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Uberlândia 2017 MAURA APARECIDA SANTOS CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA Uberlândia 2017 CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Pitágoras como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Engenharia Elétrica. Orientador: Carlos Junior MAURA APARECIDA SANTOS CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Pitágoras como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Engenharia Elétrica. BANCA EXAMINADORA Prof.(ª). Titulação Nome do Professor (a) Prof.(ª). Titulação Nome do Professor (a) Prof.(ª). Titulação Nome do Professor (a) Uberlândia, 28 de 11 de 2017. Dedico esse trabalho a Deus e minha família. AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus pela vida, graça e misericórdia. A minha Mãe e familiares, colegas de turma, professores, chefes, e todos aqueles que contribuíram ao longo dessa caminhada. SANTOS, Maura Aparecida. Correção do fator de potência. 2017.45 F. Trabalho de Conclusão de Curso de Engenharia Elétrica – Pitágoras, Uberlândia, 2017. RESUMO O tema proposto e correção de fator de potência. Esse tema tem se tornado muito importante para os empresários e consumidores residenciais, no que se refere o uso adequado de energia elétrica. A agência nacional de Energia Elétrica criou atualmente normas e por consequência multas para todos os consumidores que desrespeitem as normas. O que tem tornado a economia de energia elétrica fundamental para o bolso e o meio ambiente. Não só por isso que se tornou fundamental, mas também por outros problemas causados pelo seu baixo valor de potência. Equipamentos, como motores elétricos, fornos, transformadores entre outros, precisam para operar de uma quantidade de energia reativa que pode ser substituída por outras diversas fontes ligadas ao sistema elétrico funcionando individual ou simultaneamente. Os aumentos da corrente através da energia reativa em excesso causam sobrecargas perigosas. Para compensar essas sobrecargas deve-se investir em diversos elementos da instalação, onde o custo não é baixo. Palavras-chave: Correção; Fator de Potência; Redução; Benefícios. SANTOS, Maura Aparecida. Power Factor Correction. 2017. 57 F.. Trabalho de Conclusão de Curso de Engenharia Elétrica – Pitágoras, Uberlândia, 2017. ABSTRACT The proposed theme and power factor correction. This issue has become very important for residential entrepreneurs and consumers, regarding the adequate use of electric energy. ANNEL has now established standards and consequently fines for all consumers who disregard the standards. What has made the electric energy economy fundamental to the pocket and the environment. Not only because it has become fundamental, but also because of other problems caused by its low power value. Equipment, such as electric motors, ovens, transformers and others, need to operate a quantity of reactive energy that can be replaced by several other sources connected to the electrical system running individually or simultaneously. Raising the current through excess reactive power causes dangerous overloads. To compensate for these overloads one must invest in several elements of the installation, where the cost is not low. Key-words: Correction; Power factor; Reduction; Benefits. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 01: Formula 01...............................................................................................16 Figura 02: Formula 02...............................................................................................16 Figura 03: Formula 03...............................................................................................17 Figura 04: Formula 04...............................................................................................17 Figura 05: Defasagem de tensão x corrente.............................................................18 Figura 06: Formula 05...............................................................................................18 Figura 07: Fornecedor reativo...................................................................................19 Figura 08: Receptor reativo.......................................................................................19 Figura 09: Formula 06...............................................................................................19 Figura 10: Triângulo das Potências...........................................................................19 Figura 11: Formula 07 e 08.......................................................................................20 Figura 12: Formula 09,10 e 11..................................................................................21 Figura 13: Ligação de um banco automático convencional.......................................32 Figura 14: instalação de banco capacitado automático.............................................33 Figura 15: Banco de capacitor...................................................................................38 Figura 16: Banco de capacitor...................................................................................38 LISTA DE QUADROS Quadro 01: Subgrupos de tensão.............................................................................25 Quadro 02: Conceitos................................................................................................26 Quadro 03: Fator de potência....................................................................................29 Quadro 04: máxima dos capacitores ligados motores..............................................31 SUMÁRIO INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 14 1 FATOR DE POTÊNCIA.......................................................................................... 16 1.1. DEFINIÇÃO DAS FÓRMULAS ..................................................................................................................... 16 1.2. CONCEITO DE FATOR DE POTÊNCIA ......................................................................................................... 22 1.3. FATOR DE BAIXA POTÊNCIA............................................................................................................................. 23 1.3.1. Motores ......................................................................................................................................... 23 1.3.2. Transformadores ........................................................................................................................... 24 1.3.3. Lâmpadas de descargas e tensão nominal .................................................................................... 24 1.4. REGULAMENTAÇÃO ...................................................................................................................................... 25 2 METODOS DE COMPENSAÇÃO .............ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 2.1.1 USO DE CAPACITORES .............................................................................................................................. 27 2.1.2 OS PROBLEMAS DO BAIXO FATOR DE POTÊNCIA ..................................................................................... 28 2.2.1 PERDAS DE INSTALAÇÃO ................................................................................................................ 28 2.2.2 Causa de Baixo Fator de potência ................................................................................................. 29 2.2.3 Ligação de capacitores .................................................................................................................. 29 2.2.4 Proteção ......................................................................................................................................... 31 3 CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA ......................................................... 33 3.1.1 Correção em Redes conhecidas como “SUJAS” .............................................................................. 34 3.1.2 Causas e efeitos do baixo fator de potência .................................................................................. 35 3.1.3 Alguns benefícios após correção do fator de potência .................................................................. 36 3.1.4 Método para corrigir fator de potência ......................................................................................... 36 3.1.5 Banco de Capacitor ........................................................................................................................ 37 3.1.6 Método de Instalação de um Banco de Capacitor ......................................................................... 39 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 39 5 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ........................................................................... 40 14 INTRODUÇÃO Percebe-se que a energia reativa é responsável pela geração dos campos magnéticos, e campo elétrico nas bobinas dos equipamentos. A energia ativa executa as tarefas, produz torque, ação e o efeito do movimento nas atividades diárias dos equipamentos. Entre esses equipamentos tem o motor elétrico é o transformador, porém é essencial que se tenha a energia reativa é ativa. Nos equipamentos elétricos é essencial que se tenha energias reativa e ativa para seu funcionamento. O processo que gera energia elétrica precisa de forma indispensável da energia reativa, mesmo utilizando quantidades pequenas, por ter a necessidade de usar condutores de maior seção e uma estrutura de rede grande, o que ocasiona gastos e perdas técnicas por aquecimento e quedas de tensão. Nas indústrias se instala capacitores como uma fonte de energia reativa para correção do fator de potência nos equipamentos elétricos, permitindo diminuir perdas na geração de energia, melhora o perfil de tensão e aumenta a vida útil dos mesmos. O capacitor usado para correção do fator de potência acumula energia elétrica, feita por duas placas condutoras e isolada, pois quando ligadas a uma fonte de tensão em suas extremidades geram corrente elétrica para compensar as defasagens criadas pelas cargas indutivas, corrente que é indispensável durante todo o processo. Buscando uma melhoria na qualidade de energia fornecida para os equipamentos, assim como reduzir os custos na infraestrutura da transmissão de energia, obtém um gasto menor com a energia elétrica por parte das indústrias e dos consumidores finais. Devido à corrente elétrica reativa, gerar os mesmos custos de transmissão de uma corrente ativa que é totalmente utilizada, é isso inclui o dimensionamento de transformadores, disjuntores, entre outros equipamentos da mesma linha, gera elevados custos para as concessionárias que só tem produção da energia ativa. Com isso as concessionárias passam a transmitir mais energia do que e capaz de produzir, elevando os custos de transmissão. Muitos consumidores devido a esse motivo passam a pagar valores mais altos ao ultrapassar uma maior quantidade de energia reativa comparada com a energia ativa. Esse trabalho de conclusão de curso tem objetivo realiza uma pesquisa sobre a melhor e mais viável forma de corrigir um fator de potência. O tipo de pesquisa realizado neste trabalho foi uma Revisão de Literatura, no qual foi realizada consulta a livros, dissertações e em artigos científicos 15 selecionados através de busca nos seguintes bases de dados (livros, sites de banco de dados, etc..), seguindo a seguinte ordem de importância de resultados “livros”, “artigos acadêmicos” e “site de bancos de dados”, etc.. O período dos artigos pesquisados foram os trabalhos publicados nos últimos “20“ anos na literatura nacional e internacional. As palavras-chave utilizadas na busca foram: “correção”, “fator” e “potência”, etc... Após a elaboração da fundamentação teórica e análise dos dados, buscou-se evidenciar os aspectos relevantes da correção de fator de potência, proporcionando ao leitor um entendimento mais amplo do tema. 16 1. FATOR DE POTÊNCIA Quando se usa a Corrente Alternada com dois tipos de Potência ser considerados a Potência Ativa ou Real e a Potência Reativa. A primeira e aquela que realiza o trabalho esperado, ou seja, a produção de luz em uma lâmpada ou a geração de calor em um chuveiro elétrico ou ainda o movimento do eixo de um motor. Já a Potência Reativa é utilizada para a produção e manutenção dos campos eletromagnéticos nas cargas indutivas e campos elétricos nas cargas capacitivas. A quase totalidade das instalações elétricas apresenta uma predominância de cargas indutivas, o que poderá deduzir que é grande a solicitação de energia reativa pelas mesmas. Essas cargas indutivas são caracterizadas, entre outros, por equipamentos que são motores elétricos, lâmpadas fluorescentes, máquinas de solda, transformadores, etc. É claro que nos locais em que essas cargas forem em quantidade elevada, é grande a solicitação de Energia Reativa. A soma dessas duas Potências que são entregues às cargas elétricas é chamada de Potência Aparente. (CREDER, 2016). 1.1. DEFINIÇÃO DAS FÓRMULAS A corrente elétrica compreende uma parte imaginaria e parte real, é tem uma função muito complexa. A parte considerada real é composta por energia imaginaria e ativa pela parte real da corrente elétrica. Isso acontece na corrente devido uma defasagem angular com a corrente elétrica e a tensão (NISKIER, 2015). O fator de potência é definido por: Figura 01: Fórmula 01. FP= COSƟ (1) Onde: FP= Fator de potência Ɵ= Defasagem entre a corrente eficaz e a tensão 17 eficaz (°) Fonte: Adaptado de Camargo (2009) O resultado do produto está entre a corrente é a tensão eficaz aparente e ocorre tanto na parte ativa como na reativa da correte, se define pela letra S. Figura 02: Fórmula 02. S=√3.Ul.Il (1) Onde: Ul = Tensão de linha (V); Il = Corrente de linha (A); S = potência aparente (kVA). Fonte: Adaptado de Camargo (2009) Energia ativa é conhecida como aparente se obtém através do produto da multiplicação do cosseno da defasagem com a tensão mais a corrente eficaz, se define pela letra P e possui KW (KiloWalt) como unidade (TRAJANOCAMARGO, 2009). Figura 03:Fórmula 03. P= √3. Ul. Il. COSƟ (1) Onde: Ul = Tensão de linha (V); Il = Corrente de linha (A); P = potência ativa (KW); COSƟ = Defasagem entre a corrente eficaz e a tensão eficaz (°). 18 Fonte: Trajano Camargo (2009) Para achar a potência reativa, multiplicamos a potência aparente pelo seno da defasagem entre a tensão e a corrente eficaz, se define pela letra Q, e possui como unidade o kVAr (Quilo volt Ampére reativo), (TRAJANOCAMARGO, 2009). Figura 04: Fórmula 04. Q=√3. Ul. Il. SENƟ (1) Onde: Ul = Tensão de linha (V); Il = Corrente de linha (A); Q = reativa (kVAr); Ɵ= Defasagem entre a corrente eficaz e a tensão eficaz (°). Fonte: Trajano Camargo (2009) Figura 05: Defasagem de tensão x corrente. 19 Fonte: Portal do Eletricista (2017). O fator de potência também pode ser definido através da relação entre a energia ativa e a aparente: Figura 06: Fórmula 05. FP= P _____ (1) S Onde: FP = Fator de; P= ativa (kW); S= aparente (kVA). Fonte: Trajano Camargo (2009) Representa-se a energia reativa vetorialmente através de um desfasamento de 90º comparada com a ativa, se estiver adiantada de 90º quando for um fornecedor de energia reativa como um capacitor, motor superexcitados, e outros, são atrasados 90º quando for um receptor de energia reativa como as de cargas demandada de energia reativa (CREDER, 2016). 20 Estes vetores podem-se visualizados nas figuras abaixo: Figura 07: Fornecedor reativo. Figura 08: Receptor reativo. Fonte: Adaptado de Creder, 2016. Fonte: Adaptado de Creder, 2016. Para formar os triângulos de potência se pega os vetores da energia aparente, da ativa e da reativa, onde a soma vetorial das duas últimas, fornece a energia aparente. Dessa forma, toma: Figura 09: Fórmula 06. S² = P² + Q² (1) Onde: P= ativa (KW); S= aparente (KVA); Q= reativa (kVAr). Fonte: Elaborada pela autora. Figura 10: Triângulo das Potências. Fonte: skz engenharia (2017) 21 Também se determinar um fator de potência considerando os consumos de energia ativa e a reativa através de um determinado período de tempo, calculando por: Figura 11: Fórmulas 07 e 08. (1) (2) Onde: FP=Fator de potência; kWh=Energia Ativa; Kvarh²= Energia Reativa. Fonte: Elaborada pela autora. Para exemplificar, pegamos uma indústria que tem diversos motores elétricos, a soma de sua energia elétrica utilizada é representada pela letra P, e a da reativa utilizada por eles, menos a energia reativa fornecida pelos capacitores, forma a letra Q, sendo a reativa uma demanda gerada na concessionária (COTRIM, 2009). Isso ocorre sempre que a carga deseja corrigir um fator de potência linear. Pode acontecer das cargas não lineares, apesar de atingir um equilíbrio por meio das cargas reativas fornecidas e demandadas dessa forma, mesmo assim não haverá necessidade de corrigir totalmente o fator de potência, pois haverá nele correntes harmônicas, ou seja, uma corrente chamada de distorção (NISKIER, 2015). O triângulo não terá mais validade quando a potência aparente tiver dependendo de mais um vetor. A partir desse momento passa a ser definido pela letra D, sendo o mais o modelo conhecido como tetraedro de S, onde se tem duas dimensões, uma sendo a ativa e reativa é a outra a de distorção. A potência aparente é formada através dessa somatória vetorial (NISKIER, 2015). Nas fórmulas apresentada abaixo esta inclusa a corrente de distorção: 22 Figura 12: Fórmulas 09,10 e 11. S´²=P²+ Q² S²=P²+ Q²+D² P= S´. COSƟ (1) (2) (3) Fonte: Adaptado de Camargo (2009) . 1.2. CONCEITO DE FATOR DE POTÊNCIA O uso excessivo da energia reativa exigirá, deve ser baixo, como exemplo tem os condutores de maior secção transversal que não são viáveis economicamente, mesmos com os transformadores de maior capacidade provocando perdas por aquecimento e queda de energia (ENERGIA REATIVA, 2012). Um dos principais indicadores de eficiência energética é a relação que permite descobrir se os clientes de energia elétrica estão consumindo energia de maneira adequada, quando monitora o uso da energia ativa e reativa dos consumidores. Ao constatar um fator de potência indutivo que dizer que a instalação elétrica observada está gastando a energia reativa, ressaltando que a maioria dos equipamentos elétricos possui características indutivas em função das suas bobinas também conhecida como indutores (BONAN, 2016). Quando a instalação elétrica tiver fornecendo a energia reativa, é constatado um fator de capacitivo, que é nada mais que uma característica dos capacitores instalados para fornecer a energia reativa que os equipamentos indutivos absorvem. Considera-se um fator de capacitivo quando instala um excesso de capacitores. Isso ocorre, quando os equipamentos elétricos indutivos são desligados e os capacitores permanecem ligados na instalação elétrica (COTRIM, 2009). Instalar nas proximidades destes terminais as referidas fontes de energia reativa evita que o transporte de energia reativa seja feito em terminais de carga da unidade consumidora, reduzindo perdas na transmissão do bloco de energia, aumentando o rendimento do sistema elétrico (BONAN, 2016). 23 A energia reativa indutiva é responsável apenas pela formação do campo magnético dos aparelhos. Normalmente é substituída por fonte geradora localizada distante da planta industrial, onde acarreta perdas por efeito Joule elevadas no sistema de transmissão e de distribuição (COTRIM, 2009). Obtém se essa fonte através da operação com um motor superexcitado, ou mais economicamente, através da instalação de capacitores de potência. Buscar orientação é de suma importância para que os profissionais possam instalar de forma correta os capacitores, para corrigir de foram efetivas o fator de potência e proporcionar às empresas maior qualidade é maior competitividade (FILHO, 2007). A lâmpada representa totalmente a carga consumida da potência, ela representa uma carga resistiva pura. Em muitas aplicações, não se encontra cargas consideradas resistivas puras e sim reativas conhecida como capacitor indutor, como é o caso de motores. Nos indutores, ocorre à potência reativa que não é usada na produção, ela tem a função única de estabelecer campos magnéticos. (BONAN, 2016) A soma vetorial da ativa com a reativa nos dá a real, essa que não é aproveitada, pode ser usada com melhores finalidades numa instalação industrial. Observando que a reativa e pequena, o ângulo entre a real é a ativa diminui, indicando um uso mais eficiente da energia. (MAMEDE FILHO, 2007) 1.3. FATOR DE BAIXA POTÊNCIA Primeiro se deve estudar as possíveis causas para baixos valores do fator de potência, antes mesmo de estudar a quantidade de potência reativa que deve ser implementada numa indústria, a fim de deixar o fator de potência único. Na maioria das vezesé mais fácil concertar as causas encontradas do que corrigir o fator de potência adotando motores ou capacitores superexcitados, que possui um valor bem mais em conta para os consumidores. (COTRIM, 2009) 1.3.1. Motores Consideradas como maquinas elétricas de rolamentos que consome energia reativa. Na sua carga de motor quando submetida não tem a mesma proporção da 24 demanda de energia reativa, por isso possui pouca influência, a mais influenciada é conhecida como a carga necessitada para ativar o motor. (BONAN, 2016) Motores elétricos movem as cargas é transforma energia elétrica em energia de movimento, pode ser utilizada em geradores de energia reativa. Os motores elétricos que são industriais movem a linha de produção são provindas de energia reativa e consegue fazer os dois papeis ao mesmo tempo. No entanto tem um lado negativo é o aumento dos gastos com energia ativa, pois superexcita os motores, fornecendo mais potência do que necessita para funcionar. (CREDER, 2016) 1.3.2. Transformadores Os transformadores são parecidos com os motores de indução por que sege os mesmos princípios da carga imposta, além de não possuir nenhuma influência na quantidade de energia reativa necessitada. Com uma demanda constante por energia reativa, dimensiona seu capacitor ligando diretamente a ele, compensado dessa forma sua demanda por energia reativa. (BONAN, 2016) O dimensionamento deve ser realizado contendo a demanda por energia reativa do transformador quando ele estiver vazio, porque apesar de sua carga possuir pouco influencia na demanda por reativos, ainda fica bem menor quando o transformador estiver nessas condições. Portanto, tem a energia ativa demandada proporcional à carga onde o transformador for ligado. (MAMEDE FILHO, 2007) 1.3.3. Lâmpadas de descargas e tensão nominal Os reatores de alto fator de potência corrigidos pelos fabricas e a utilização de reatores eletrônicos, apresentas as melhores formas de correção que as lâmpadas demandam. (BONAN, 2016) O fator de potência da máquina vai ser alterado se houver um aumento significativo na tensão que alimenta as maquinas, pois esta influenciada pela demanda da energia reativa de um fator quadrático e não haverá nesse caso mudança na energia ativa demandada. (MAMEDE FILHO, 2007) A residência que antes possuía apenas necessidades por energia ativa, mudou com os anos, devido ao uso de vários aparelhos. Como exemplos podem 25 ser citados a substituição das lâmpadas incandescentes, tipo do chuveiro elétrico, de maquinas de lava roupas, etc., todos com retificadores de tensão, o que aumenta a demanda. (MAMEDE FILHO, 2007) 1.4. Regulamentação Agencia Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), controla a distribuição de energia elétrica no Brasil estabelece a atual legislação do fator de potência. A resolução normativa de Nº 414/2010 artigos Art. 76, define que o fator de potência de uma unidade consumidora do grupo A, deve ser verificado pela concessionária por medição permanente e obrigatória, ainda prescreve que o valor mínimo permitido para o fator indutivo ou capacitivo tenha 0,92. (ANEEL, 2000) A Resolução de Nº 456 da ANEEL, de 29 de novembro de 2000, define tanto o excesso de energia reativa, indutiva e a energia capacitiva para ser medida é faturada pelos consumidores do grupo A. (ANEEL, 2000). E interessante conhecer os tipos de grupos e subgrupos, suas atuais modalidade de tarifas cobradas dos consumidores, e a modalidade é classificação dos tipos tarifários comerciais. (MAMEDE FILHO, 2007) Quadro 01: Subgrupos de tensão. Subgrupos de tensão Subgrupo A1 T. de fornecimento igual ou acima de 230 KV. Subgrupo A2 T. de fornecimento de 88 KV ATE 138 KV. Subgrupo A3 T. de fornecimento de 69 KV. Subgrupo A3a T. de fornecimento de 30 KV até 44 KV. Subgrupo A4 T. de fornecimento de 2,3 KV até 25 KV. Subgrupo AS T. de fornecimento inferior a 2,3 KV. Fonte: Adaptado de CREDER, 2016. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) as modalidades tarifárias disponíveis, podem ser caracterizadas como convencional e horo-sazonal que é dividida entre horo-sazonal verde e horo-sazonal azul. Energia elétrica convencional tem a estrutura caracterizada pela aplicação de tarifas de consumo, independente dos horários de utilização no dia é dos períodos do ano. Sua estrutura também é especificada e representada pelo grupo A, 26 possuindo restrições quanto ao nível Máximo de demanda é consumo de energia contratada menor ou igual a 300kw (ANEEL, 2000). A energia horo-sazonal é caracterizada por ter diferentes tarifas de consumo e de demanda de potência, de acordo com as horas de utilização no dia e do período do ano, sua estrutura também é especificada e representada pelo grupo A. Ela se divide em dois sendo a horo-sazonal verde e azul (ANEEL, 2000). a) A horo-sazonal verde se caracteriza por diferentes tarefas de consumo de energia elétrica de acordo com as horas de utilização no dia e no período do ano, é tem tarifa única para a demanda de potência. b) A horo-sazonal azul se caracteriza pela aplicação de tarifas diferenciadas de consumo de energia elétrica de acordo com as horas de utilização no dia e o período do ano com tarifação diferenciada para a demanda de potência. A ANEEL através da Resolução Normativa Nº 414/2012 estabelece definições como os fatores que estão sendo abordados no desenvolvimento do trabalho, dessa forma é necessário que se tenha uma percepção e uma clareza sobre o assunto. Dentre alguns dados podemos citar: Quadro 02: Conceitos. Conceitos Consumo de Energia Elétrica Consumo de potência elétrico (W) e um intervalo de tempo, expresso em quilowatt-hora (KWH). Horário de Ponta Intervalo de tempo composto de 3 horas seguidas, definida pela concessionária. Horário Fora de Ponta Período composto pelo conjunto de horas para completar as 3horas estabelecia das no horário de ponta. ERE Representa o valor da energia elétrica reativa excedente da quantidade 27 permitida. Fonte: Adaptado de Creder (2016). O fator de potência é medido através dessa regulamentação, é realizado de duas formas diferentes, sendo a primeira por avaliação mensal e outra através dos valores de energia reativa e ativa. São medidos num período mensal de 30 dias, ou critério da concessionária local, usando um medidor de potência capacitivo. Os métodos de compensação e um fator importante que deve são conhecidos e definidos para uma correção do fator de potência (LUCAS, 2013). 2. METODOS DE COMPENSAÇÃO Fator de potência pode ser corrigido das seguintes formas Aumentado consumo da energia ativa; Utilizando motores superexcitadas; Utilizando capacitores para gerar energia reativa necessária. Quando se aumenta a capacidade de instalação que é ligado de forma proporcional, diminui o uso da energia ativa e reduz as perdas em relação a quantidade reduzida da corrente elétrica. Se o desejo do cliente for diminuir apenas o valor da fatura de energia no final do mês, o fator que deseja não pode ser menor a 0,92, o indicado para o uso e 0,95 (LUCAS, 2013). O alto consumo de energia ativa tem muitas desvantagens, ele apresenta como forma válida da correção do fator, entre as desvantagens podem citar o aumento da fatura de energia elétrica de forma proporcional e o aumento de perdas nas instalações (LUCAS, 2013). 2.1.1 USO DE CAPACITORES Usar capacitores é um método econômico de obter energia reativa, normalmente eutilizadas como banco de capacitores. A grade vantagem de usar esses equipamentos é sua alta duração e o fato de não gastar energia ativa e gera energia reativa e ser flexível na hora da aplicação. Geralmente são classificados em 28 monofásico ou trifásico é possui valores de potência reativa e de tensão tabelados (COTRIM, 2009). 2.2 OS PROBLEMAS DO BAIXO FATOR DE POTÊNCIA Manter o fator de potência de uma instalação dentro dos limites estabelecidos pela ANEEL é obrigatório por lei e todo profissional deve ficar atendo é se preocupar com essas demandas. Deve se preocupar por motivo de lei e por outros motivos como quedas de tensão, perdas nas instalações e nas sobrecargas, assim como se deve preocupar com o rendimento menor devido à energia reativa ser em excesso, onde se tem um aumento na intensidade da corrente por todo circuito. Esse fato leva a uma perda adicional de calor na fia e por consequência a queda de tensão (NISKIER, 2015). 2.2.1 PERDAS DE INSTALAÇÃO O aumento da corrente através da energia reativa em excesso causa perigosas sobrecargas. Para compensar as sobrecargas o coreto e investir nos elementos de instalação, porem os custos não são acessíveis (COTRIM, 2009). Ao aumentar a intensidade da energia reativa, de forma geométrica, não ocorrem perdas na fiação e nem parece aquecimento dos condutores como problema adicional. Para gerar uma ideia de que como isso afeta os dimensionamentos dos cabos têm como exemplo o quadro de CREDER, 2016 a seguir: Quadro 03: Fator de potência. Fator de potência Seção Relativa do Cabo 1,0 1,0 0,90 1,23 0,80 1,56 0,70 2,04 0,60 2,78 0,50 2,78 Fonte: Adaptado de CREDER, 2016. 29 Pode se perceber que a simples passagem para um fator de potência 1,0 para 0,7 traz à necessidade de multiplicar por 2 a seção dos cabos usados. Se o fator de potência cair para 0,5, serão necessários aumentar os cabos em 4 vezes. Pode-se resumir que as consequências mais graves de um fator de potência baixo são a seguinte: (NISKIER, 2015). Fatura de energia elétrica alta; Quedas e flutuações por causa das sobrecargas. Se usar transformadores nas instalações pode limitar a potência disponível na empresa, e para manter um bom nível de consumo de energia é preciso ter a espessura dos cabos de distribuição aumentados. Para diminuir as perdas nas linhas de distribuição por dissipação de energia com calor, devem aumentar a capacidade dos dispositivos de proteção, aumentando assim as manobras dos equipamentos (CREDER, 2016). 2.2.2 Causa de Baixo Fator de potência Segundo Niskier (2015), várias são causas para um baixo fator de potência. Os profissionais devem estar sempre atentos, e fiscalizar diariamente os itens abaixo e fazer as, correções quando necessárias. Motor trabalhando sem carga, ou seja, vazio; Motor superdimensionado em relação ao trabalho que vai realizar; Fornos de indução ou arco; Sistema de iluminação com baixos fatores de potência; Máquinas de solda; Transformadores com carga abaixo da especificada em funcionamento Tensão acima do valor nominal; Máquinas de tratamento térmico. 2.2.3 Ligação de capacitores 30 Podem ser realizados em vários pontos, um deles e iniciar no ramal de entrada e ser ligado direto no aparelho do consumidor na instalação, obtendo maior benefício por que vai gerar sua própria energia reativa, não sendo necessário solicitar a energia a concessionária, para isso deve ligar os bancos de capacitores diretos nas cargas (COTRIM, 2009). Nesse caso o capacitor é ligado no motor, não deve ultrapassar a energia que o motor consome quando estiver vazio, e não pode ser maior que 90% de magnetização do motor, portanto não irá ocorrer sobtensões do motor na abertura da contadora. A contadora deve de ser ligado tanto no motor como no banco capacitado. A corrente do banco capacitado também deve estar menor que a corrente de partida do motor (COTRIM, 2009). Quadro 04: Máxima dos capacitores ligados motores. Potência do motor 3.600 1.800 1.200 900 720 600 (CV) KVAr KVAr KVAr KVAr KVAr KVAr 5 2 2 2 3 4 4,5 7,5 2,5 2,5 3 4 5,5 6 10 3 3 3,5 5 6,5 7,5 15 4 4 5 6,5 8 9,5 20 5 5 6,5 7,5 9 12 25 6 6 7,5 9 11 14 30 7 7 9 10 12 16 40 9 9 11 12 15 20 50 12 11 13 15 19 24 60 14 14 15 18 22 27 75 17 16 18 21 26 32,5 100 22 21 25 27 32,5 40 125 27 26 30 32,5 40 47,5 150 32,5 30 35 37,5 47,5 52,5 200 40 37,5 42,5 47,5 60 65 250 50 45 52,5 57,5 70 77,5 300 57,5 52,5 60 65 80 87,5 400 70 65 75 85 95 105 500 77,5 72,5 82,5 97,5 107,5 115 Fonte: COTRIM, 427 p. Um caso grave de ligação de capacitores ocorre na rede de alta tensão, onde a concessionária tem o custo maior de infraestrutura, portanto toda fiação que se 31 destina aos barramentos é aos transformadores deve ser dimensionada para suportar tanto a potência aparente quanto ativa. Também traz benefícios menores na qualidade da energia e tem maior oscilação na tensão, portando, teria custo menor para programar os capacitores, devido às empresas englobar toda sua cadeia produtiva (CREDER, 2016). 2.2.4 Proteção Existem basicamente três formas de fazer uma alimentação na instalação com energia reativa através de capacitores, segundo CREDER, (2016). Banco capacitado fixo; Banco semiautomático; Banco automático. O banco automático é o semiautomático são compensadores variáveis, indicados para casos com cargas que tenha uma grande variação de energia. Figura 13: Ligação de um banco automático convencional. 32 Fonte: (LOVATO ELETRIC DO BRASIL LTDA, 2004). Também são usados para carga com pouca variação, de forma cautelosa, porque existem transitórios na rede por causa da manobra dos capacitores, onde estipula o fator de potência de acordo com a demora do sistema para se adequar as cargas são comuns à demora que fique nas casas das dezenas dos segundos para finalização de manobra dos capacitores (NISKIER, 2015). Figura 14: instalação de banco capacitado automático. 33 Fonte: Weg, manual de correção de potência (2009). Não se usa bancos automáticos convencionais para soldar, nas prensas, elevadores, injetoras com cargas elevadas e com atuação rápida, entre outros da mesma linha, porque eles levam bastante tempo para aceitar a energia reativa a carga, nesse caso deve ocorrer instantaneamente (CREDER, 2016). Isso acontece devido uso de elementos estáticos para a manobra dos capacitores, ou seja, um conjunto composto por reatores é capacitores. Alguns dos grandes benefícios gerados são: a ausência de demanda e flutuações de energia reativa pela carga (CREDER, 2016). 3. CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA Segundo Creder, (2016), existem cinco maneiras para instalar um banco capacitor, com o objetivo de conserva a energia e obter uma relação custo benefício atraente. Para cada uma tem suas peculiaridades relativas: a) Correção de energia de alta tensão na entrada: Corrige o fator de potência, mas não elimina os problemas internos da instalação. b) Correção de energia de baixa tensão na entrada: Utilizam em geral bancos de capacitores automáticos, para corrigir o fator de potência, porem 34 apresenta uma desvantagem no fato de não haver alívio sensível dos alimentadores que correspondem a cada equipamento. c) Cargas corrigidas: o banco de capacitores é instalado para efetuar acorreção de potência mecânico menor que 10 cv, mas não reduz a corrente nos circuitos de alimentação. d) Correção localizada: A instalação do banco de capacitores feita junto ao equipamento para correção. Consiste numa solução adequada e possui algumas vantagens como: Redução das perdas energéticas de toda a instalação; Diminuição da carga nos circuitos que alimenta os equipamentos; Podem utilizar em sistema único de acionamento; Geração de potência reativa somente onde for necessário. e) Correção mista: Essa instalação é considerada a melhor e mais completa. A correção do fator de potência é alcançada através da instalação de capacitores. Em 2017 o fator de potência e alvo de muita atenção dos empresários para manutenção e redução de custos nos negócios, além do interesse em racionalizar o gasto de energia (CREDER, 2016). Ainda com o objetivo de aperfeiçoar o uso da energia elétrica gerada, o extinto DNAEE (Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica), em 2017 com a denominação ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), através do decreto nº 479 de 20 de março de 1992 estabeleceu que o fator mínimo devesse ser de 0,92 para fábricas, indústrias é consumidor (ANEEL, 2010). 3.1.1 Correção em Redes conhecidas como “SUJAS” Se a energia de uma rede fosse limpa, tudo seria mais simples, dessa forma apresentaria como onda senoidal, sem harmônicas e alimentadas de cargas livres comuns. No entanto, devido a utilização de dispositivos acumuladores de potência como SCRs, IGBTs, MOSFETs, TRIACs, etc., faz com que numa rede de 60 Hz estejam presentes harmônicos que deformam a energia disponível. (NISKIER, 2015). 35 Dentre as cargas podem-se citar os dispositivos alimentados por inversores de frequência, os arcos, computadores, ente outros. O caso mais grave que podem considerar e quando se tenta corrigir um fator de potência numa rede cheia de harmônicas, pois esse agente aumenta os problemas ao invés de trazer a solução (NISKIER, 2015). Outro problema agrave que pode acontecer é quando se liga um banco de capacitores em paralelo com uma carga forte como a de um motor constituído por ressonante. Se as harmônicas reagirem na frequência desse circuito, gera uma alta tensão em seus extremos, gerando calor na sobrecarga dos circuitos, provocando assim disparo dos sistemas de proteção (CREDER, 2016). 3.1.2 Causas e efeitos do baixo fator de potência De acordo com a norma (NBR 10520,2002), Deve considerar os motivos geradores de baixo fator de potência, expondo onde indica os problemas, para alertar os consumidores deve divulgar alguns fatores como: Causas Motores elétricos trabalhando em vazio (sem carga acoplada aos motores); Motores elétricos superdimensionados para suas respectivas cargas; Transformadores Grandes alimentando pequenas cargas por um tempo longo; Grande quantidade de motores de pequena potência. Efeitos de baixo Fator de potência Variações de tensão, provocando queima de equipamentos elétricos; Condutores elétricos aquecidos; Grandes Perdas de energia; Redução do aproveitamento da capacidade dos transformadores; 36 3.1.3 Alguns benefícios após correção do fator de potência E importante destacar a melhoria do fator de potência, tanto para a concessionária quanto para cliente. São apresentados a seguir, os benefícios desta correção na instalação (Copel, 2011). Redução na Conta de luz; Aumento na capacidade do sistema elétrico; Fator de potência incorrido causa perdas de energia do seu sistema de distribuição; Diminui nas variações de tensão; Melhora o aproveitamento da capacidade de transformadores; Aumenta a vida útil dos equipamentos; Utilizar a energia consumida de forma racional. 3.1.4 Método para corrigir fator de potência Ações que deverá ser tomada para que a correção do fator de potência seguir de forma precisa (Mamede, 2001) Evitando o funcionamento de equipamentos acima de sua tensão nominal; Instalação de capacitor no circuito AC do consumidor para diminuir a magnitude energia reativa; Instalar capacitores onde for necessário; Dimensionar motores e equipamentos corretamente; Procurar sempre serviço de um técnico habilitado para a realização do trabalho. Subexcitado: corresponde à condição de baixa corrente de excitação onde o valor da força eletromotriz induzida nos polos do estator, assim, a corrente estática mantém-se atrasada em relação à tensão. Excitado para a condição de fator de potência único: vem da condição anterior e aumenta a corrente de excitação, assim, assume o valor unitário e o motor não necessitará de potência reativa para a formação de seu campo magnético. 37 Sobre excitado: eleva a corrente de excitação e faz com que o motor funcione com o fator de potência capacitivo, fornecendo reativa a rede. 3.1.5 Banco de Capacitor Capacitores são aqueles equipamentos que armazena energia reativa, e fornece as maquinas a energia necessária para o funcionamento. A instalação de banco de capacitores ligados perto desses equipamentos é uma forma mais econômica de obter a energia reativa necessária (CREDER, 2016). Capacitores funcionando como fontes de reativo, a passagem da energia fica limitada aos pontos onde é necessária, reduzindo as perdas e melhorando as condições do sistema elétrico em questão. Para não haver o consumo excessivo de energia reativa capacitiva deverão ser desligados no total ou parcialmente, em conformidade com o uso dos motores e transformadores, o que gera efeitos adversos no sistema elétrico à concessionária (CREDER, 2016). Figura 15: Banco de capacitor. 38 Fonte: WEG (2001). Figura 16: Banco de capacitor. Fonte: Watts Engenharia de Sistemas (2014) 39 3.1.6 Método de Instalação de um Banco de Capacitor Os bancos de capacitores são formados por conjuntos de unidades capacitivas, chamadas de células. Cada célula é formada por conjunto de capacitores individualmente. E são formados por eletrodos de alumínio, filme de polipropileno impregnado em óleo (Coelba 2ª edição, 2009). Podem ser instalados de dois modos em derivação ou em série com o alimentador de distribuição. Os bancos de capacitores em derivação são mais utilizados por ser fácil sua instalação e operação e consequentemente menor custo. Os bancos de capacitores conectados em série compensam a reatância indutiva da linha obtendo uma elevação da tensão instantânea com o aumento da carga, pode ser comparado com um regulador de tensão que relaciona proporcionalmente com as variações de corrente. As desvantagens dessa instalação são as dificuldades de proteção do capacitor, controle e problemas de ferro-ressonância, fazem com que os capacitores em série sejam menos utilizados em redes de distribuição. Sendo, o primeiro modo é operar o banco de capacitores fixo, opera durante o tempo todo com potência plena independente do carregamento da rede. O segundo modo é operar o banco de capacitores de modo chaveado, podendo ser ligado ou desligado conforme o carregamento. A desvantagem é um custo maior de aquisição e manutenção em relação ao fixo (PABLA, 2005). 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Durante a execução do trabalho podemos concluir que fator de potência é coisa muito séria, principalmente quando se trata de fornecimento de energia elétrica, independente do tipo de consumidor, seja emindústrias, comércios ou residências. Deve-se ter atenção para os valores exigidos por lei assim como o interesse em diminuir o valor de consumo da fatura de energia elétrica no final do mês. Como estudado ao longo do trabalho, podemos perceber que um fator de potência baixa causa muitos problemas que vão além de mexer com o bolso. 40 Para a importante adequação de um fator de potência nos pontos consumidores, mesmo que te baixo tensão é preciso fazer investimentos em transformadores, quadros de distribuição e condutores. O banco capacitor na maioria das vezes trabalha rebaixando a tensão conforme os dados extraídos do próprio regulador e das leituras, onde esta os pontos negativos de atuação do regulador, com isso a tensão rebaixada no inicio do alimentador, torna um grande risco da tensão ficar fora dos padrões que ANNEL estabelece. Os consumidores não podem ser afetados por problemas oriundos de equipamentos mal instalados em um ponto alimentador. Através desse trabalho podemos constatar que os benefícios por se fazer à correção de um fator de potência são muito grandes ficando viável para os consumidores, pois possui retorno financeiro em pouco tempo, além de diminuir a carga sobre os condutores, contatores e demais componentes de alimentação num ponto consumidor de energia elétrica. 5 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas - NBR 5410, Instalações Elétricas de baixa tensão, 2008. ANEEL: Agência Nacional de Energia Elétrica, Resolução ANEEL n° 456, de 29 de novembro de 2000. BONAN, G.; GABIATTI, G.; MARTINS, A. S. Faturamento de Reativos pelas Concessionárias de Energia Elétrica, 2016. COMITÊ COORDENADOR DE OPERAÇÕES NORTE/NORDESTE (CCON), Estrutura Tarifária Horo - Sazonal Azul e Verde - Manual do Consumidor. Recife, 1997. COMPANHIA ENERGÉTICA DE PERNAMBUCO (CELPE), Condições Gerais de Fornecimento de Energia Elétrica - Normas e Orientações, 2017. 41 CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas. Rio de Janeiro: Campus, 2004. COPEL, 2016, disponível em: http://www.copel.com/hpcopel arquivos fator de potência.pdf> Acesso em: 02 de set. de 2017. COTRIM, Ademaro A. M. Bittencourt, Instalações Elétricas, 5ª ed., São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009. CREDER, H. Instalações Elétricas. 16ª ed. São Paulo: Saraiva 2016. ENERGIA REATIVA, Grupo Neonergia, 2012, disponível em: http://www.celpe.com.br, energia reativa. Acesso em: 20 de agos. 2017. FILHO, João Mamede, Instalação Elétricas Industriais. 7ª. Ed. Editora: LTC, 2007. Páginas 176 e 177. FRAGOAS, G.. Estudo de Caso: Uso de Bancos Capacitores em uma Rede de Distribuição Primária Indicativos da sua Viabilidade Econômica. São Carlos, 2008. LUCAS, F. R. Correção do fator de cargas industriais. Porto Alegre: Atlas 2013. MAMEDE, J. J. Instalações Elétricas Industriais. 6ª ed. São Paulo: Atlas 2014. MOTTA; CALLÔBA. Instalações Elétricas Industriais. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2002. NISKIER, Julio. Instalações Elétricas. 4ª ed. São Paulo: Saraiva 2015. Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (PROCEL), Manual da Tarifação de Energia Elétrica, 2001. PORTUGAL, P. M., Análise de Autoexcitação e Curto-circuito Capacitivo em Geradores Síncronos Conectados a Grandes Sistemas de Transmissão CCAT e CAAT, Rio de Janeiro: 2007. 42 EM CIRCUITOS DE CORRENTE ALTERNADA, Unicamp, disponível em: http:// www.ocw.unicamp.br Capítulos/Aula016 - Capitulo -7. 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