até 2 anos foca na idade que vc pretende trabalhar delimita isso aqui e lá no início tbm
Esse tema tem gerado uma confusão na diferença do educar para o cuidar, e deve-se perceber que ao cuidar se educa, e ao educar se cuida, portanto são indispensáveis e indissociáveis.
Um desenvolvimento onde todos nós somos responsáveis: pais, escola, comunidade. No aspecto educar e cuidar torna-se pertinente que o processo cuidar e de educar se envolvam simultaneamente, pois são partes essenciais que tornam um todo. 
4- OBJETIVOS:
4.1 Objetivo Geral:
Analisar quais os métodos e as técnicas de aprendizagem mais eficientes para trabalhar o educar e cuidar, de maneira que auxilie o desenvolvimento da criança.
4.2 Objetivos Específicos:
Conceituar aspectos históricos e legais da educação infantil;
Contextualizar o educar, cuidar e seus desafios;
Diferenciar educar do cuidar;
Identificar as funções das instituições;
 5- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
Com o surgimento das indústrias e o crescimento da produção agrária, a mão de obra masculina tornou-se escassa obrigando assim as fábricas a contratarem as mulheres para o serviço. Surge nesse momento a necessidade de lugares e pessoas para o cuidado dos filhos das operárias. Nesse momento a criança começa a ser pensada como alguém que necessita de cuidados, que até então eram realizados pela função materna.
Nesse sentido a função das creches desde o início do século é cuidar das crianças, suprindo a ausência da família, todavia o atendimento das creches voltado para a educação precisa trabalhar para o bem estar físico, mental e social das crianças, dando ênfase a um atendimento qualificado e cobrando mais das instituições. 
Portanto os projetos pedagógicos tornaram-se um objetivo a ser introduzido como nova função das creches, mas infelizmente esta situação causa grande desafio a algumas instituições, visto que a falta de planejamento e profissionais qualificados dificulta muito o processo de mudança.
Nota-se que algumas creches estão despreparadas em relação aos currículos pedagógicos que foram elaborados com o intuito de apoiá-las em relação ao desenvolvimento da criança. A falta de profissionais qualificados é uma das maiores questões que certas creches encontram ao introduzir o binômio em suas rotinas e projetos pedagógicos, em muitas situações os formadores estão desabilitados para o cuidado, privando as crianças de uma educação significativa.
A rotina tem que ser usada para dar a criança uma segurança quanto às atividades que são desenvolvidas na creche, para que ela aprenda sobre o espaço a sua volta e, principalmente, profissionais qualificados para a execução destas atividades e que sejam aptos a ensinar e cuidar visando sempre o bem estar da criança.
As crianças passam a ser atendidas em instituições criadas nas próprias empresas, não por se ter claro os seus direitos sociais, mas por uma necessidade do mercado de trabalho.
Sendo de propriedade das empresas, a creche e as demais instituições sociais eram usadas por elas nos ajustes das relações de trabalho. O fato de o filho da operária estar sendo atendido em instituições montadas pelas fábricas passou, até, a ser reconhecido por alguns empresários como algo vantajoso, por provocar um aumento de produção por parte da mãe. (Oliveira, Zilma, p.96, 2008)
Havia, principalmente, pela esfera da saúde um olhar diferenciado do adulto para as crianças tendo estas a necessidade de cuidados para compensar a ausência da família. Devido essa situação, o cuidado assistencialista torna-se o principal objetivo para a sociedade arrastando-se até os dias atuais.
Observa-se nesse sentido que a criança sempre foi vista como um ser incompleto, incapaz e a ideia de que infância não existia, tanto que a origem da palavra infância é de infantis _ aquele que não fala. Com as transformações sociais iniciadas lentamente na idade média, parcela dessa infância, ora era tida como miniatura dos adultos se misturando a eles e vivendo de acordo com seus costumes ora como bibelôs.
Não existia por parte da educação, programas voltados para a infância, conforme Nascimento, baseando-se nos estudos sobre A história da criança no Brasil, de Del Priori nos chama atenção:	Comment by pc: Indique o ano
As crianças das classes mais abastadas, segundo Del Priori, eram educadas por preceptores particulares, não tendo frequentado escolas até o início do século XX, e os filhos dos pobres, desde muito cedo, eram considerados força produtiva, não tendo a educação como prioridade. (NASCIMENTO, p. 29, 2009)
Com o passar do tempo muda-se a concepção de educação propiciando o surgimento de novas propostas pedagógicas, incluindo todas as camadas da sociedade, abolindo desta maneira a ideia de creches assistencialistas, enfatizando a associação do cuidado com a educação da criança, assim surge a necessidade da sociedade elaborar novas orientações, leis que favoreçam a educação formal e completa da criança, tendo em vista o direito à educação infantil. A LDB Nº 9.394, de 20 de Dezembro de 2006, a qual estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, afirma que:
 A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até 6 anos de idade, em seus aspectos físicos, psicológicos, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.(seção II da educação infantil artigo 29.)
Devido esta abordagem as creches enquadraram-se em novas regras, pois a lei deixa bem clara a obrigatoriedade do direito do educar para as crianças de 0 a 3 anos, embora ainda seja visível a dificuldade que muitas têm para tornar este direito uma realidade, uma vez que algumas creches ainda estão despreparadas para o amparo destas leis prejudicando o desenvolvimento de muitas crianças e privando também os pais de conhecerem e entenderem a real importância das instituições.
A associação do educar e cuidar tem causado grandes desafios para algumas creches, é notável que o cuidar está sendo executado, entretanto o educar ainda é um grande obstáculo a ser resolvido pela sociedade e principalmente pelas autoridades responsáveis pela educação. É necessário mudar a concepção de que apenas o cuidaré importante.
O educador deve ser cuidadoso ao preparar este conteúdo, oferecendo atividades que proporcionem o desenvolvimento completo da criança de forma abrangente e significativa, lembrando que neste período ela precisa aprender e entender sobre o mundo a sua volta.
O educar e o cuidar andam sempre juntos na educação infantil.
Na educação infantil não é só sentar no chão, brincar com uma criança e trocar uma fralda, é um trabalho de compromisso serio.
Determina marcas no sujeito que ficarão para toda vida.
O aprendizado na educação infantil esta principalmente nas atividades chamadas rotinas.
Momentos como o banho, alimentação, brincadeiras são momentos cruciais para o desenvolvimento das crianças nessa idade.
Vejam que esse preconceito e discriminação só se baseia por pessoas que desconhecem como se da o aprendizado na educação infantil.
Não há como desvincular o ato de cuidar do de educar pois ambos estão intimamente relacionados e andam lado a lado.
Educar significa proporcionar cuidados em diversas situações, brincadeiras de aprendizagem que seja integrada de forma que possa contribuir com o desenvolvimento da criança. 
 
   Em se tratando do desenvolvimento infantil, todos os seus aspectos precisam ser valorizados. A infância é um período crucial para formação da personalidade dos indivíduos em todos os aspectos: psicológicos, físico-motor, emocional, social e essa “interação social torna-se espaço de constituição e desenvolvimento da consciência do ser humano desde que nasce” (VYGOTSKI, apud PARÂMETROS DE QUALIDADE PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL, 2008, p.14).
Uma criança recém nascida tipo de 0 a 6 meses se desenvolve em ritmo alucinante, o primero sorriso, descobrir e brincar com as mãos, alinha a cabeça ao corpo.
Crianças de 6 a 12 meses sentasse direto sem apoiar, começa a gatinhar, consegue levantar-se, desenvolve o sentido sentido do humor, larga os objetos da mão quando quer, começa a comer com as mãos e entre coisas a mais isso é só uma parte do desenvolvimento que acontece no no decorrer dos anos, isso tudo faz parte do ciclo da vida.
A criança em desenvolvimento explora o mundo ao seu redor através do próprio corpo, vivenciando situações complexas de exploração do espaço.
Ela esta em amplo desenvolvimento e utiliza todas as possiblidades que lhe são oferecidas.
Nessa fase as crianças não param elas sobem, descem, pulam, entram, saem de pequenos lugares, desenvolvem assim a noção do espaço e tempo.
Na faixa etária de 2 a 3 anos acontece o período pre-operacional, onde a criança age intensamente sobre os objetos, buscando construir conceitos através de experiências como o meio físico, social e construindo o conhecimento do mundo em que vive.
A criança dessa fase tem uma ótima compreensão entendem tudo que é dito em sua volta.
Mexe em tudo e faz mal criação, testa a nossa autoridade tenta impor suas vontades.
As crianças dessa faixa etária gostam de dançar, conseguem acompanhar o ritmo da musica batendo palmaas.
Eles preferem companhia para brincar mas não gosta de dividir e nem compartilhar os brinquedos.
Estão em constante desenvolvimento sempre atentos aos comportamentos dos adultos.
Então todas essas etapas fazem parte do desenvolvimento da vida de um ser humano.
São etapas e evoluções que vivemos e vivenciamos em nosso redor. 
É, pois, trabalho de um educador reconhecer a criança como um ser inteiro, que precisa estabelecer com ela uma relação de confiança, de forma a ter a certeza de que será cuidada para se sentir confortável e segura. Cuidar de crianças em ambientes coletivos não é uma atividade simples, mas sim complexa e, como tal, exige preparo e competência profissional. É importante ressaltar que a afetividade é parte fundamental do cuidado, contudo, tem sido um empecilho para a profissionalização da professora de Educação Infantil. Por ser a afetividade entendida como intrínseca ao cuidar, contrapõe-se ao racional e profissional, elementos extremamente valorizados nas sociedades modernas.
Essa dicotomia levaria a uma incompatibilidade entre a formação profissional e o prover o cuidado do outro. Entendo que é possível e necessário educar para o cuidado. A professora do berçário da creche pesquisada acreditava que a afetividade era essencial no seu trabalho com os bebês:
 
 
 
 
Segundo Vygotski, o desenvolvimento e a aprendizagem da criança ocorrem a partir da relação que tem “no seu cotidiano, observando, experimentando, imitando recebendo instrução das pessoas mais experientes de sua cultura, aprende a fazer perguntas e também obter respostas para uma série de questões” (2008, p.76).
Para compreender melhor o assunto cuidado ou educar na educação infantil não se relaciona com o corpo físico, não digerindo nem compreensão da ideia do sujeito integral.
O cuidado e uma característica que vem de nos mesmo ou seja vem dos seres humanos, isto é a relação humana e pensamentos em termos históricos e podemos afirmar que a educação é compreendida e explicada em um amplo aspecto, que liga todos os aspectos de todos os processos de aquisição do conhecimento independentemente da escola.
A educação na escola sempre fez e sempre fara uma enorme parte da história da humanidade.
Nesse sentido tornasse possível pensar que a educação ligada ao processo de inserção social e de humanização de pessoas para apreender a ser unidas, e conviver na sociedade e saber fazer a diferença.
Educar alguém não é tão simples assim, isso tudo vai muito além repasse de conteúdos ou de uma preocupação exclusiva com o intelecto.
 
 
 A educação infantil é a maior responsável pela promoção do desenvolvimento da criança como um todo, e o ensino nesta fase da vida do ser humano contribui para mudanças significativas nas presentes e futuras gerações.
Como considera os Parâmetros de Qualidade para a educação Infantil, quando enfatiza “que [...], a criança é um ser humano único, completo e, ao mesmo tempo, em crescimento e em desenvolvimento” (2008, p.14). 
A dinâmica do trabalho do professor é sustentada principalmente pelas relações que estão estabelecidas com as crianças e entre elas. Para que se construa um ambiente de confiança, cooperação e autonomia, as formas de agir dos professores precisam estar pautadas por firmeza, segurança e uma relação afetiva forte com as crianças. (KRAMER, p.85, 1999)
A falta de um atendimento qualificado e o fato dos pais estarem mal informados prejudica o desenvolvimento da criança, embora não se possa fugir da necessidade do cuidar, que também é de suma importância para a criança. As creches devem executar soluções, felizmente obvias, para a associação do cuidar e educar para que ambos caminhem juntos no desenvolvimento da criança.
O educador em seu dia a dia contribui no desenvolvimento da criança, ajudando a falar, andar, comer, se vestir e a ser independente, apesar de muitas vezes não ter formação acaba praticando tais ações de uma forma natural sem perceber a ponderação de sua contribuição.
O educador ideal deve possuir algumas características básicas: ser observador, ter olhos, ouvidos, sensibilidade para perceber a necessidade da criança, do grupo. Deve ser pensador, pois a reflexão precede e acompanha a atuação propriamente dita. (MACHADO, p.48, 2002)
Dessa maneira um hábil profissional da educação e um currículo pedagógico que oportunize base para a formação da criança são indispensáveis para a educação infantil, porquanto é através dele que os outros fatores serão construídos e desenvolvidos.
A perspectiva de ensino na educação infantil vem na compreensão de cuidar e educar para que as crianças se sintam acolhidas, seguras e protegidas, e educar e cuidar para que elas se sintam bem felizes, e que se desenvolvam na sua integridade tanto, nos aspectos afetivos e sócias, físicos, cognitivos dando contribuição e melhoraria na sua formação no decorrer dos anos.
6- METODOLOGIA:
 Será utilizado o método indutivo em minha pesquisa, o tipo de pesquisa utilizado foi bibliográfica,explicativa e descritiva. A abordagem do problema era qualitativa, uma vez que os dados foram coletados a partir de uma observação participante.
REFERÊNCIAS:
Educação Infantil e Ensino Fundamental. Brasília: FNDE/Estação Gráfica, 2006. p. 25-32.
KRAMER, Sonia. Com a pré-escola nas mãos. São Paulo: Abdr,1999.
NASCIMENTO, A. M. A infância na escola e na vida: uma relação fundamental. in: ensino fundamental de nove anos – Orientações para a Inclusão da Criança de seis anos de idade. Secretaria da Educação Básica. 
OLIVEIRA, Zilma Ramos. Educação Infantil: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2008.
VIEIRA, Jair Lot. Lei de diretrizes e bases da educação nacional. São Paulo: Edipro, 2006.
VYGOTSKI, apud PARÂMETROS DE QUALIDADE PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL, 2008, p.14

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